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- -1 COMUNICAÇÃO UNIDADE 3 - COMUNICAÇÃO ESCRITA E ORAL: COMO LIGAR ESTES CONCEITOS À TEORIA DA COMUNICAÇÃO? Autoria: Ma. Adriana Paula da Silva Amorim - Revisão técnica: Dra. Sandra Trabucco Valenzuela - -2 Introdução Vocêjá se —namodalidade ou —e alguma Já umaprecisou comunicar escrita oral teve dificuldade? presenciou situação emquealguém uma mas sidomal Já pensou em tenhatentadopassar mensagem, tenha interpretado? aprender — e — maiorestratégiasparaproduzirtextosacadêmicos escritos orais com propriedade? Hoje, uma das habilidadesmais dos da de éarequisitadas profissionais, independentemente área atuação, capacidad dese de são ee comunicar formaeficiente.Paratanto, necessáriosconhecimentospráticossobrecomointerpretar pro bons de e adequadosàs demandadaspelasociedade.duzir textos, formacoesa coerente, situaçõescomunicativas Ao de que a e e,longodestecapítulo,trataremos questões envolvem comunicaçãoescrita oral, comisso,pretendemos o de e de demodoaoferecer aportenecessárioparadesenvolverestratégias interpretação produção textos, prepararvocêt omundo o de que, asdiscussõeseosantopara acadêmicoquantopara mercado trabalho.Esperamos com exemplosapont a uma e deados,vocêconquiste competêncialinguísticanecessáriaparaalcançar comunicaçãoescrita oral excelência. Bons estudos! : 55 minutos.Tempo estimado de leitura 3.1 Comunicação escrita e oral Asdemandasdasociedade denósa de ede Mas,afinal,atualrequerem capacidade leitura produçãotextual. oqueseriaumbom éaqueleque seutexto?Certamente cumpresatisfatoriamente objetivocomunicativo,está adequadoao noqualse ese bem e umacontexto insere apresenta organizado,comcoesão coerência.Porexemplo, receita que de e um podeser umbomdemonstra formaclara,detalhada eficientecomopreparar pratoculinário, considerada Ao um que ou que se demais em texto. contrário, tutorial apresenta informações confusas, desorganizadas alonga d eterminadostópicosquenãosejamtãoimportantesparaodesenvolvimentodatarefa,nãopodeserconsideradoumtexto eficiente,vistoquenãocumpreseuobjetivo,eosusuáriospoderãoencontrardificuldadesemcompreendê-lo. A de duas o eopartir agora,trabalharemoscom categoriasbásicas: textoescrito textooral.Paracada umadessasmodalidadesdeusodalíngua, do de da edaabordaremosaspectosteóricosrelevantes ponto vista leitura interp de nodiaadia.retação textos 3.1.1 O texto escrito - -3 Aindaque nasociedadeda emqueos visuais maisestejamosimersos informação, elementos ganhamcadavez relevância na — no —,a não seu de nacomunicação especialmente suportedigital escrita perdeu status importância interação humana.De a modalidade da línguaainda é no efato, escrita muitovalorizada contextoprofissional acadêmico. Nomeio por mesmoque decisõessejam pormeiodeprofissional, exemplo, muitas tomadas conversasorais,presencialm oua ser em quesejam oficiais. ssi aente distância,precisam formalizadas documentosescritospara consideradas A m, esc étida ummeiomais deserita como seguro comunicar. Porconseguinte,emborano o seja emseminários, econtextoacadêmico textooral utilizado palestras,debates exposiçõe são as que a do a detítulos sejasorais, muitas atividades ocorrem partir textoescrito,inclusive obtenção acadêmicos, com os deConclusãode ou seja as e Com é nosTrabalhos Curso(TCC) monografias, com dissertações teses. efeito, importante da os de e bematentarmosparaaspectosrelevantes escrita,como conceitos frase,oração,período,parágrafo texto, como os de e ao deconceitos coesão coerência,inerentes processo escrita. Certamente,vocêjásabeque a de quepodemsertodacomunicaçãoocorre partir textos, essencialmenteverbais(utilizand apenas não sonsou sinais)ou (articulandoo palavras), verbais(utilizandogestos,imagens, outros mistos palavras esinaisnão Nesse queum seja o é queverbais). sentido,para texto compreensívelpara leitor, necessário todas asideiasqueo umaunidadede Éoquechamamosdecompõemestejamrelacionadaslogicamente,formando sentido. coe A a do ouseja,a desentidosque dasão. coesãocontribuisignificativamentepara coerência texto, construção decorre inter o o eoaçãoentre autor, leitor própriotexto. Partindoparanoçõesmais em à (2012)mencionaque“[...]decisõesadequadasespecíficas relação escrita,Guimarães pa a de edos a ág a ossãomeio aminhoandado a a omporumbom . ssim,aunidade ra composição frases p r r f c p r c texto” A textu possuiqualidadequandosuas bem Éporissoque asunidadesal partesestão construídas. precisamostrabalharcom men do a a operíodoeoores texto: frase, oração, parágrafo. A éumenunciadodesentido desua Dessa seum dizfrase completo,independentemente extensão. forma, gerente para asuaequipede oíndi ede endas ne emês ” ou, simplesmen e, an e, equipe ,vendas:“Vamosaumentar c v st ! t “Av t !” nasduas de Elapodesernominal,quandonão um emsua ousituaçõestemosexemplos frases. contém verbo composição; quando A échamadade “Cada deumperíodo emverbal, contémverbo. fraseverbal oração: segmento organizado torno deum ou chama-se 2012, 132).verbo locuçãoverbal oração”(GUIMARÃES, p. O a nos de nominaisede ouquadro seguir mostraexemplos frases frasesverbais orações. - -4 Quadro 1 - A frase é marcada por uma pontuação, que designa sua função declarativa, exclamativa ou interrogativa Fonte: Elaborado pela autora, 2021. #PraCegoVer: no quadro, temos cinco linhas e duas colunas. A primeira coluna indica frases nominais, como "Avante, equipe!", "Silêncio!", "Bom dia!" e "Sim, claro". Já na segunda coluna, temos as frases verbais Vamos aumentar o índice de vendas neste mês!", "(orações), como " Você quer silêncio?", "Tenha um bom dia e se recupere logo" e "Sim, aceito!". Observeque uma que seela uma umatodafraseterminacom pontuaçãoespecífica, marca apresenta constatação, pergunt ouuma Na essa se pela da Ademais, ainda,queháa exclamação. fala, pontuação manifesta entonação voz. note, frasesv emqueháum maisdeum.Nesse on ,asf