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Gestão de Recursos Hídricos e Bacias Hidrográficas

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GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS EGESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E
BACIAS HIDROGRÁFICASBACIAS HIDROGRÁFICAS
GESTÃO E CONSERVAÇÃO DEGESTÃO E CONSERVAÇÃO DE
BACIAS HIDROGRÁFICAS EBACIAS HIDROGRÁFICAS E
PLANO DIRETOR COMOPLANO DIRETOR COMO
INSTRUMENTO DE GESTÃOINSTRUMENTO DE GESTÃO
MUNICIPALMUNICIPAL
Autor: Me. Ronei Tiago Stein
Revisor : E l isangela Ronconi Rodr igues
IN IC IAR
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introdução
Introdução
A água transportada pelos recursos hídricos, principalmente rios, contém
diversas substâncias que podem acabar comprometendo a sua qualidade e
limitar seu uso. O lançamento de poluentes em rios e, consequentemente, a
degradação da qualidade da água possivelmente é um dos maiores problemas
ambientais enfrentados por países de todo o mundo, principalmente em
desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
Sendo assim, nesta unidade faremos uma análise da importância dos recursos
hídricos e de como eles acabam sendo local de despejos de e�uentes nas
grandes cidades. E entenderemos algumas consequências que ocorrem devido à
atividade indiscriminada.
Na sequência, veremos a importância da gestão dos recursos hídricos e das
bacias hidrográ�cas. Para isso, será discutida a de�nição de Plano de Recursos
Hídricos; outorga de direito de usos das águas; cobrança pelo uso da água;
enquadramento dos corpos-d’água; e sistemas de informações sobre recursos
hídricos. Esses são importantes instrumentos de�nidos na Política Nacional de
Recursos hídricos (Lei 9.433/97), os quais são descritos no Art. 5º da referida
legislação. Além disso, apresentaremos os conceitos e a importância do Plano
Diretor, um instrumento de gestão urbana dos recursos hídricos e das bacias
hidrográ�cas. E, por �m, serão destacadas as formas de realizar a conservação
de recursos hídricos e bacias hidrográ�cas.
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Em 2050, segundo estimativas do Departamento de Assuntos Econômicos e
Sociais das Nações Unidas, a população mundial passará dos atuais 7,5 bilhões
de pessoas para 9,7 bilhões. No Brasil, de acordo com o IBGE Educa (2019, on-
line), a maior parcela da população vive nas cidades (representando 84,72% de
toda população). Na Figura 2.1, apresenta-se um comparativo de diferentes
anos, em relação ao crescimento das grandes cidades mundiais.
População Urbana ePopulação Urbana e
Relação com os RecursosRelação com os Recursos
HídricosHídricos
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Estima-se que, em todo o mundo, mais de 800 milhões de pessoas vivem em
aglomerados, favelas ou comunidades. Dessa forma, acabam não tendo
condições mínimas de saneamento (água tratada, esgotos tratados, coleta
regular de lixo). Em todo o mundo, mais de 400 milhões de pessoas dividem
instalações sanitárias (fontes, banheiros e depósitos comunitários de lixo) com
outros membros de sua comunidade (PINTO-COELHO; HAVENS, 2016).
Os usos agrícola e industrial da água ainda são as atividades que mais a
consomem; mesmo assim, ainda existe uma tendência para o aumento do uso
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doméstico das águas nas próximas décadas. Logo, como há mais pessoas
morando em centros urbanos em comparação às zonas rurais, o consumo de
água e, consequentemente, a contaminação desse importante recurso natural
será maior nesses locais.
Além disso, Pinto-Coelho e Havens (2016) descrevem que haverá um aumento
do consumo per capita de água e, portanto, será maior a contaminação dela.
Consumo per capita refere-se à quantidade de água que uma pessoa necessita
diariamente. Essa nova tendência está associada não só ao aumento das
populações urbanas, mas também às mudanças de hábitos e a um aumento
generalizado das necessidades de consumo da população urbana.
Infelizmente, a demanda da água nos centros urbanos, para atender às
necessidades humanas, principalmente no setor industrial e doméstico, tem
ocasionado a deterioração dos corpos de água. Dessa forma, também podemos
dizer que, quanto maior for o consumo de água, maiores as chances de haver
poluição dos mananciais.
A água pura é um líquido incolor, inodoro, insípido e transparente. Contudo, por
ser considerada um dos melhores solventes existentes, raramente é encontrada
em estado absoluto de pureza, pois, dos 103 elementos químicos que se tem
conhecimento, a maioria é encontrado de alguma maneira em águas naturais
(RICHTER; NETTO, 2005).
