Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 1/41 Introdução Olá, prezado(a) estudante! Você se lembra de quando era criança e ganhava aquele brinquedo com vários mecanismos? Você não resistia e logo o abria para ver como era por dentro, não é mesmo? Hoje você cresceu, e os “brinquedos” também, mas a curiosidade continua a mesma. Quando falo aqui de “brinquedos” que cresceram, estou me referindo a máquinas e equipamentos. Você sabe de que eles são compostos? São compostos de elementos de máquinas. ELEMENTOS DE MÁQUINASELEMENTOS DE MÁQUINAS INTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS DEINTRODUÇÃO AOS ELEMENTOS DE MÁQUINAS E DETALHAMENTO DOSMÁQUINAS E DETALHAMENTO DOS ELEMENTOS DE TRANSMISSÃOELEMENTOS DE TRANSMISSÃO Au to r ( a ) : M e . An a R i t a V i l l e l a C o s t a R ev i s o r : Fe l i p e D e l a p r i a D i a s d o s S a n to s Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 48 minutos. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 2/41 Nesta unidade, vamos conhecer os tipos de elementos de máquinas e entrar mais em detalhes nos elementos de transmissão. Será que você sabe a classi�cação dos elementos? Entende bem os elementos de transmissão? Vamos conhecê-los? Neste tópico, vamos aprender um pouco mais sobre os elementos de máquinas. Vamos mostrar como estão divididos e quais as características em comum. Além disso, vamos tratar de alguns conceitos físicos que serão muito importantes para o dimensionamento dos elementos. Os elementos de máquina estão divididos em “famílias”, em que a característica de uso é a que mais se destaca. Por exemplo, um parafuso está na “família” dos elementos de �xação, pois a função principal dele é �xar e prender outros componentes. Para ilustrar melhor a divisão dos elementos em suas respectivas famílias, convido você para analisar a �gura a seguir: Introdução aos elementos de máquinas e conceitos fundamentais 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 3/41 Certa vez, um motorista estava numa estrada, quando percebeu que uma luz se acendeu no painel, e seu carro parou. Por sorte, naquele momento, estava passando um mecânico que, notando o desespero do motorista, parou para ver o que estava ocorrendo. Você sabe o que aconteceu? A correia do alternador tinha arrebentado. Como o motorista não tinha uma correia sobressalente, o carro precisou ser rebocado. Essa história ilustra a importância da correia como um elemento de transmissão de movimento. Ela transmite o movimento do motor para o alternador. Figura 1.1 - Família de elementos de máquinas Fonte: Elaborada pela autora (2021). #PraCegoVer: a imagem é formada por um círculo cinza no meio, no qual está escrito: “Elementos de máquinas - São as partes elementares de uma máquina ou um equipamento”. O círculo central está direcionado para quatro círculos menores. O círculo 1, em vermelho-escuro, contém o texto “Transmissão”, e dele saem três setas, com os textos “cabos de aço”, “correntes” e “correias”. No círculo 2, em amarelo- escuro, está escrito “Elásticos”, e dele saem três setas, em que está escrito: “molas de compressão”, “molas de tração” e “outras molas”. O círculo 3, em cor-de-rosa, contém o texto “Fixação”, e dele saem quatro setas, em que está escrito “Permanente - Solda”, “Permanente - rebite”, “Móvel - parafusos” e “Móvel - chaveta e estria”. No círculo 4, em azul, está escrito “Apoio”, e dele saem duas setas nas quais está escrito “mancal de deslizamento” e “mancal de rolamento”. SAIBA MAIS Você sabe calcular a rotação das polias acionadas por uma correia? O vídeo mostra o passo a passo de uma transmissão por correia e polia, em que a polia motora trabalha a 1.600 rpm e tem diâmetro de 3.1/2", e a polia movida tem diâmetro de 6". O vídeo vai mostrar, nessas condições, como calcular a rotação da polia movida. A S S I S T I R 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 4/41 Principais elementos de máquinas Os elementos de máquinas estão distribuídos em famílias, e podemos dividi-los em: Elementos de transmissão �exíveis: correias, correntes e cabos de aço; Elementos elásticos: molas de compressão, molas de tração e molas de torção; Elementos de �xação: permanente (solda e rebite) e móvel (parafusos, chavetas e estrias); Elementos de apoio: mancais de deslizamento e mancais de rolamento. Os elementos de transmissão podem ser divididos em �exíveis e por engrenagens (que não serão abordadas neste curso). Os elementos de transmissão �exíveis englobam as correias, as correntes e os cabos de aço. As correias trabalham em conjunto com as polias, enquanto as correntes trabalham em conjunto com rodas dentadas (MOTT, 2015). Vamos pensar em uma aplicação para a correia? Você se lembra do exemplo do alternador? Então, essa é uma das aplicações. E uma aplicação para a corrente? Você já andou de bicicleta? Se sim, certamente a corrente dela já quebrou ou saiu do lugar, não é mesmo? E os cabos de aço? Onde estão presentes? Você já andou de elevador? Então aí está um bom exemplo de uso de cabos de aço. A Figura 1.2 mostra uma aplicação combinada de correia, corrente e engrenagem. Os elementos elásticos são representados pelas molas. Elas têm a função de armazenar energia e absorver ou amortecer choques e vibrações (FRANCESCHI; ANTONELLO, 2014). Agora vamos pensar numa aplicação de molas? Sabe aquele brinquedo em que um palhaço pula de dentro de uma caixa? Quando comprimimos a mola e guardamos o palhaço na caixa, exercemos uma força sobre a mola e fornecemos potência a ela. Quando a tampa é aberta, a força da mola faz o palhaço ser lançado para fora da caixa, e é aí que está a graça da brincadeira (MOTT, 2015). As molas podem ser de compressão, de tração ou de torção. As molas de compressão possuem espiras, e, quando comprimidas, o espaço entre elas �ca reduzido. As molas de tração, além das espiras, têm olhais para que possam exercer sua função, ou seja, para que possam ser esticadas 