ases amosaumen aroíndierbais únicoverbo,enquantooutrascontém c texto r “V t c ede endasne emês , o êquer e um pois umav st !” “V c silêncio?” “Sim,aceito!”constituem períodosimples, cada contém apenasum ouuma (a éuma verbo locuçãoverbal expressão“vamosaumentar” locuçãoverbalcompostapeloverbo auxiliar“vamos”,maisoverboprincipal “aumentar”),ouseja,apenasumaoração.Enquantoisso,afrase“Tenhaum bomdiaeserecuperelogo”éumperíodocomposto,poiscontémmaisdeumverbo(“tenha”e “recupere”),ouseja,há duasoraçõesemsuacomposição. Assim, emumperíodocomposto,podemosterduasoumaisorações,quaissejam:“te nhaumbomdia”e“serecuperelogo”.Outroexemplodeperíodocompostoéoprovérbio“Quemtem bocavaiàRoma”, quecontémosverbos“tem”e“vai”. Em observeoesquemasíntese, abaixo. Figura 1 - Síntese dos conceitos de frase, oração e período Fonte: Elaborado pela autora, 2021. #PraCegoVer: na figura, temos um esquema indicando os conceitos de frase, oração e período. A frase pode conter verbo (frase verbal = oração) ou não (frase nominal). Da frase verbal, temos uma oração simples - -5 (período simples, como "O seu vestido é lindo") e duas ou mais orações (período composto, como "O vestido que você usou ontem é lindo!". Da frase nominal, temos como exemplo "Nossa, que lindo!". É quenoperíodo podemser o a ões,as onjun õesoulocu õesimportantedestacar composto utilizadas,parainterligar r ç c ç ç c onjunti as, omo“po qu ,“poriss , “por an ,“ma , assi ,ent eout as.Essas onjun ões e emumimporv c r e” o” t to” s” “ m” r r c ç ex rc t an e na das desentido as deumt papelcoesivo,auxiliando,portanto, manutenção relações entre partes texto. Chamamos o deque, já issoao desuavidaatençãopara fato provavelmente,você tenhaestudadosobre longo acadêmica,c essas disciplina de os aontudo, informaçõesestãopresentesnesta comoforma rever conhecimentospréviossobre es das afimdesubsidiarnosso da Aliás,é quenão umatrutura frases, estudo comunicaçãoescrita. fato existe formapadrãopa das emum mas maisoumenosadequadasao deraorganização frases texto, existemformas contexto comunicativo deter Na “[...]quando nosso maiságile émelhor nasminado texto. prática, queremosdeixartexto conciso, apostarmos frases nominaisenosperíodos 2012, 140). essetipodesimples”(GUIMARÃES, p. Encontramos organizaçãofrasal nasbulasdos por que as emum e Alémmedicamentos, exemplo, apresentam informações textoclaro objetivo. disso, hojeemdia,“[...]as sãoasmais namaioriados Elassãoas nafrasescurtas indicadas contextoscomunicativos. preferidas c nojornalismoenapublicidade,por 2012, 141).omunicaçãoempresarial, exemplo”(GUIMARÃES, p. Asfraseslongas ede mais porsua sãomais no e período porestrutura complexa, vez, utilizadas textoacadêmico científico,com composto c eoordenação subordinação. Por conseguinte, as o queé em deum O é frasescompõem parágrafo, construído torno tópicofrasal. tópicofrasal const porumoudoisperíodosque a ideiado ssi deumituído concentram principal parágrafo.A m,cadaparágrafo textodesenvo umaideia e,às a Quandosedeseja deum a umlve central vezes, conclui. tratar novotópicofrasal,passa-se escrever novopa o do aseguir:a a um darágrafo.Veja exemplo texto notíciafoiescritaparainformar populaçãosobre importanteevento es e aOlimpíada de É nesse os deferaestudantil científica, Brasileira Astronomia. fácil, caso,identificar tópicosfrasais cada queparágrafo, aparecemdestacadosabaixo: Você sabia? No período composto, as orações possuem uma relação de coordenação ou subordinação. As orações coordenadas são independentes e uma não é mais importante do que a outra. Por exemplo, na frase “Senti-me mal e fui embora”, temos duas orações que podem ser ditas separadamente. Em contrapartida, as orações subordinadas possuem uma relação de dependência e não podem ser compreendidas separadamente. É o caso da frase Amar você me faz feliz”, em que a oração “amar você” completa o sentido de “ “me faz feliz”, funcionando como sujeito. Nesse caso, “amar você” é subordinada de “me faz feliz”. Inscrições para Olimpíada Brasileira de Astronomia vão até o próximo sábado - -6 É que,porse deum e, e asrelevantedestacar tratar textoinformativo portanto,objetivo direto,todas informaçõesapresent ao dos possuem na ssi o nãoéaideiamaisadas longo parágrafos importância construçãotextual.A m, tópicofrasal import masaideia nadiscussão em a daqual eseante, central realizada cadaparágrafo, partir outrassurgem desenvolvem. Alémdas da é queanalisemosa suascaracterísticas comunicaçãoescrita, interessante comunicaçãooral,considerando ea e modalidadesdeummesmoparticularidades relaçãoexistenteentreoralidade escrita,vistascomodiferentes código: alíngua.É issoque asobre veremos seguir. 3.1.2 O texto oral Vocêdeveestarse maso dopreguntando: textooraldifere textoescrito? Suponhaque uma darauma aquem essatemos notíciamuitochocantepara pessoa estimamos.Porém, pessoaestádistante e aela o Nesse é pensarbemnas queprecisaremosescrever paracontar talfato. caso, necessário palavras iremosutilizar ena das do as de ede quejá afimdequeaorganização informações texto,aplicando noções coesão coerência estudamos, seja peloseumensagem satisfatoriamentecompreendida interlocutor. Agora,imagineque essa que a seudevemostransmitir notíciapessoalmente.Considerando estaremosface facecom inter a da edas alémdelocutor,precisamosutilizar linguagemoral,valendo-se entonação pausasnecessárias, empregarmose e que nadifícil de umaxpressõesfaciais gestos auxiliarão tarefa transmitir notíciaimpactante. As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica estão abertas até o próximo . Escolas interessadas em inscrever alunos devem fazer o cadastro pela internet. O eventosábado (31) ocorre no dia 18 de maio. Podem participar estudantes de instituições públicas e privadas. “O objetivo é levar a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, , diz João Batista Garcia Canalle, professor de astronomia dadespertando o