Infelizmente, a maioria das grandes cidades mundiais não se preocupa com os
recursos hídricos que as cortam, e acabam utilizando-os como local de despejo
de e�uentes. Atrelado a isso, as cidades situadas em um montante de um rio
tendem a poluir as águas que serão utilizadas pelas cidades a jusante, o que
acaba resultando cada vez mais em um aumento da poluição (CALIJURI; CUNHA,
2013).
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Principais Fontes de Poluição Hídrica em
Zonas Urbanas
Muitas cidades surgiram ao longo dos recursos hídricos (margem de rios ou
lagos), e seus habitantes acabaram se acostumando a ver estes locais como uma
via de transporte. Mas não muito raro, os rios acabaram sendo visto como uma
via pela qual podiam ser lançados todos os tipos de dejetos e descartes
produzidos nas cidades.
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Nos centros urbanos, existem duas grandes fontes de poluição hídrica:
Incorporação de substâncias tóxicas.
Tratamento de esgoto ine�ciente.
O tratamento de esgotos é um dos problemas mais antigos da civilização
humana. Nos dias atuais, chamamos as águas servidas de e�uentes, que, após o
uso, acabam tendo suas características (físicas, químicas e microbiológicas)
alteradas. Logo, um dos maiores dé�cits em termos de desenvolvimento da
humanidade é aquele relacionado ao saneamento básico.
Conforme descrito por Meybeck (2004), as fontes de poluição das águas podem
ser classi�cadas em:
pontual: em que o lançamento dos resíduos (sejam domésticos ou
industriais) �ca restringido apenas em um único ponto de lançamento;
difusa: apresenta múltiplos pontos de descarga resultantes do
escoamento em áreas urbanas, e, normalmente, as concentrações de
poluentes são bastante elevadas.
Outro problema é o desperdício, em relação ao uso da água (e,
consequentemente, dos recursos hídricos), com a baixa ou má qualidade de
água que é distribuída ou está disponível aos moradores das grandes cidades,
em várias partes do mundo. Sendo assim, em muitas cidades, os sistemas de
distribuição de água não impedem a perda de grandes volumes de água, devido
à má conservação ou mesmo ao roubo de água (PINTO-COELHO; HAVENS, 2016).
Eutro�ização
Quando o esgoto doméstico (o qual é constituído por uma grande quantidade
de matéria orgânica) é lançado in natura num corpo-d’água, tende-se a ser
estabilizado ou assimilado pelo meio hídrico, por meio de vários processos que
envolvem transformações químicas, físicas e biológicas, através das quais a
matéria orgânica é oxidada, “transformando-se em água, gases e sais minerais,
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compostos utilizados através da fotossíntese, na formação celular dos seres
vivos” (TORRES; MACHADO, 2012, p. 152), em um processo conhecido como
biodegradação.
Mas, quando esses esgotos são lançados
em quantidades superiores à
capacidade de assimilação do corpo-d’água, o “ambiente �ca sobrecarregado,
seu equilíbrio se desfaz e se alteram completamente sua composição e
estrutura” (TORRES; MACHADO, 2012, p. 152), passando a ocorrer o que se
chama de poluição.
Dentre as consequências da poluição, está a eutro�zação (Figura 2.2). Segundo
com Braga (2005), refere-se ao crescimento excessivo das plantas aquáticas,
tanto planctônicas quanto aderidas, a níveis considerados como causadores de
interferências com os usos desejáveis do corpo-d’água.
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Na maior parcela dos casos, a eutro�zação se dá em corpos-d’água lênticos, ou
seja, que correm de forma vagarosa, por exemplo, represas e lagos. Von Sperling
(2005) complementa destacando que em águas lóticas, como em rios, a
eutro�zação é mais difícil de ocorrer, devido ao processo de autodepuração (a
água está constantemente sendo renovada); logo, as chances de crescimento de
algas e acúmulo de poluentes são menos favoráveis.
Porém, nos períodos de estiagem, quando diminui a vazão dos rios, atrelado à
grande quantidade de esgoto lançado, é comum a ocorrência da eutro�zação.
