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Slides de Aula - Unidade I - Gestao de Resíduos sólidos, efluentes e emissoes

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Profa. Daniela Patto
UNIDADE I
Gestão de Resíduos Sólidos 
Efluentes e Emissões
 A produção de resíduos sólidos faz parte do cotidiano do ser humano. 
 Não se pode imaginar um modo de vida que não gere resíduos sólidos.
 Devido ao aumento da população e sua concentração em centros urbanos, os 
problemas causados por esses resíduos tendem a se tornar visíveis.
Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos manejados inadequadamente:
 Oferecem alimento e abrigo para muitos vetores de doenças, especialmente 
roedores, como ratos, ratazanas, camundongos e insetos, como moscas, 
baratas, mosquitos.
Resíduos Sólidos
 A questão dos resíduos sólidos é um problema de saúde pública, influenciado por 
interesses econômicos, manifestações da sociedade, aspectos culturais 
e conflitos políticos.
 De acordo com a NBR 10004 (2004) da ABNT, os resíduos gerados, no estado 
sólido ou semissólido, são definidos como produto resultante de atividade da 
comunidade, podendo ser de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, 
pública, agrícola, de serviços e de varrição, entre outros.
Resíduos Sólidos
A norma NBR 10004 (2004) classifica resíduos sólidos em:
 Resíduos de Classe I – Perigosos se apresentarem pelo menos uma destas 
cinco características: inflamabilidade, toxicidade, corrosividade, reatividade 
e patogenicidade.
 Resíduos de Classe II – Não Perigosos e estão divididos em não inertes e inertes:
 Resíduos de Classe IIA – Não Inertes: apesar de 
apresentarem propriedades como combustibilidade, 
biodegradabilidade ou solubilidade em água, não se 
enquadram na Classe I.
Classificação de Resíduos Sólidos
 Resíduos de Classe IIB – Inertes, materiais que não se decompõem prontamente 
quando em contato estático ou dinâmico com a água. Podem ser rochas, tijolos, 
vidros e certos plásticos e borrachas.
 A periculosidade de um resíduo relaciona-se com as suas propriedades físico-
químicas e infectocontagiosas, pelo risco à saúde pública, provocando ou 
acentuando mortalidade ou incidência de doenças e riscos ao ambiente.
Classificação de Resíduos Sólidos
 Resíduos sólidos urbanos são os resíduos gerados nas atividades urbanas, 
de origem residencial, comercial e institucional. 
 Muitas pessoas imaginam que, por conter baixas quantidades de contaminantes 
químicos perigosos, os resíduos sólidos urbanos causam baixo impacto ambiental.
 Se manejados de modo inadequado, podem causar impactos ambientais 
e para a saúde pública.
Sistemas de Resíduos Sólidos Urbanos
 O acondicionamento correto é importante porque contribui para evitar 
a proliferação de vetores e problemas com odores, estéticos e relacionados 
com o bem-estar. 
 A forma de acondicionamento deve obedecer às normas específicas, tais como
o tipo de embalagem, horário de colocação na calçada e quantidade máxima 
de volume, dependendo de regulamentação municipal.
Sistemas de Resíduos Sólidos Urbanos
São 404 municípios brasileiros (mais de 45% da população):
 Geradas mais de 76 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2013.
 O que representa um aumento de 4,1% em relação a 2012, índice muito superior 
àquele divulgado em anos anteriores.
 Somente 58% do lixo urbano coletado tem destinação final adequada. Este quadro 
não sofreu alterações significativas desde 2012. 
Panorama nacional de resíduos sólidos
 O restante dos resíduos sólidos, 28,8 milhões de toneladas, que correspondem a 
41,7% do coletado.
 É destinado a lixões e aterros controlados, que possuem poucas diferenças com 
relação aos lixões, quando levamos em consideração o impacto ambiental.
 No Brasil, 3.444 municípios ainda utilizam locais inadequados para a destinação 
final de seu lixo. 
Panorama nacional de resíduos sólidos
 Deste total, 1.569 cidades usam lixões que, do ponto de vista ambiental, são a pior 
forma de destinação.