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 5/41 (tracionadas). Já as molas de torção, além das espiras, têm braços de alavanca, pois, por meio deles, é possível a aplicação da torção. Quando falamos de �xação, precisamos pensar: o que vai ser �xado precisa ser solto em algum momento? A �xação deve ser permanente ou móvel? Mas o que é uma �xação permanente? Aqui estamos falando de soldas e rebites, em que dois metais são unidos de forma permanente. A eliminação da �xação causará destruição da peça ou da união (FRANCESCHI; ANTONELLO, 2014). Em algumas aplicações, isso é até interessante, mas, em outras, precisamos pensar em separar os componentes sem destruir as peças. Para essa situação, temos a �xação móvel, por meio de parafusos e porcas. Agora pense em uma aplicação dos parafusos. Essa está fácil, não é mesmo? Podemos citar uma in�nidade de aplicações, basta olharmos à nossa volta. Outro ponto que deve ser observado é que, “no projeto de máquinas, a maioria dos elementos de �xação é feita de aço por causa da alta resistência, da rigidez elevada e da boa ductilidade, usinabilidade e maleabilidade” (MOTT, 2015, p. 732). Os parafusos são classi�cados pelo tipo de material, tipo de rosca, tamanho do parafuso e tipo da cabeça. Precisamos nos aprofundar mais nesse assunto, concorda? A �gura a seguir apresenta um conjunto de tipos distintos de parafusos. SAIBA MAIS O vídeo mostra as molas japonesas, que são conhecidas pela precisão e pelo alto desempenho, incluindo uma mola minúscula na ponta da caneta esferográ�ca. O Japão pode produzir molas minúsculas, que podem ser usadas como stents, passando dentro de vasos sanguíneosdo cérebro. O vídeo também mostra uma grande mola que �ca no topo de uma torre em Tóquio. A S S I S T I R 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 6/41 Os elementos de apoio são os mancais, as buchas e as guias. Os mancais podem ser de deslizamento ou de rolamento. A função dos mancais é minimizar o atrito e, portanto, aumentar o rendimento do sistema mecânico, entre partes que se movem entre si. A aplicação dos mancais pode ser observada na relação entre eixos e carcaças de redutores e entre carros e barramentos de máquinas-ferramentas (FRANCESCHI; ANTONELLO, 2014, p. 43). Nos mancais de deslizamento, as partes envolvidas estão em contato direto uma com a outra, e, para reduzir o atrito entre elas, a lubri�cação é fundamental. O estudo da lubri�cação abrange conhecimentos de química, termodinâmica, transferência de calor e mecânica dos �uidos (BUDYNAS; NISBETT, 2016). Mas não se assustem, pois nem todos esses conceitos serão abordados no nosso curso. Já os mancais de rolamento são utilizados para permitir o movimento relativo entre dois elementos, além de sustentar uma carga. Seus elementos rolantes podem ser esferas, cilindros ou roletes cônicos (MOTT, 2015). Conceitos de torção e movimento circular Para a correta aplicação e seleção do elemento de máquina que será escolhido para determinada aplicação, é preciso desenvolver alguns cálculos. Os cálculos mais complexos podem ser executados com o auxílio de métodos computacionais. Para entender o que a planilha eletrônica ou o programa de computador está solicitando, precisamos saber fazer os cálculos necessários (MOTT, 2015). Para chegarmos aos cálculos especí�cos para cada tipo de elemento de máquina, primeiro vamos entender alguns conceitos fundamentais, tais como o movimento circular e a torção. Isso porque quase todas as máquinas e equipamentos, compostos de elementos de máquinas, sofrerão uma dessas solicitações ou ambas. Você sabe o que caracteriza o movimento circular? O movimento circular é aquele em que uma partícula executa uma trajetória circular de raio r e tem determinado deslocamento angular em Figura 1.3 - Tipos diversos de parafuso Fonte: Pixabay. #PraCegoVer: a �gura tem o fundo branco e, da esquerda para a direita, mostra cinco parafusos arrumados em leque. O parafuso mais à esquerda tem a cabeça chata; o segundo tem a cabeça redonda; o do meio tem um tamanho maior que os demais e tem a cabeça chata; em seguida, um parafuso de cabeça chata com fenda; e, �nalmente, um de cabeça redonda com fenda. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 7/41 determinado tempo. Os parâmetros a serem considerados no movimento circular são: i) velocidade angular; ii) período; iii) frequência; iv) rotação; e v) velocidade tangencial (MELCONIAN, 2019). Consideremos uma partícula P que se desloca do ponto num tempo para o ponto num tempo conforme mostra a Figura 1.4. I. A velocidade angular é dada pela relação entre a variação angular e a variação do tempo: Em que: 𝜔 = velocidade angular [rad/s]; 𝛥𝛗 = variação angular [rad]; 𝛥t = variação do tempo [s]. II. O período é o tempo necessário para que a partícula complete uma volta no movimento circular. Sabe-se que o círculo tem um perímetro de 2𝜋 rad, então o período é dado por: Em que: T = período [s]; 𝜋 = constante trigonométrica (3,1415…); 𝜔 = velocidade angular [rad/s]. III. A frequência é o inverso do período e representa o número de ciclos que a partícula descreve em um movimento circular durante um segundo. É dada por: Em que: f = frequência [Hz]; T = período [s]; P1 t1 P2 t2 ω = (Equação 1) Δφ Δt T = (Equação 2) 2π ω f = = (Equação 3) 1 T ω 2π 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 8/41 𝜔 = velocidade angular [rad/s]; 𝜋 = constante trigonométrica (3,1415…). IV. A rotação é o número de ciclos que uma partícula em movimento circular faz em um minuto. Como a frequência é em segundos e a rotação em minutos, temos que: Reduzindo, temos: Em que: n = rotações [rpm]; 𝜔 = velocidade angular [rad/s]; 𝜋 = constante trigonométrica (3,1415…). V. A velocidade tangencial é sempre tangente ao movimento. Ela muda de direção a cada instante, mas seu módulo é constante. A Figura 1.5 apresenta a representação de velocidades tangenciais. A relação entre a velocidade tangencial e a velocidade angular está no raio do movimento circular, em que: Isolando a velocidade angular na equação 4, temos e substituindo na equação 5, temos: Em que: n = 60.f ⇒ como f = , então n = ω 2π 60.