interesse nos jovens” Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador nacional do evento. A prova é composta por dez questões, sendo sete de astronomia e três de astronáutica, a maioria delas de . Os melhores classificados na OBA vão representar o País, no próximo ano, naraciocínio lógico Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica e na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica. (BRASIL, 2018, on-line) - -7 A não da (1998, 61), ecomunicação oral, então, difere totalmente comunicação escrita. SegundoKoch p. oralidade são“[...]duasmodalidades deusodalíngu .Emout as alav as,sãoduas a esdeumamesmamoeda,escrita distintas a” r p r f c pois,embo a domesmo Umar apresentemcaracterísticasdiferentes,utilizam-se sistemalinguístico. divergênciamar a ea équea é do issoquandoalguém porumcanteentre oralidade escrita oralidade dependente contexto.Percebe-se passa naruaediz“Eaí, omoe ãoas oisa . a aaplena omp eensãodessaf ase,ouseja, saberaque essaamigo c st c s?” P r c r r para coisas se é o emqueessa inserida.pessoa refere, necessário conhecer contexto comunicaçãoestá A por nãodepende desse situacional, queasescrita, outrolado, obrigatoriamente contexto visto informaçõesnecessárias a ou no Uma aesse dapara interpretaçãotextualdevemestar,explícita implicitamente, própriotexto. exceção aspecto esc éa híbridaque pormeiode ou quesimulama a pormeioderita comunicação ocorre sites aplicativos interaçãoface face, me permitindoousoda e devídeoe densagensinstantâneas, linguagemescrita oral,comgravação mensagem voz. Essa semelhança ou associação entre a escrita virtual e a oralidade é conhecida como “internetês” e divide opiniões na sociedade de forma geral. Nesse sentido, destacamos a importância de ser respeitado o nível de formalidade da comunicação, seja ela escrita ou oral. Dessa maneira, em uma conversa virtual entre familiares ou amigos, é possível escrever e falar informalmente, enquanto que em uma conversa profissional deve ser mantida a formalidade, seja com a escrita ou com a oralidade. Outra distinção entre a oralidade e a escrita é o seu planejamento e elaboração. Enquanto que a escrita tende a ser mais elaborada e planejada, a oralidade tende a ser mais espontânea e interativa. No texto escrito, caso cometamos algum desvio ou desejemos alterar o que escrevemos, é possível apagar e reescrever. Na oralidade, isso não é possível, uma vez que, caso algo inadequado seja dito, não há como apagar, o que se pode fazer é se desculpar pelo equívoco. Você quer ver? No vídeo Amy Cuddy discute sobre o Sua Linguagem Corporal Molda quem Você é, importante papel da expressão corporal para a comunicação oral. Segundo ela, o comportamento físico de uma pessoa revela, além do seu estado de espírito, informações sobre si mesmo. Vale a pena conferir e aplicar o que aprendeu em seu dia a dia. Você pode ver o vídeo legendado clicando no botão a seguir. Acesse https://www.youtube.com/watch?v=Ks-_Mh1QhMc - -8 Além disso, o texto oral espontâneo costuma ser simples, com uso de frases curtas e com pouca densidade informacional, já que os turnos de fala costumam ser interrompidos pelo interlocutor, mas não podemos esquecer que essas características não ocorrem em 100% dos textos produzidos. Existem textos orais complexos, como discursos acadêmicos e políticos, assim como há textos escritos bastante simples. Existem falas planejadas e escritas espontâneas. Nesse ínterim, oralidade e escrita, conforme Marcuschi (2001), configuram-se como um , ou seja, não são conceitos estanques e excludentes.continuum O discurso político, por exemplo, é um texto de expressão oral que tem como base o texto escrito. O mesmo ocorre com um poema que é escrito para ser declamado diante do público. Isso demonstra a relação estreita que existe entre a oralidade e a escrita. O diálogo entre familiares é um exemplo do uso espontâneo e simples da linguagem oral. Nesse caso, não há um planejamento do que se vai falar, da ordenação das palavras nas frases, nem das frases nos períodos, e assim sucessivamente. Há, apenas, a preocupação de ser compreendido e de ter seus objetivos comunicativos atingidos. Figura 2 -O diálogo familiar costuma ser espontâneo e simples Fonte: Serhiy Kobyakov, Shutterstock, 2021. : na figura, temos a fotografia de uma mulher com duas crianças. Uma delas está à esquerda,#PraCegoVer observando a mulher, à direita, que está falando algo. Em seu colo, a outra criança presta atenção à cena. Poroutrolado,emuma de aindaquea seja a asermaisentrevista emprego, comunicação oral, linguagemtende monitorada e pormeiode e selecionadas. ssi a aelaborada oraçõescompletas palavrascuidadosamente A m, entonaçãovocal, gesticu eas a ea dolação expressõesfaciaisdevemconfirmar segurança autoconfiança candidato.Dizercomvoztrêmulae/oues asmãosque éo dequea não seu fregando você profissional empresa necessita, provavelmente, convencerá possível Além “O nãoé Ao eleempregador. disso, textofalado absolutamente caótico, desestruturado, rudimentar. contrário, uma quelheé pelas desua eàluzdela sertem estruturação própria,ditada circunstânciassociocognitivas produção deve de e 1998, 64).scrito avaliado”(KOCH, p. - -9 Figura 3 - Na entrevista de emprego, o texto oral costuma ser mais elaborado Fonte: Adam Gregor, Shutterstock, 2021. : na figura, temos a fotografia de duas mulheres sentadas, uma de frente para a outra. Elas estão#PraCegoVer conversando, segurando uma pasta azul. Em cima da mesa à frente delas, há um copo de água. Ao fundo, pode- se observar grandes janelas. Agoraque já um dos mais em à e novocê conhece pouco aspectos relevantes relação comunicaçãoescrita oral, próximotó a ouseja,as de e aeficiênciadopico,abordaremos parteprática, estratégias produçãoescrita oral,importantespara proce ssocomunicativo. 