Dentre os principais impactos ambientais causados pela eutro�zação, podemos
citar:
1. Frequentes �orações das águas.
2. Crescimento excessivo da vegetação.
3. Distúrbios com mosquitos e insetos.
4. Eventuais maus odores.
5. Eventuais mortandades de peixes.
Dentre os principais nutrientes responsáveis pela eutro�zação dos recursos
hídricos, estão o nitrogênio (N) e o fósforo (P), Quando a concentração desses
nutrientes aumenta em demasia na água, Esteves (1998) descreve que há uma
aceleração no crescimento de algas, pois elas terão mais “alimento”, no caso o N
e P. Com esse crescimento acelerado, a incidência de raios solares diminui, além
de essas algas “capturarem” o oxigênio presente na água. Dessa forma, é
comum ocorrer mortandade de animais aquáticos (principalmente peixes), além
de ocasionar produção de metano e gás sulfídrico.
praticar
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Vamos Praticar
1) Leia o trecho a seguir:
“Eutro�zação/eutro�cação é um estado dos corpos hídricos super�ciais que se
caracteriza pela presença excessiva de nutrientes, nitratos e fósforos. Os efeitos da
eutro�zação são: criação de cor, sabores e cheiros na água devido ao desenvolvimento
excessivos de algas, o que implica maiores custos de tratamento”.
SILVA, L. P. Hidrologia: engenharia e meio ambiente. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015. p. 272.
A respeito da eutro�zação, assinale a alternativa correta:
a) É causado unicamente por fontes antrópicas, como o lançamento de esgoto sanitário em rios.
b) Esse fenômeno ocorre apenas em águas paradas, como lagos.
c) A eutrofização pode ser ocasionada em fontes localizadas ou então em fontes dispersas.
d) Na grande maioria dos casos, é causado pelo aumento exagerado de bactérias, as quais liberam
toxinas na água.
e) Acarreta na perda da vida aquática, como morte de peixes, devido principalmente ao aumento da
temperatura da água.
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De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB, 2019)
desde o início do século passado vem sendo criadas legislações e políticas que
visam à preservação e valorização de seus recursos hídricos. Nesse contexto, a
partir de um levantamento histórico da evolução da gestão de bacias
hidrográ�cas, podemos dizer que o marco inicial da legislação de águas foi por
meio do Código de Águas de 34 (Decreto 24.643, em 10 de julho de 1934)
(BRASIL, 1934).
Com a legislação apresentada, iniciou-se um trabalho de mudança de conceitos
relativos ao uso e à propriedade da água. No transcorrer das mudanças
econômicas e sociais, que se deram no Brasil e no mundo, essa norma abriu
espaço para o estabelecimento de uma Política Nacional de Gestão de Águas.
Com a implantação da Constituição Federal, em 1988 (BRASIL, 1988), os recursos
hídricos foram assegurando como um direito do povo, conforme art. 225. Além
disso, a Constituição de�ne que todos os brasileiros têm direito a um meio
Gestão Brasileira de BaciasGestão Brasileira de Bacias
Hidrográ�casHidrográ�cas
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ambiente ecologicamente equilibrado, necessitando sua preservação para a
atual e futuras gerações.
Mas a regularização a respeito da gestão dos recursos hídricos veio
principalmente em 1997, com a chegada da lei popularmente conhecida como
Lei das águas (BRASIL, Lei nº 9433 de 1997) (BRASIL, 1997), a qual estabeleceu a
Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e instituiu o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).
Sendo assim, a promulgação da Lei nº 9.433/97 (BRASIL, 1997, on-line, grifo
nosso) visou à preservação da água, quando, por meio de seu art. 1, incisos I e II,
determina que: “[...] a água é um bem de domínio público e dotado de valor
econômico”. Portanto, a referida lei implantou alguns instrumentos de gestão
das águas, sendo esses:
Plano de recursos hídricos.
Outorga de direito de usos das águas.
Cobrança pelo uso da água.
Enquadramento dos corpos-d’água.
Sistemas de informações sobre recursos hídricos.
Nesse contexto, a Figura 2.3 apresenta a estrutura do Plano Nacional de
Recursos Hídricos (PNRH):
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Porém, não podemos deixar de citar sobre a função da Agência Nacional de
Águas (ANA), criada por meio da Lei 9.984/2000 (BRASIL, 2000, on-line) e
regulamentada pelo Decreto nº 3.692/2000. Dentre os objetivos da ANA, tem-se:
Regular o acesso e o uso dos recursos hídricos de domínio da União,
que são os que fazem fronteiras com outros países ou passam por
mais de um estado, como, por exemplo, o rio São Francisco. A ANA
também regula os serviços públicos de irrigação (se em regime de
concessão) e adução de água bruta. Além disso, emite e �scaliza o
cumprimento de normas, em especial as outorgas, e também é a
responsável pela �scalização da segurança de barragens outorgadas
por ela (ANA, 2019, on-line).