 Ocorre o descarte de todo tipo de material diretamente no solo, sem nenhum tipo 
de tratamento nem cuidados especiais.
 Para que um sistema de gestão de resíduos funcione, ações prévias devem ser 
implantadas, como a separação dos resíduos e a coleta seletiva.
Panorama nacional de resíduos sólidos
 Os resíduos sólidos domiciliares são aqueles gerados nos lares ou que, quando 
gerados em outras atividades, possuem características compatíveis com os 
gerados nos lares.
 Predominam os restos orgânicos e outros materiais não perigosos, 
recicláveis ou não.
 Devido à presença de matéria orgânica, atraem vetores 
e sua decomposição provoca mau cheiro e um líquido 
escuro, altamente poluente, conhecido como chorume.
Resíduos sólidos domiciliares
 A responsabilidade pelos resíduos sólidos domiciliares recai sobre o município, por 
ser um problema de interesse local. 
 A coleta, o transporte, o tratamento e a destinação desses resíduos constituem, 
portanto, serviço público de saneamento básico de alto interesse para 
a saúde pública.
Resíduos sólidos domiciliares
 A coleta é o componente do sistema de resíduos sólidos mais sensível aos olhos 
da população.
 Falhas no serviço de coleta levam ao acúmulo de resíduos, propiciando a 
proliferação de maus odores e de vetores, além de incômodos como 
a poluição visual. 
 A coleta deve ser feita de uma forma que facilite o comportamento da população 
e as operações posteriores de segregação, tratamento e disposição final.
Coleta e transporte
A produção de resíduos sólidos faz parte do cotidiano do ser humano. Sobre os 
resíduos sólidos, podemos afirmar que:
I. Esta questão é um problema de saúde pública.
II. Não é uma questão influenciada por interesses econômicos, aspectos culturais 
e conflitos políticos.
III.Resíduos sólidos urbanos não causam impacto ambiental.
IV. Resíduos sólidos são classificados pela norma NBR 
10004 (2004).
Interatividade
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Interatividade
A produção de resíduos sólidos faz parte do cotidiano do ser humano. Sobre os 
resíduos sólidos, podemos afirmar que:
I. Esta questão é um problema de saúde pública.
IV. Resíduos sólidos são classificados pela norma NBR 10004 (2004).
Alternativa correta:
b) I e IV.
Resposta
 A frequência da coleta deve ser definida em função do custo e do acúmulo 
de resíduos.
 A coleta tem um complicador nas épocas de chuva, uma vez que as águas pluviais 
podem carregar os sacos de lixo e o material pode entupir as galerias.
 A coleta unificada tem a vantagem de ser mais barata e mais simples de gerenciar, 
por isso é a mais comum no Brasil.
Coleta de resíduos urbanos
 A coleta seletiva facilita o reaproveitamento de materiais e os processos de 
tratamento que venham a ser aplicados. 
 A coleta de materiais recicláveis presentes nos resíduos existiu durante muito 
tempo, de maneira informal, no Brasil.
 Executada pelos próprios garis da coleta ou por catadores coletando material 
reciclável de porta em porta ou nos lixões, neste caso, em condições subumanas.
Coleta de resíduos urbanos
 Após uma triagem e a separação do lixo, parte do material pode ser tratado.
Os tipos de tratamento mais comuns são:
 reciclagem;
 compostagem;
 incineração;
 disposição final (aterro sanitário).
Tratamento de resíduos sólidos urbanos
 A reciclagem de resíduos constitui o reprocessamento de materiais, 
permitindo novamente a sua utilização. 
 Desse modo, materiais descartados são reintroduzidos em um ciclo produtivo 
por meio de sua transformação. 
 A reciclagem de resíduos possibilita que materiais considerados resíduos
para o gerador passem a ser matérias-primas secundárias para outro indivíduo 
da sociedade como um todo.
Reciclagem
 A reciclagem difere da reutilização porque exige um maior grau de processamento, 
excedendo a simples triagem e limpeza do material.