3.2 Estratégias de comunicação escrita e oral Muitossãoos que em ouse emseminários masseprofissionais necessitamfalar público apresentar e/ouconferências, sen Damesma — ofícios, outeminseguros. forma,muitosnecessitamescrevertextos como memorandos,artigos textos —enãosabem se ouquais deacadêmicos como expressar técnicas escritautilizar. Porisso,a de um que se opartir agora,abordaremos assuntomuitoimportanteparapessoas precisam comunicarcom as de oupúblico: estratégias comunicaçãooral escrita. A ea poisé elasque oargumentação retóricadevempermeartodacomunicação, com conseguimospersuadir público. Ademais, vimos nosso das e eoqueelecomo anteriormente, corpofalaatravés expressõesfaciais corporais, expressa alinhado as queprecisaestar com palavras pronunciamos. 3.2.1 Argumentação e retórica De (2016), possuia de alguém.A seacordocomBlikstein todoatocomunicativo necessidade persuadir persuasão refere nãoapenasao de alguém,sejaa oua por masao deato convencer compraralgo realizardeterminadaação, exemplo; ato en deser pelo e deleum Um seus avolver, aceito público obter retorno. professorprecisapersuadir estudantesquanto import - -10 do emsuaaula,afimdequeo sabendoque, desseância tematratado estudemcomdedicação, futuramente,necessitarão co Nãoé Dessa (2016, 84)aindanos quea emnhecimento. isso? forma,Blikstein p. explica persuasãoconsiste Com o o mãoda que, oDicionáriodeisso,paraconseguirpersuadir público, oradorlança retórica, segundo Português, define-se a“[...] debemfalar;a gumen a ãoou omuni a ãocla a;eloquênci . ssim,pormeioda óri a,como arte r t ç c c ç r a” A ret c um pode sua que podeser mas podeserdeapenasumaorador conseguir persuadir plateia, numerosa, também pessoa. Nesse a possui jáque bem e sãocontexto, argumentação importânciacentral, argumentos fundamentados explicitados de o sejapormeioda ou éessencialquehajaumcapazes convencer público, linguagemoral escrita.Porisso, planejamento doquese ou Nesse ser um e do aservaifalar escrever. planejamento,deve realizado estudo aprofundamento assunto abor umplano do e euma do dadado, estrutural texto(introdução,desenvolvimento conclusão) simulação momento apresent ouda eser é do edeseusaçãooral leitura.Afinal,paraargumentar convincente, precisoestarseguro conteúdo desdobrame entos,demonstrandoconvicção,autoconfiança segurança. Outrahabilidade a éa O deum ou seimportantepara argumentação empatia. autor textooral escritodevesempre colocar no doseu esimularo da ouda do afimdelugar ouvinte/leitor momento apresentaçãooral leitura texto, detectarpossíveisf de É o e os quepossamalhas interpretação. precisoconhecer público tentarantecipar questionamentos surgir,justamente que a àspara demonstre desenvolturanecessária,atendendo expectativas. Paramelhor essas dealgumas dacompreendermossobre técnicas,trataremos específicas comunicaçãooral nasequência. 3.2.2 Técnicas de comunicação oral Você quer ler? O livro , escrito por Izidoro Falar em Público e Convencer: Técnicas e Habilidades Blikstein, serve para auxiliar o público em geral a desenvolver a capacidade comunicativa diante de um considerável número de pessoas. Além de tratar de pontos relevantes — como convicção, credibilidade e autopercepção —, a obra também orienta sobre expressão corporal e verbal. Vale a pena tirar um tempo para ler! [...] uma operação estratégica que confere à comunicação suavidade, prazer, envolvimento e entusiasmo, a fim de que os ouvintes/clientes, a quem solicitamos a colaboração, sejam estimulados a produzir a resposta de que necessitamos. A persuasão é, pois, uma ferramenta necessária para o bom êxito de qualquer tipo de comunicação. - -11 Conformenossos na que alémdoestudos, oralidadeestãoenvolvidosfatores estão códigolinguístico, masquepossuemigual no a ea queincluemasimportância atocomunicativo: entonação expressãocorporal, expressõesf eaaciais gesticulação. Qualquer nodesempenho deuma pode umruídona O porsuaproblema oral pessoa provocar comunicação. ruído, vez, équalquer que a umaideiamal ouuma mal porperturbação impeça comunicação: interpretada palavra pronunciada, a da é cuidado a eexemplo,poderãoafetardiretamente eficácia interaçãoverbal.Porisso, precisotomarmuito com dicção a ssi as ser entusiasmada,com pronúncia.A m,todas palavrasprecisam cuidadosamentepronunciadas,comentonação de e ainda,queé o noque sendo afimdequeeleformaclara audível.Lembre-se, precisoenvolver ouvinte está comunicado, epermaneçaatento interessado. Figura 4 - Para uma boa comunicação oral, é necessário que todos consigam ouvir e compreender a pronúncia das palavras proferidas pelo orador Fonte: aurielaki, Shutterstock, 2021. Você quer ver? O vídeo é apresentado por Julian Como Falar de Forma que as Pessoas Queiram Ouvir Treasure, tratando sobre os sete pecados capitais do discurso. A partir das técnicas apontadas por ele, é possível trabalhar suas habilidades de comunicação em público. Você pode ver o vídeo clicando no botão a seguir. Acesse https://www.youtube.com/watch?v=D236cCikGmA - -12 #PraCegoVer: na figura, temos a ilustração de um ambiente de trabalho. Há uma pessoa à frente, apresentando algo (estratégia de negócio). Em volta de uma mesa, há outras pessoas, todas com seus notebooks fazendo anotações. Em cima da mesa, há um telefone, tablets e xícaras. A é a do seja no voz matéria-prima orador, ambientecorporativo, acadêmico,religioso,publicitário,entreoutros emquehajaa Dessa quea seja por naâmbitos exposiçãooral. forma,para voz audível todos,devemosinvestir respiração, impulsionandoo dossons. é a de ea volume Também necessárioevitar perda fôlego produçãodesonsestridentescomavo z,umavezqueaentonaçãodevepassartranquilidadeeânimoe/ouenfatizarpalavrasimportantesdoassuntoqueesteja sendotratado. Além a deum que desejadisso, expressãocorporaltambémexerceimportantefunçãocomunicativa.Falar produto você v de nãoo a seu de assim se emumendercomexpressão insatisfação levará atingir objetivo vendas, como pronunciar velório de não bem