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A toxicidade de uma substância química está determinada pelas Propriedades químicas e biológicas do composto. Frequência de exposição. Tempo de exposição. AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS OBJETIVO •Determinar o potencial tóxico da substância •Identificar efeitos adversos •Garantir segurança da exposição humana com base em todas evidências disponíveis na época da avaliação Avaliação toxicológica visando identificar efeitos Cálculo da dose que o homem pode se expor toda a vida sem risco a saúde Regulamentação para garantir que a IDA não será excedida ETAPAS Princípios na realização dos testes toxicológicos em animais 1.Os efeitos produzidos pelo composto no animal de laboratório devem ocorrer também no homem. 2.A exposição de animais de experimentação a altas doses de um agente tóxico é um método válido e necessário para a descoberta dos efeitos danosos ao homem Avaliação toxicológica de substâncias químicas Informações preliminares Objetivo: conhecer a substância que será submetidos aos estudos de toxicidade Especificações sobre a substância a ser avaliada Pureza Características físicas e químicas (cor, odor, ponto de fusão e ebulição, densidade, viscosidade, estabilidade e volatilidade) Níveis de exposição escolha de doses apropriadas Toxicidade esperada (estrutura química) Avaliação toxicológica de substâncias químicas Perfil metabólico e bioquímico Rota, velocidade e grau de absorção da substância Nível de acúmulo em diferentes órgãos e tecidos Metabolismo e natureza dos metabólitos Rota e velocidade de eliminação Balanço metabólico com identificação dos metabólitos Efeito de diferentes doses no metabolismo. Delineamento de testes futuros Recomendação da aceitação ou rejeição do aditivo Confiança na extrapolação de dados do animal para o homem PERMITEM Avaliação toxicológica de substâncias químicas Metabolismo Aditivo Enzimas (fígado, rins, TGI) Detoxificação Eliminação Ativação (ligação covalente com proteínas, alquilação) Carcinogênese Ensaios de Toxicidade Aguda Efeito no animal após uma única exposição ou após exposição a várias doses num curto período de tempo (24 horas). Relação dose-mortalidade DL50 toxicidade relativa de diferentes substâncias valor limitado A DL 50 é a dose estatisticamente de terminada de uma substância que causa a morte em 50% dos animais submetidos a experimentação. Sua de terminação é usualmente o 1 ensaio realizado com uma substância nova. Ensaios de Toxicidade Aguda Observações Início, natureza e duração da sintomatologia que leva à morte Observações macro e microscópica dos tecidos órgão alvo Diferenças entre espécies e sexos: determinada substância pode afetar o macho e não a fêmea. Tempo de exposição dos animais: 24 h (doses únicas ou múltiplas) e observação neste tempo ou até 4 semanas após teste. Finalidades: - conhecer o modo de ação e os efeitos principais do toxicante; - avaliar a toxicidade relativa (DL 50 e CL50); -avaliar as diferenças interespécies na resposta. OBSERVAR: alterações clínicas e histopatológicas. BASE para estudos posteriores. Ensaios de Toxicidade Aguda TESTE: DL 50 e CL50 1 ou mais espécies animais de ambos os sexos; via: oral (ou inalatória ou dérmica); doses: mínimo de 4 Teste de sensibilização: doses múltiplas entre 1 e 2 semanas ; após 2 a 3 semanas sem a substância, administrar doses não irritante e observar reação. Teste de irritação de olhos e de pele (coelho): teste de Draize Ensaios de Toxicidade Aguda ESTUDOS DE TOXICIDADE AGUDA CLASSIFICAÇÃO DE TOXICIDADE CATEGORIA DL50 oral (mg/kg) Extremamente Tóxico 1,0 Muito tóxico 1,0 - 50 Moderadamente tóxico 50 - 500 Pouco tóxico 500 - 5000 Praticamente atóxico 5000 - 15000 Relativamente sem perigo ≥15000 ECOBICHON, D.J. The basis of toxicity testing. 2 ed. Boca Raton: CRC Press,1997. p.61. AGENTE QUÍMICO DL 50 oral (mg/kg ETANOL 10000 CLORETO DE SÓDIO 4000 SULFATO FERROSO 1500 MORFINA 900 FENOBARBITAL SÓDICO 150 SULFATO DE ESTRICNINA 2 NICOTINA 1 DIOXINA 0,001 TOXINA DO BOTULISMO 0,00001 EATON, D.L., KLAASSEN, C.D. Principles of toxicology. In: KLASSEN, C.D. Casarett & Doull´s Toxicology The basic science of poison. International edition. New York: McGraw-Hill, 1996, cap. 2, p.13-33. Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Objetivos: Identificar e caracterizar efeitos decorrentes da exposição repetida à substância, usando-se diferentes doses e espécies. Estudos realizados durante um tempo correspondente a 1/10 ou menos de vida média do animal: Roedores: 21-90 dias Cachorro: 1 ano. Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Observações Comportamento Quantidade de alimento consumido Crescimento / mortalidade Exames clínicos (sangue e urina) Função de órgãos importantes, sistema endócrino e imunológico Peso de órgãos e glândulas Exame microscópico de órgãos e tecidos Diferença de sensibilidade entre espécies Nível aproximado da dose que provoca o efeito Natureza biológica do efeito tóxico Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Informações Estabelecimento da relação dose- resposta Seleção de doses para estudo a longo prazo Indicação da necessidade de estudos especiais Toxicologia Genética Reprodução Estudos realizados durante toda a vida média da espécie animal Objetivos Detectar efeitos tóxicos que sejam unicamente produzidos após exposições prolongadas, principalmente efeitos carcinogênicos Determinar o nível de dose máxima que não provoca efeitos Determinar sensibilidades dependentes da idade Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Seleção da espécie animal e de sua linhagem Metabolismo semelhante ao do homem. Sensibilidade baixa ao desenvolvimento de tumores espontâneos. Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Seleção da dose Doses muito altas alteração na composição da dieta morte prematura pouca relevância para exposição humana à níveis baixos, Doses baixas diminui a sensibilidade do experimento Dose ideal várias doses Reduz risco de perda de resultados Curva dose-resposta Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Duração do experimento Expectativa de vida para camundongo é de 18 meses e para rato de 24 meses. Os experimentos geralmente são feitos com os dois animais. Extensão do ciclo de vida aumento da probabilidade da revelação dos efeitos carcinogênicos, ou seja, aumenta a incidência de tumores espontâneos normais e não devido à substância, podendo confundir o experimento. Ensaios de Toxicidade Sub-Crônica ou de Curta Duração Protocolo recomendado Ensaio de longa duração com: 2 espécies de roedores 50 animais (mínimo)/sexo/dose duração de 2 anos Dificuldades de ordem prática: limitação do uso de animais de maior tamanho. CONCEITO E CÁLCULO DE INGESTÃO DIÁRIA ACEITÁVEL (IDA) Ensaios toxicológicos em animais experimentais NOEL NOEL: (nível de dose sem efeito) Maior concentração da substância encontrada experimentalmente, que não provoca alteração detectável de morfologia, capacidade funcional, crescimento, desenvolvimento ou vida média do animal. NOEL é expresso em mg/kg de pc/dia. DOSE DE NENHUM EFEITO ADVERSO OBSERVÁVEL (DNAEO) Concentração ou quantidade mais elevada (em exposições com animais ou outras observações) que não causa alterações adversas detectáveis da morfologia, capacidade funcional, crescimento, desenvolvimento, tempo de vida do organismo emcondições definidas de exposição. DOSE DE MÍNIMO EFEITO ADVERSO OBSERVÁVEL (DMEAO) Menor concentração ou quantidade de um agente químico que provoca alteração na morfologia ......... distinguível dos organismos-controle de igual espécie/linhagem, submetidos as mesmas condições definidas de exposição. CONCEITO E CÁLCULO DE INGESTÃO DIÁRIA ACEITÁVEL (IDA) IDA = NOEL/F.I. F.I. = fator arbitrário. Considera diferenças entre a espécie animal e a espécie humana e diferenças de sensibilidade dentro da espécie humana. Para aditivos tem sido adotado um fator de 100. Fatores de incerteza Qualidade dos dados toxicológicos Existência de dados em humanos e sua qualidade Tipo de população a proteger Variabilidade da resposta interespécies e intraespécies Tempo de exposição dos animais: acima de 6 meses (doses múltiplas) e observação neste tempo. Tempo depende do animal de experimentação e do uso preconizado para a substância química. Finalidades: - determinar a resposta do organismo em exposições prolongadas à substância química, geralmente a baixas concentrações; - Avaliar o potencial carcinogênico da substância ; - Avaliar as diferenças interespécies na resposta. Observar: alterações clínicas e histopatológicas Teste: 2 ou mais espécies de ambos os sexos; 50 animais dose/sexo; via: oral (ou inalatória?); doses: mínimo de 3 Ensaios de Toxicidade Crônica ENSAIOS “ESPECIAIS” TERATOGENICIDADE: efeitos devido a alterações na organogênese (ratas) MUTAGENICIDADE: efeitos nocivos no material genético (DNA) e transmitido às novas células durante a divisão. Teste de AMES (Salmonella typhimurium deficientes de fodforibosil ATP sintetase). Teste do micronúcleo em linfócitos. Teste de danos cromossômicos em células da medula óssea em metáfase. Alterações na reprodução e no desenvolvimento do organismo: alterações antes da concepção (avaliação da fertilidade e comportamento reprodutor). Desenvolvimento peri natal, pós natal até puberdade em uma ou mais gerações. Estudos de toxicocinética: absorção, distribuição, biotransformação e excreção em diferentes espécies e no homem. Estudos de ecotoxicidade: mobilidade, degradação, monitorização de organismos do ambiente; testes de toxicidada para plantas e animais silvestres CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO Menores exigências Tradição de uso pelo homem Metabólitos são constituintes normais no organismo Maiores exigências Uso por grupos de risco Mulheres grávidas Crianças Diabéticos
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