ω 2π n = (Eq.4) 30.ω π = r ⇒ v = ω. r (Equação 5) v ω ω = π.n30 v = . r (Equação 6) π.n 30 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010_… 9/41 v = velocidade tangencial [m/s]; r = raio [m]; n = rotação [rpm]; 𝜋 = constante trigonométrica (3,1415…). Vamos ver a aplicação das equações? Exemplo 1 (MELCONIAN, 2019, p. 14) Um motor elétrico possui a rotação de 1.740 rpm. Determine as seguintes características do motor: a) velocidade angular; b) período; c) frequência. Solução: a) velocidade angular (𝜔) No problema, foi dada a rotação n = 1.740 rpm. Para acharmos a velocidade angular, vamos usar a equação 4 da rotação, dada por . Substituindo os valores, temos e, isolando a velocidade angular, temos . Logo, 𝜔 = 58𝜋 rad/s. b) período (T) O período é de�nido pela equação 2 e é dado por . Substituindo a velocidade angular, temos , que resulta em: , T = 0,034 s. c) frequência (f) A frequência é o inverso do período. Então, , f = 29 Hz. Sabendo as relações entre frequência, período, rotação e velocidade angular, vamos conhecer as relações de transmissão de correias. Na Figura 1.6, são dadas as duas condições de transmissão por correia, a transmissão redutora de velocidade e a transmissão ampliadora de velocidade. A relação de transmissão é dada por: n = 30.ω π 1740 = 30.ω π ω = 1740.π30 T = 2π ω T = 2.π58.π T = 1 29 f = 1 1 29 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 10/41 Em que: i é a relação de transmissão [adimensional] e as demais relações estão representadas no Quadro 1.1 Quadro 1.1 - Características das polias Fonte: Adaptado de Melconian (2019). #PraCegoVer: o quadro tem seis colunas e três linhas. Na primeira linha: Vazia, Diâmetro [m…], Velocidade angular [rad/s], Frequência [Hz], Rotação [rpm] e Torque [N.m]. Na segunda linha: Polia 1, (menor), , , e . Na terceira linha: Polia 2, (maior), , , e . Vimos até aqui as características do movimento circular, que relaciona os parâmetros de velocidade angular, período, frequência, raio, rotação e velocidade tangencial. Lembre-se bem desses conceitos, pois serão utilizados mais adiante! Movimento circular Já vimos o movimento circular, agora vamos conhecer um pouco sobre a torção. Você sabe quando uma peça está sob torção? O esforço de torção ocorre quando uma peça sofre um torque em uma extremidade e um contra-torque na extremidade oposta, como mostrado na Figura 1.7 (MELCONIAN, 2019). i = = = = = (Equação 7) d2 d1 ω1 ω2 f1 f2 n1 n2 MT1 MT2 d1 ω1 f1 n1 MT1 d2 ω2 f2 n2 MT2 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 11/41 Para as transmissões mecânicas, algumas relações devem ser de�nidas, entre as quais estão o torque ( , a potência (P), a relação torque X potência e a força tangencial (FT). O Quadro 1.2, a seguir, apresenta as referidas equações, em que o raio é representado por r, a velocidade angular por 𝜔, a rotação por n e a velocidade tangencial por . Quadro 1.2 - Relações de torque, potência e forçatangencial Fonte: Elaborado pela autora (2021). #PraCegoVer: o quadro tem cinco colunas e quatro linhas. A primeira coluna está preenchida com os parâmetros: equação, símbolo da unidade e unidade. A segunda coluna contém informações sobre o torque (MT): a equação , o símbolo da unidade [N.m] e a unidade Newton metro. A terceira coluna contém as informações da Potência (P): a equação , o símbolo da unidade [Nm/s = J/s = W] e a unidade Watts. A quarta coluna está preenchida com os elementos do torque X potência: a equação , o símbolo da unidade [N.m] e a unidade Newton metro. A quinta e última coluna )MT vp = . rMT FT P = .FT vP = .MT 30 π P n 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 12/41 contém os elementos da força tangencial : a equação , o símbolo da unidade [N] e a unidade Newton. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) A transmissão por correia representada na �gura 1.8 é acionada por um motor elétrico com potência P = 4,5 kW e rotação de 1.750 rpm. Sabe-se que a polia 1 é a polia motora do sistema e tem 100 mm de diâmetro e que a polia 2 tem 250 mm de diâmetro. MELCONIAN, S. Elementos de máquinas. 11. ed. São Paulo: Érica, 2019. Desprezando as perdas, os valores aproximados do torque da polia 1 e da velocidade angular da polia 2 são, respectivamente, iguais a: a) 58,33...𝜋 rad/s e 23,33𝜋 rad/s. b) 23,33𝜋 rad/s e 24,55 N.m c) 24,55 N.m e 23,33𝜋 rad/s. d) 58,33...𝜋 N.m e 23,33𝜋 rad/s. e) 0,077 N.m e 58,33...𝜋 rad/s. FT = = =FT MT r P vp P (ω.r) 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 13/41 Prezado(a) estudante, quando falamos de transmissão por correia, qual aplicação vem primeiro à sua mente? Eu penso logo no motor do carro. Mas por quê? Bem, o motor tem um sistema de transmissão por correia, que interliga o motor, o alternador e a bomba de água, como pode ser visto na Figura 1.8, na qual, à esquerda, está a foto do motor, e à direita, a representação da transmissão. Vamos entender isso melhor? No próximo tópico, vamos falar sobre as correias, seus tipos, suas aplicações, além do dimensionamento e da seleção. Vamos lá? Principais tipos de correias e aplicações Transmissão por correia 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 14/41 Quando comparamos a transmissão por correia com as transmissões por corrente ou por engrenagens, podemos elencar algumas vantagens e desvantagens, como mostrado no Quadro 1.3. Quadro 1.3 - Vantagens e desvantagens das correias Fonte: Adaptado de Niemann (1971b, p. 87). #PraCegoVer: o quadro contém sete vantagens e cinco desvantagens das correias. As vantagens são: pouco ruído; absorção e amortecimento de choques; disposição simples; utilização múltipla (cruzada, inclinada, vários eixos etc.); mais economia, por conta da simplicidade; desacoplamento fácil; simples variação da relação de multiplicação. As desvantagens são: maiores dimensões e maior força axial; maior escorregamento na transmissão de força; alongamento da correia, que aumenta com o tempo de uso; variação do alongamento com a temperatura e a umidade; variação do coe�ciente de atrito, com poeira, detritos, óleo e umidade. Existem vários tipos de correias, como as planas, as correias em V, as correias em duplo V, com ranhuras e dentadas, entre outras (MOTT, 2015). Tendo em mente os diversos tipos de correias que foram citadas, veri�que a Figura 1.9, a seguir, que mostra alguns deles. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 15/41 As correias do tipo dentadas (a) e síncronas (b) são utilizadas em polias com ranhuras em V padrão. As correias em V industrial (c) e múltipla em V (d) têm per�l em V, que deixa a correia bem apertada dentro da ranhura da polia, o que faz com que torques elevados sejam transmitidos sem a correia deslizar. Fonte: Hebert Santos / Pexels. Fonte: Andrea Piacquadio / Pexels. Figura 1.9 - Tipos de correias Fonte: Mott (2015, p. 280). #PraCegoVer: �gura com fundo branco, com duas linhas e duas colunas. A primeira �gura da linha superior à esquerda, marcada com a letra a), é a �gura em corte de uma correia dentada. A �gura ao lado dessa está indicada pela letra b) e é o desenho em corte de uma correia síncrona. Na parte inferior da �gura, no lado esquerdo, está o desenho em corte de uma correia em V industrial, marcada com a letra c). Ao seu lado, está o desenho da correia múltipla em V, marcada com a letra d). Correias dentadas Correias planas 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 16/41 As correias trabalham em conjunto com as polias, e estas devem acompanhar a geometria daquelas. Por exemplo, a correia em V mostrada em (a), na Figura 1.10, é muito utilizada na indústria e em aplicações veiculares. As correias em V são padronizadas. O Quadro 1.4 mostra a especi�cação delas. No próximo subtópico, será detalhado o dimensionamento das correias planas e das correias em V. Dimensionamento e aplicação de correias e polias Atualmente, as correias planas são fabricadas com um núcleo elástico impregnado com borracha e apresentam algumas vantagens sobre as transmissões por engrenagens ou por correias em V. Uma transmissão por correia plana pode chegar a 98% de e�ciência, enquanto as transmissões por correia em V têm e�ciência entre 70% a 96%. Outra vantagem das correias planas é o baixo ruído e a alta absorção das vibrações torcionais, sendo, nesse aspecto, mais e�cientes que as transmissões por correia em V (MOTT, 2015). As correias planas são podem trabalhar abertas ou cruzadas, e o dimensionamento abrange o cálculo do ângulo de contato ou abraçamento (𝜃) e o comprimento total da correia (L). A seguir, temos a Figura 1.11, que apresenta as con�gurações aberta (a) e cruzada (b). Vamos analisá-la para melhor compreensão desse conceito. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 17/41 Para as correias planas abertas (Fig. 1.11a), os ângulos 𝜃D e 𝜃d são dados por: Em que: D = diâmetro da polia maior; d = diâmetro da polia menor; C = distância entre centros; 𝜃 = ângulo de contato. O comprimento da correia é dado pela soma dos dois arcos mais duas vezes a distância entre centros (C): Em que: 𝜃D= ângulo de contato da polia maior; 𝜃d = ângulo de contato da polia menor. Para as correias planas cruzadas (Fig. 1.11b), o ângulo de contato, tanto para a polia maior quanto para a polia menor, é o mesmo e é de�nido por: O comprimento da correia é dado por: As correias em V, ao contrário das correias planas, só podem trabalhar em árvores paralelas. Para o correto dimensionamento das correias em V, é preciso conhecer os seguintes dados: 1) tipo do = π + 2.se (Equação 8)θD n−1 D − d 2C = π − 2.se (Equação 9)θd n−1 D − d 2C L = [4 − (D − d + . (D. + d. ) (Equação 10)C 2 )2]1/2 1 2 θD θd θ = π + 2.se (Equação 11)n−1 D + d 2C L = + ⋅ (D + d. )θ (Equação12)[4 − (D + d ]C 2 )2 1/2 1 2 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 18/41 motor; 2) potência do motor; 3) rotação do motor; 4) tipo de máquina ou equipamento; 5) rotação da máquina ou equipamento; 6) distância entre centros e 7) tempo de trabalho diário da máquina ou equipamento (MELCONIAN, 2019). Prezado(a) estudante, para a realização dos cálculos e a seleção, são utilizadas equações, tabelas e grá�cos. Para facilitar o entendimento, vamos ver o passo a passo. 1º passo: cálculo da potência projetada, de acordo com o tipo do motor e as condições de serviço: Em que:= potência projetada [CV]; = potência do motor [CV]; = fator de serviço tabelado que depende do tipo do motor, do tipo da máquina e da condição de trabalho [adimensional]. 2º passo: seleção do per�l da correia. A seleção do per�l pode ser pelo diâmetro mínimo da polia menor (dado no Quadro 1.4) ou por meio de grá�cos disponibilizados pelos fabricantes, em que se entra com a potência projetada e a rotação máxima e seleciona-se o per�l da correia (A, B, C, D ou E). 3º passo: diâmetro das polias. O diâmetro da polia motora está relacionado à potência projetada e à maior rotação, então consulta- se uma tabela do fabricante e veri�ca-se o menor diâmetro para a potência do motor e a maior rotação. Caso haja limitação para o tamanho de uma das polias, deve-se de�nir qual será a polia maior e a menor. A relação entre os diâmetros das polias motora e movida é dada por: Em que: = rotação da polia 1 [rpm]; = rotação da polia 2 [rpm]. 