peloscomexpressãofacial intensaalegria será,provavelmente, recebida presentes. De édifícil do pois—namaioriadas —essas defato, terautocontrole corpo, vezes expressõesocorrem formainvoluntária um seus e de que,automática.Contudo, oradoreficienteconseguemonitorar movimentos expressõesfaciais forma co o tudoque pormeiodas Eainda ansiga,com corpo,confirmar estáapresentandopalavras. consegueperceber,com expre dos quem ounãonoque sendo quem sonooussãocorporal ouvintes, estáinteressado está apresentado, estácom simplesm não de Essahabilidadeé queoseu sejaente gostou determinadoargumento. importantepara discurso reorientado nosentidode aobuscaragradar público. Percebaque, mesmoemuma pela do quandooaté conversainformal,conseguimosperceber, expressão ouvinte, assunto ssi aoportunidadede a oumudarde Issopodeserestáenfadonho.A m,temos encerrar conversa assunto. percebido quandoo mudao de olhando ouquandoele seuinterlocutor campo visão, paralocaisdistantes, discretamenteafasta corpo do onde afimde quedeseja a eselocal estáorador, sinalizar finalizar interação ausentar. Nesse (2016, 130) “[...] demodo e acontexto,Blikstein p. orienta: procurearticular, harmônico coerente, fala(voz, ritmoe ea visual,entonação,pronúncia, pausas) expressãocorporal(contato expressãofacial,gestos,postura, e e tuário) .movimentação v s ” Agoraquevimosalgumas a as emestratégiaspara boacomunicaçãooral,precisamosconhecer estratégiasrelevantes re à pormeiode delação produçãoescrita, técnicas revisãotextual. 3.2.3 Técnicas de comunicação escrita - -13 É que seus o de ao desejadofato atérenomadosautoresprecisamrefinar textoscom objetivo chegarem nível para Dessa amelhor a de qualidadeéa quesepublicação. maneira, técnicapara produção textosescritoscom revisãotextual, co o de o desviosde enfiguracomo processo reler textoquantasvezesforemnecessáriasparacorrigirpossíveis escrita fazer ou aacréscimos,substituições cortesnecessáriosparamelhorar redação. Guimarães(2012, 160), a nos quep. sobre revisãotextual, explica Aqui, em a do em aosseus É assumiro do eentra questão empatia autor relação potenciaisleitores. necessário papel leitor re do de dequem o do edesua desdeumvisor ponto vista consumirá texto,independentemente gênero extensão, documento simplesaum Os a são:romancecomvárioscapítulos. principaisaspectos seremrevisados Estrutura O texto segue a estrutura padrão do gênero textual escolhido? Caso o leitor precise localizar informações no texto, ele conseguirá fazer isso com facilidade? Há a necessidade de incluir ou retirar uma imagem do texto, aumentar ou diminuir o tamanho da letra? Extensão dos parágrafos A extensão dos parágrafos, de forma geral, está semelhante? Cada parágrafo trata de um tópico frasal? Construção das frases As frases possuem a extensão adequada, nem longas, nem curtas demais? Apresentam as informações de forma clara? Adequação do nível de linguagem A linguagem está adequada à situação comunicativa (mais ou menos formal)? No caso do uso da norma padrão da língua, atente para aspectos como ortografia, pontuação e concordância verbal e nominal. Coerência e coesão As ideias apresentadas ao longo do texto estão coerentes ou se contradizem? As informações seguem uma ordem lógica que facilita a leitura? A revisão ideal é aquela feita por outra pessoa, de preferência um redator experiente. Se isso não for possível, revise você mesmo seu texto. Tente, porém, distanciar-se o mais que puder dele. Antigamente se dizia que o melhor revisor é o fundo da gaveta; hoje podemos dizer que o melhor revisor é o computador desligado. Ou seja: deixe para rever seu texto no dia seguinte ou pelo menos algumas horas depois de tê-lo escrito. Só assim você conseguirá lê-lo com ‘outros olhos’ – olhos de leitor, não de redator. - -14 A desses é as no afimdelhepartir questionamentos, possívelrealizar alteraçõesnecessárias texto, conferir maiorqualidadee a Nasequência, analisarum melhor essespotencializar leitura. vamos casopara compreendermos pon tos. Nesse a da das aqui bem a da é asentido, partir aplicação técnicas apresentadas, como prática escrita, possívelaperfeiçoar ea ashabilidadesde no eoralidade escrita,melhorando comunicação, âmbitopessoal,acadêmico profissional. Valedestacarmos,então,que as discutidasem à e possuemtodas técnicas relação comunicaçãooral escrita fundamento na da ummodelo porum noséculoXX.ATeoria Comunicação, comunicativoconcebido importantelinguista seguir,est essemodeloe elese à nosdiasudaremos como aplica comunicação atuais. 3.3 Teoria da Comunicação A humana,há de o de epesquisas.comunicação muitotempo,tornou-sefoco interessepara desenvolvimento estudos Em1960,o uma domodelolinguistaRomanJakobsonresolveupropor versão comunicativo,geralmenteapresentado pelos deportuguêsnas e aprofessores escolas tambémutilizadocomobaseparaestudosavançadossobre comunicação. Estudo de Caso Carlos, morador de uma cidade do interior de Minas Gerais, desde muito pequeno, tinha o sonho de ser escritor, mas, na escola, tinha muita dificuldade com o estudo da Língua Portuguesa. Uma coisa que sempre lhe diziam é que seus textos possuíam inadequações em relação à escrita padrão, como desvios de acentuação e de ortografia. Ao se tornar adulto, mesmo trabalhando em uma indústria da cidade, Carlos continuou lendo e escrevendo nas horas vagas. O interessante é que, mesmo longe da escola, a partir da prática de leitura e produção de textos, e com a técnica da revisão textual — o homem aprendeu com uma amiga que também gosta muito de escrever —, sua habilidade de escrita foi se aprimorando e seus textos — contos, crônicas e poemas — foram ganhando cada vez mais qualidade. Hoje, ele é um escritor reconhecido na cidade e no meio profissional ao qual pertence. Você o conhece? Roman Jakobson, criador do modelo comunicativo mais utilizado na história, nasceu na Rússia, em 1896. Desde pequeno, revelou seu interesse pelos estudos da linguagem - -15 Jakobsoncomeçoua ao deseus queas possuíam emperceber, longo estudos, conversascotidianas semprealgo comum: duasoumais emum deumpessoasfalandosobredeterminadoassunto, determinadocontexto,através determinado idiomaedeum sejaeleo um o ou a A dessa inicial,elemeio, telefone, bilhete, e-mail face face. partir observação passou aanalisarmais a edesenhouumesquema,quedetalhadamentecomo comunicaçãoocorre ficouconhecido porseromodelo decomunicativo Jakobson. 