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Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 - A Lei Orgânica da Saúde 8.080/90 foi criada devido a necessidade do SUS em ter uma legislação própria. - A LOS 8.080 passou por vários vetos e foi complementada no mesmo ano pela Lei 8.142/90. - O Sistema Único de Saúde é resultado de uma política social e universalista que possui a Constituição Federal e as Leis nº8.080 e nº 8.142 como sua base jurídica, constitucional e infraconstitucional. - Elas consolidam o papel do município como principal executor das ações de saúde, ampliando o processo de descentralização. Lei Orgânica da Saúde – LOS 8.080/90 - Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde. - Dispõe também sobre organização e funcionamento dos serviços, expondo de forma clara os objetivos do SUS. Artigo 1º - Esta lei regula, em todo território nacional, as ações e serviços de saúde executados isoladamente, conjuntamente ou em caráter permanente ou eventual. Lembrete: O artigo dispõe que a lei é de abrangência nacional e agrega todas as ações e serviços de saúde, não se limitando ao SUS e nem setor público. Artigo 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. Lembrete: esse artigo regulamenta o art. 196 da CF/88, a escrita muda, mas o contexto não. Lembrete para gravar o art. 196 da CF e 2º da LOS. A Saúde é um direito de quem? DE TODOS Dever de quem? DO ESTADO Para implementá-la o que deve ser feito? Política Econômica e Social Com qual objetivo? Reduzir o risco de doenças e outros agravos Com que tipo de acesso? Universal e Igualitário Para realizar quais ações? Promoção, Proteção e Recuperação Dever do Estado - O dever do Estado não exclui o das pessoas, família, empresas e sociedade. - Todos são responsáveis pela saúde da comunidade, sem excluir a obrigação do Estado de assegurar o direito à saúde. Artigo 3º - Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes. - Determinantes e condicionantes como alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, renda, educação, lazer e outros. Artigo 4º - Constitui o SUS o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições. - Essas instituições são federais, estaduais e municipais. - A elas cabem a administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o SUS. Lembrete: esse artigo traz o conceito de SUS que é o conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos das três esferas de governo. Parágrafo 1º - Estão dispostos neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controlar a qualidade, pesquisar e produzir insumos, medicamentos, hemoderivados e sangue e equipamentos para saúde. Parágrafo 2º - A iniciativa privada pode participar do SUS, porém em caráter complementar. Lembrete: A iniciativa privada pode participar tendo prioridade as instituições filantrópicas e sem fins lucrativos. Lembrete: Existe um pré-requisito para contratar ou conveniar a rede privada > insuficiência de recursos. Artigo 5º - São objetivos do Sistema Único de Saúde – SUS: - Identificação e Divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde. - Formulação de política de saúde. - Assistência às pessoas, do intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. A Lei Orgânica 8.080/90 descreve os objetivos e atribuições do SUS. Objetivo 1- O conceito de saúde é ampliado e passa a ser um conjunto de fatores condicionantes e determinantes. Logo o objetivo FORMULAÇÃO EXECUÇÃO De políticas econômicas e sociais Para reduzir o risco de doença e agravos Estabelecendo condições que garantam o acesso Igualitário Igualitário do SUS é identificar e divulgar os fatores determinantes. Objetivo 2- Necessidade de uma política econômica e social para o Estado prover as ações e serviços de saúde. Objetivo 3- Assistir a população através de ações de promoção, proteção e recuperação. Sendo prioridade as ações preventivas. Artigo 6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde: 1. A execução de ações de: vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, saúde do trabalhador, assistência terapêutica integral e farmacêutica. 2. Participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico. 3. Ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde. 4. A vigilância nutricional e a orientação alimentar. 5. A colaboração na proteção do meio ambiente. 6. Formulação da política e participação da produção 7. Controle e fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde. 8. Fiscalização e inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano. - Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes. - Decorrentes do meio ambiente, produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. - Abrange o controle de bens de consumo e prestação de serviços que direta ou indiretamente se relacionem com a saúde. - Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva. - Tem por finalidade recomendar e adotar as medidas de prevenção, controle das doenças ou agravos. Artigo 7º - As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados que integram o Sistema Único de Saúde são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da CF/88 e obedece aos princípios: ➢ Descentralização com direção única em cada esfera de governo. ➢ Atendimento integral com prioridade para as atividades preventivas. ➢ Participação da comunidade. Além disso, obedece a outros princípios que são: ➢ Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência. ➢ Integralidade de assistência preventivos e curativos, individuais e coletivos. Vigilância Sanitária Vigilância Epidemiológica ➢ Descentralização político-administrativa com direção única em cada esfera de governo com ênfase na regionalização e hierarquização e descentralização dos serviços para os municípios. Observação: os princípios são valores que orientam as ações. Os princípios do SUS se dividem em doutrinários e organizativos. Artigo 8º - As ações e serviços de saúde, executados pelo SUS, seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade. Lembrete: A hierarquização não é definir um serviço como mais importante que o outro e sim se refere a maneira mais racional para usar os recursos disponíveis para melhor atender as pessoas. Artigo 9º - A direção do Sistema Único de Saúde é única de acordo com o art. 198 da CF/88 e é exercida pelos seguintes órgãos em cada esfera de governo. - União: Ministério da Saúde - Estados e Distrito Federal: Secretaria de Saúde. - Municípios: Secretaria de Saúde. Artigo 14-b - Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) - São reconhecidos como entidades representativas dos entes estaduais e municipais. - O CONASS e o CONASEMS receberão recursos do orçamento da união por meio do fundo de saúde para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais. - Os conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) são reconhecidas como entidades que representam os entes municipais no âmbito estadual. - O CONASEMStrata de matérias referentes a saúde, desde que vinculados institucionalmente. Observação: A lei propõe a criação de duas comissões a Comissão Intersetorial e Comissões Permanentes. A comissão intersetorial é em âmbito nacional e é subordinada ao Conselho Nacional de Saúde. A comissão permanente é uma integração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino. Doutrinários Organizativos Universalização Integralidade Equidade Participação Popular Regionalização e hierarquização Descentralização
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