O planejamento de uma bacia hidrográ�ca deve ser realizado seguindo uma
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ordem, que inicia com o diagnóstico da situação dos recursos hídricos, a qual
deve se basear nos resultados dos cenários atuais e futuros. De forma geral, o
planejamento de bacias hidrográ�cas (indiferentemente se estão localizados em
rurais ou urbanas) deve seguir as mesmas etapas semelhantes, apesar de cada
uma das bacias apresentarem peculiaridades que também precisam ser
consideradas no momento do diagnóstico. Duas etapas que são similares para o
planejamento das bacias são: o geoprocessamento para levantamento de
informações e o planejamento ambiental (FINKLER, 2019).
Além disso, cada estado brasileiro tem autonomia para gerir de forma mais
restritiva que as legislações federais seus recursos hídricos. O conteúdo mínimo
que deve ser abordado em Planos de Recursos Hídricos, de acordo com a Lei nº
9.433/97, art. 7º, abrange:
(I) Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos; (II) Análise de
cenários alternativos de crescimento demográ�co, de evolução de
atividades produtivas e de modi�cações dos padrões de ocupação do
solo; (III) balanço entre disponibilidade e demandas futuras dos
recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identi�cação de
con�itos potenciais; (IV) metas de racionalização de uso, adequação da
oferta, melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis,
proteção e valorização dos ecossistemas aquáticos; (V) medidas a
serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem
implantados, para o atendimento de metas previstas; (IV) Divisão dos
cursos de água em trechos de rio, com indicação da vazão outorgável
em cada trecho; (VII) Prioridades para outorga de direitos de uso de
recursos hídricos; (VIII) Diretrizes e critérios para cobrança pelos direitos
de uso dos recursos hídricos; (IX) Propostas para a criação de áreas
sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos
e dos ecossistemas aquáticos; (X) Propostas de enquadramento dos
corpos de água em classes segundo usos preponderantes (BRASIL,
1997, on-line).
Plano de Recursos Hídricos
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O plano de recursos hídricos possui objetivos de longo prazo, tendo como
horizontes o planejamento dos recursos hídricos compatíveis com o período de
implantação de programas e projetos, devendo se alinhar com a estrutura legal
que regulamenta a matéria.
Para isso, inicialmente, deve-se fazer um diagnóstico da situação atual dos
recursos hídricos brasileiros. Realizado o diagnóstico, o próximo passo será
analisar todas as alternativas de crescimento demográ�co, além da evolução das
atividades produtivas e de modi�cação dos padrões de ocupação do solo. Esse
passo é importante para o objetivo de longo prazo a que o plano se propõe. Na
sequência, deve ser feito um balanço entre disponibilidades e demandas futuras
dos recursos hídricos em quantidade e qualidade, com a identi�cação de
potenciais con�itos (SANTELLO, 2017).
Analisada a situação atual, bem como as perspectivas da situação futura, o plano
passará a traçar metas de racionalização de uso, para aumento da quantidade e
melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis.
De maneira resumida, podemos dizer que o plano de recursos hídricos refere-se
a documentos, apresentando informações como gestão, projetos, investimentos
prioritários e obras nos recursos hídricos. Quem elabora esses documentos é a
ANA, os quais devem ser aprovados pelo Comitê de Bacia Hidrográ�ca que o
recursos hídrico pertence.
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Outorga de Direito de Usos de Água
A outorga é um dos instrumentos de gerenciamento de recursos hídricos que
faz a articulação com a gestão ambiental. A Política Nacional de Recursos
Hídricos (PNRH) (Lei 9.433/97) (BRASIL, 1997), em seu art. 3º, apresenta, a gestão,
adequação e integração dos recursos hídricos como diretriz geral para implantar
a respectiva política.
Um dos instrumentos da PNRH é a outorga de uso da água (conforme art. 5º da
Lei 9.433/97). A outorga de direito de uso de recursos hídricos tem por objetivos
assegurar:
O controle quantitativo e qualitativo dos usos da água.
O efetivo exercício dos direitos de acesso à água para todos.
De forma resumida, a outorga de direito de uso de água representa um
instrumento, por meio do qual o poder-público (no caso a União, Estados ou
Distrito Federal) autoriza, concede ou, ainda, permite o usuário fazer uso desse
importante bem público, no caso a água, tanto super�cial como subterrânea.
