Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Teorema da Aproximação de Weierstrass Reginaldo J. Santos Departamento de Matemática-ICEx Universidade Federal de Minas Gerais ������������� ������ ������ ��������� �������� ��ff���fi 14 de julho de 2010 Teorema 1. Seja f : [a, b] → R uma função contínua. Para todo e > 0, existe um polinômio p(t) tal que | f (t)− p(t)| < e, para todo t ∈ [a, b]. Demonstração. Seja t = (1− x)a + xb. Então x = 1 b− a (t− a) e t ∈ [a, b] se, e somente se, x ∈ [0, 1]. Seja f˜ : [0, 1] → R definida por f˜ (x) = f ((1− x)a + xb). Seja p˜(x) = n ∑ k=0 f˜ ( k n ) ( n k ) xk(1− x)n−k e p(t) = p˜ ( 1 b− a (t− a) ) . Este polinômio é chamado de polinômio de Bernstein. Vamos usar o fato de que ∑ k∈A ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ n ∑ k=0 ( n k ) xk(1− x)n−k = 1, (1) para qualquer A ⊆ {0, 1, 2 . . . , n}. Como f é contínua existe δ > 0 tal que |x− y| < δ ⇒ | f˜ (x)− f˜ (y)| < e 2 . (2) 1 Sejam b1 = x− δ e b2 = x + δ. Seja M = max x∈[0,1] | f˜ (x)| = max t∈[a,b] | f (t)|. Seja n tal que 4Me−2δ 2n < e 2 . Vamos usar o seguinte fato que será demonstrado a seguir: b2 ≤ k n ≤ 1 ou 0 ≤ k n ≤ b1 ⇒ x k n (1− x)1− k n ≤ e−2(x−b) 2 b k n (1− b)1− k n . (3) Então por (1), (2) e (3) temos que | f˜ (x)− p˜(x)| = ∣∣∣∣∣ n ∑ k=0 f˜ (x) ( n k ) xk(1− x)n−k − n ∑ k=0 f˜ ( k n ) ( n k ) xk(1− x)n−k ∣∣∣∣∣ ≤ ≤ n ∑ k=0 | f˜ ( k n )− f˜ (x)| ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ ≤ e 2 + ∑ | kn−x|≥δ | f˜ ( k n )− f˜ (x)| ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ ≤ e 2 + 2M ∑ k n≥b2 ( n k ) xk(1− x)n−k + 2M ∑ k n≤b1 ( n k ) xk(1− x)n−k ≤ ≤ e 2 + 2Me−2δ 2n ∑ k n≥b2 ( n k ) bk2(1− b2) n−k + 2Me−2δ 2n ∑ k n≤b1 ( n k ) bk1(1− b1) n−k ≤ e 2 + 4Me−2δ 2n ≤ e. Lema 2. Se 0 ≤ x < b ≤ k n ≤ 1 ou 0 ≤ k n ≤ b < x ≤ 1, então x k n (1− x)1− k n ≤ e−2(x−b) 2 b k n (1− b)1− k n . Demonstração. Precisamos mostrar que x k n (1− x)1− k n b k n (1− b)1− k n ≤ e−2(x−b) 2 , 2 ou aplicando-se o logaritmo nesta desigualdade, que H(x) = ln x k n (1− x)1− k n b k n (1− b)1− k n + 2(x− b)2 ≤ 0. Temos que H(b) = 0. (a) Se 0 < x < b ≤ k n ≤ 1, vamos mostrar que H′(x) ≥ 0. Como, para 0 < x < 1, x(1− x) ≤ 1 4 , então H′(x) = k n − x x(1− x) + 4(x− b) ≥ 4( k n − x) + 4(x− b) = 4( k n − b) ≥ 0. (b) Se 0 ≤ k n ≤ b < x < 1, vamos mostrar que H′(x) ≤ 0. Como, para 0 < x < 1, 4 ≤ 1 x(1− x) , então H′(x) = k n − x x(1− x) + 4(x− b) ≤ k n − x x(1− x) + x− b x(1− x) = k n − b x(1− x) ≤ 0. Referências [1] Djairo Guedes de Figueiredo. Análise de Fourier e Equações Diferenciais Parciais. IMPA, Rio de Janeiro, 1977. [2] Donald Kreider, Donald R. Ostberg, Robert C. Kuller, and Fred W. Perkins. Intro- dução à Análise Linear. Ao Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro, 1972. [3] Elon L. Lima. Curso de Análise. Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, 1976. [4] Literka. Weierstrass Approximation Theorem. Bernstein’s Polynomials. Website. fl�ffi ffi"!$# % %'& & &)( *,+-ffi/.10"2/34(5316 6 0�(87"9;:�%-: 31ffi"fl�7"9'< =�ffi�0�>/%"3'!�!,0/9@?�+A: 3@ffiB+19;=$(Cfl�ffi1: . 3
Compartilhar