3.3.1 O modelo comunicativo de Jakobson De omodelo de de humanapossuiseisacordocom comunicativo Jakobson,todoato comunicação elementos, asquaispodemoscitar: Mensagem As informações que se quer transmitir. Emissor ou remetente De quem parte a mensagem. Receptor ou destinatário A quem se destina a mensagem. Código Sistema de signos por meio do qual a mensagem é transmitida (em geral, é o idioma, seja inglês, português, alemão etc.). Canal O meio físico pelo qual emissor e receptor se comunicam (telefone, internet, televisão, jornal, rádio etc.). Referente ou contexto O assunto da mensagem, o contexto ao qual ela se refere. Esses se de oesquemaaseguir:elementos relacionam acordocom como instrumento de comunicação. Jakobson também passou por diversas universidades atuando como professor de linguística. O modelo comunicativo desenvolvido por ele tem grande relevância nos estudos da linguagem e da comunicação. - -16 Figura 5 - Modelo comunicativo de Roman Jakobson Fonte: Elaborado pela autora, baseado em JAKOBSON, 2007. #PraCegoVer: na figura, temos um esquema retratando o modelo comunicativo de Roman Jakobson, em que há o canal, a mensagem e o código, contando com emissor, referente e receptor. Nesse (2007),na há um queenviauma aumcontexto,paraJakobson comunicação sempre remetente, mensagem destinat eessa um ou é,um eum que a oário, mensagemrequer contexto referente,isto código canal permitam comunicaçãoentre eo ssi se um deturmadaremetente destinatário.A m, vocêconversacom amigo faculdade,convidando-oparafazerparte doseugrupode a o da ouseja,o O porsuaestudos, mensagemserá conteúdo conversa, convite. referente, vez,será ogrupode Oemissor eo seu O alínguaportuguesa,eoestudos. serávocê receptorserá amigo. código,então,será canalserá o doqualsua se No essa por ,o aser aar,através voz propagará. entanto, caso conversa ocorra e-mail canalpassa intern ousodo oudeum ouet, com computador tablet smartphone. Éainda,queemissore do dointeressantenotar, receptorprecisamcompartilhar conhecimento códigolinguísticout na Do a não eficiência.ilizado comunicação. contrário, mensagem serátransmitidacom A asseis da por (2007)a dessemodeloseguir,apresentaremos funções linguagemapontadas Jakobson partir comunicativo. 3.3.2 Funções da linguagem Ao o que a humana, (2007) aoelaborar diagrama estudamosparadescrever comunicação Jakobson buscavaresponder qu que naquela ques a Com a àestionamento muitosfaziam época:para erve linguagem? efeito, principalfunçãoatribuída a de daanálisedessemodelo olinguagemera troca informações.Contudo,partindo comunicativo, linguistaidentificou seis a uma emum da ssi emfunçõespara linguagem,cada centrada elemento comunicação.A m, cadaatocomunicativo, um oque sua Sãoelas:elementoganhaênfase, determina função. Função referencial Ênfase no referente, ou seja, no assunto ou na informação. É a função de textos como notícias, reportagens, verbetes de enciclopédias, leis, textos empresariais e acadêmicos, entre outros. A intensão é informar com o máximo de objetividade. - -17 Função emotiva ou expressiva Ênfase no emissor. É a função de poemas, diários e canções. A intenção é focalizar os sentimentos e as emoções do emissor. Os textos, então, geralmente são escritos em primeira pessoa (eu). Função conativa ou apelativa Ênfase no receptor. É a função de anúncios e horóscopos, por exemplo. A intenção é convencer o destinatário. Além disso, podem aparecer nesses textos verbos no imperativo, para dar ordens ou conselhos. Função fática Ênfase no canal de comunicação. É a função de frases que utilizamos para iniciar ou finalizar uma conversa, como “oi, tudo bem?”, “alô”, “ok, até mais”, entre outras. A intenção é verificar a qualidade do canal e manter a comunicação livre de ruídos. Função metalinguística Ênfase no código, ou seja, na própria linguagem. É a função de verbetes de dicionários, gramáticas ou quaisquer textos que tenham a intenção de explicar, questionar ou comentar a própria linguagem. Função poética Ênfase na mensagem. É a função de poemas, canções, provérbios, slogans e jingles. A intenção é trabalhar a forma como as coisas são ditas. Nesses textos, são explorados recursos expressivos da linguagem, como rimas, sonoridade, ritmo, trocadilhos e metáforas. Logo,paraidentificarmosqualéa da em qualfunção linguagem determinadotexto,precisamosperceber elementocomu sendo maisdeum em assim,nicativoestá focalizado.Àsvezes,vocêencontrará elemento ênfase,apresentando, maisdeuma Nesses uma éa queas se secundárias. éfunção. casos, função principal,enquanto outras tornam Porisso, válid em ou ofalar textopredominantementereferencial predominantemente apelativo. Aindaque,àsua os da possam sido omodelo pormaneira, questionamentos comunicação ter respondidos, proposto Jako (2007)bson recebeucríticas.Nasequência,discutiremosalgumasdelas. 