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Cobrança Pelo Uso da Água
Uma das formas mais comuns de coagir o ser humano a ter um determinado
comportamento ou agir de acordo com as leis, os princípios e as regras sociais é
onerá-lo ou incentivá-lo �nanceiramente (SANTELLO, 2017). Em relação à
cobrança pelo uso de recursos hídricos, a Lei nº 9.433/1997 (BRASIL, 1997, on-
line) tem os seguintes objetivos:
“I – dar ao usuário uma indicação do real valor da água;
II – incentivar o uso racional da água; e
III – obter recursos �nanceiros para recuperação das bacias hidrográ�ca do
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País”.
Enquadramento dos Corpos-D’água
O enquadramento dos corpos-d’água busca estabelecer o nível de qualidade das
águas a ser alcançado ou mantido ao longo do tempo. A Resolução 357/2005
(BRASIL, 2005) emitida pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
dispõe sobre a classi�cação dos corpos-d’água e fornece diretrizes ambientais
para o seu enquadramento. Essa resolução classi�ca as águas, em seu art. 2ª,
em:
1. Águas doces (rios e lagos): águas com salinidade igual ou inferior a
0,5%.
2. Águas salobras (estuários ou lagoas): águas com salinidade superior a
0,5% e inferior a 30%.
3. Águas salinas (mar): águas com salinidade igual ou superior a 30%.
Dessa forma, cada classi�cação de água apresenta um conjunto de usos, ou seja,
conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao
atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros.
Sistemas de Informações Sobre Recursos
Hídricos
Trata-se de um sistema de coleta de dados, armazenamento, tratamento e
recuperação de informações sobre os recursos hídricos. Além disso, busca
fornecer informações sobre os fatores que podem interferir na gestão desses
recursos. Compete à Agência Nacional de Águas (ANA) organizar e gerir os
dados, bem como divulgar as informações a toda a sociedade.
Dentre os objetivos do sistema de informações dos recursos hídricos, a ANA
(2019) descreve:
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Reunir e divulgar os dados e informações sobre a situação qualitativa e
quantitativa dos recursos hídricos brasileiros.
Atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e
demanda de recursos hídricos em todo o território nacional.
Fornecer subsídios para a elaboração dos Planos de Recursos Hídricos.
praticarVamos Praticar
Os rios são importantes não só pelo que eles representam como unidades da
paisagem e da biosfera. Embora não armazenem muita água, eles transportam
grandes quantidades de água no somatório do tempo. Ao transportarem água, eles
transportam sedimentos, nutrientes, carbono.
PINTO-COELHO, R. M.; HAVENS, K. Gestão de recursos hídricos em tempos
de crise. Porto Alegre: Artmed, 2016. p. 47.
Infelizmente, a ação do homem vem alterando as características dos recursos hídricos,
sendo necessário realizar um monitoramento constantes. Em relação ao
monitoramento de recursos hídricos brasileiros, assinale a alternativa correta.
a) O monitoramento compreende o acompanhamento das alterações da qualidade das águas ao
longo de determinado período.
b) A Agência Nacional de Águas (ANA) é responsável pelo monitoramento de todos os recursos
hídricos do país.
c) O monitoramento das águas visa a fiscalizar e punir eventuais poluidores.
d) O monitoramento trata exclusivamente das doenças oriundas das águas contaminadas.
e) O monitoramento promove campanhas educacionais.
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Com o plano diretor, busca-se orientar a ocupação do solo urbano, dividindo as
cidades por áreas. Ou seja, qual área será destinada unicamente à construção
de moradias, onde serão instaladas as indústrias (área industrial), qual a área
destinada à zona rural, conforme descrevem Abiko e Moraes (2009) Com isso, é
possível controlar e organizar a ocupação do território, bem como criar medidas
que visam evitar a contaminação dos solos (SINGER, 2017). Além disso, o plano
diretor (para cidades litorâneas) auxilia no uso e ocupação da orla, garantindo o
acesso à população e, principalmente, garantindo que a preservação ambiental.
Dessa
forma, o plano diretor é uma lei municipal elaborada pela prefeitura com
a participação da Câmara Municipal e da sociedade civil, a �m de estabelecer e
organizar o crescimento, o funcionamento e o planejamento territorial da
cidade, além de orientar as prioridades de investimentos. Porém, nem todos os
municípios são obrigados por lei a possuírem o Plano Diretor. Dessa forma, a Lei
nº 10.257, de 2001 (BRASIL, 2001), em seu art. 41, apresenta a obrigatoriedade
do plano diretor para municípios que:
Plano Diretor – FerramentaPlano Diretor – Ferramenta
para Gestão de Baciaspara Gestão de Bacias
Hidrográ�cas e RecursosHidrográ�cas e Recursos
HídricosHídricos
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possuem mais de 20 mil habitantes;
são integrantes de regiões metropolitanas;
têm áreas com interesse turístico;
estão situados em áreas de in�uência de empreendimentos ou
atividades com signi�cativo impacto ambiental.