 A reciclagem de alumínio economiza 95% da energia em relação à utilização 
do minério. 
 O vidrotambém é fundido em novas peças, com economia de 50% no consumo de 
água em relação à fabricação com base em matérias-primas primárias.
Reciclagem
 Plásticos são fundidos e transformados em grânulos, que são usados como 
matéria-prima para a fabricação de novos produtos, com economia de 78,7% de 
energia elétrica. 
 Na reciclagem do papel, o material é desagregado em água e as fibras podem 
passar ainda por um processo de refinamento antes da utilização. Há ainda 
soluções criativas, como fabricação de lixeiras com pneus.
Reciclagem
 A reciclagem traz benefícios para o meio ambiente. 
 No entanto, deve-se levar em consideração a análise do ciclo de vida do produto 
para se ter uma visão clara das vantagens e desvantagens ambientais envolvidas 
no processo de reciclagem.
 Os fabricantes de diversos produtos já fabricados com material reciclado não 
utilizam ainda, como vantagem competitiva no mercado, o fato de tais produtos 
conterem material reciclado, preferindo omitir essa informação. 
Reciclagem
 A compostagem é um processo biológico de decomposição controlada de matéria 
orgânica contida em restos de origem animal ou vegetal.
 Produz um composto útil para melhorar as propriedades físicas do solo, além de 
ter propriedades fertilizantes.
 O processo promove a inativação da maioria dos agentes patogênicos 
normalmente presentes nos resíduos sólidos domésticos.
Compostagem
 Não se aconselha o uso em culturas que são ingeridas cruas por causa de 
existência de certas formas de ovos e cistos que resistem a essas temperaturas.
 Pode ser feita em processos simples, como a compostagem em montes 
periodicamente revirados ou até em instalações de grande porte, 
com tambores rotativos. 
Compostagem
 A compostagem pode ser realizada por meio de processos aeróbicos, anaeróbios 
ou mistos, mas é um processo lento que, dependendo da tecnologia empregada, 
pode levar de 45 a 180 dias. 
 Em geral, exige áreas grandes de pátio para a etapa de cura.
Compostagem
 A incineração constitui um processo de redução de peso e volume dos resíduos 
por intermédio de queima controlada. 
 Os resíduos são reduzidos a cinzas, que representam de 5 a 15% do peso inicial. 
 Os agentes patogênicos são destruídos, por isso ela é muito utilizada para 
tratamentos de resíduos de serviços de saúde, já que essa solução destrói 
também diversos compostos químicos tóxicos presentes.
Incineração
 Alguns incineradores são projetados de modo a permitir o aproveitamento do calor 
gerado da queima para a produção de energia elétrica. 
 Uma das desvantagens desse processo está no risco de produção e emissão de 
dioxinas e furanos, substâncias cancerígenas que, se emitidas com os gases da 
queima, podem depositar-se no solo, entrar na cadeia alimentar via vegetais e 
provocar danos ambientais graves. 
Incineração
 Tecnicamente, existem formas de minimizar essa possibilidade, mediante o 
resfriamento rápido dos gases e filtragem de materiais particulados.
 Mas a percepção dos riscos associados ao processo e à segurança da tecnologia 
varia muito, o que tem tornado politicamente difíceis e desgastantes as decisões 
sobre a instalação de novos incineradores.
 As cinzas devem ser aterradas, sendo necessário que haja um aterro para a sua 
disposição. Mas a principal desvantagem está no custo elevado.
Incineração
 A incineração de alguns componentes dos resíduos sólidos domésticos pode ser 
economicamente mais interessante que a coleta seletiva e a reciclagem.
 Embora investimentos mais expressivos em educação ambiental possam inverter 
essa situação. 
 Considerando o ponto de vista ambiental e tendo como parâmetro o efeito estufa, 
a reciclagem torna-se mais vantajosa.