3.3.3 Críticas ao modelo comunicativo de Jakobson Oesquema de (2007) emummodelo Como algumasteórico Jakobson foiinspirado matemático. tempo, críticascomeçar a em aesse por demaiso de osam surgir relação modelo,principalmente simplificar processo comunicaçãoentre seres humanos,quenem de De os humanossão de esempreocorre formatãomecânica. fato,todos seres dotados culturas experi - -18 e, issopode a eles. uma nem ébemênciasdiferentes, portanto, afetar comunicaçãoentre Porexemplo, mensagem sempre pelo ouo nem Se umjornal hádezanos,recebida destinatário, referente sempreestáacessível. vocêencontrar publicado t não dos naqueledado é,o é oquepodealvez consigalembrar fatosocorridos momento,isto referente desconhecido, comp a dorometer interpretação texto. Convémlembrar,ainda,quea de enão seobservanosmodeloscomunicaçãoverbalocorre formacircular linear,como e ouseja,emuma emissore de asquematizadosanteriormente, conversapresencial, receptortrocam papéis todoinstante. E,mesmoemuma à isso emmaioroumenor Além no comunicação distância, tambémocorre, escala. disso, atocomunica podem maisdedoisindivíduos.tivo, interagir Figura 6 - Na interação verbal, podem estar envolvidos mais de dois participantes, o que dificulta a classificação dos elementos comunicativos propostos por Jakobson Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2021. #PraCegoVer: na figura, temos a fotografia de três pessoas conversando. Elas estão uma do lado da outra. As duas pessoas mais à direita estão analisando informações, enquanto a outra presta atenção. Em cima da mesa à frente delas, há dois copos com água. Ao fundo, pode-se observar grandes janelas. Quando um nãohá queméoemissoreovocêconversainformalmentecom familiar, comodelimitar receptor.Porisso, hoje,os chamá-losde Além emuma podemserlinguistaspreferem interlocutores. disso, únicaconversa transmitidas não —quase — umaváriasmensagenssobrevariadosreferentes, havendo sempre comodelimitar mensagemprincipal. Conclui-se, queomodelo de (2007)possui os daportanto, comunicativo Jakobson granderelevânciapara estudos comu eda porissonãopodemos de No nãopodemos adinamicidadedanicação linguagem, deixar analisá-lo. entanto, esquecer ou equeos não uminteraçãoverbal,escrita oral, interlocutoresenvolvidosgeralmente exercem únicopapel noesquemadecomunicação. Após da e é discutirmosas de queestudarmos aspectos comunicação escrita oral, importante práticas linguagem têm por o ea de a No oobjetivo estudo construção conhecimentos: comunicaçãoacadêmica. próximotópico,abordaremos est da da incluindoos e mais nesseudo comunicaçãoespecífica esferaacadêmica, gênerosorais escritos utilizados meio. - -19 3.4 Comunicação: texto acadêmico Os ou sãoas as as as osprincipaisgênerostextuaisacadêmicos, científicos, monografias, dissertações, teses, resenhas, re os osseminários,as os os depesquisa, quesesumos, artigoscientíficos, palestras, relatórios, projetos entreoutrostextos aoEnsinoreferem Superior. A de as da ealgumas quepartir agora,vamosestudar principaiscaracterísticas comunicaçãoacadêmica técnicas devem ser pelos de superiorao por uma pelasseguidas estudantes nível produzir, exemplo, monografia,utilizada instituiçõesc um deConclusãodeomo Trabalho Curso(TCC). 3.4.1 Características da linguagem acadêmica Considerandoa na de e a ea naeficácia transferência informaçãoentreautor leitor, estrutura linguagemutilizadas comu possuem (1999, 170) que,no “[...]nicaçãoacadêmica característicaspróprias.Viegas p. destaca discursocientífico, a a do suafidelidadeao a esimples,aneut alidade,busca-se objetividade, isenção autor, fato, descriçãopura r semposicionamen ossubj ti os,ideológi osou ti o .t e v c é c s” Assi osprincípios da são:m, básicos linguagemacadêmica Clareza Não deixa margem a várias interpretações, evitando-se ambiguidades. Precisão Cada palavra transmite seu significado real, sem uso de metáforas. Comunicabilidade Abordagem direta e organização lógica dos assuntos. Você quer ler? O livro , Normas e Técnicas para Elaboração e Apresentação de Trabalhos Acadêmicos de Selma Cristina dos Santos e Márcia Alves Faleiro de Carvalho, é um importante material de apoio aos estudantes de cursos superiores que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre a escrita de trabalhos como projetos de pesquisa, artigos e monografias. - -20 Consistência Equilíbrio existente entre as sessões e subseções do trabalho. Marconie (2003, 250)aindaafirmamquea “[...] emLakatos p. comunicaçãocientífica requerlinguagemperfeita relação às nãosóo o abuláriopopula ,vul a ,mas ambémpompos .Dessa orma,bus ando regrasgramaticais,evitando v c r g r t o” f c o e nãose o em (eu).bjetividade impessoalidade, deveutilizar texto primeirapessoa Figura 7 - A comunicação acadêmica deve buscar objetividade e clareza Fonte: Franck Boston, Shutterstock, 2021. : na figura, temos a fotografia de um homem em uma sala de aula. Ele está olhando para a#PraCegoVer câmera e segura um livro aberto. Ao fundo, pode-se observar um quadro negro com fórmulas e expressões matemáticas. À direita, há uma mesa com diversos livros empilhados emcima. Ascaracterísticasdo se ao ao serdiscursocientífico aplicamtanto textoescritoquanto textooral,devendo buscadas afimde aos aqualidade quese deindivíduosque àconferir trabalhos acadêmica espera pertencem comunidadecientífica. A as do ealgumas queajudamna desseseguir,abordaremos principaispartes trabalhoacadêmico técnicas superação desa fio. 3.4.2 O trabalho acadêmico Paragarantira ea do algumasnormasque suapadronização uniformização trabalhocientíficoforamelaboradas regulam Essa aos das o àsideiaseestrutura. normalizaçãopretendefacilitar diferentesleitores diversasculturas acesso concepç õescientíficasapresentadas. Você sabia? - -21 Todotrabalhocientíficoé de e composto trêspartesprincipais:elementospré-textuais,elementos textuais elementos p Os sedividemem de e Osós-textuais. elementos pré-textuais capa,folha rosto,agradecimentos,resumo sumário. eleme porsua incluema os de eas finais. fim,osntostextuais, vez, introdução, capítulos desenvolvimento considerações Por ele as os eosmentospós-textuaistrazem referências, anexos apêndices. Chamamosa uma nos aatençãopara técnicamuitoimportanteutilizada trabalhosacadêmicos: citação.Ascitaçõesper o do que sendo as queomitem diálogo trabalho está desenvolvidocom teorias fundamentam.São,portanto,importantesc deapoioao as emum ser aofinal,nasomponentes texto.Todas obrascitadas trabalhoacadêmicodevem encontradas afimdequeo possa a originaldas deseje.referências, leitor consultar fonte informaçõescitadas,caso Com o se um de de deumapesquisaefeito, trabalhoacadêmico constituicomo instrumento divulgação resultados científ que e uma queele,qualquerqueseja,ica, pretendeesclarecer atualizar teoriacientífica.Porisso,espera-se contribuacom o do e o daciência.Além é queosavanço conhecimento com desenvolvimento disso, importante resultadosapresentados pormeioda asociedade.comunicaçãocientíficatragamrelevantescontribuiçõespara Assi podemos quea demanda, de em, perceber comunicaçãoacadêmica portanto,níveis formalidade uniformidadenece à eà do bem que dassários construção disseminação conhecimento, comoestratégias fazem comunicaçãoeficiente. 