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Fisiologia - Secreção Biliar

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fisiologia – secreção biliar
colerese
Produção de bile pelo fígado (função digestiva). É uma secreção endócrina, na qual a vesícula biliar possui um canal que secreta a bile para o intestino delgado (ducto biliar comum).
vesícula biliar
Realiza o armazenamento e a concentração da bile. Ela fica perto do fígado, no quadrante superior direito, no hipocôndrio direito. Possui formato de pera e tem capacidade de 30 a 60ml.
características da secreção biliar
Sintetizada continuada pelos hepatócitos, e a maior parte é armazenada e concentrada na vesícula biliar. É secretada no duodeno
Sua composição não possui enzimas digestivas!
Composição:
- Sais biliares; fosfatidilcolina; colesterol; pigmentos biliares (2%); proteínas; íons; água.
pH = 7,8. É geralmente alcalino devido ao íon bicarbonato.
Obs.: colangiócitos: células dos canalículos biliares.
funções da secreção biliar
- Importante na digestão e absorção de lipídeos. Auxiliam nesse processo, aumentando a superfície de contato para realizarem a absorção de gorduras.
Sais biliares: emulsificam grandes partículas de gordura e ajudam a absorção de gorduras no intestino delgado, quebrando em partículas maiores para que as lipases possam fazer o processo de digestão, facilitando a absorção.
- Meio de excreção de diversos produtos do sangue:
Bilirrubina conjugada (bilirrubina glicuronídeo) -> cor amarela (0,3%) 
Colesterol.
- Suplementa a neutralização do quimo ácido, já que a bile possui bicarbonato na sua composição.
trajeto da bile
Canalículos biliares (entre os hepatócitos, revestidos pelos colangiócitos) -> ductos biliares terminais -> ductos biliares perilobulares -> ductor biliares interlobulares -> ductos hepáticos D e E -> ducto hepático comum
A partir disso, pode ir para dois caminhos:
- Duodeno (via ducto biliar comum ou ducto colédoco);
- Ducto cístico -> vesícula biliar (armazenamento). Irá fazer esse caminho enquanto a pessoa não se alimenta.
Obs.: Ampola de Vater = local de contato do ducto biliar e do duodeno.
formação da secreção biliar
Etapa 1: 
- Hepatócitos: secreção inicial (rica em ácidos biliares primários, fosfatidilcolina e colesterol);
- Ocorre através dos canalículos biliares.
Etapa 2:
- Células revestem os canalículos e ductos biliares: secreção adicional (recebe água e íons de sódio e bicarbonato);
- Aumenta o volume da bile em 100% ou mais;
- Etapa estimulada pela secretina (secretada pelas células S do duodeno).
Obs.: tríade = conjunto de ducto biliar, ramos da artéria hepática e da veia porta.
formação de sais biliares
São os principais componentes da bile e são sintetizados pelos hepatócitos. Correspondem a 50% da bile.
Precursor: colesterol (presente na dieta ou sintetizado principalmente nas células hepáticas).
Obs.: colesterol está presente nos alimentos carnívoros e sintetizado pelo fígado (25%), intestinos, glândulas adrenais, testículos, ovários etc.
síntese dos ácidos biliares
O colesterol é hidroxilado, transformando-se em um ácido biliar primário. O ácido vira sal biliar quando se junta com glicina ou taurina.
Caso não entre em contato com glicina ou taurina, esse ácido biliar primário entra em contato com bactérias, no intestino, virando ácidos biliares secundários, que os principais são ácido desoxicólico, ácido litocólico e acido ursodesoxicólico. Esses ácidos são reabsorvidos ou saem nas fezes. No entanto, raramente são formados.
vias utilizadas pelos solutos para chegar à bile
Transportadores dos hepatócitos. Pode ser um processo ativo ou passivo.
Proteínas de transporte dos hepatócitos: relacionados a captação e secreção de componentes da bile.
- NTCP: transportador de taurocolato (sal biliar) dependente de sódio. É importante na circulação enterohepática. O sal biliar, que volta para o fígado graças à circulação, entra nesse órgão a partir desse transportador.
ações dos sais biliares
Função emulsificante ou detergente;
Através da formação de micelas (aglomerados de sair biliares + gotículas de gordura + lipases), auxiliam a absorção pelo trato intestinal de:
- Ácidos graxos; monoglicerídeos; colesterol; outros lipídeos.
Sais biliares: formam micelas, que auxiliam na digestão.
Micelas: permitem que todo o glóbulo se dissolva na água dos líquidos digestivos. Transportam os monogliceróis e os ácidos graxos livres até serem absorvidos pelo sangue.
Obs.: as micelas envolvem as gorduras, que ficam no seu interior, e possui, no seu exterior, um caráter hidrofílico.
digestão de lipídeos
As gorduras mais abundantes na nossa dieta são as neutras (triglicerídeos).