Dessa forma, sabendo que os planos diretores buscam orientar o uso e
ocupação das cidades, os Planos de Recursos Hídricos podem ser considerados
planos diretores, que buscam fundamentar e orientar a implementação da
Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos.
Esses planos possuem longos prazos, com horizonte de planejamento
compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e serão
elaborados por bacia hidrográ�ca, por estado e para o país (AGÊNCIA DE..., 2019,
on-line).
Cada estado brasileiro poderá ter diferentes legislações a respeito dos planos
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diretores de bacias hidrográ�cas. Como exemplo, podemos citar a Lei Estadual
de Minas Gerais, nº 13.199, de janeiro de 1999 (SEMAD, 1999), a qual de�ne os
Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográ�cas (PDRH), como o
primeiro instrumento de gestão das águas de uma bacia, uma vez que eles
devem fornecer orientações para a implementação dos demais instrumentos de
gestão.
Zoneamento
A Lei Federal nº 6.938, de 31/08/81 (BRASIL, 1981), tem como objetivos centrais
garantir a preservação e a qualidade ambiental, visando garantir a saúde
humana e o desenvolvimento socioeconômico do País. O zoneamento urbano é
um importante instrumento de�nido na Política Nacional do Meio Ambiente (Lei
6.938, de 31/08/81, art. 9º, inciso II), sendo também amplamente utilizada na
elaboração dos planos diretores. O site do Ministério do Meio Ambiente (BRASIL,
2019) apresenta diferentes tipos de zoneamento, sendo os mais importantes:
Zoneamento Ambiental: busca organizar o território municipal, a �m
de conciliar tanto o crescimento econômico quanto a preservação do
meio ambiente.
Zoneamento agroecológico (ZAE): busca organizar as áreas rurais dos
municípios, tanto em relação às atividades da agricultura como da
pecuária.
Zoneamento industrial: busca organizar o território municipal em
relação à instalação de indústrias, de�nindo, por exemplo, áreas mais
suscetíveis a acidentes ambientais.
Zoneamento urbano: é uma importante ferramenta utilizada nos
planos diretores das cidades, auxiliando no uso e no porte (no caso o
tamanho) dos lotes e das edi�cações. Além disso, por meio do
zoneamento urbano é possível traçar diretrizes de uso e ocupação dos
solos, de�nindo onde estarão localizadas as áreas industriais,
comerciais, residenciais, mistas ou de preservação ambiental.
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Dessa forma, especi�camente falando do zoneamento ambiental ou também
denominado de zoneamento ecológico econômico (ZEE), visa promover a
ordenação do uso e da ocupação do solo de forma adequada. Essa ordenação
está baseada na análise da viabilidade ambiental das atividades econômicas
(Figura 2.1).
Dessa forma, tem-se uma repartição do território municipal e na destinação da
terra e do uso do solo, de�nindo a quali�cação do solo em quatro tipos
distintos: urbano, de expansão urbana, urbanizáveis e rural. Assim, caso um
empreendimento/atividade vise se instalar em determinação cidade, faz-se
necessária a elaboração de estudos detalhados, os quais estão previstos pela
PNMA, analisando possíveis impactos ambientais (no solo, na água, na fauna e
�ora, dentre outros), que assegurem a instalação em locais adequados, a �m de
minimizar possíveis efeitos e impactos negativos sobre o meio ambiente. Por
�m, é importante mencionar que esse zoneamento pode ocorrer em nível
Federal, Estadual ou Municipal.
Estatuto da Cidade
Nos arts. 182 e 183 da Constituição (BRASIL, 1988), foram de�nidas as diretrizes
básicas para a política urbana brasileira, assim como a obrigatoriedade de
algumas cidades em aprovar um plano diretor. Honda et al. (2015) comentam
que, em 2001, esses artigos foram regulamentados por meio da instituição da
Lei Federal de nº 10.257, a qual é conhecida como Estatuto das Cidades (BRASIL,
2001). O plano diretor está de�nido no Estatuto das Cidades, sendo esse um
instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de
ordenamento da expansão urbana de um determinado município.
Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)
A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (BRASIL, 2001), popularmente conhecida
como Estatuto da Cidade, instituiu as Zonas Especiais de Interesse Social.
