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Metodologia - ESTÁCIO - 2021 - Todos os slide

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A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO 
E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O CONHECIMENTO E SUA PRODUÇÃO
O conhecimento é a tomada de consciência do ato de 
conhecer.
O homem se apropria progressivamente de um mundo 
preexistente construindo respostas para suas dúvidas e 
incertezas, atribuindo sentidos e significados ao mundo 
que o cerca.
Todo o desenvolvimento experimentado pela humanidade 
é fruto da incessante busca do homem pela compreensão 
do universo circundante e o desejo de aprimorá-lo.
O conhecimento deve ser compreendido como processo 
dinâmico, inacabado e em constante transformação e 
adaptação.
Ao relacionar-se com o meio, o homem faz uso de diversas 
formas de conhecimento e, por meio dessas formas, 
transforma o mundo ao mesmo tempo em que é 
transformado.
Há diversas formas de apreender a realidade
No contexto acadêmico, interessa-nos esta 
apreensão no campo científico.
Para isso ocorrer é preciso que o sujeito (aquele 
que conhece) traga para si algo que está fora 
dele e que se quer conhecer (o objeto).
Para que haja conhecimento é necessário que 
um sujeito de disponha a conhecer um objeto.
Como toda construção humana, o conhecimento está 
em constante transformação.
Mesmo o conhecimento científico é transitório ou 
provisório e está relacionado às particularidades dos 
momentos sociais e históricos.
Há várias formas de se obter conhecimento
Cada uma apresenta em sua constituição níveis e 
estruturas diferentes.
Cada um dos níveis de estrutura do conhecimento 
possui sua complexidade e características específicas. 
Divide-se em quatro categorias os tipos de 
conhecimento e de busca do sentido das coisas:
• Conhecimento popular
• Conhecimento filosófico
• Conhecimento religioso
• Conhecimento científico
TIPOS DE CONHECIMENTO E SUAS PRINCIPAIS 
CARACTERÍSTICAS 
CONHECIMENTO POPULAR
Também chamado empírico, senso comum, espontâneo 
ou vulgar, é adquirido a partir da experiência do 
cotidiano, com o meio social, na forma de ensaios e 
erros.
Não há a preocupação (ou necessidade) de métodos e 
técnicas científicos para sua construção.
É uma forma de conhecimento possível
CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO POPULAR
Valorativo
Reflexivo
Assistemático
Verificável
Falível
Inexato
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
Constituído de realidades suprassensíveis, 
imperceptíveis aos sentidos, especulações que 
prescindem da realidade e dos dados materiais ou 
empíricos.
Interroga incessantemente a si mesmo e a realidade.
Busca sentidos, justificativas para o existir.
CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO FILOSÓFICO
Valorativo
Racional
Sistemático
Não verificável
Infalível 
Exato
Por que o conhecimento filosófico é considerado 
infalível e exato?
CONHECIMENTO RELIGIOSO
Também chamado conhecimento teológico.
Fundamentado em uma atitude de fé, de crença em um 
conhecimento revelado, transcendente, inspirado pela 
divindade, comunicado por Deus a alguém que se 
incumbe do dever de revelar a outros.
É da ordem do mistério, do âmbito do sobrenatural.
CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO RELIGIOSO
Valorativo
Racional
Sistemático
Não verificável
Infalível 
Exato
Por que o conhecimento religioso é considerado infalível 
e exato?
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Vai além do empírico, do imediatamente observável.
Procura conhecer além das aparências.
Quer compreender além do objeto, do fato e do 
fenômeno.
Pretende descobrir leis gerais, nexos causais.
É objetivo, tem interesse intelectual e espírito crítico.
CARACTERÍSTICAS DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Real (factual)
Contingente (sua veracidade ou falsidade é conhecida 
por meio da experiência e não apenas pela razão, como 
no filosófico)
Sistemático
Verificável
Falível 
Aproximadamente exato
O conhecimento científico se caracteriza pela busca da 
compreensão dos fenômenos existentes por meio da 
utilização de procedimentos metódicos em suas 
investigações.
Galliano (1979, p. 21) define o conhecimento científico 
como “o aperfeiçoamento do conhecimento comum e 
ordinário obtido por meio de um procedimento metódico, 
o qual mobiliza explicações rigorosas e ou plausíveis 
sobre o que se afirma sobre um objeto da realidade”.
CIÊNCIA
Latim scientia = aquisição de conhecimento
Ciência é um acervo de conhecimentos científicos que 
se renova com a pesquisa para cada vez mais resolver 
problemas, responder a questões e desenvolver 
procedimentos, equipamentos e produtos.
A ciência pode ser considerada uma atividade social, 
crítica e dinâmica, e tem o objetivo de produzir 
conhecimento sobre diferentes aspectos da natureza. 
CIÊNCIA
Resulta de tentativas ocasionais e de pesquisas cada 
vez mais metódicas.
Pode ser legada às gerações seguintes (assimilar 
resultados das gerações anteriores, desenvolvendo e 
ampliando alguns aspectos novos).
Constituída por elementos (hipóteses e teorias) que 
podem se perder no tempo (interesse histórico).
Investigação rigorosa, baseada em METODOLOGIA.
Mas o que é conhecer? Conhecer significa estabelecer
uma relação entre um sujeito que conhece e um objeto
conhecido
CIÊNCIA CONHECIMENTO
MÉTODO
SUJEITO OBJETO
PESQUISA
O saber acumulado pelo sujeito sobre o objeto, através 
da pesquisa, deve ser transmitido
Ao se propor a produção de conhecimento, três
questões se colocam:
O que se pode conhecer?
Como conhecer?
Que tipo de conhecimento será produzido?
Os estudos em Metodologia científica e a Metodologia
da pesquisa nos ajudam a responder a estas perguntas.
A metodologia científica é o estudo dos métodos que
permitem a consolidação das práticas de pesquisa
científica, seus procedimentos teóricos e técnicos, suas
etapas, bem como as modalidades de divulgação dos
resultados de suas investigações.
O termo método designa a ordem a ser seguida nos
diferentes processos que são necessários para se
chegar a determinado fim ou resultado.
Método pode ser entendido como um procedimento
regular, explícito e que pode ser repetido a fim de se
conseguir algo material ou conceitual.
O MÉTODO CIENTÍFICO
Os procedimentos que são utilizados nas ciências podem
variar de uma área da ciência para outra, mas é possível
determinar certos elementos que diferenciam os outros
métodos do método científico.
O método científico pode ser definido como um conjunto
de regras básicas para que um cientista desenvolva uma
experiência com o objetivo de produzir conhecimento ou
corrigir e complementar conhecimentos preexistentes.
O método científico é baseado na junção de evidências 
empíricas, observáveis e mensuráveis, com base no uso 
da razão.
De modo geral, o método científico segue a seguinte
sequência de eventos:
1) Problema
2) Hipótese
3) Experimentação
4) Conclusão
5) Se necessário, nova hipótese
PLANEJANDO A PESQUISA
PESQUISA é o desenvolvimento efetivo de uma 
investigação bem planejada, feita e redigida segundo as 
normas metodológicas provenientes da ciência
Usualmente, a pesquisa parte de uma dúvida, um 
problema.
Através da utilização do método científico, busca-se 
solução ou resposta para a questão.
Ela visa, fundamentalmente, a busca e a evolução do 
conhecimento humano em todos os setores da ciência 
pura ou aplicada.
A pesquisa é a busca de resposta para determinados 
problemas, um instrumento dinâmico de 
questionamento, indagação, descoberta e 
aprofundamento.
A produção do trabalho científico requer planejamento
Planejar significa projetar, imaginar
Para por em andamento uma pesquisa científica deve-se, 
inicialmente, conhecer os tipos possíveis de investigação 
e os procedimentos teórico-técnicos a serem seguidos 
para sua implementação.
Existem diversos tipos de pesquisa e natureza das 
abordagens de um trabalho científico. 
Isto possibilita o desenvolvimento de um tema, apoiado 
em determinada linha teórica.
Tais procedimentos orientam a investigação e a 
metodologia específica que sustenta a elaboração da 
pesquisa.
OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS POR UMA 
PESQUISA
• Demonstrar a existência (ou ausência) de relações entre 
diferentes fenômenos
• Estabelecera consistência interna entre conceitos nos 
limites de uma teoria
• Desenvolver novas tecnologias ou demostrar novas 
aplicações de tecnologias conhecidas
• Aumentar a generalidade do conhecimento
• Descrever as condições sob as quais um fenômeno 
ocorre
(LUNA, 1999, apud ESTÁCIO/UNISEB, 2014, p. 48).
