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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA xxx VARA DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS. Banco Arroio Grande S/A, inscrito no CNJP sob o nº 000000000000-00, com sede na Avenida xxxxxxx, nºxx, Porto Alegre/RS, com endereço eletrônico xxxxxxxxx@xxxxx, vem à presença de Vossa Excelência, por meio de sua advogada devidamente constituído, interpor AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA em face de Ijuí Alimentos LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº 0000000000000-00, com sede na avenida xxxxxxx, nº xxxx, Porto Alegre-RS, com endereço eletrônico xxxxxxxx@xxxxxx; Pedro, Solteiro, Empresário, com RG nº xxxxxx, CPF xxxxxxxxx, residente e domiciliado na ruaxxxxxxxx, nºxx, CEP xxxxx, Porto Alegre-RS; e Osório, Casado, Empresário, com RG nº xxxxxx, CPFxxxxxx, residente e domiciliado na rua xxxxxxxxxxxx, nº xxx, CEPxxxxxxx, Porto Alegre-RS, com endereço eletrônico xxxxxxxxx@xxxxxxx, nos termos do artigo 771 e seguintes do CPC. I- DOS FATOS: O Banco celebrou um contrato de abertura de crédito com a empresa ré, emitindo uma cédula de crédito bancário em 02/12/2015 com vencimento em 02/01/2018. Ocorre que Pedro e Osório o figuraram na cédula como avalistas simultâneos do emitente, bem como trinta dias após o vencimento do título, sem que tal obrigação tenha sido adimplida, nem proposta moratória ou renegociação por parte do emitente, o Banco tomou conhecimento, por meio de anúncio publicado em jornal de grande circulação, de que a empresa ré colocara à venda o único bem de sua propriedade: um imóvel de elevado valor no mercado. Contudo sendo verificado o não pagamento do título e a natureza do título em que se acha consubstanciado o crédito, o credor deseja promover a cobrança judicial dos responsáveis pelo pagamento, bem como requerer medida no intuito de acautelar seu crédito, tendo em vista a iminência da venda do único bem de propriedade do devedor. II- VALOR ATUALIZADO DO DÉBITO: Até a presente data o valor do débito é de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais), mediante a aplicação da taxa de juros de 1% e do INPC a partir do mês subsequente ao da mora do Executado (art. 798, parágrafo único), tudo conforme demonstra a planilha de cálculo anexa. III- DA LEGITIMIDADE: Verifica-se Excelência que o Banco Arroio Grande S/A que, na condição de credor e portador do título executivo, pode promover a execução forçada conforme o artigo 778, caput, do CPC. IV- DA TEMPESTIVIDADE: Em observação ao vencimento da CCB em 02/01/2018, não se verificou ainda o decurso do prazo prescricional da pretensão à execução, que é de 3 (três) anos da data do vencimento, com base no Art. 44 da Lei nº 10.931/04 c/c. o Art. 70 do Decreto nº 57.663/66. V- DOS FUNDAMENTOS: A cédula de crédito bancário é um título executivo extrajudicial, com fundamento no Art. 784, inciso XII. Verifica-se que há existência da legitimidade ativa do exequente, uma vez que os devedores não satisfizeram obrigação certa, líquida e exigível, com fundamento no Art. 783 do CPC. Há também uma legitimidade passiva dos avalistas simultâneos, em razão da solidariedade legal entre eles e o avalizado, sendo corresponsáveis perante o autor, conforme o Art. 44 da Lei nº 10.931/04 c/c. o Art. 47 do Decreto nº 57.663/66. Ora, Excelência existe uma possibilidade de dano irreparável ao direito subjetivo patrimonial do exequente caso se consume a venda do único bem de propriedade do executado (imóvel de elevado valor econômico). O Banco poderá não ter o seu crédito satisfeito se o único bem de propriedade do emitente do título for alienado (periculum in mora). Além disso, o fumus boni iuris será demonstrado a partir da força executiva do título e do inadimplemento. Assim, a medida urgente será no sentido de que o executado, proprietário do imóvel, se abstenha de aliená-lo. VI- PEDIDOS: Diante do exposto requer: a) a concessão de medida urgente para que o executado Ijuí Alimentos, proprietário do imóvel, se abstenha de aliená-lo, com fundamentação no Artigo 799, inciso VIII do CPC; b) o requerimento de citação dos devedores (emitente e avalistas simultâneos) para que paguem a quantia exequenda mais acréscimos legais e contratuais, no prazo de 3 (três) dias, sob pena de o oficial de justiça proceder à penhora de bens e à sua avaliação (Art. 829, caput e § 1º, do CPC); c) a condenação dos réus ao pagamento dos ônus sucumbenciais. VII- DAS PROVAS: Pretende provar o alegado por todos os meios de provas em especial com a Cédula de Crédito Bancário (Art. 798, inciso I, alínea a, do CPC) (anexo I); o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação (Art. 798, inciso I, alínea b, do CPC e Artigo 28, § 2º, da Lei nº 10.931/2004) (anexo II) e o anúncio de alienação do único bem do emitente da CCB publicado em jornal de grande circulação (anexo III). Por fim, dá-se a causa o valor de R$530.000,00 (quinhentos e trinta mil reais), relativo ao valor devido. Nestes termos, Pede deferimento. Porto Alegre, [dia] de [mês] de 2019. Advogado OAB-RS.
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