4º passo: cálculo do comprimento da correia (L). Geralmente atribui-se uma distância entre centros (C), conforme informado no problema ou conforme os dados da tabela. Com esse dado e com os diâmetros das polias, calcula-se o comprimento da correia: 5º passo: ajuste do comprimento da correia. As correias em V têm tamanhos padronizados por tabelas. Com o valor calculado, devemos entrar na tabela e encontrar o valor tabelado mais próximo, então é calculado o comprimento de ajuste da correia : Em que: = ajuste do comprimento; = comprimento tabelado. = . (Equação 13)Pp Pmotor fs Pp Pmotor fs d = D. (Equação 14) n1 n2 n1 n2 L = 2C + 1, 57(D + d) + (Equação 15) D − d2 4C ( )lA = − 1, 57(D + d) (Equação 16)lA lC lA lC 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 19/41 Com esse valor, então, calcula-se o fator de correção da distância entre centros (h), da seguinte forma: Com esse valor, acessa-se a tabela 4.6 presente no livro de Melconian (2019, p. 59) e encontra-se o valor de h. Com o valor de h, é possível achar a distância entre centros ajustada (C(a)), em que: 6º passo: capacidade de transmissão de potência por correia . A capacidade de potência é dada pelo produto da soma da potência básica (Pb) e da potência adicional (Pa) pelos fatores de correção de comprimento ( ) e de arco de contato ( ), em que: Os valores das potências básica e adicional são encontrados nas tabelas 4.7 a 4.14 de Melconian (2019, p. 60 e 67), em que a potência básica é obtida pela rotação máxima e pelo diâmetro da polia, e a potência adicional é obtida pela relação de redução e pela rotação. O é encontrado nas tabelas 4.15 e 4.16 de Melconian (2019, p. 68-69), entrando apenas com o modelo da correia (exemplo: ). Para o cálculo do fcac, primeiro encontramos: Então, na tabela 4.17 de Melconian (2019, p. 69), encontramos o fator de correção. Com todos os fatores, calculamos o da equação 19. 7º passo: cálculo do número de correias necessárias ( ). Com o valor do , encontramos a relação: Em que: é a potência projetada; e é a capacidade de transmissão de potência. Se o valor de for maior que 1, então há necessidade de mais de uma correia, e o valor deve ser aproximado para maior (exemplo: se , então são necessárias duas correias). Podem, ainda, ser solicitados os cálculos do torque e da força tangencial, que já foram discutidos no tópico 1.1.2 desta unidade. (Equação 17) D − d lA = (Equação 18)C(a) − h(D − d)lA 2 ( )Ppc fcc fcac = ( + ). . (Equação19)Ppc Pb Pa fcc fcac fcc A60 ⇒ c = 0, 97fc (Equação 20) D − d C(a) Ppc nco Ppc = (Equação 21)nco Pp Ppc Pp Ppc nco = 1, 6nco SAIBA MAIS O vídeo “Cálculo de Correia de Transmissão” mostra o passo a passo do cálculo de uma transmissão por correia, em que um motor de 1 CV e 1.730 rpm deve acionar, via correia, um 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 20/41 O cálculo da correia em V pode parecer um pouco complexo, mas é como se fosse uma receita de bolo: basta juntar os ingredientes, ver o modo de fazer, colocar para assar (pensar um pouco), e nosso bolo estará pronto! Caro(a) estudante, imagine que você está passeando de bicicleta por uma ciclovia, então você pedala e a bicicleta não responde. Você sabe o que pode ter acontecido? A corrente pode ter desacoplado da roda dentada. Isso mesmo. As transmissões por corrente funcionam assim: uma corrente, também chamada de cadeia de elos, acoplada a uma roda dentada, transmite potência para uma máquina ou um equipamento. Neste tópico, vamos conhecer melhor os tipos de correntes, as suas aplicações e o dimensionamento das correntes de rolos. compressor de 810 rpm. É mostrado, ainda, como utilizar as diversas tabelas de cálculo. Considerando o que estudamos até o momento, acesse o vídeo para saber mais sobre o tema desta unidade. A S S I S T I R Transmissão por corrente 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 21/41 Principais tipos de correntes e aplicações As correntes transmitem força e potência, que fazem com que o eixo gire no sentido horário ou no sentido anti-horário. Quanto à posição, os eixos devem estar, preferencialmente, na horizontal e paralelos entre si, e as rodas dentadas no mesmo plano (NIEMANN, 1971b). Fonte: Hebert Santos / Pexels. Além da corrente de rolos, existem outros tipos. Na Figura 1.11, podemos analisar alguns dos tipos existentes no mercado. As correntes de rolo padrão e de rolo padrão com duas faixas são utilizadas na transmissão de potência (objetivo de nosso estudo). Já as correntes de transmissão de passo duplo e a transportadora de passo duplo são utilizadas com a função de transporte de cargas. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 22/41 A corrente de rolo é classi�cada pelo seu passo (distância entre os centros dos rolos). A Figura 1.12 mostra as partes principais de uma corrente de rolos, que são: pino, bucha, rolo e tala. As engrenagens de correntes ou rodas dentadas também apresentam alguns parâmetros importantes no dimensionamento do conjunto de transmissão, como podemos ver na Figura 1.13: 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 23/41 No próximo subtópico, vamos ver o dimensionamento das correntes de rolos. Dimensionamento e seleção de correntes e engrenagens Como já mencionado, as correntes que transmitem potência trabalham em conjunto com as rodas dentadas, e a posição ideal de trabalho é a horizontal. Devido ao peso próprio da corrente, a parte inferior trabalha com certa folga, enquanto a parte superior da corrente trabalha com aperto, como pode ser visto na Figura 1.14. A seleção do conjunto corrente e roda dentada exige uma sequência de cálculos, e algumas premissas devem ser consideradas até antes de começar o cálculo propriamente dito. Muitos dados utilizados nos cálculos são retirados de tabelas normalizadas e de tabelas de fabricantes. Figura 1.13 - Parâmetros das rodas dentadas: engrenagens Fonte: Adaptada de Melconian (2019). #PraCegoVer: a �gura mostra os parâmetros da roda dentada, sendo: do – diâmetro primitivo; di – diâmetro interno; dg – diâmetro de base; dk – diâmetro externo; t – passo da corrente; 𝛼 – ângulo de divisão e 𝛾 – ângulo dos �ancos. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 24/41 Prezado(a) estudante, antes de começarmos o cálculo, algumas diretrizes precisam ser de�nidas, conforme listado no Quadro 1.5. Tais diretrizes dizem respeito ao número de dentes das rodas dentadas, que devem ser ímpares, preferencialmente, sendo que o pinhão deve ter, no mínimo, 17 dentes e, no máximo,120. Quanto à distância entre centros das rodas dentadas, esta deve estar entre 30 e 50 vezes o passo da corrente. A velocidade periférica das correntes de rolos não deve ultrapassar o valor de 12 m/s, devido ao alto ruído causado pelas altas velocidades. A disposição ideal para a transmissão por corrente é na posição horizontal, por conta do peso da corrente, mas o trabalho em outras posições também é possível. Vamos ao quadro para entendermos isso melhor? Quadro 1.5 - Diretrizes de projeto de correntes Fonte: Mott (2015). #PraCegoVer: quadro com duas colunas e com oito linhas contendo seis diretrizes. Na primeira linha, está o título do quadro: “Diretrizes para o projeto de correntes de rolos”. Na linha 2, vem a primeira diretriz: “1. Número mínimo de dentes da roda = 17”; na linha 3: “2. Índice de velocidade máximo = 7,0”; na linha 4: “3. Diretrizes para o projeto de correntes de rolos 1 Número mínimo de dentes da roda = 17 2 Índice de velocidade máximo = 7,0 3 Distância entre centros = (30 a 50).passo 4 Número máximo de dentes da roda = 120 5 Disposição ideal: horizontal e aperto em cima 6 Velocidade periférica máxima = 12 m/s 7 O número de dentes da roda dentada deve ser, preferencialmente, um número ímpar 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 25/41 Distância entre centros = (30 a 50).passo”; na linha 5: “4. Número máximo de dentes da roda = 120”; na linha 6: “5. Disposição ideal: horizontal e aperto em cima”; na linha 7: “6. Velocidade periférica máxima = 12 m/s”; e na linha 8: “7. O número de dentes da roda dentada deve ser, preferencialmente, um número ímpar”. O dimensionamento da corrente vai desde a seleção da relação de transmissão até chegarmos ao número de elos da corrente e o comprimento desta. Vamos apresentar as equações e as tabelas no passo a passo do método de dimensionamento. Existem alguns métodos diferentes para o cálculo das correntes. O método aqui abordado é o da Norma GOST-URSS, apresentado em Melconian (2019). 1º passo: relação de transmissão (i). Com as rotações dos equipamentos envolvidos (motor e movido), calculamos a relação de transmissão pela seguinte relação: 2º passo: número de dentes do pinhão ( ). Com o valor da relação de transmissão encontrado no passo 1, consultamos o Quadro 1.6 e selecionamos o número de dentes do pinhão. Exemplo: se i = 4, então Z1 = 23 (marcado de vermelho no quadro). Quadro 1.6 - Seleção do número de dentes do pinhão Fonte: Adaptado de Melconian (2019). #PraCegoVer: quadro com três linhas e sete colunas. A primeira coluna apresenta o tipo de corrente, especi�cada na terceira linha como “corrente de rolos”. As colunas 2 a 7 apresentam as relações de transmissão com os respectivos números de dentes do pinhão correspondente a corrente de rolos: (1 e 31), (2 e 27), (3 e 25), (4 e 23), (5 e 21) e (6 e 17), sendo o primeiro número a relação de transmissão, e o segundo, o número de dentes do pinhão. 3º passo: de�nir o passo (t) da corrente. Quanto menor for o passo da corrente, melhor a transmissão. Para encontrar o passo, deve ser utilizada a tabela 14.4 do Melconian (2019), na qual são usados o número de dentes do pinhão e a rotação dele para selecionar o passo. A rotação que constar na tabela pode ser maior que a rotação do problema, mas nunca menor. i = (Equação 22) Nmaior Nmenor Z1 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 26/41 4º passo: velocidade periférica da corrente (vp). A velocidade periférica não deve ultrapassar o valor de 12 m/s e deve ser calculada da seguinte forma: Em que: = velocidade periférica [m/s]; = número de dentes do pinhão; t = passo da corrente [mm]; = rotação do pinhão [rpm]. Caso a velocidade ultrapasse o valor de 12 m/s, deve-se reduzir o passo e recalcular a corrente. 5º passo: fator de operação (K). O fator de operação (K) é dado por: Em que: = fator de serviço; = fator de lubri�cação; = fator de posição. Os valores dos fatores estão no Quadro 1.7, a seguir. SAIBA MAIS O vídeo “Kit relação: como escolher marca, corrente com retentor ou sem, tipo de aço da coroa e do pinhão” explica as diferenças importantes de qualidade e durabilidade entre corrente, coroa e pinhão, que podem ser comprados no mercado de reposição. Você vai descobrir como veri�car se os componentes são certi�cados pelo Inmetro, o que muda nos tipos de aço 1023 e 1045 e nas correntes com e sem retentor o'ring. A S S I S T I R = (Equação 23)VP . t.Z1 N1 60.1000 Vp Z1 N1 K = . . (Equação 24)Ks Kl Kpo Ks Kl Kpo 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 27/41 Quadro 1.7 - Fatores de serviço Fonte: Elaborado pela autora. #PraCegoVer: quadro com os fatores de operação. Na primeira e na segunda coluna, estão os fatores de serviço (Ks), com suas respectivas situações, sendo: 1,0 – carga constante, op. intermitente; 1,3 – com impactos, op. contínua; e 1,5 – fortes impactos, op. contínua. Nas colunas 3 e 4, estão os fatores de lubri�cação (Kl), sendo: 1,0 – lubri�cação contínua; e 1,3 – lubri�cação periódica. Nas colunas 5 e 6, estão os fatores de posição (Kpo), sendo: 1,0 – horizontal ou inclinação < 45°; e 1,3 – Inclinação > 45°. 6º passo: força tangencial na corrente (FT). A força tangencial é dada pela razão entre a potência e a velocidade periférica, sendo calculada por: Em que: = força tangencial [N]; P = potência [W]; = velocidade periférica da corrente [m/s]. 