Quanto a forma de apresentação do problema • Qualitativa
• Quantitativa
• Quali-quanti / Quanti-quali
Quanto aos objetivos 
• Exploratória
• Descritiva
• Explicativa
Quanto aos procedimentos técnicos • Bibliográfica
• Documental
• Experimental
• Levantamento
• Estudo de campo
• Estudo de caso
• Pesquisa- ação
Existem várias formas de classificar as pesquisas
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO A FORMA DE 
ABORDAGEM DO PROBLEMA
Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, 
traduzido em números. Opiniões e informações são 
traduzidos em números para serem classificados e 
analisados. Usa de recursos e de técnicas estatísticas.
OU
Qualitativa: considera que há um vínculo indissociável
entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que
não pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicas. O
pesquisador é o instrumento-chave.
Pesquisa Quantitativa
Tem como base critérios estatísticos rígidos, que servem 
como parâmetro para definição do universo da pesquisa 
em questão.
A pesquisa estatística é muito utilizada para lidar com 
dados numéricos, opiniões sobre temas econômicos, 
sociais ou políticos, observação da preferência por 
produtos ou serviços em determinados segmentos 
populacionais etc.
Pesquisa Quantitativa
Devem ser representativas de um determinado universo, 
de modo que seus dados possam ser generalizados e 
projetados para aquele universo.
Tudo é quantificável. Usa ferramentas estatísticas (média, 
desvio-padrão, moda, coeficiente de correlação etc).
Cálculo da amostra obrigatório.
Pesquisa Qualitativa
Uma pesquisa qualitativa tem caráter exploratório, ou seja, 
estimula o sujeito a expressar-se livremente sobre 
determinado tema, objeto ou conceito.
Faz emergir aspectos subjetivos, uma vez que pode atingir 
motivações e pensamentos não conscientes ou não 
explícitos de forma mais espontânea.
Pesquisa Qualitativa
Como não há preocupação em projetar resultados para
uma determinada população, na pesquisa qualitativa o
número de sujeitos é relativamente pequeno, sendo que
as opiniões são coletadas por meio de questionários ou
entrevistas gravadas, as quais são posteriormente
analisadas.
São usadas quando se busca percepções e entendimento
sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço
para a interpretação.
Cálculo amostral não obrigatório
Pesquisa Qualitativa ou Quantitativa?
É um equívoco colocar a questão da qualidade e 
quantidade em termos opostos
Na verdade, ambas as dimensões fazem parte da realidade 
da vida.
Não são coisas estanques, mas facetas do mesmo todo.
Por mais que possamos admitir qualidade como algo 
“mais” e mesmo “melhor” que quantidade, no fundo, uma 
jamais substitui a outra, embora seja sempre possível 
preferir uma à outra (DEMO, 1999).
O problema de pesquisa de um determinado estudo pode 
justificar a utilização de uma combinação dos dois 
métodos, quantitativo e qualitativo, uma vez que a 
utilização de apenas um deles pode não ser suficiente para 
contemplar as especificidades da pesquisa.
Podemos ter um tipo de pesquisa quali-quantitativa ou 
quanti-qualitativa.
Os dois métodos se complementam tornando possível 
uma ampliação da abrangência da pesquisa e maior 
confiabilidade na interpretação dos resultados
Será a natureza do objeto e o objetivo da pesquisa que 
determinarão a abordagem mais adequada
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
OBJETIVOS
Do ponto de vista de seus objetivos a 
pesquisa pode ser: exploratória, descritiva 
e explicativa.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
OBJETIVOS
A pesquisa exploratória tem como objetivo procurar 
padrões, hipóteses ou ideias.
O objetivo não é testar ou confirmar uma determinada 
hipótese.
Foca sobre um problema de pesquisa que geralmente 
tem pouco (ou nenhum) estudo anterior a respeito. 
As técnicas mais comumente utilizadas são os estudos 
de caso, as observações ou as análises históricas. 
Fornecem dados qualitativos ou quantitativos.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
OBJETIVOS
A pesquisa descritiva estuda as relações entre variáveis de 
um dado fenômeno, mas não os manipula. 
Principal característica é o aprofundamento do objeto de 
estudo, uma vez que observa, analisa, registra e 
correlaciona fatos e fenômenos sem manipulá-los, isto é, 
procura descrever as características de determinadas 
populações ou fenômenos.
Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados, como a 
observação sistemática e o questionário.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
OBJETIVOS
A pesquisa explicativa tem por objetivo explicar a razão, o 
porquê dos fenômenos, uma vez que aprofunda o 
conhecimento de uma dada realidade.
Registra fatos, analisa-os, interpreta-os e identifica suas 
causas, visando ampliar generalizações, definir leis mais 
amplas, estruturar e definir modelos teóricos.
Está calcada em métodos experimentais e encontra-se 
mais direcionada para as ciências físicas e naturais.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Aqui temos a pesquisa bibliográfica, documental, 
experimental, levantamento, estudo de campo, estudo de 
caso e pesquisa-ação.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
A pesquisa bibliográfica baseia-se na consulta a livros
ou outros tipos de documentação escrita (periódicos,
artigos, dissertações, teses etc.) a fim de obter
subsídios para a compreensão de um fenômeno ou
responder a perguntas de pesquisa.
Sua principal característica é a sua informalidade,
criatividade e flexibilidade.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
A pesquisa bibliográfica utiliza dados secundários, ou 
seja, material que já foi publicado, independentemente do 
canal de divulgação. 
É a primeira fase para o desenvolvimento de um projeto de 
pesquisa. 
Vantagem: facilidade de acesso às informações, uma vez 
que elas já foram trabalhadas por terceiros.
Por outro lado, pode limitar o desenvolvimento da 
pesquisa, já que muitas vezes não aprofunda mais do que 
já foi feito com pesquisas anteriores.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
A pesquisa documental é semelhante à pesquisa 
bibliográfica.
É elaborada, entretanto, a partir de documentos que ainda 
não receberam tratamento analítico como, por exemplo, 
relatórios, mapas, prontuários, fotos etc.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
A pesquisa experimental é mais comumente utilizada nas 
ciências naturais e a principal característica é a 
manipulação das variáveis relacionadas com o objeto de 
estudo.
A manipulação das variáveis propicia o estudo da relação 
entre causas e efeitos de um dado fenômeno.
O pesquisador cria uma situação artificial com o objetivo 
único de testar para obter os dados de que necessita e 
para que possa medi-los e analisá-los com precisão.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
A pesquisa de levantamento, também chamada de survey, 
é utilizada quando se interroga diretamente pessoas cujo 
comportamento se deseja conhecer. 
Pesquisas de opinião, intenção de voto, preferências, 
crenças. 
Podem ser utilizadas entrevistas e questionários.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
O estudo de campo (pesquisa de campo) parte da 
observação dos fenômenos exatamente onde ocorre 
naturalmente. 
Objetiva-se compreender um fenômeno considerando-se 
a particularidade do local onde acontece. 
É muito utilizado pelas ciências sociais e humanas.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
O estudo de caso envolve o estudo profundo e exaustivo 
de um ou poucos objetos de maneira que se permitao seu 
amplo e detalhado conhecimento.
Diferentemente da pesquisa de levantamento, que em 
geral toma uma amostra extensa, o estudo de caso limita-
se a um ou a um pequeno grupo de indivíduos, 
considerados representativos da questão que se quer 
investigar.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Na pesquisa-ação (ou pesquisa intervenção) o 
pesquisador intervém em uma determinada questão social, 
com vistas a modificar uma dada realidade, a partir da 
mobilização dos participantes do local. Os participantes 
dessa pesquisa então envolvidos de modo cooperativo ou 
participativo.
A pesquisa-ação supõe uma forma de ação planejada de 
caráter social, educacional, técnico entre outros.
CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS QUANTO AOS 
PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
Além dos tipos de pesquisa discutidos, temos ainda outras 
possibilidades de investigação como a pesquisa de 
laboratório, a pesquisa participante, a pesquisa 
etnográfica, a pesquisa ex post facto.
A escolha de um ou outro tipo de pesquisa dependerá da 
natureza do objeto e do objetivo da investigação. Cabe ao 
pesquisador fazer a escolha adequada .
Atenção! Seja qual for o tipo de pesquisa escolhido, 
TODA investigação científica parte de uma pesquisa 
bibliográfica (“estado da arte”).
IMPORTÂNCIA DA PESQUISA
PESQUISA
Busca, procura resposta de alguma coisa;
Ciência – busca solução de um problema para o qual se 
deseja uma resposta.