Incineração
O gerenciamento dos resíduos sólidos nas áreas urbanas baseou-se na coleta e no 
afastamento dos resíduos. Podemos afirmar que:
I. O acondicionamento é importante para evitar a proliferação de vetores.
II. A coleta dos resíduos deve ser feita com frequência adequada para não 
aumentar os riscos para o meio ambiente e para a saúde pública.
III. Falhas no serviço de coleta propiciam a proliferação de maus odores.
IV. A coleta tem um complicador nas épocas de chuva, uma 
vez que as águas pluviais podem carregar os sacos de 
lixo e entupir as galerias.
Interatividade
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III.
b) I e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Interatividade
O gerenciamento dos resíduos sólidos nas áreas urbanas baseou-se na coleta e no 
afastamento dos resíduos. Podemos afirmar que:
I. O acondicionamento é importante para evitar a proliferação de vetores.
II. A coleta dos resíduos deve ser feita com frequência adequada para não 
aumentar os riscos para o meio ambiente e para a saúde pública.
III. Falhas no serviço de coleta propiciam a proliferação de maus odores.
IV. A coleta tem um complicador nas épocas de chuva, uma vez que as águas 
pluviais podem carregar os sacos de lixo e entupir as galerias.
Alternativa correta:
e) I, II, III e IV.
Resposta
 Onde há escassez de áreas para aterro ou fontes de energia, a incineração de 
resíduos sólidos domésticos é muito utilizada. No Japão, 70% do lixo doméstico 
é incinerado. 
 Na Alemanha, as exigências com a qualidade do ar têm inviabilizado novos 
investimentos em incineradores e assim vem aumentando a fração do lixo tratado 
por compostagem.
Incineração
 Os resíduos não tratados e os rejeitos dos diversos processos de tratamento 
precisam ser finalmente dispostos no solo e a solução mais frequentemente 
indicada é o aterro sanitário.
 É importante ressaltar que nenhum sistema de resíduos sólidos dispensa o aterro 
sanitário. A existência de alguma forma de disposição final se faz sempre 
necessária para absorver os rejeitos gerados pelos processos de tratamento 
e reciclagem.
Disposição final
 Os aterros sanitários são obras de engenharia destinadas a acomodar os resíduos 
sobre o solo, minimizando os impactos ambientais e os riscos à saúde. 
 Devem possuir drenos para os líquidos percolados que se formam na 
decomposição natural da matéria orgânica e impermeabilização adequada para 
evitar a contaminação de aquíferos. 
Aterro sanitário
 Também precisam dispor de drenos para o escoamento dos gases que se formam 
no processo de fermentação da matéria orgânica. 
 A operação deve incluir compactação do lixo e cobertura diária dos resíduos com 
terra, que ajuda a evitar a emanação de maus odores e o crescimento de vetores. 
Além disso, precisam ser cercados para evitar a atividade de catadores.
Aterro sanitário
 Quando a capacidade do aterro se esgota, a área deve ser recuperada do ponto 
de vista paisagístico e de utilização pela sociedade, respeitando-se as limitações 
técnicas inerentes às características dos terrenos aterrados com resíduos.
 Por fim, eles devem ter um sistema de drenagem de águas pluviais, tratamento 
adequado para o chorume e também sistema de monitoramento de lençol freático.
Aterro sanitário
 As formas de disposição nas quais não há qualquer cuidado para a redução do 
impacto ambiental são normalmente chamadas de lixões. 
 Os lixões são inadequados do ponto de vista sanitário porque propiciam a 
proliferação de vetores e o aparecimento de doenças. 
Lixões
 Podem provocar a poluição do solo, das águas e do ar e diversos problemas 
ambientais. Do ponto de vista social acabam refletindo a miséria encontrada na 
região, porque são fonte de renda e alimento para catadores. 
 Os lixões são a forma mais numerosa de locais de destinação final no Brasil, 
sendo quase 50 mil toneladas/dia dispostas em locais com esta classificação.
Lixões
 No Brasil, os resíduos gerados nos serviços de saúde ficaram sem uma 
classificação legal específica até o início da década de 1990.