7º passo: carga de ruptura da corrente (Frup). Em que a força de ruptura é dada pela força tangencial ( ) multiplicada por um coe�ciente de segurança ( ), encontrado na Tabela 14.3 do Melconian (2019), e pelo fator de operação (K), calculado no 5º passo: 8º passo: veri�cação da distância entre centros (C). A distância entre centros deve estar entre 30 a 50 vezes o valor do passo. Com o passo encontrado, deve-se veri�car a distância entre centros por: 9º passo: cálculo do número de elos da corrente (y). T ) = (Equação 25)F( P vp FT Vp FT ns Frup = . .K (Equação 26)FT ns 30 < < 50 (Equação 27) C t 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 28/41 O número de elos da corrente é calculado levando em consideração o número de dentes das rodas dentadas ( e ), a distância entre centros (C, em mm) e o passo das correias (t, em mm). Esses parâmetros estão relacionados da seguinte forma: 10º passo: comprimento da corrente (l). Como último passo, calcula-se o comprimento da corrente, multiplicando o número de elos pelo passo, sendo: Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Numa transmissão por corrente, foi dimensionado um pinhão com 25 dentes e uma coroa com 75 dentes. A distância entre eles é de 500 mm, e o passo da correia foi de�nido em ½" (meia polegada). Conversão de unidades: 1 pol = 25,4 mm. Nessas condições, o número de elos da corrente e o comprimento da corrente, respectivamente, são iguais a: a) 130 mm e 1.651 mm. b) 128 mm e 1.650 mm. c) 124 mm e 1.600 mm. d) 100 mm e 1.550 mm. e) 150 mm e 1.651 mm. Z1 Z2 y = + + ⋅ (Equação 28) +Z1 Z2 2 2C t ( )−Z2 Z1 2π 2 t C l = y. t (Equação 29) 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 29/41 Prezado(a) estudante, você já viu aqueles grandes guindastes erguendo cargas bem pesadas? Já andou de elevador? Essas são algumas das aplicações dos cabos de aço, que são utilizados para o transporte e a elevação de cargas. Neste tópico, vamos falar um pouco sobre os cabos de aço, suas aplicações e o procedimento de seleção. Principais tipos de cabos de aço e aplicações Os cabos de aço são compostos por um núcleo e arames enrolados em torno desse núcleo.O núcleo, também chamado de alma, pode ser de �bra (natural ou arti�cial) ou, quando sujeito a calor, de aço (SHIGLEY, 1984). Os arames em torno da alma são enrolados de diferentes formas (enrolamento diagonal ou lang, à direita ou à esquerda). Para entendermos melhor esse conceito, vamos analisar a Figura 1.15, a seguir, que mostra as possibilidades de enrolamento dos arames. Os cabos de aço também podem ser classi�cados pelo material da alma, que pode ser de aço (AA), de �bra natural (AF) ou de �bra arti�cial (AFA). As �bras naturais mais utilizadas são o sisal e o rami, e a arti�cial mais utilizada é o polipropileno. As desvantagens das �bras arti�ciais se relacionam ao fato de serem mais caras e, por isso, utilizadas em cabos especiais. As almas de aço podem ser formadas por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo de aço independente (AACI). Este último oferece mais �exibilidade e maior resistência à tração (SHIGLEY, 1984). Os cabos de aço são muito aplicados em elevação de grandes cargas, como em elevadores e guindastes. Podem transmitir movimento através de grandes distâncias e com grande potência, sem necessidade de as polias estarem perfeitamente alinhadas, já que elas possuem ranhuras (SHIGLEY, 1984). Cabos de aço Figura 1.15 - Tipos de enrolamento de cabos de aço Fonte: Melconian (2019, p. 268). #PraCegoVer: a �gura mostra os quatro tipos de enrolamento de cabos de aço, sendo, da esquerda para a direita: a) regular à direita, b) regular à esquerda, c) Lang à direita e d) Lang à esquerda. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 30/41 #PraCegoVer: o infográ�co, em forma de �gura de fundo, apresenta três abas para interagir sobre ela. O infográ�co tem como título geral “Elementos de transmissão” e, em seguida, há uma pergunta: “Quais os elementos de transmissão �exíveis e quais as suas principais características?”. Logo após, há as três abas com três possíveis respostas para a pergunta apresentada, sendo elas: 1ª aba “Correias: as correias são elementos de transmissão �exíveis, utilizadas em grandes distâncias de eixos. Possuem baixo ruído e são as mais econômicas, principalmente quando comparadas com as correntes e com as engrenagens”; 2ª aba “Correntes: correntes são elementos de transmissão �exíveis que têm como vantagem não apresentar deslizamentos nem estiramentos. Além disso, possuem longa duração e �exibilidade no acionamento de vários eixos, a partir de uma única fonte motora”; 3ª aba “Cabos de aço: os cabos de aço são amplamente utilizados em levantamento de altas cargas, como nos guindastes, elevadores etc.”. A �gura de fundo se trata de metade do tronco de uma pessoa vista de frente, que utiliza luva de segurança em suas mãos e segura um capacete de trabalho de obras. A imagem tem tom esverdeado, com foco somente no capacete, que se destaca pela cor amarela. É possível identi�car um prédio em construção ao fundo da pessoa na �gura, que está desfocada. Quanto ao material, os cabos de aço podem ser de aço galvanizado, aço inoxidável, aço polido e aço revestido. Os cabos de aço inoxidável são utilizados na indústria química, devido à sua alta resistência à corrosão. Os de aço galvanizado, por serem também resistentes à corrosão, são muito usados na indústria naval. Já os cabos de aço polido são utilizados quando a corrosão não é uma grande preocupação (na indústria civil, por exemplo). Já os cabos de aço revestido são feitos de aço polido com um revestimento de PVC e são utilizados na indústria marítima (SALES, 2019). Na próxima subseção, vamos falar um pouco sobre como os cabos de aço são selecionados para suas aplicações. Seleção e informações adicionais Elementos de transmissão Quais os elementos de transmissão �exíveis e quais as suas principais características? Correias Correntes Cabos de aço Fonte: Wawrzyniec Korona/123RF 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 31/41 De acordo com a ISO 17893, os cabos de aço são designados pelo diâmetro do cabo, pelo número de pernas e pelo número de �os. Por exemplo: a indicação “cabo de 1.½" pol. 6 x 7” signi�ca que o cabo tem 1.