Pesquisa, portanto, é o caminho para se chegar à ciência, 
ao conhecimento.
O sucesso de uma pesquisa também dependerá do 
procedimento seguido, do envolvimento do pesquisador 
com a pesquisa e de sua habilidade em escolher o 
caminho para atingir os objetivos da pesquisa.
O PESQUISADOR
O sucesso de uma pesquisa depende do envolvimento do 
pesquisador com o trabalho, e para alcançar plenamente 
os objetivos propostos, terá que desenvolver uma atitude 
científica. 
O PESQUISADOR
A postura científica é uma atitude que deve 
ser assumida pelo pesquisador na busca de 
soluções para um dado problema. 
Deve utilizar métodos adequados para a 
solução do problema. 
A postura científica deverá ser aprendida e aprimorada ao 
longo do trabalho do pesquisador. Ela não é inata, não 
nascemos com ela.
Devemos ter consciência crítica, objetiva e racional para 
chegarmos à atitude científica.
CONSCIÊNCIA CRÍTICA
De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 13), “A 
consciência crítica levará o pesquisador a distinguir e 
separar o essencial do superficial, o principal do 
secundário.
Criticar é julgar, distinguir, discernir, analisar para melhor 
poder avaliar os elementos componentes da questão”.
Portanto, temos que ser críticos no exercício da pesquisa.
CONSCIÊNCIA OBJETIVA
Devemos estar dispostos a romper posições 
eminentemente subjetivas, pessoais ou pouco 
fundamentadas, próprias do conhecimento vulgar. Romper 
com os “achismos” e buscar evidências que satisfaçam os 
critérios da objetividade científica.
Ainda que saibamos que não existe neutralidade nas 
produções humanas, devemos buscar compreender a 
realidade de forma objetiva, impessoal.
A objetividade é a condição básica da ciência
“O eu acho, eu creio, eu 
penso não satisfazem a 
objetividade do saber.”
(CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 14)
AÇÕES RACIONAIS
Devemos buscar explicações para os eventos com base 
em razões intelectuais ou racionais.
“As razões que a razão desconhece, as razões da 
arbitrariedade, do sentimento e do coração nada explicam 
nem justificam no campo da ciência.”
(CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 14)
Se quisermos produzir com sucesso uma pesquisa, 
devemos ter em conta:
 o planejamento adequado da pesquisa
 a escolha correta do método e dos procedimentos
 o tempo que dedicamos ao trabalho (observação, coleta 
e consolidação dos dados, escrita etc.)
 o cuidado com a escrita, com a comunicação dos 
resultados (não escrevemos para nós mesmos, mas 
para outros)
Quem decide quais os melhores instrumentos e a melhor 
técnica a serem usados para alcançar a resposta?
O PESQUISADOR
“Eu não poderia procurar um tesouro numa praia 
cavando um buraco com uma picareta; eu precisaria de 
uma pá. Da mesma forma, eu não poderia fazer um buraco 
no cimento com uma pá; eu precisaria de uma picareta.”
QUALIDADES DO PESQUISADOR
Além do domínio técnico, o pesquisador deve possuir ou 
desenvolver determinadas qualidades, tais como:
curiosidade paciência criatividade imaginação
atitude autocorretiva atitude ética confiança
rigor metodológico conhecimento do assunto
O pesquisador, como membro pertencente a um tempo 
determinado e a uma sociedade específica, irá refletir em 
seu trabalho de pesquisa os valores, os princípios 
considerados importantes naquela sociedade e naquela 
época. 
Portanto deverá ter claro as questões éticas envolvidas no 
processo, tais como as consideradas pela Resolução 
466/2012, que trata de pesquisas em seres humanos. 
RESOLUÇÃO 466/2012
conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf
Aprovada pelo Plenário do Conselho Nacional de Saúde 
(CNS) em 12 de dezembro de 2012, a Resolução n. 466 
trata de pesquisas e testes em seres humanos.
A Resolução apresenta diretrizes e normas 
regulamentadoras que devem ser cumpridas nos projetos 
de pesquisa envolvendo seres humanos. 
RESOLUÇÃO 466/2012
Está apoiada no respeito pela dignidade humana e à 
proteção aos participantes das pesquisas científicas 
envolvendo seres humanos.
Considera questões éticas suscitadas pelo progresso e 
pelo avanço da ciência e da tecnologia, e fundamenta-se 
em documentos como o Código de Nuremberg, de 1947, e 
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, que 
afirmam a dignidade, a liberdade e a autonomia do ser 
humano.
RESOLUÇÃO 466/2012
PRINCIPAIS DIRETRIZES E NORMAS 
A presente Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e 
das coletividades, referenciais da bioética, tais como, 
autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e 
equidade, dentre outros, e visa a assegurar os direitos e 
deveres que dizem respeito aos participantes da
pesquisa, à comunidade científica e ao Estado.
Projetos de pesquisa envolvendo seres humanos deverão 
atender a esta Resolução.
As pesquisas envolvendo seres humanos devem atender 
aos fundamentos éticos e científicos pertinentes.
a) respeito ao participante da pesquisa em sua dignidade e 
autonomia (...)
b) ponderação entre riscos e benefícios, tanto conhecidos 
como potenciais, individuais ou coletivos, 
comprometendo-se com o máximo de benefícios e o 
mínimo de danos e riscos;
c) garantia de que danos previsíveis serão evitados; e
d) relevância social da pesquisa (...)
O respeito devido à dignidade humana exige que toda 
pesquisa se processe com consentimento livre e 
esclarecido dos participantes, indivíduos ou grupos que, 
por si e/ou por seus representantes legais, manifestem a 
sua anuência à participação na pesquisa.
TCLE
Termo de Consentimento 
Livre e Esclarecido
SISTEMA CEP/CONEP
É integrado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa -
CONEP/CNS/MS do Conselho Nacional de Saúde e pelos 
Comitês de Ética em Pesquisa – CEP - compondo um 
sistema que utiliza mecanismos, ferramentas e 
instrumentos próprios de inter-relação, num trabalho 
cooperativo que visa, especialmente, à proteção dos 
participantes de pesquisa do Brasil, de forma coordenada e 
descentralizada por meio de um processo de acreditação.
Toda pesquisa com seres humanos envolve risco em tipos 
e gradações variados. Quanto maiores e mais evidentes os 
riscos, maiores devem ser os cuidados para minimizá-los e 
a proteção oferecida pelo Sistema CEP/CONEP aos 
participantes. Devem ser analisadas possibilidades de 
danos imediatos ou posteriores, no plano individual ou 
coletivo. A análise de risco é componente imprescindível à 
análise ética, dela decorrendo o plano de monitoramento 
que deve ser oferecido pelo Sistema CEP/CONEP em cada 
caso específico.
O protocolo a ser submetido à revisão ética somente será 
apreciadose for apresentada toda documentação 
solicitada pelo Sistema CEP/CONEP, considerada a 
natureza e as especificidades de cada pesquisa. A 
Plataforma BRASIL é o sistema oficial de lançamento de 
pesquisas para análise e monitoramento do Sistema 
CEP/CONEP.
A responsabilidade do pesquisador é indelegável e 
indeclinável e compreende os aspectos éticos e legais.
ETAPAS DO PROJETO DE 
PESQUISA
PROJETO DE PESQUISA
O Projeto de Pesquisa é um documento que 
contempla a descrição da pesquisa em 
seus aspectos fundamentais. 
É o planejamento do pesquisador que 
pretende produzir a pesquisa. 
PROJETO DE PESQUISA
Ele define os rumos a serem tomados pelo pesquisador 
contendo as questões de estudo, uma maneira de abordar 
a realidade, os autores que já estudaram o problema a ser 
pesquisado. 
Seguir objetivos evita o desperdício de tempo e diminui o 
custo da pesquisa. 
O projeto deve responder algumas perguntas
O quê?
Que questão?
Que solução?
Pra quê?
Por quê?
Baseado em quem?
Como e Onde?
Quando?
Deve responder às perguntas
norteadoras:
O que pesquisar? (Tema / Delimitação)
Que questão pesquisar? (Problema)
Que solução é possível? (Hipótese)
Para que pesquisar? (Objetivos)
Por que pesquisar? (Justificativa)
Qual o embasamento teórico? (Referencial teórico)
Como e onde pesquisar? (Metodologia)
Quando pesquisar? (Cronograma)
Fonte: Disponível em: <http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/>. 
Acesso em: 15 fev. 2016.