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Também denominadas de Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS), referem-se
a espaços localizados nas cidades para assentar habitacionais para pessoas de
baixa renda, que podem ser novas, ou já existentes.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo (SÃO PAULO, 2019), as ZEIS visam
fornecer moradia digna, por meio de melhorias urbanísticas (saneamento,
infraestrutura e estradas, dentre outras), recuperação ambiental de áreas
degradadas, preservação ambiental, regularização fundiária e previsão de
habitações de interesse social (HIS) e habitações de mercado popular (HMP).
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praticarVamos Praticar
Além do zoneamento ambiental, o Plano Diretor pode ser uma excelente ferramenta,
visando não somente à organização territorial das cidades, mas também à
contribuição para evitar a contaminação dos solos e da água e à degradação
ambiental. Em relação ao Plano diretor, assinale a alternativa correta.
a) Todos os municípios que tenham mais de 10 mil habitantes e que tenham alto potencial turístico
ou situados em locais com alto risco ambiental são obrigados por lei a ter um Plano Diretor.
b) O Plano Diretor visa, unicamente, apresentar o uso e a ocupação dos solos permitidos em
território municipal.
c) Após aprovado, o Plano diretor não poderá ser alterado, a não ser em caso de emergências.
d) O Plano Diretor deve apresentar ferramentas do que deve ser feito em caso de acidente na área
industrial do município que possa colocar em risco a qualidade dos solos.
e) O Plano Diretor deve ser elaborado por uma equipe multidisciplinar, e a população precisa estar
ciente do conteúdo, além de aprová-lo.
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A bacia hidrográ�ca pode ser de�nida como um “sistema físico onde a entrada é
o volume de água precipitado e a saída é o volume de água escoado pelo
exutório, considerando-se como perdas intermediárias os volumes evaporados
e transpirados e também os in�ltrados profundamente” (TUCCI, 2013, p. 41).
Para realizar a conservação das bacias hidrográ�cas e dos recursos hídricos, é
fundamental investir em saneamento básico, que consiste
no conjunto de
medidas que objetivam preservar ou modi�car o meio ambiente para prevenir
doenças e semear saúde. Por meio dele, é possível melhorar a qualidade de vida
dos cidadãos, a produtividade do indivíduo e otimizar a atividade econômica. No
Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal e
pela Lei nº 11.445/2007 (BRASIL, 2007).
Apesar de ser um assunto bastante discutido nas mídias sociais, o saneamento
básico está longe de ser considerado satisfatório. E isso não apenas em
território nacional, mas em todo o mundo. Segundo pesquisa realizada pela
Conservação de BaciasConservação de Bacias
Hidrográ�casHidrográ�cas
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Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF), cerca de 4,5 bilhões de pessoas no mundo, bem mais da
metade da população mundial (estimada atualmente em 7,6 bilhões de
habitantes), não têm acesso a saneamento básico seguro, conforme descreve a
Organização das Nações Unidas (ONU) (2017).
Em território Nacional, o Trata Brasil (2019) descreve que o país ainda apresenta
praticamente 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada, quase 100
milhões de brasileiros sem coleta de esgotos (o que corresponde a 47,6% da
população) e apenas 46% dos esgotos gerados no país são tratados.
Sabe-se que o saneamento básico e o tratamento de água e esgoto são práticas
de extrema importância, não apenas para garantir a saúde e bem-estar da
população, mas também para que um país possa ser considerado desenvolvido.
Saneamento consiste no conjunto de medidas que objetivam preservar ou
modi�car o meio ambiente para prevenir doenças e semear saúde, pois melhora
a qualidade de vida dos cidadãos, a produtividade do indivíduo e otimiza a
atividade econômica.
A ausência de serviços de saneamento acaba resultando em precárias condições
de saúde e incidência de doenças, principalmente de veiculação hídrica. Mas
como garantir a qualidade dos recursos hídricos e das bacias hidrográ�cas?
Pinto-Coelho e Havens (2016) fornecem alguns exemplos para a cidade de São
Paulo, maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. Dessa
forma, tem-se que:
reavaliar a real capacidade de estocagem de água nos reservatórios;
alterar, readequar os múltiplos usos das bacias hidrográ�cas dos
principais mananciais que abastecem a cidade de São Paulo;
economizar água;
reciclar água;
evitar o desperdício de água na rede de abastecimento público;
modi�car as leis municipais visando diminuir o uso per capita de água
tratada no município;
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buscar novas fontes de água para a cidade de São Paulo (importar água
de outras bacias).