 A partir de então, a ABNT passou a editar uma série de normas, como a NBR 
12808 (1993), que classificavaos RSS, segundo a mesma direção do Centro de 
Vigilância Sanitária (CVS), em 1989, que classificava os RSS em três categorias, 
que continuam sendo as mesmas na revisão da norma em 2016 
(NBR 12808: 2016).
 infectantes; 
 especiais (incluindo os farmacêuticos, radioativos e 
químicos perigosos);
 comuns. 
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
Nesse período não havia um consenso sobre a classificação dos RSS no Brasil, até 
que fosse editada, em 1993, a Resolução 05/93 do CONAMA, que representou a 
primeira norma legal de classificação dos RSS, que passaram a ser divididos em 
4 grupos:
 Grupo A – Infectantes: constituído pelos resíduos que apresentam risco em 
potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes 
biológicos. Fazem parte deste grupo sangue, resíduos de laboratórios de análises 
clínicas, de ambulatórios, tecido etc.
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
 Grupo B – Químicos: materiais que apresentam risco em potencial à saúde pública 
e ao meio ambiente devido às suas características químicas. Incluem-se drogas 
quimioterápicas e produtos por elas contaminados, resíduos farmacêuticos 
(medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados) e outros 
produtos perigosos, conforme a classificação nacional de resíduo sólido – NBR 
10004 da ABNT (tóxicos, inflamáveis, corrosivos e reativos).
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
 Grupo C – Radioativos: constituídos por rejeitos radioativos, como material 
contaminado com radionuclídeos provenientes de laboratórios de análises clínicas 
e serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resolução 6.05 da 
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN 1985).
 Grupo D – Comuns: constituído pelos tipos de resíduos que não se enquadram 
nos anteriores.
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
 Depois desta importante resolução foi editada a Resolução 283/01 do CONAMA, 
partindo do princípio da necessidade de aprimoramento, atualização e 
complementação da resolução 05/93 do CONAMA. 
 Foram mantidas as quatro categorias, acrescentando-se aos resíduos do grupo A: 
vacina vencida ou inutilizada, membrana filtrante de equipamento médico 
hospitalar e de pesquisa, objetos perfurocortantes, provenientes de 
estabelecimentos prestadores de serviços de saúde, materiais descartáveis.
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
 A partir de março de 2003, por definição da RDC 33/03 da ANVISA, os RSS 
passaram a ser classificados em cinco grupos, separando os resíduos 
perfurocortantes, antes incluídos no grupo de infectantes, em um novo grupo.
 Grupo A (potencialmente infectantes) – resíduos com possibilidades de conter 
agentes biológicos que podem causar risco de infecção devido a características de 
maior virulência ou concentração. São subdivididos em sete categorias, 
denominadas de A1 a A7 de acordo com os diferentes tipos de resíduos.
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
 Grupo B (químicos) – apresentam em sua composição substâncias químicas, 
independentemente das características de inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade e toxicidade. Subdividem-se em oito categorias de B1 a B8.
 Grupo C (rejeitos radioativos) – contaminados com radionuclídeos, devendo seguir 
determinações técnicas e legais da CNEN.
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
 Grupo D (resíduos comuns) – qualquer resíduo não contaminado e que não possa 
provocar acidentes.
 Grupo E (perfurocortantes) – esta categoria inclui objetos e instrumentos que 
possuam cantos e bordas, pontos de protuberâncias rígidas e agudas, cortantes 
ou perfurantes.
Resíduos de Serviço de Saúde (RSS)
Sobre os processos de tratamento dos resíduos sólidos urbanos, 
podemos afirmar que:
I. A reciclagem possui grande importância ambiental, 
pois transforma resíduos em matéria-prima para terceiros.
II. A compostagem é um processo biológico de decomposição controlada 
de matéria orgânica.
III. O processo de compostagem é rápido, 
levando no máximo 15 dias para finalização.
IV. A incineração é o método de tratamento de resíduos 
mais vantajoso e não apresenta desvantagens.