A MATRIZ DO PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa deve obedecer a uma sequência 
lógica de apresentação das informações. Para tanto, 
devemos subdividi-lo em itens, tais como:
A MATRIZ DO PROJETO DE PESQUISA
Título
Tema
Delimitação do tema
Problema
Hipótese
Objetivos (geral e específicos)
Justificativa
Revisão de literatura
Metodologia
Cronograma
Referências
TÍTULO
O título é uma expressão inicial, uma pequena frase, que
introduz a redação de um texto, sinalizando o assunto que
será tratado no documento.
É o primeiro elemento de identificação de um texto e, por
isso, deve ser interessante e criativo. É como se fosse
nosso nome próprio.
Deixe para elabora-lo quando seu trabalho estiver pronto.
TEMA
Tema não é o mesmo que título, embora às vezes gere
confusão.
O tema é a particularidade sobre um determinado assunto
ou uma área do conhecimento.
A definição do tema da pesquisa depende de fatores
internos, tais como afetividade e tempo para pesquisar, e
fatores externos, tais como a novidade, valores
acadêmicos e sociais, disponibilidade de material de
consulta e dados.
Enquanto o assunto é algo abrangente, o tema é mais
específico. Em geral, é apresentado sob forma de uma
pequena expressão.
Por exemplo, podemos ter como assunto a violência e,
como tema, violência urbana.
Vemos que um mesmo assunto pode originar diversos
temas: violência urbana, violência doméstica, violência de
gênero etc.
Atenção! Tema não é um título.
Exemplos de temas:
Nutrição parenteral
Gangs no ambiente escolar
Violência urbana
Assédio moral
Controle de qualidade
Jogos educativos
Cuidados em enfermagem neonatal
Saúde mental na terceira idade
DELIMITAÇÃO TEMA
A delimitação do tema (ou do objeto) é um recorte que
fazemos sobre o tema. É a particularidade de nossa
pesquisa. É o que queremos investigar sobre aquele
objeto.
Por exemplo, o que sobre saúde mental e terceira idade
quero investigar.
A delimitação do tema indica a abrangência do estudo,
estabelece os limites extensionais e conceituais do tema,
o que permite objetividade.
A delimitação do tema deve ser clara e objetiva.
Exemplos de delimitação de temas:
Tema: Nutrição parenteral
Delimitação: Interação nutrição parenteral-medicamentos
Tema: Violência urbana
Delimitação: Relação entre o desarmamento da população
e a melhoria dos índices de violência urbana em
Florianópolis-SC
Tema: Jogos educativos
Delimitação: Influência dos jogos educativos no processo
de alfabetização de crianças na pré-escola
Tema: Saúde mental na terceira idade
Delimitação: Relação entre improdutividade e ausência de
vida social e depressão na terceira idade
Tema: Controle de qualidade
Delimitação: Aferição do conteúdo de embalagens
comerciais de chá de uso terapêutico em relação à
descrição na rotulagem
PROBLEMA
A definição do problema é a continuidade da delimitação
do tema. Não haverá pesquisa se não tivermos um
problema. Toda pesquisa se inicia com algum tipo de
questão, de indagação, de problema.
Um problema de pesquisa apresenta uma pergunta, um
questionamento.
Podemos apresentar uma breve contextualização para
introduzir o leitor no tema, seguida de uma pergunta.
Exemplo: Interação nutrição parenteral-medicamentos 
Contextualização:
* nutrição parenteral: o que é, sua importância, em 
que situações é aplicada
* interação: o que é, como pode ocorrer e quais as 
consequências
O problema, geralmente, é mostrado sob a forma de 
pergunta. 
Assim, torna-se fator primordial que haja possibilidade de 
responder a pergunta ao longo da pesquisa. 
Aconselha-se a não fazer mais de uma pergunta, para não 
incorrer no erro de não serem apresentadas as devidas 
respostas ou apresentá-las de maneira insatisfatória.
UM TRABALHO
UMA PERGUNTA BEM FORMULADA
UMA RESPOSTA BEM APRESENTADA
Se não temos um (bom) problema, não teremos uma (boa) 
pesquisa.
Como vimos, o problema deve ser formulado como 
pergunta, deve ser claro e preciso e poder ser respondido.
Kerlinger (1980, apud GIL, 2002) define três tipos de 
problema: 
 problema de “engenharia”
 problema de valor
 problema científico
Apenas este último deve ser considerado para um projeto 
de pesquisa acadêmica.
Os problemas de engenharia são do tipo “Como fazer...” 
ou “O que fazer...”
Exemplo: “Como fazer para melhorar o rendimento dos 
funcionários da empresa X?”
Este tipo de pergunta não estabelece relações entre 
causas e consequências, mas apenas perguntam como 
são as coisas.
Os problemas de valor indagam sobre “Qual é o melhor” 
ou se é correto ou não ou se é bom ou não alguma coisa. 
Também são problemas de valor questões do tipo “algo 
deve ou deveria ser feito”.
“... um problema é de natureza científica quando envolve 
variáveis que podem ser tidas como testáveis” (GIL, 2002, 
p. 24).
As variáveis são passíveis de observação ou de 
manipulação.
Os problemas científicos têm natureza empírica.
Exemplos de problemas científicos
Tema: Nutrição parenteral 
Delimitação: Interação nutrição parenteral-medicamentos
Problema: Existe interação em pacientes submetidos a 
nutrição parenteral em UTI, quando em uso de 
antimicrobianos?
Temos aqui duas variáveis (nutrição parenteral e uso de 
antimicrobianos) que serão relacionadas pelo 
pesquisador.
Tema: Gangs no ambiente escolar 
Delimitação: Relação entre prática de esportes de equipe e 
a redução da violência entre as gangs nas escolas 
públicas
Problema: A violência entre gangs nas escolas públicas é 
reduzida com a prática de esportes de equipe?
Variáveis: violência entre gangs nas escolas públicas e 
práticas de esportes de equipe.
Tema: Assédio moral
Delimitação: Influência do assédio moral no desempenho 
de corretores da bolsa de valores
Problema: O mau desempenho de corretores da bolsa de 
valores está relacionado ao assédio moral?
Variáveis: mau desempenho dos corretores e assédio 
moral.
HIPÓTESE
Se o problema é uma pergunta, a hipótese é uma resposta
ao problema. A suposição do que iremos encontrar no
campo como resultado da pesquisa. Ao final da
investigação, a hipótese será confirmada ou refutada.
Hipótese é uma afirmação provisória a respeito de
determinado fenômeno em estudo. Deve ser clara e
objetiva.
Exemplo de hipótese
Tema: Saúde mental na terceira idade
Delimitação: Relação entre improdutividade e ausência de
vida social e depressão na terceira idade
Problema: A falta de atividade social e improdutividade são
responsáveis pelo aumento dos quadros de depressão em
pessoas da terceira idade?
Hipótese: A depressão tem determinantes genéticos,
psicológicos e sociais.A ausência de atividade social e o
sentimento de inutilidade predispõem ao aumento dos
quadros de depressão na terceira idade.
OBJETIVOS
Indicam o que se pretende conhecer, investigar, medir ou
provar no decorrer da pesquisa, ou seja, as metas que se
deseja alcançar.
Relacionam-se com a visão global do tema delimitado e
com os procedimentos práticos.
Os objetivos podem ser discriminados em:
Objetivo geral (UM)
Objetivos específicos (MAIS DE UM)
Objetivo geral: indica uma ação muito ampla, o resultado 
pretendido. Um trabalho um objetivo geral.
Verbos adequados: identificar, levantar, caracterizar, 
descrever, traçar, analisar, explicar, comparar, relacionar.
Objetivos específicos: procuram descrever ações 
pormenorizadas ou aspectos detalhados. Indicam as 
metas ou etapas que levarão à realização do objetivo geral.
Verbos adequados: classificar, aplicar, distinguir, 
enumerar, exemplificar, selecionar.
Os objetivos são iniciados com verbos no infinitivo.
Dadas as suas particularidades, os itens JUSTIFICATIVA e 
REVISÃO DE LITERATURA serão apresentados na Aula 8.
METODOLOGIA
É um conjunto de abordagens, técnicas e processos
utilizados pela ciência para formular e resolver problemas
de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira
sistemática.
O item Metodologia, presente no Projeto de pesquisa,
permite classificar a pesquisa considerando diversos
elementos.
CLASSIFICAÇÃO DA METODOLOGIA DA PESQUISA
 corresponde aos métodos pelos quais a pesquisa será 
desenvolvida
NATUREZA
BÁSICA APLICADA
Pesquisa básica: objetiva gerar
conhecimentos novos úteis para o avanço da
ciência sem aplicação prática prevista.