Menos de 10% dos lipídeos são digeridos no estomago pela lipase lingual.
A digestão de lipídeos é importante no duodeno.
- Sais biliares e lecitina (bile): emulsificação das gorduras. Nisso, aumenta o número de partículas de gordura, o que aumenta a área de superfície total;
- Lipases pancreáticas.
Os produtos da digestão lipídica são absorvidos na porção média do jejuno.
Quando as micelas mistas entram em contato com a membrana apical dos enterócitos, os produtos da digestão libertam-se das micelas mistas e são absorvidos.
absorção de lipídeos
Na presença das micelas de sais biliares, 97% da gordura é absorvida. Em sua ausência, a absorção é de 40%.
A micela libera seus produtos quando o pH fica mais ácido, na região próxima da borda em escova, no lúmen do intestino. Nisso, as células intestinais absorvem esses produtos. Essas células levam os produtos para o sangue ou para a linfa (sistema linfático).
A gordura maior que não foi quebrada não será absorvida. Ela continuará seu trajeto, sendo eliminada nas fezes.
Obs.: ASBT: realiza o transporte dos sais biliares do íleo para o sistema porta. É um transporte ativo secundário. (REVER ESSA PARTE DA AULA)
reabsorção de sais biliares
A quantidade de sais biliares excretados nas fezes é resposta pela síntese de novos sais biliares nos hepatócitos, nos períodos interprandiais.
A intensidade de secreção de sais biliares é, ativamente, controlada pela disponibilidade (ou falta de disponibilidade) de sais biliares na circulação êntero-hepática. 
Obs.: circulação êntero-hepática = meio de reabsorção de sais biliares. Se essa circulação diminui, há a diminuição de sais biliares no organismo. Com isso, o fígado sintetiza mais bile, havendo a diminuição de colesterol plasmático (“matéria-prima” para produção da bile).
armazenamento e concentração da bile
Água, sódio e cloreto são continuamente reabsorvidos pela mucosa da vesícula biliar. Nisso, concentram os sais biliares, colesterol, lecitina e bilirrubina. 
Sódio e cloreto saem através de transporte ativo. Eles puxam esses eletrólitos e, consequentemente, atraem a água também. Por isso que a bile hepática possui concentração maior desses componentes do que a bile da vesícula.e
A vesícula se contrai e libera a bile na hora da alimentação (período digestivo), abrindo seu esfíncter para o intestino delgado.
esvaziamento da vesícula biliar
É predominante nos períodos digestivos.
Alimento: digestão ocorre no trato gastrointestinal superior (quimo está no intestino delgado).
- Ocorre o esvaziamento da vesícula biliar (principalmente quando os alimentos gordurosos chegam no duodeno);
- CCK (colicistocinina) é liberada no sangue pela mucosa duodenal. É o principal hormônio envolvido na contração da vesícula biliar. Quanto mais gordura tiver, mais intensa e mais rápida será a contração.
Obs.: CCK = produzida pelas células I do duodeno. É estimulada pelos ácidos graxos no duodeno. Possui ação endócrina, e um de seus alvos é contrair a musculatura da vesícula biliar, relaxamento o esfíncter de Oddi.
Obs 2.: sistema vagal também libera acetilcolina, que contrai a vesícula biliar. No entanto, essa via é mais fraca
fatores que estimulam a síntese e a secreção da bile
- Coleréticos: estimulam a síntese da bile
Secretina e Sais biliares (quando retornam ao fígado).
- Colagogos: estimulam a contração da vesícula biliar.
Colicistocinina (CCK); Ach (acetilcolina); Gastrina (secretada pelas células G do antro, no estômago).
icterícia
Aumento da bilirrubina não conjugada: hemólise.Aumento da bilirrubina conjugada: obstrução dos ductos biliares e presença de lesões hepáticas. Há uma cor amarela-escura na pele, esclerótica dos olhos e da urina.
colelitíase
Pessoas com dieta rica em gorduras, durante anos, tendem a desenvolver essa doença. É comum em mulheres obesas após 40 anos, em particular as que tiveram filhos.
Sintomatologia: dor abdominal, náuseas e baixa tolerância às refeições volumosas e gordurosas.
Composição da colelitíase: colesterol ou bilirrubato de cálcio (cálculos de pigmento, são escurecidos).
Importância: obstrução do fluxo biliar. O paciente pode desenvolver uma pancreatite.
causas da litíase biliar (colelitíase)
Absorção excessiva de água da bile;
Absorção excessiva de sais biliares da bile;
Excesso de colesterol na bile;
Inflamação do epitélio da vesícula biliar (mais comum em jovens).
Obs.: litíase biliar = pedras biliares.
Circulação êntero-hepática:
Região: íleo. Transportador: asbt. Retornam ao fígado via veia porta, principalmente pelo nctp.

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