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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___ VARA DA CÍVEL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE - RS BANCO ARROIO GRANDE S/A pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [XXX], estabelecida no [endereço], representa por seu diretor, NOME, estado civil, portador do documento de identidade RG xxxx, inscrito no CPF nº xxx, residente e domiciliado na rua, nº, bairro, cidade/estado, vem, perante Vossa Excelência, por seus procuradores regularmente constituídos (doc. anexo), com base nos artigos 771 e seguintes, todos do Código de Processo Civil, e em todas as demais disposições aplicáveis, propor a presente AÇÃO DE EXECUÇÃO (por quantia certa contra devedor solvente) http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10646516/artigo-771-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 em face de IJUÍ ALIMENTOS LTDA. pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº [XXX], estabelecida no [endereço], representa por seu administrador, NOME, estado civil, portador do documento de identidade RG xxxx, inscrito no CPF nº xxx, residente e domiciliado na rua, nº, bairro, cidade/estado, e os avalistas Pedro estado civil, portador do documento de identidade RG xxxx, inscrito no CPF nº xxx, residente e domiciliado na rua, nº, bairro, cidade/estado e Osório estado civil, portador do documento de identidade RG xxxx, inscrito no CPF nº xxx, residente e domiciliado na rua, nº, bairro, cidade/estado, vem conforme exige o art. 798, II, do Novo CPC], pelas razões a seguir expostas: I – LEGITIMIDADE ATIVA É permitido, ao Banco Arrio Grande S/A, ora exequente, promover a execução forçada ao credor, quem a lei confere título executivo, no caso o beneficiário da CCB, com fundamento no art. 778, caput, do CPC. II – TEMPESTIVIDADE A cédula de crédito bancário (CCB) foi emitida no dia 02 de dezembro de 2015, com vencimento para o dia 02 de janeiro de 2018, dessa forma, diante da data de vencimento da CCB, não se verificou o decurso do prazo prescricional da pretensão à execução, que é de 3 (três) anos da data de vencimento, com base no artigo 44 da Lei nº 10.931/04 c/c o artigo 70 do Decreto nº 57.663/66. III - BREVE RELATO DOS FATOS Na data de 02/12/2015 a Exequente e a Executada celebraram uma Cédula de Crédito Bancário. Ao celebra o CCB, foi colocado uma cláusula de eleição de foro, no qual restou que está comarca seria o foro competente para resolução de eventuais litígios entre as partes. Ocorre, que 30 (trinta) dias após o vencimento do título, sem que tenha havido a quitação da obrigação, nem proposta moratória ou renegociação por parte do emitente, o exequente tomou conhecimento, por meio de anúncio publicado no jornal, de o executado colocara à venda o único bem de sua propriedade, um imóvel de grande valor no mercado Portanto, considerando o não pagamento do título e a natureza do título em que se acha consubstanciado o crédito, o exequente deseja promover a cobrança judicial, tendo, como valor aproximado da dívida de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais), com os juros capitalizados, despesas e encargos. Ademais, diante do inadimplemento verificado não restou alternativa à Exequente, senão a cobrança judicial do crédito. IV – FUNDAMENTO JURÍDICO A cédula de crédito bancário, objeto desses autos, é um título executivo extrajudicial, que apresenta seu fundamento no artigo 28, caput, da Lei nº 10.931/04: Art. 28. A Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial e representa dívida em dinheiro, certa, líquida e exigível, seja pela soma nela indicada, seja pelo saldo devedor demonstrado em planilha de cálculo, ou nos extratos da conta corrente, elaborados conforme previsto no § 2º. Ademais, o artigo 784 do CPC, garante que o banco, no caso o exequente, de propor essa ação de execução: Art. 784 - § 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. Dessa forma, diante da falta de pagamento pela executada, da obrigação certa, liquida e exigível, o exequente se vê obrigado a instaurar a execução judicial, a fim de ver seu direito assegurado, de acordo com o artigo 786 do CPC: “A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo”. Vale ressaltar, que os corréus, configurados nesse polo como avalistas que configuraram o CCB simultaneamente com o executado, se caracterizam como legalmente solidários à dívida, de acordo com o artigo 44 da Lei nº 10.931/04 c/c. o artigo 47 do Decreto nº 57.663/66: Art. 44. Aplica-se às Cédulas de Crédito Bancário, no que não contrariar o disposto nesta Lei, a legislação cambial, dispensado o protesto para garantir o direito de cobrança contra endossantes, seus avalistas e terceiros garantidores. Art. 47. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são todos solidariamente responsáveis para com o portador. Portanto, diante de todo o exposto, é importante ressaltar que se houver o periculum in mora, o exequente não conseguirá ter o seu crédito satisfeito, uma vez que o único bem em propriedade do executado for alienado, além do mais, o fumus boni iuris será demonstrado a partir da força executiva do título e do inadimplemento. V – DO PEDIDO Diante do exposto requer: a) A expedição de mandado de citação, penhora, intimação e avaliação, a ser cumprido por Oficial de Justiça, ordenando à Executada o pagamento, no prazo máximo de 03 (três) dias contados a partir da citação, a quantia de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais), acrescida de todos os encargos legais incidentes até a data do efetivo pagamento, bem como custas e despesas processuais e honorários de advogado (art. 827, NCPC); b) MEDIDA URGENTE para que o executado Ijuí Alimentos Ltda., proprietário do imóvel, se abstenha de aliená-lo, conforme o artigo 799, inciso VIII, do CPC; c) Que seja procedida à penhora de valores existentes nas contas correntes, contas poupança e/ou aplicações financeiras de titularidade dos Executados, no montante atual de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais), acrescidos de todos os encargos legais incidentes até a data do efetivo pagamento, bem como custas e despesas processuais e honorários de advogado; d) Não havendo valores nas contas bancárias, contas e/ou aplicações financeiras, que o Oficial de Justiça, com a 2ª via do http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28889631/artigo-827-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15 mandado inicial, proceda à penhora e avaliação de bens suficientes para satisfação da dívida, no montante atual de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais), acrescidos de todos os encargos legais incidentes até a data do efetivo pagamento; e) Caso o Oficial de Justiça não encontre bens da Executada, que esta seja intimada para apresentar o rol de bens que possuem passíveis de penhora, onde se encontram e quais os correspondentes valores, sob pena de ato atentatório a dignidade da justiça, sancionado com multa de 20% do valor atualizado do débito (art. 774, V, e parágrafo único, do CPC); f) Informa, ainda, de acordo com o inciso V do art. 77 do CPC, que recebe as intimações nas pessoas de seus advogados, no endereço constante do timbre dessa petição. Informa-se, as provas que pretende apresentar nos autos, são: 1. Cédula de Crédito Bancário (título executivo extrajudicial); 2. Planilha de cálculo do saldo devedor e dos extratos da conta corrente, que demonstram o valor do débito atualizado; 3. Publicação de anúncio em jornal com a oferta de vendado único imóvel do emitente da CCB. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10646341/artigo-774-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10732074/artigo-77-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de direito admitidos. Dá a causa o valor de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais). Nesses termos, Pede deferimento. Porto Alegre, 27 de agosto de 2021. ADVOGADO OAB/...
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