Envolve verdades e interesses universais.
Pesquisa aplicada: objetiva gerar
conhecimentos para aplicação prática
dirigidos à solução de problemas específicos.
Envolve verdades e interesses locais.
CLASSIFICAÇÃO DA METODOLOGIA DA PESQUISA
FORMA DE 
PROBLEMA
FORMA DE 
ABORDAGEM DO 
PROBLEMA
QUALITATIVA QUANTITATIVA
OBJETIVOS
PESQUISA 
EXPLORATÓRIA
PESQUISA 
DESCRITIVA
PESQUISA 
EXPLICATIVA
Estas classificações foram apresentadas na Aula 2
CLASSIFICAÇÃO DA METODOLOGIA DA PESQUISA
PESQUISA
BIBLIOGRÁFICA
PESQUISA
BIBLIOGRÁFICA
LEVANTAMENTO
PESQUISA 
DOCUMENTAL
ESTUDO DE 
CASO
PESQUISA 
EXPERIMENTAL
PESQUISA-
AÇÃO
Estas classificações foram apresentadas na Aula 2
Além dos elementos classificatórios da pesquisa
(natureza, forma de abordagem do problema, objetivos e
procedimentos técnicos), devemos informar, quando
pertinente, tamanho da amostra, instrumentos de coleta e
análise dos dados etc.
Por exemplo, para o desenvolvimento de uma pesquisa
com foco na investigação da qualidade de vida e saúde
dos trabalhadores da indústria de tabaco de São Paulo,
teríamos como indicação da Metodologia:
Pesquisa de abordagem quantitativa, de caráter descritivo,
a ser realizada através do procedimento técnico de
levantamento com questionário fechado elaborado para a
investigação do problema proposto. O estudo será
realizado com 300 pessoas que atuam em empresas de
tabaco em São Paulo.
CRONOGRAMA
 consiste em uma tabela com o plano de ação da
pesquisa, ressaltando suas etapas e os meses (ou
semanas) / ano(s) de seu desenvolvimento
 é um planejamento das etapas da pesquisa, a partir da
finalização do projeto
EXEMPLO DE CRONOGRAMA
Atenção! Isto é apenas um exemplo. A elaboração do cronograma do 
seu projeto deverá considerar a particularidade de sua pesquisa.
Elaboração de trabalhos 
acadêmicos e tipos de artigo
Os trabalhos acadêmicos produzidos devem 
ser comunicados à sociedade e à 
comunidade científica. 
É preciso conhecer os fatores que o 
pesquisador discutiu, que objetivou para si 
quando da concepção e realização da 
pesquisa. 
Precisamos conhecer estes fatores para 
poder avaliar a pesquisa e o valor de suas 
conclusões.
O discurso científico precisa de regras para que a 
comunicação aconteça da melhor forma. 
A comunidade científica possui regras próprias de 
como a comunicação deve ser feita, como deve passar 
o sentido de objetividade dando ênfase ao conteúdo 
apresentado.
Para esta comunicação ser realizada existe um 
conjunto de procedimentos padronizados que são 
aplicados à elaboração de documentos técnicos e 
científicos de modo a organizar seu conteúdo. 
Este conjunto chama-se Normalização. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 
criada em 1940, é o órgão responsável pela 
normalização técnica no país e fornece a base 
necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Importante, portanto, conhecer as 
normas da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) e sua relação 
com o trabalho de pesquisa. 
Existem diversas formas de apresentação do resultado 
de uma pesquisa. Dependendo da modalidade do curso 
e do grau de aprofundamento de uma pesquisa, 
produziremos um tipo de documento.
Assim temos:
Graduação: relatório ou monografia
Pós-graduação lato sensu (especialização): monografia 
ou artigo científico
Pós-graduação stricto sensu (mestrado): dissertação
Pós-graduação stricto sensu (doutorado): tese
Os tipos de apresentação gráfica do resultado de uma 
pesquisa – artigo, monografia e outras modalidades –
bem como as regras que fundamentam a escrita do 
texto – citação e referências - são fundamentais para a 
comunicação da pesquisa à comunidade científica. 
Fundamental também conhecer os elementos que 
constituem esta apresentação: elementos pré-textuais, 
elementos textuais e elementos pós-textuais.
ESQUEMA DE MONOGRAFIA
Um artigo científico, ou outro documento 
acadêmico, visa comunicar à comunidade 
informações resultantes de um processo de 
investigação científica. Para tanto, fundamenta-se 
em uma metodologia própria.
As utilização correta das regras de apresentação 
gráfica em um trabalho acadêmico permite ao leitor 
a compreensão do processo de pesquisa e a 
análise crítica dos resultados e conclusões 
disponibilizadas pelo pesquisador.
Nos cursos de pós-graduação de
nossa Universidade serão
produzidos, como trabalhos de
conclusão de curso, artigos
científicos.
O documento NBR 6022 da ABNT
normaliza os elementos que
constituem um artigo científico.
ESQUEMA DE ARTIGO CIENTÍFICO
A escrita de um trabalho acadêmico, seja artigo, 
monografia, dissertação, tese ou projeto, que é 
o documento que teremos que elaborar para a 
disciplina Métodos e técnicas de pesquisa, 
deverá seguir as normalizações da ABNT.
A escrita acadêmica é, na verdade, um diálogo 
que estabelecemos com outros autores e com o 
leitor. Neste diálogo, trazemos para o campo de 
nossa argumentação outros pesquisadores que 
também se ocuparam da temática de nossa 
investigação.
As informações que recolhemos dos autores 
que auxiliam na organização de nossas ideias 
devem ser referenciadas, isto é, temos que 
dizer de onde as retiramos. Isto permitirá ao 
leitor refazer nossos passos, compreender 
nossos objetivos e avaliar nossas conclusões.
Chamamos de citação apresentação das ideias 
de outros autores utilizadas por nós na 
elaboração de um texto acadêmico.
CITAÇÃO
Definição
"Menção de uma informação extraída de outra fonte.“ 
(ABNT, 2002, p.1).
Informar ao leitor a fonte da citação é uma obrigação
acadêmica.
Não podemos nos apropriar de uma ideia, 
informação ou texto de outra pessoa e não informar 
sua origem. Caso isto aconteça, incorremos no erro 
conhecido como plágio.
No mundo acadêmico não há nenhum problema 
em utilizarmos ideias e informações de outros 
autores, desde que informemos que as ideias 
originalmente não nos pertencem.
Sugerimos a leitura da Cartilha sobre plágio 
acadêmico disponível em: 
http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-
plagio-academico.pdf
CITAÇÃO
A citação pode ser uma paráfrase (citação indireta) ou 
transcrição textual (citação direta – entre aspas). 
Em qualquer um dos casos é imprescindível a menção 
das fontes consultadas utilizadas no trabalho.
As citações podem aparecer:
1) No corpo do texto
2) Em nota de rodapé (recomenda-seevitar este 
recurso. Utilize notas de rodapé apenas para 
informações que possam interferir na dinâmica do texto)
Citações no corpo do texto.
a) Citação direta: Transcrição textual de parte da obra do 
autor consultado. Indicar o sobrenome do autor, a data 
(ano) e a página, volume, tomo da obra consultada 
(quando houverem), após a citação do texto, ou antes, na 
sua íntegra.
Caso 1: Citação direta curta (até três linhas):
incorporada ao parágrafo e entre aspas.
Exemplo:
Sarmento (2003, p. 143) afirma que “o paradigma crítico 
procura articular a interpretação empírica dos dados 
sociais com os contextos políticos e ideológicos em 
que se geram as condições de ação social.”
Caso 2: Citação direta longa (com mais de três linhas):
forma um parágrafo separado, com fonte menor (11 ou 
10), com 4 cm da margem esquerda e sem aspas.
Exemplo:
O estudo de caso pode ser definido como:
[...] uma investigação empírica que investiga um
fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto
real de vida, especialmente quando as fronteiras
entre o fenômeno e o contexto não são
absolutamente evidentes. (YIN, 2001, p. 13).
Obs. 1: Dois a três autores: citar os respectivos 
sobrenomes, separados por ponto e vírgula. 
Mais de três autores: citar o primeiro autor, seguido da 
expressão et al.
Obs. 2: Nome do autor fora de parêntese: apenas a 
primeira letra em caixa alta (letra maiúscula). 
Nome do autor dentro de parêntese: todo o nome em 
caixa alta.
Obs. 3: Estes autores devem figurar nas Referências.
