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Fisiologia do mergulho

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MEDICINA- UNESC 212
BRENDA RODRIGUES SOUSA
Fisiologia
Fisiologia do mergulho
Durante o mergulho, conforme a profundidade aumenta, a pressão em torno do nosso corpo aumenta progressivamente. Para maiores profundidades é necessário o uso de equipamentos para que não tenha interferência na mecânica respiratória.
Quando a gente mergulha a corrente de água exerce uma pressão sobre o nosso corpo, especialmente sobre o nosso tórax, então, para manter o pulmão aberto temos que respirar um ar pressurizado (comprimido), chamado de hiberbarismo, conforme vamos afundando vamos aumentando a pressurização desse ar. 
Lei de Boyle: se pegamos um recipiente ao nível do mar ele vai ter um volume x= 1L, conforme vamos aprofundando esse recipiente, esse volume será comprimido pela pressão da coluna de água, a 10m de atm esse volume será comprimido para x= 0,5L. O volume é inversamente proporcional a pressão exercida naquele recipiente. 
O problema é que o pulmão sofre esse mesmo efeito, tende a ser comprimido conforme formos nos aprofundando, porém o ar pressurizado (hiperbarismo) tenta compensar isso, mantendo o pulmão aberto. 
O contrário da alta altitude, onde o volume de ar aumenta à medida que a altura se eleva e a pressão atmosférica diminui (pacote de chips).
Para reverter isso, o ar pressurizado (extremamente comprimido) tem as pressões parciais de O2 e de nitrogênio ficam muito elevadas, ocasionando a diluição de N2 no corpo todo. O acúmulo de N2 nos tecidos corporais, principalmente no tecido gorduroso, começa a alterar a condutância iônica e atrapalhando a excitabilidade neuronal, isso leva a NARCOSE por nitrogênio, os sintomas são predominantemente neurológicos, lembrando uma intoxicação alcoólica.
O O2 também estará sob pressões muito elevadas (até >3000 mmHg), ultrapassando a capacidade de tamponamento da hemoglobina, pois por mais que vá variar muito a PO2 não se dá para saturar a Hb acima de 100%, só que nesse caso a PO2 oi tão aumentada que está sendo solubilizado muito O2 nos líquidos corporais, provocando uma intoxicação pelo excesso de O2. Isso vai começar a oxidar várias substâncias celulares, bem como a produção de radicais livres.
OBS: a concentração é igual, o que muda é a pressão.
Caso o ar pressurizado fosse de O2 puro (100%) poderia até ser evitada a narcose por nitrogênio, porém iria piorar a intoxicação por O2.
Em geral o CO2 não tem muita repercussão no mergulho, já que a produção de CO2 depende do nosso metabolismo tecidual. A única repercussão que pode ter é que alguns sistemas de mergulho possuem um certo grau de recirculação do ar, com acúmulo e aumentos progressivos de CO2 o mergulhador vai liberando o CO2 produzido pelas suas células e reinalando esse ar. 
↑PCO2 é compensado pelo centro respiratório (que ↑FR), até PCO2 80mmHg, além desses valores, a acidose deprime o centro respiratório.
DOENÇA DA DESCOMPRESSÃO
Lei de Boyle a medida que um gás vai para profundidades cada vez maiores há uma compressão do seu volume. Isso também ocorre com o Nitrogênio, que sob pressão se difunde pelos líquidos corporais. Como o nitrogênio não é metabolizado pelo corpo, caso a pessoa retorne rapidamente para o nível do mar, esse gás acumulado, comprimido e dissolvido no nosso corpo, sai do seu estado dissolvido e forma bolhas. Essas bolhas podem obstruir os vasos sanguíneos – EMBOLIA GASOSA.

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