3.4.3 Estratégias de comunicação acadêmica A e uma éa Com jáouviuqueaprimeira principalestratégiapara boacomunicaçãoacadêmica leitura. certezavocê leitura éessencial a do De ela,é a eapara formação cidadão. fato,com possívelexpandirconhecimentos,melhorar escrita expre pormeioda deum quelhe emsuassãooral, formação repertóriosocioculturalvasto permitirátersucesso argumentação. aindahoje,há quenão enão de ssi quandoInfelizmente, estudantes valorizam praticamhábitos leitura.A m, necessitam dela pesquisare um dificuldadeem eselecionarpara desenvolver trabalhoacadêmico,sentemmuita encontrar informaç Além não seus noque Dessaõesrelevantes. disso, conseguemdesenvolver própriosargumentoscombase leram. forma, a da e ounenhumaqualidadeacabamrealizando prática cópia,consideradailegal, produzindotrabalhoscom pouca acad êmica. Outraestratégiaimportanteéo da No da éplanejamento comunicação. caso comunicaçãoacadêmicaoral, plenamentepo as de que já incluindo dassívelaplicar estratégias comunicaçãooral você estudou, aspectosrelevantes linguagemcientíf ouseja, e é os emica, comclareza,precisão,comunicabilidade consistência.Paratanto, necessáriorespaldar argumentos A forma de apresentação e os procedimentos adotados em trabalhos acadêmico- científicos são regulados por normas técnicas institucionalizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Você pode conhecer melhor sobre elas acessando o site: .http://www.abnt.org.br/ http://www.abnt.org.br/ - -22 ouemdadosquepossam os do de eestudosanteriores comprová-los.Apresentartodos tópicos assunto formaclara or sem ou e éomelhorganizada, rodeios incertezas imprecisões, caminho. Caso a comunicação acadêmica seja escrita, também é possível aplicar conjuntamente as estratégias de comunicação escrita e os aspectos da comunicação acadêmica. Por se tratar de um texto escrito, há a possibilidade de revisarmos e reescrevermos o texto quantas vezes forem necessárias, o que confere mais qualidade. Em um trabalho de conclusão de curso, por exemplo, é necessário que você escreva um ou mais capítulos de referencial teórico, ou seja, que apresente o que já foi dito por outros pesquisadores sobre o assunto em destaque. No entanto, você deve apresentar essas ideias sem copiar exatamente o que eles disseram, mas explicando com suas próprias palavras cada um dos tópicos e subtópicos. Quando for realmente necessário apresentar as palavras de um autor sobre o tema em questão, podemos utilizar o recurso da citação, colocando o texto entre aspas e acrescentando a referência completa da obra, para que os leitores possam consultá-la futuramente. Percebaque,tantoparaacomunicaçãoacadêmicaoralquantoparaaescrita,aleitura voltaaserumaestratégia importan te, porisso,diz-sequeelaéfundamentalparatodasasformasdecomunicaçãoeexpressão.Assim,alémdeprocurarman terohábitodaleitura,é fundamentalsemprebuscarmosinformaçõesde fontes seguras:livroseartigosacadêmicos, sitesdeuniversidadesouinstituiçõescientíficas,monografias,dissertaçõeseteses,quepossamsubsidiarosestudos. - -23 Conclusão Chegamosaofinaldemaisum Nele,pudemosdiscutire a e acapítulo. aprendersobre comunicaçãooral escrita,sobre Teor da e,porfim, a os sãodesumaia Comunicação sobre comunicaçãoacadêmica.Certamente, conceitosabordados import seuânciapara desenvolvimentoprofissional. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • desenvolver as estratégias de comunicação escrita e oral; • analisar a importância da argumentação e da retórica para a comunicação; • conhecer os elementos comunicativos e as funções da linguagem; • identificar as características da comunicação acadêmica; • aplicar estratégias de comunicação escrita e oral à comunicação acadêmica. • • • • • - -24 Referências ABN . ssocia ão B asilei a de Normas écni as. Disponí el em: T A ç r r T c v http ww abnt org br://w . . . /.Acessoem:20 maio 2021. BLIKSTEIN,I. ehabilidades.Sãoem eFalar público convencer:técnicas Paulo:Contexto,2016. BRASIL.Governodo Olimpíada de o (31). Brasil.Inscriçõespara Brasileira Astronomiavãoaté próximo sábado A 26 2018. em: gência Brasil, mar. Disponível http ww brasil gov br educacao inscricoes-para-://w . . . / /2018/03/ olimpiada-brasileira-de-astronomia-vao-ate-o-proximo-sabado-31.Acessoem:20 maio 2021. 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VIEGAS,W.Fundamentosde metodologia científica.Brasília:EditoradaUNB,1999. https://www.youtube.com/watch?v=D236cCikGmA Introdução 3.1 Comunicação escrita e oral 3.1.1 O texto escrito 3.1.2 O texto oral 3.2 Estratégias de comunicação escrita e oral 3.2.1 Argumentação e retórica 3.2.2 Técnicas de comunicação oral 3.2.3 Técnicas de comunicação escrita Estrutura Extensão dos parágrafos Construção das frases Adequação do nível de linguagem Coerência e coesão 3.3 Teoria da Comunicação 3.3.1 O modelo comunicativo de Jakobson 3.3.2 Funções da linguagem 3.3.3 Críticas ao modelo comunicativo de Jakobson 3.4 Comunicação: texto acadêmico 3.4.1 Características da linguagem acadêmica 3.4.2 O trabalho acadêmico 3.4.3 Estratégias de comunicação acadêmica Conclusão Referências
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