Interatividade
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Interatividade
Sobre os processos de tratamento dos resíduos sólidos urbanos, 
podemos afirmar que:
I. A reciclagem possui grande importância ambiental, 
pois transforma resíduos em matéria-prima para terceiros.
II. A compostagem é um processo biológico de decomposição controlada 
de matéria orgânica.
Alternativa correta:
a) I e II.
Resposta
 De acordo com a Resolução 05/93 do CONAMA, os resíduos infectantes (grupo A) 
não podem ser dispostos no ambiente sem tratamento prévio, sendo também 
proibida a sua reciclagem. 
 Após tratamento, esse resíduo passa a ser considerado do tipo comum (grupo D) e 
deve seguir as recomendações dos órgãos ambientais.
Tratamento dos RSS
 Para a RDC 33/03 da ANVISA, os resíduos dos grupos A e B devem seguir 
diferentes tipos de tratamento ou descontaminação na própria unidade geradora.
 Antes do seu encaminhamento para tratamento ou destino final, 
devendo envolver os fabricantes no processo.
 Os do grupo e devem ter tratamento prévio ou ser encaminhados diretamente 
para aterro sanitário.
Tratamento dos RSS
 Recomenda-se que instalações de tratamento de resíduos obedeçam à legislação 
específica, sempre privilegiando opções consorciadas, pela extensão dos 
benefícios à comunidade e ao ambiente. 
 A responsabilidade pelo manuseio, tratamento e disposição final dos RSS é do 
estabelecimento gerador, com exceção dos resíduos comuns – grupo D.
Tratamento dos RSS
Os tipos de tratamentos aplicados para resíduos infectantes:
 Desinfecção química. Esterilização a vapor (autoclave).
 Esterilização por gases. Inativação térmica.
 Incineração. Radiações ionizantes.
 Uso de micro-ondas. Uso de tocha de plasma.
Tratamento dos RSS
 RSS são submetidos à ação de substâncias químicas para a destruição 
de agentes infecciosos. 
 Os resíduos líquidos resultantes podem ser despejados em sistemas de esgoto 
e os resíduos sólidos secos dispostos em aterro sanitário. 
 As recomendações para seu uso referem-se mais à desinfecção de utensílios 
e superfícies do que à desinfecção de resíduos.
 O maior inconveniente é que esse processo deixa 
resíduos tão ou mais perigosos para o meio ambiente 
do que antes do tratamento.
Desinfecção química
 Usado na descontaminação de resíduos microbiológicos e de outros resíduos de 
laboratórios antes da disposição final. 
 O processo deve permitir a penetração de vapor e a condução de calor por toda a 
massa a ser esterilizada, não recomendado para grandes volumes de resíduos 
pela espessura e pelo estado físico do RSS.
 O uso de autoclave exige o desenvolvimento de uma 
tecnologia razoavelmente sofisticada, que precisa de 
treinamento para ser operada. Os resíduos devem ir 
para aterros sanitários e jamais serem reciclados. 
Esterilização a vapor
 Trata-se de um processo que consiste na injeção de um agente químico, sob a 
forma de gás, numa câmara fechada. 
 Comumente têm sido utilizados os gases: óxido de etileno e formaldeído. 
 Admite-se o uso de gases no tratamento de resíduos de serviços de saúde, porém, 
lembrando os efeitos cancerígenos ligados ao óxido de etileno. 
 Devido a esses riscos, é um método que requer uma 
estrutura especial do serviço para sua utilização e os 
serviços devem seguir as recomendações 
legais específicas.
Esterilização por gases
 É um processo de aquecimento do resíduo à temperatura que destrói grandes 
volumes de resíduos líquidos, que são colocados sobre uma chama, em 
temperaturas predeterminadas, por um período de tempo específico. 
 É um método muito utilizado em indústrias, porém não muito difundido no Brasil, 
sendo semelhante ao sistema de esterilização por vapor.
Inativação térmica
 Método mais utilizadonas últimas décadas, sendo preconizado até recentemente 
como o mais adequado para assegurar a eliminação de microrganismos 
patogênicos presentes na massa de resíduos infectantes do grupo A, desde que 
atendidas as necessidades de projeto e de operação adequadas para o controle 
do processo.