¹⁄�" polegadas de diâmetro e tem 6 pernas com 7 �os de arame em cada perna. Na identi�cação dos cabos, podem vir letras que estão relacionadas ao tipo da alma, como AA, AACI, AF ou AFA (SHIGLEY, 1984). Alguns fatores devem ser levados em conta na seleção de cabos de aço. São eles: a) resistência à tração, devido à solicitação de levantamento de carga; b) deformação elástica, para evitar grandes alongamentos; c) durabilidade, para que haja mais segurança na transmissão. SAIBA MAIS O vídeo a seguir mostra algumas aplicações dos cabos de aço como em elevadores, escavadeiras e pontes rolantes. O vídeo também mostra a estrutura dos cabos em alma e pernas e explica essa estrutura de forma visual, bem como a construção dos cabos. A S S I S T I R 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 32/41 Material Complementar L I V R O Projeto de máquinas: uma abordagem integrada Editora: Bookman Autor: Robert. L. Norton ISBN: 978-85-8260-023-8 Comentário: O livro apresenta diversos estudos de casos reais, o que possibilita ao estudante ter acesso a diversas situações que podem ser encontradas em sua futura pro�ssão. O livro também utiliza métodos computadorizados para a solução de problemas, o que faz o estudante se familiarizar com esse tipo de abordagem. 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 33/41 W E B Telecurso 2000 - Elementos de Máquinas - 26 Introdução aos elementos de transmissão Ano: 2011 Comentário: O vídeo mostra alguns elementos de transmissão, como as correias, além de tratar sobre os variadores de velocidade por engrenagens, por correias e por atrito e sobre as roscas que transformam o movimento giratório em retilíneo, e vice-versa. O vídeo permite ao estudante ter contato visual com alguns dos elementos que estão sendo estudados no nosso curso. ACESSAR https://www.youtube.com/watch?v=NL-Ldch3GQw 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 34/41 Conclusão Prezado(a) estudante, chegamos ao �nal do nosso estudo, e, como você pôde ver, os elementos de transmissão, dos tipos elásticos, correias, correntes e cabos de aço, têm ampla aplicação em equipamentos diversos. Você viu também que, para dimensionar e calcular esses elementos, é preciso bom conhecimento de mecânica, além de ser necessário consultar diversas tabelas e equações. Todavia, apesar da grande quantidade de cálculos, vimos que, seguindo um passo a passo bem de�nido, até que �ca fácil, não é mesmo? Bons estudos, e até breve! Referências BUDYNAS, R. G.; NISBETT, J. K. Elementos de máquinas de Shigley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. CALCULANDO RPM - Transmissão Polia e Correia. [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo. (7 min). Publicado pelo canal Conhecimento 3.0. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=0XwToOo1Xyw. Acesso em: 22 abr. 2021. CÁLCULO correia de transmissão. [S. l.: s. n.], 2016. 1 vídeo (28 min 47 s). Publicado pelo canal Manual do Engenheiro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sNWkJawDGEA. Acesso em: 13 maio 2021. EIXOS e correntes. [2021]. Disponível em: https://essel.com.br/cursos/material/01/Manutencao/22manu2.pdf. Acesso em: 16 abr. 2021. FRANCESCHI, A. de; ANTONELLO, M. G. Elementos de máquinas. Santa Maria, RS: Rede e-Tec Brasil, 2014. KIT relação: como escolher marca, corrente com retentor ou sem, tipo de aço da coroa e do pinhão. [S. l.: s. n.], 2019. 1 vídeo. (2 min 34 s). Publicado pelo canal Duas Rodas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MkdhKWvo9j8. Acesso em: 13 maio2021. MELCONIAN, S. Elementos de máquinas. 11. ed. São Paulo: Érica, 2019. https://www.youtube.com/watch?v=0XwToOo1Xyw https://www.youtube.com/watch?v=sNWkJawDGEA https://essel.com.br/cursos/material/01/Manutencao/22manu2.pdf https://www.youtube.com/watch?v=MkdhKWvo9j8 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 35/41 MOTT, R. L. Elementos de máquinas em projetos mecânicos. 5. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015. NIEMANN, G. Elementos de máquinas: volume 1. São Paulo: Blucher, 1971a. NIEMANN, G. Elementos de máquinas: volume 3. São Paulo: Blucher, 1971b. NORTON, R. L. Projeto de máquinas: uma abordagem integrada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. SALES, R. 4 tipos de cabo de aço usados na indústria. Acoplast Brasil, 2019. Disponível em: https://blog.acoplastbrasil.com.br/tipos-de-cabo-de-aco/. Acesso em: 28 abr. 2021. SHIGLEY, J. E. Elementos de máquinas. Rio de Janeiro: LTC, 1984. SILVA, M. W. S. da et al. Dimensionamento do sistema de transmissão por corrente de um carro BAJA SAE. In: CONGRESSO TÉCNICO CIENTÍFICO DA ENGENHARIA E DA AGRONOMIA, Semana O�cial da Engenharia e da Agronomia, 74., 2017, Belém, PA. Anais eletrônicos [...]. Belém, PA: Confea, 2017. Disponível em: https://www.confea.org.br/sites/default/�les/antigos/contecc2017/mecanica/10_ddsdtducbsb.pdf. Acesso em: 23 abr. 2021. TECNOLOGIA Japonesa de Mola de Ultraprecisão. [S. l.: s. n.], 2018. 1 vídeo (4 min 38 s). Publicado pelo canal Japan Video Topics – Português. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1zL9hAQdDGE. Acesso em: 28 abr. 2021. TELECURSO 2000 – Elementos de Máquinas – 26 Introdução aos elementos de transmissão. [S. l.: s. n.], 2011a. 1 vídeo (12 min 54 s). Publicado pelo canal Bruno Albert. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NL-Ldch3GQw. Acesso em: 13 maio 2021. TELECURSO 2000 – Elementos de Máquinas – 30 Cabos. [S. l.: s. n.], 2011b. 1 vídeo (13 min 23 s). Publicado pelo canal Bruno Albert. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Fbyd9CYHQaI. Acesso em: 23 abr. 2021. https://blog.acoplastbrasil.com.br/tipos-de-cabo-de-aco/ https://www.confea.org.br/sites/default/files/antigos/contecc2017/mecanica/10_ddsdtducbsb.pdf https://www.youtube.com/watch?v=1zL9hAQdDGE https://www.youtube.com/watch?v=NL-Ldch3GQw https://www.youtube.com/watch?v=Fbyd9CYHQaI 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 36/41 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 37/41 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 38/41 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 39/41 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 40/41 11/09/2021 E-book https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_736010… 41/41
Compartilhar