Todos os autores citados no corpo do texto devem 
estar nas Referências. 
Da mesma forma, todos os autores listados nas 
Referências têm que estar citados no corpo do texto.
b) Citação indireta: Texto baseado na obra do autor 
consultado, consistindo em transcrição não textual da(s) 
ideia(s) do autor consultado. 
Indicar o sobrenome do autor, seguido da data (ano) da 
obra, não havendo necessidade de indicação da página.
Exemplos:
1)Tardif (2000) propõe uma epistemologia da prática
profissional, definida como o estudo do conjunto dos
saberes realmente utilizados pelos professores em suas
tarefas cotidianas.
2) Diversos autores salientam a importância do
“acontecimento desencadeador” no início de um
processo de aprendizagem (CROSS, l984; MEZIROW,
1991).
c) Citação de citação: Transcrição direta ou indireta de 
um texto em que não se teve acesso ao original, ou seja, 
retirada de fonte citada pelo autor da obra consultada.
Indicar o autor da citação, seguido da data (ano) da obra 
original, a expressão latina apud (citado por), o nome do 
autor consultado, a data (ano) da obra consultada e a 
página onde consta a citação direta.
Este recurso somente deve ser utilizado quando não se 
pode ter acesso a obra original. Deve-se evitar o uso 
excessivo deste tipo de citação, pois pode indicar pouco 
empenho na busca de material de pesquisa.
Exemplos:
1) Segundo Warde (1990 apud ALVES-MAZZOTTI, 2003, p.
35), o conceito de pesquisa se ampliou tanto que hoje
tudo cabe: “os folclores, os sensos comuns, os relatos
de experiência, para não computar os desabafos
emocionais e os cabotinismos.”
2) De acordo com Silva (1983 apud ABREU, 1999), o
homem deve ser definido pelo que deseja ser.
Tópicos especiais de pesquisa 
Pesquisa Bibliográfica e Pesquisa 
Documental
Existem diversas modalidades de pesquisa.
Dependendo do que se pretende investigar, do objeto e 
do objetivo da pesquisa, será possível a utilização de 
um tipo ou outro de procedimento técnico. 
Pesquisa bibliográfica e pesquisa documental são dois 
tipos de procedimentos técnicos utilizados em 
trabalhos acadêmicos.
Bibliografia é o conjunto de obras sobre um 
determinado tema ou assunto (livros, periódicos, 
artigos, dissertações, teses etc.) 
Referências são documentos efetivamente utilizados 
em um trabalho acadêmico, isto é, citados.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Finalidade: conhecer as diferentes 
contribuições científicas sobre um assunto ou 
fenômeno.
Envolve: análise, interpretação, confronto de 
informações de diferentes autores; crítica e 
elaboração de novas conclusões
A pesquisa bibliográfica baseia-se na consulta a livros 
ou outros tipos de documentação escrita a fim de 
obter subsídios para a compreensão de um fenômeno 
ou responder a perguntas de pesquisa. 
Características da pesquisa bibliográfica
 informalidade
 criatividade
 flexibilidade
A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo para o 
pesquisador ter contato com a situação a ser 
pesquisada.
Toda investigação científica inicia com uma pesquisa 
bibliográfica. Isto permite conhecer a atualidade do 
campo a ser estudado (estado da arte).
Utiliza dados secundários, ou seja, material que já foi 
publicado, independentemente do canal de 
divulgação.
É a primeira fase para o desenvolvimento de um projeto 
de pesquisa. 
Vantagem: facilidade de acesso às informações, uma 
vez que já foram trabalhadas por terceiros. 
Desvantagem: pode limitar o desenvolvimento da 
pesquisa, uma vez que não aprofunda mais do que já foi 
feito em pesquisas anteriores.
Se o pesquisador quiser aprofundar sua investigação, 
deverá utilizar outro tipo de pesquisa.
Fases da Pesquisa Bibliográfica
1. Coleta de informações FONTES
2. Localização das informações
3. Leitura e organização do material coletado
4. Fichamento das informações
5. Seleção do material coletado
6. Reflexão e planejamento do trabalho escrito
7. Redação das partes
8. Análise crítica e redação final
9. Referências
10.Divulgação
PESQUISA DOCUMENTAL
Documento: qualquer informação sob forma de texto, 
imagem, som, sinais etc., expressa em um material 
(papel, madeira, pedra) , gravado, pintado, impresso.
Informações orais (diálogos, exposições, aulas 
gravadas, entrevistas) quando transcritas em suporte 
material transformam-se em documentos.
PESQUISA DOCUMENTAL
Exemplos de documentos
Registros históricos, mapas, relatórios, fotografias, 
arquivos públicos ou privados, correspondências, 
diários, prontuários, processos etc.
PESQUISA DOCUMENTAL
Assemelha-se à pesquisa bibliográfica.
Entretanto, utiliza fontes de informação que ainda não 
receberam organização, tratamento analítico e 
publicação, isto é, documentos.
PESQUISA DOCUMENTAL
Analisa documentos de “primeira mão”, isto é, ainda não 
tratados.
Considera-se também documento materiais que já foram 
processados, mas podem receber outras interpretações, 
como relatórios de empresas, tabelas etc.
PESQUISA DOCUMENTAL
De acordo com Gil (2002, p. 87), as fases da pesquisa 
documental são:
a) determinação dos objetivos;
b) elaboração do plano de trabalho;
c) identificação das fontes;
d) localização das fontes e obtenção do material;
e) tratamento dos dados;
f) confecção das fichas e redação do trabalho;
g) construção lógica e redação do trabalho.
Gil (2002) aponta como exemplo de pesquisa 
documental o trabalho do sociólogo Émile
Durkheim, O suicídio, de 1897.
Para investigar a hipótese de que as causas do 
suicídio são de natureza social, Durkheim 
estudou todos os registros de suicídios 
disponíveis nos países europeus. Considerando 
variáveis como raça, doenças mentais, estado 
civil, religião etc., concluiu que o suicídio é 
causado pela quebra dos laços de solidariedade 
entre os indivíduos.
Tópicos especiais de pesquisa 
Pesquisa Experimental, Pesquisa de 
Campo e Estudo de Caso 
Técnicas de coleta de dados
Existem diversas modalidades de pesquisa.
Vimos também que, dependendo do que se pretende 
investigar, do objeto e do objetivo da pesquisa, será 
possível a utilização de um tipo ou outro de 
procedimento técnico. 
Pesquisa experimental, pesquisa de campo e estudo de 
caso são mais três tipos de procedimentos técnicos 
utilizados em trabalhos acadêmicos.
PESQUISA EXPERIMENTAL
Finalidade: Busca explicar porque os fenômenos 
ocorrem.
Envolve: Exatidão na investigação, controle de 
variáveis, ambiente controlado.
PESQUISA EXPERIMENTAL
Na pesquisa experimental trabalha-se basicamente com 
dois grupos (experimentale controle), manipulando-se 
variáveis (independentes). 
Com isto, verifica-se se a causa de um determinado 
fenômeno (variável dependente) está em função de um 
evento específico (variável independente).
Exemplo de pesquisa experimental
O objetivo da pesquisa: identificar a suposta relação 
entre filmes violentos e agressão.
Dois grupos de crianças: um assistiu a uma cena de 
filme violento e o outro assistiu a uma cena de filme não 
violento.
Posteriormente cada criança foi levada a uma sala onde 
teve a oportunidade escolher entre ajudar ou machucar 
outra criança que supostamente estava na sala ao lado.
Resultado: crianças que assistiram a cena violenta 
tenderam a escolher a opção de machucar.
Para Gil (2002, p. 47) “o experimento representa o 
melhor exemplo de pesquisa científica. Essencialmente 
a pesquisa experimental consiste em determinar um 
objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam 
capazes de influencia-lo, definir as formas de controle e 
de observação dos efeitos que a variável produz no 
objeto”.
Embora grande parte das pesquisas experimentais seja 
realizada em lugares fechados e controlados, este tipo 
investigação não é sinônimo de pesquisa de laboratório.
PESQUISA DE CAMPO
A pesquisa ou estudo de campo é um procedimento 
técnico no qual o pesquisador investiga o fenômeno no 
local onde ocorre. 
É utilizada frequentemente em Ciências Humanas e 
Sociais, como antropologia, de onde se originou, a 
sociologia etc.
PESQUISA DE CAMPO
Neste tipo de pesquisa, por meio da observação direta e 
de entrevistas, busca-se conhecer as explicações e 
interpretações presentes nos grupos. 