 Vantagens: redução do volume (90%) e redução do peso (15%).
 Desvantagens: alto custo e produção de furanos e dioxanos.
Incineração
 É uma tecnologia recente para o tratamento dos resíduos de serviços de saúde. 
Utiliza radiações gama a partir do cobalto (Co) 60 e ultravioleta para 
destruir os microrganismos infecciosos. 
 A radiação ultravioleta tem sido mais empregada no tratamento 
de águas residuárias. 
 É recomendado um monitoramento quinzenal, com testes bacteriológicos. 
Há no Brasil uma legislação específica.
Radiações ionizantes
 Método utilizado para destruir agentes infecciosos, tem sido empregado em alguns 
serviços de saúde da Europa e foi introduzido no Brasil mais recentemente. 
 Consiste na trituração dos resíduos, que são umedecidos com água aquecida 
entre 90 e 150ºC, passando para outra câmara em que sofrerão a ação de 
micro-ondas, com um tempo de permanência de quinze a trinta minutos.
 Esse processo reduz o volume dos resíduos entre 60 e 90%, 
deixando-os descaracterizados. 
Micro-ondas
 O sistema de plasma pirólise ou plasma térmico é a mais recente tecnologia 
introduzida para o tratamento dos RSS. 
 O processo envolve a introdução de um gás ionizado – nitrogênio, argônio ou 
monóxido de carbono (CO) – que se transforma em tocha de plasma por meio da 
aplicação de energia elétrica dentro de um forno revestido de sílica, alumina e 
magnesita, para resistir às altíssimas temperaturas que são produzidas.
 Uma tocha de plasma de 0,2 m de diâmetro por 0,80 m 
de comprimento, com 500 kW de potência trata cerca de 
800 kg de resíduos por hora. 
Tocha de plasma
 Esse sistema necessita ser ligado à corrente elétrica 30 minutos antes do início do 
processo. É um método limpo, gerador de um produto que, após gaseificado a 
temperaturas em torno de 1600ºC, funde-se, tornando-se vitrificado e de extrema 
dureza, podendo ser utilizado em construções ou outros fins. 
 Outra vantagem é a elevada redução de seu volume e a não emissão de dioxina. 
No entanto, essa tecnologia exige alto investimento, sendo ainda necessários 
estudos mais ampliados.
Tocha de plasma
 A disposição final dos RSS deve ser precedida pelo tratamento prévio desses 
resíduos, dependendo do seu potencial de risco e é de responsabilidade do 
gerador, embora, historicamente, tenha sido atribuição do poder público municipal.
 Os resíduos de serviços de saúde devem ter como destinação final um aterro 
sanitário, que se constitui em solução aceita por autoridades governamentais 
e científicas.
Destinação final
Os perigos decorrentes de algumas classes de medicamentos não se baseiam 
apenas nos resíduos tóxicos por eles gerados, mas em todo o seu ciclo de vida. 
Podemos afirmar que:
I. A maioria da população não sabe como descartar medicamentos e não se 
preocupa com isso.
II. O descarte ideal para medicamentos é jogá-los no lixo, dentro das embalagens 
para evitar contaminação.
III. O descarte ideal é feito por incineração com emissão 
de resíduos controlados e descarte das cinzas em 
aterros sanitários.
IV. Todo medicamento é um composto químico e deve ser 
tratado como resíduo sólido urbano.
Interatividade
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
e) I, II, III e IV.
Interatividade
Os perigos decorrentes de algumas classes de medicamentos não se baseiam 
apenas nos resíduos tóxicos por eles gerados, mas em todo o seu ciclo de vida. 
Podemos afirmar que:
I. A maioria da população não sabe como descartar medicamentos e não se 
preocupa com isso.
III. O descarte ideal é feito por incineração com emissão 
de resíduos controlados e descarte das cinzas em aterros sanitários.
Alternativa correta:
b) I e III.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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