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A Evolução do Estudo Antropológico do Outro

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AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – AD1
Período – 2021/2º
Disciplina: Estudos Antropológicos
A palestra do professor José Guilherme traz uma reflexão importante sobre como a Antropologia vem se comportando ao longo dos anos em relação ao seu objeto de estudo: O outro. 
O homem vem estudando O OUTRO desde que começou a registrar suas viagens, inicialmente relatadas pelas crônicas dos viajantes, sempre houve relato de como se comportavam os povos. Porém, segundo o professor, a definição do outro foi se reconfigurando com o passar do tempo. Inicialmente este outro era chamado de selvagem. O outro selvagem, era encontrado por navegantes nas selvas quando atracam de suas navegações em busca de descobrimentos. Não possuía as características típicas dos europeus, não eram vistos como educados ou detentores de alguma cultura. O outro também foi chamado de diferente quando passou se a reconhecer que possuía sim cultura, nem melhor, nem pior, mas diferente da europeia. Foi quando um o antropólogo inglês resolveu estudar a fundo tribos da Oceania e passou anos convivendo com os habitantes do lugar, que a imagem sobre o outro pode ser modificada. 
A partir da década de 50, no entanto, nos deparamos com a Rebelião do objeto, onde tribos africanas não quiseram mais ser objeto de estudos para homens brancos, neste momento o outro passa a ser chamado de: subdesenvolvido. Inicia-se uma luta contra os colonizadores, porém, ainda com dependência financeira dos mesmos. Nos anos seguintes observamos outra rebelião, a Rebelião do centro. O outro, visto agora como minoria, busca dar voz aos grupos historicamente calados pela sociedade patriarcal hétero-branca. Negros, homossexuais, mulheres passam a reivindicar o seu direito de falar de si, e não ter sua história e seus sentimentos retratados por pessoas distantes da sua realidade.
Assim o outro foi estudado até então, entretanto, as cidades vão se modificando e foi sendo necessário observar uma pequena escala da população para reproduzir grandes metrópoles. O que o professor chama de “ Tentação da aldeia”, que é pegar um recorte da sociedade para explicar grandes cidades, como São Paulo, por exemplo. 
As cidades foram sendo explicadas e pensadas a partir de estudos sobre suas realidades. Paris, por exemplo, a capital europeia do século XIX, passa por uma grande mudança com a migração de pessoas para o centro cultural da Europa á época. A cidade passou então a não comportar tantas pessoas, viveu-se uma crise sanitária e estudos tiveram que ser feitos para saber o que fazer com tantas pessoas. Abre-se, então, os boulevars para a circulação das pessoas. O mesmo aconteceu com Chicago, por volta de 1890 a cidade possuía uma média de 4.500 habitantes, dez anos depois esse número vira quase 1 milhão de habitantes. A cidade precisa então se organizar, e a Escola de Chicago começa a desenvolver pesquisas sobre tipos urbanos como as taxis girls, dançarinas da época, ladrões profissionais e viajantes nômades. Para dentro desses tipos conseguir entender como as pessoas se deslocam, trabalham , sobrevivem e conseguir assim preparar uma cidade que suporte e dê qualidade de vida a todos.
Compreende-se então a necessidade de se conhecer o outro, pois é ele que vai fazer as mudanças e configurações de uma cidade. Sendo assim, conhecendo os tipos de sujeitos consegue-se pensar em estratégias para uma sociedade mais equilibrada e digna a todos.

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