PESQUISA DE CAMPO
Etapas da investigação
 pesquisa bibliográfica
 observação dos fatos e fenômenos no local onde 
originalmente ocorrem
 coleta dos dados referentes ao objeto em estudo
 análise e interpretação dos dados coletados
Estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições.
ESTUDO DE CASO
O estudo de caso é uma modalidade de 
pesquisa bastante utilizada nas ciências 
biomédicas e sociais.
Consiste no estudo profundo e 
exaustivo de um ou poucos objetos, 
permitindo um conhecimento amplo e 
detalhado do objeto (GIL, 2002, p. 54).
ESTUDO DE CASO
Nas ciências biomédicas costuma ser utilizado como 
estudo piloto.
Em razão do tamanho da amostra (muitas vezes 
composta por apenas um indivíduo), seus resultados 
são apresentados em aberto, como hipóteses e não 
como conclusões.
ESTUDO DE CASO
Utilizações possíveis, de acordo com Gil (2002)
 explorar situações da vida real com limites pouco 
definidos
 preservar o caráter unitário do objeto estudado
 descrever a situação do contexto de investigação
 formular hipóteses ou desenvolver teorias
 explicar variáveis causais de determinado fenômeno 
em situações complexas que não permitem a 
utilização de levantamento ou experimentos
Além destes tipos de pesquisa, quanto aos
procedimentos técnicos, podemos ter:
Pesquisa ex-post facto (“a partir do fato passado”): é 
uma investigação sistemática e empírica na qual o 
pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis 
independentes, porque já ocorreram suas 
manifestações ou porque são intrinsecamente não 
manipuláveis.
Estudo de coorte: refere-se a um grupo de pessoas que 
têm alguma característica comum, constituindo uma 
amostra a ser acompanhada por certo período de 
tempo, para se observar e analisar o que acontece com 
elas.
Pesquisa de levantamento: interroga diretamente as 
pessoas cujo comportamento deseja conhecer. Busca-
se informações acerca de um assunto ou problema 
estudado. Utiliza-se um grupo significativo de pessoas. 
Trabalha-se com análise quantitativa dos dados 
coletados, pesquisa participante, pesquisa-ação.
Pesquisa participante: é caracterizada pela interação 
entre pesquisador e os sujeitos das situações 
investigadas. O pesquisador está diretamente envolvido 
no campo da pesquisa. 
Pesquisa-ação: tem por objetivo intervir ou alterar uma 
realidade social. Está comprometida com a resolução 
de um problema coletivo no qual o pesquisador está 
envolvido.
TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS
A definição da técnica de coleta de dados dependerá 
dos objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa 
e do universo a ser investigado. 
As técnicas de coleta de dados podem ser: 
a) Observação: quando se utilizam os sentidos na 
obtenção de dados de determinados aspectos da 
realidade. 
b) Questionário: é uma série ordenada de perguntas que 
devem ser respondidas por escrito pelo sujeito da 
pesquisa. 
c) Entrevista: é a obtenção de informações de uma pessoa 
sobre determinado assunto. Utiliza-se um roteiro de 
entrevista.
d) Análise documental.
e) Outros
Observação (descritivo)
Ex.: Verificar como os funcionários de um determinado 
setor reagem sob diferentes pressões. 
Advertência
Explicar o propósito do estudo
Fazer visitas prévias para amenizar interferências
Não interferir na rotina natural
Observação Participante
Contato direto, frequente e prolongado do pesquisador 
com os sujeitos da pesquisa.
Questionário 
Ex.: Conhecer o perfil de consumidores da farmácia 
popular
Questionário fechado: pesquisador propõe as respostas.
Perguntas objetivas: múltipla escolha, sim/não. 
Relacionado à pesquisa quantitativa.
Questionário aberto: entrevistado responde livremente.
Perguntas subjetivas: opinião, atitudes, representações, 
conhecimento. Relacionado à pesquisa qualitativa.
Entrevista
Ex.: Conhecer o perfil de consumidores da farmácia 
popular; conhecer a relação de uma determinada 
comunidade com as plantas medicinais. 
Entrevista estruturada: roteiro fechado
Entrevista semi-estruturada: roteiro fechado + aberto
Entrevista não estruturada: roteiro com tópicos
Conversa informal: apenas um ponto de partida
Análise documental 
Ex.: Conhecer o perfil eritrocitário [relativo ao tamanho 
das hemácias] de crianças atendidas em um posto de 
saúde; verificar a legibilidade de prescrições.
Roteiro
Planilha de análise
Descritivo Pesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativa
Tópicos especiais
Justificativa, Revisão de Literatura e 
Referências
Três itens do projeto são particularmente importantes: 
a justificativa, a revisão de literatura e as referências.
JUSTIFICATIVA
A justificativa é o momento em que o pesquisador vai 
mostrar a relevância de sua proposta de trabalho.
Expõe as razões de ordem teórica e motivos de ordem 
prática que tornam a pesquisa importante. 
JUSTIFICATIVA
Deve abordar a atualidade do tema proposto, o possível 
caráter de ineditismo ou a lacuna no conhecimento que 
tentará suprir. 
É importante que destaque a vinculação do pesquisador 
com o tema, bem como a importância social, política e 
científica, isto é, sua contribuição para o debate 
acadêmico e social.
JUSTIFICATIVA
É o convencimento de que o trabalho de pesquisa é 
fundamental e deve ser efetivado.
O tema escolhido pelo pesquisador e a hipótese 
levantadas são de suma importância para a sociedade 
ou para um grupo de indivíduos. 
JUSTIFICATIVA (POR QUÊ?)
Destaca as contribuições para o campo.
Demonstra a pertinência da abordagem com relação ao 
tema escolhido.
Ressalta a importância da pesquisa em geral, sua 
originalidade e relevância da abordagem específica.
A justificativa envolve aspectos de ordem:
Teórica, para o avanço da ciência
Pessoal / profissional
Institucional
Social
A justificativa deve responder as seguintes questões:
Qual a importância do trabalho?
Em que ele contribui?
Por que está sendo desenvolvido?
Exemplo de justificativa
Delimitação: Relação entre prática de esportes de 
equipe e a redução da violência entre as gangs nas 
escolas públicas
Problema: A violência entre gangs nas escolas públicas 
é reduzida com a prática de esportes de equipe?
Hipótese: A necessidade de interação e união entre 
membros de diferentes gangs para o sucesso das 
equipes leva ao conhecimento mútuo e ao bom 
convívio.
Justificativa
1) Auxiliar na reformulação dos programas de educação 
físicaadotados pela rede pública
2) Contribuir para a redução da violência nas escolas
3) Contribuir para redução da evasão escolar
A justificativa pode ser formulada sob forma de um 
pequeno texto que explicite a relevância da pesquisa.
REVISÃO DE LITERATURA
Também conhecida por fundamentação teórica, 
referencial teórico, marcos teóricos, estado da arte.
É um dos momentos mais importantes do 
projeto.
REVISÃO DE LITERATURA
O pesquisador deverá responder às seguintes perguntas:
1) quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o 
assunto?
2) Que aspectos já foram abordados?
3) O que se diz sobre o tema na atualidade?
4) Qual o enfoque que está recebendo hoje?
5) Quais as lacunas existentes na literatura? 
REVISÃO DE LITERATURA
Não pode ser constituído de cópias de outros 
documentos ou uma sequência de colagens não 
comentadas de citações.
Deve apresentar discussão pessoal a partir da leitura e 
compreensão de materiais publicados sobre a temática 
da pesquisa. 
REVISÃO DE LITERATURA
Fornece sustentação teórica
Apresenta definição de termos e conceitos 
fundamentais ao trabalho
Disponibiliza ao leitor informações acerca das 
principais teorias sobre o tema
REVISÃO DE LITERATURA
Em geral, a construção da revisão de literatura se dá em 
uma dimensão do tema geral para o específico.
Etapas da construção do referencial teórico:
1ª etapa: abordagem do tema de forma abrangente
2ª etapa: abordagem do tema de forma específica
REVISÃO DE LITERATURA
Por se tratar de um item de levantamento e análise de 
dados teóricos deve, necessariamente, conter citações 
(diretas, indiretas e citação de citação) referenciadas de 
acordo com as normas da ABNT (NBR 10520/2002).
Deve ter em torno de 4 páginas e conter, pelo menos, 
citações de 3 ou 4 autores diferentes.
Quanto mais referências mais rico será o trabalho.
REVISÃO DE LITERATURA
ATENÇÃO!
TODOS os autores constantes da Revisão de Literatura 
(e de outras partes do projeto ou do artigo) devem estar 
nas Referências.
REFERÊNCIAS
Este é o último item do projeto de pesquisa.
Está normalizado pela NBR 6023, da ABNT.
O item 4.2.1 do livro de nossa disciplina 
apresenta as regras gerais para a 
elaboração das Referências. Consulte-o.
A lista de referências é usada para indicar ao leitor as 
fontes utilizadas na elaboração do trabalho. 
Podem ser referenciados todos os tipos de materiais 
consultados: livros, revistas, relatórios, documentos na 
Internet etc.
A consulta pode ser feita em qualquer suporte: papel, 
CD-ROM, DVD, Internet, vídeo, áudio etc.
Formação das referências: NBR 6023, de agosto de 2002.
Existem diversas formas de organizar uma bibliografia 
ou as referências de um trabalho acadêmico.
No caso do trabalho a ser apresentado, serão 
elaboradas, ao final, as Referências.
Bibliografia: conjunto de todo o material consultado para 
a elaboração de um trabalho acadêmico.
Referências: fontes efetivamente utilizadas na 
elaboração do trabalho; as obras citadas no texto.
TODOS os documentos constantes da lista de 
Referências devem estar citados no corpo do texto.
No texto, as citações das obras referenciadas deverão 
figurar conforme regra da ABNT (NBR 10520).
Para a elaboração das referências do projeto, será 
utilizado o formato autor/obra/ano.
A apresentação das referências é feita em lista única, 
ordem alfabética, pelo sobrenome dos autores, sem 
numeração, devendo conter os seguintes elementos: 
Autor(es)
Título e subtítulo (se houver)
Responsabilidades (tradutor, revisor etc.)
Edição (a partir da segunda)
Local
Editora
Ano da publicação
Exemplos de referências por tipo de documento
Atenção! No artigo as referências serão apresentadas 
em lista única, independente do tipo de documento.
Livro
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa.
4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
PARKER, Richard; BARBOSA, Regina (Orgs.). 
Sexualidades brasileiras. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 
1996.
Capítulo de livro
CHINELLI, Filipina. Acusação e desvio em uma minoria. In: 
VELHO, Gilberto (Org.). Desvio e divergência: uma crítica 
da patologia social. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. 
125-144.
BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A sociedade como 
realidade objetiva. In: ______. A construção social da 
realidade: tratado de sociologia do conhecimento. 22. ed. 
Petrópolis: Vozes, 1985. p. 69-172.
Periódico (revista)
EDUCAÇÃO E PESQUISA, São Paulo: FEUSP, v. 28, n. 2, 
jul/dez. 2002.
REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, São 
Paulo: FGV, v. 42, n. 1, jan/mar. 2002.
Evento (congresso, encontros etc.)
ENCONTRO ANPAD, 27, 2003, Atibaia. Resumo dos 
trabalhos. Rio de Janeiro: ANPAD, 2003. 1 CD-ROM.
Artigo em periódico (revista)
BARROS, Sonia Maria Oliveira de; COSTA, Cláudia 
Aparecida Ribeiro. Consulta de enfermagem a gestantes 
com anemia ferropriva. Revista Latino-Americana de 
Enfermagem. v. 7, n. 4, p. 105-111, out. 1999.
HAN, K.K. et al. Efeitos dos fitoestrógenos sobre alguns 
parâmetros clínicos e laboratoriais no climatério. Revista 
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 24, n. 8, p. 547-
552, 2002.
Trabalhos acadêmicos (monografia, dissertação, tese)
AZEVEDO, Adriano Silvares. Responsabilidade civil do 
dentista à luz do Código de Defesa do Consumidor. 2005. 
64 f. Trabalho monográfico (Graduação em Direito)-
Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2005.
MORENO, Arlinda B. Mobilidade ocupacional e qualidade 
de vida entre funcionários de uma universidade no Rio 
de Janeiro: o estudo pró-saude. 2004. 193 f. Tese 
(Doutorado em Saúde Coletiva)-Universidade Federal do Rio 
de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.
Documentos disponíveis na Internet
Texto com autoria
SILVA, Deonísio. Até o mais amargo fim. Disponível em: 
<www.deonisio.com.br /am4.htm>. Acesso em: 12 dez. 2007.
Texto sem autoria
ESTUDANTES ajudam na preservação ambiental. Disponível 
em: <www3.uberlândia.mg.gov.br/noticia.php?id=885>. 
Acesso em: 19 set. 2007.
Documentos disponíveis na Internet
Artigo de periódico
DIAS, G. A. Periódicos eletrônicos: considerações relativas à 
aceitação deste recurso pelos usuários. Ciência da 
Informação, Brasília, DF, v. 31, n.3, 2002. Disponível em: 
www.ibict.br. Acesso em: 07 mai. 2003.
Trabalhos acadêmicos (monografia, dissertação, tese)
PEDOTT, P. R. Publicidade na internet: a internet como 
ferramenta de comunicação de marketing. 2002. Dissertação 
(Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, 2002. Disponível em: <www.ufrgs.br>. Acesso 
em: 07 mai. 2003.
Documentos disponíveis na Internet
Legislação e documentos oficiais
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. 
Coleção Progestores: para entender a gestão do SUS. 1. 
ed. Brasília: CONASS, 2007. v.1. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/pub_assunto/sus.html>. 
Acesso em: 20 mar. 2008. 
Exemplo de uma lista de Referências
AZEVEDO, Adriano Silvares. Responsabilidade civil do dentista à luz do Código de Defesa do Consumidor. 2005. 64 f. 
Trabalho monográfico (Graduação em Direito)-Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2005.
BARROS, Sonia Maria Oliveira de; COSTA, Cláudia Aparecida Ribeiro. Consulta de enfermagem a gestantes com anemia 
ferropriva. Revista Latino-Americana de Enfermagem. v. 7, n. 4, p. 105-111, out. 1999.
BERGER, Peter L.; LUCKMANN, Thomas. A sociedade como realidade objetiva. In: ______. A construção social da realidade: 
tratado de sociologia do conhecimento. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 1985. p. 69-172.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Coleção Progestores: para entender a gestão do SUS. 1. ed. Brasília: 
CONASS, 2007. v.1. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/pub_assunto/sus.html>. Acesso em: 20 mar. 2008. 
CHINELLI, Filipina. Acusação e desvio em uma minoria. In: VELHO, Gilberto (Org.). Desvio e divergência: uma crítica da 
patologia social. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. 125-144.
DIAS, G. A. Periódicos eletrônicos: considerações relativas à aceitação deste recurso pelos usuários.Ciência da Informação, 
Brasília, DF, v. 31, n.3, 2002. Disponível em: www.ibict.br. Acesso em: 07 mai. 2003.
EDUCAÇÃO E PESQUISA, São Paulo: FEUSP, v. 28, n. 2, jul/dez. 2002.
ENCONTRO ANPAD, 27, 2003, Atibaia. Resumo dos trabalhos. Rio de Janeiro: ANPAD, 2003. 1 CD-ROM.
ESTUDANTES ajudam na preservação ambiental. Disponível em: <www3.uberlândia.mg.gov.br/noticia.php?id=885>. Acesso 
em: 19 set. 2007.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
HAN, K.K. et al. Efeitos dos fitoestrógenos sobre alguns parâmetros clínicos e laboratoriais no climatério. Revista Brasileira de 
Ginecologia e Obstetrícia, v. 24, n. 8, p. 547-552, 2002.
PARKER, Richard; BARBOSA, Regina (Orgs.). Sexualidades brasileiras. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1996.
REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, São Paulo: FGV, v. 42, n. 1, jan/mar. 2002.
SILVA, Deonísio. Até o mais amargo fim. Disponível em: <www.deonisio.com.br /am4.htm>. Acesso em: 12 dez. 2007.
Faça a pergunta certa!
Fazer uma pesquisa significa aprender a organizar as 
próprias ideias.
Significa também aprender a buscar informações 
confiáveis por conta própria.
É uma ocasião única de fazer exercícios que nos serão 
úteis por toda a vida.
Mais importante que a realização da pesquisa é o 
aprendizado dos mecanismos de pesquisar sem depender 
de ninguém. 
É o “caminho das pedras” 
O início da pesquisa depende
Da escolha do tema
Da definição do objeto de estudo
Da delimitação do problema
Da formulação de hipótese
Da escolha da abordagem
Da escolha do referencial teórico
Da capacidade de coletar de informações.
Importante: Não se deve começar uma pesquisa sem 
prever os passos que serão dados.
BOM PROJETO 
BOA PESQUISA
BOM TCC

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