Dentre os benefícios que o saneamento básico proporciona, Abiko e Moraes
(2009) citam questões ambientais, econômicas e sociais. Especi�camente
falando sobre as questões ambientais, podemos citar:
1. Economia na saúde pública: a cada R$ 1,00 gasto com saneamento, o
município/cidade economiza R$ 4,00 em saúde pública, evitando o
tratamento de doenças primárias. Logo, pode-se dizer que esse
benefício é ambiental, social e econômico.
2. Revitalização de rios: ocorre principalmente através principalmente do
tratamento dos e�uentes (dejetos líquidos industriais e domésticos),
sendo a água devolvida limpa e desinfetada para os recursos hídricos.
Dessa forma, além da preservação, garante-se a reintegração dessa
água com a paisagem urbana, favorecendo o bem-estar da população.
3. Prevenção de enchentes: a drenagem de áreas e vias públicas é item
obrigatório no plano de saneamento básico. Com tubulações limpas e
sem obstruções (resíduos, detritos, dimensionamento correto, dentre
outros), a água escoa até as galerias pluviais.
4. Evita a poluição do solo: com um saneamento adequado, evita-se que
resíduos e e�uentes líquidos contaminem os solos, prejudicando tanto
o meio ambiente como a população.
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praticarVamos Praticar
Saneamento ambiental pode ser de�nido domo o “[...] conjunto de ações que garante
a qualidade da água e dos rios, o lançamento de esgotos em rede pública, a coleta de
lixo e sua dispo- sição em aterros sanitários ou controlados, a garantia de água em
quantidade e qualidade adequadas para o consumo humano, além do controle ou da
erradicação de doenças”.
BITTENCOURT, C.; PAULA, M. A. S. Tratamento de água e e�uentes:
fundamentos de saneamento ambiental e gestão de recursos hídricos. São
Paulo: Érica, 2014. p. 14.
Dentre as a�rmativas a seguir, em relação ao saneamento, assinale a alternativa
correta.
a) Saneamento consiste na colocação de redes de coleta de água da chuva.
b) O Brasil, nos últimos anos, começou a investir em redes de saneamento básico, sendo referência
na América do Sul.
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c) Investir em projetos de saneamento básico diminui os riscos de a população adquirir algum tipo
de patologia.
d) Obras de saneamento visam realizar, principalmente, melhorias econômicas no país.
e) Os serviços de saneamento são distribuídos igualitariamente ao longo do território nacional.
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indicações
Material
Complementar
FILME
Saneamento básico: o �ilme
Ano: 2007
Comentário: uma pequena cidade �ctícia necessita
realizar a construção de um fossa. Porém, a prefeitura
alega não ter dinheiro para realizar a obra, mas, em
compensação, recebeu uma verba para montar um �lme.
Dessa forma, a cidade decide montar um �lme sobre a
obra de construção da fossa.
TRA ILER
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LIVRO
Hidrologia: engenharia e meio ambiente
2015
Editora: Elsevier
ISBN: 978-85-352-7734-0
Comentário: o livro aborda conceitos importantes, em
relação a recursos hídricos e bacias hidrográ�cas e
apresenta a relação da água com a sociedade e o meio
ambiente. Além disso, analisa os dilemas e questões
relacionadas ao futuro dos recursos hídricos.
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conclusão
Conclusão
Infelizmente, a maior parcela dos esgotos sanitários (e�uentes) acaba sendo
despejada nos recursos hídricos, sem tratamento prévio. Essa é uma prática
muito comum, principalmente nos países em desenvolvimento, pois não
possuem tantos recursos �nanceiros para realizar obras de saneamento ou
realizar �scalizações. Dessa forma, a contaminação é inevitável, causando graves
problemas ambientais, como a eutro�zação e alterações nos parâmetros físicos,
químicos e microbiológicos dos recursos ambientais.
Portanto, nesta unidade, de�nimos como as cidades são grandes responsáveis
pela contaminação dos recursos hídricos, principalmente devido ao aumento
populacional nessas áreas.
Em seguida, de�nimos a importância da gestão das bacias hidrográ�cas
brasileiras e sua importância, sendo apresentados os principais instrumentos de
gestão das águas.
Posteriormente, foi apresentada a importância do Plano Diretor como
ferramenta para gestão dos recursos hídricos, sendo apresentadas algumas das
principais ferramentas para o controle deles.
Por �m, de�niu-se saneamento básico e apresentaram-se algumas ideias de
como realizar a conservação das bacias hidrográ�cas.
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referências
Referências
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BITTENCOURT, C.. PAULA, M. A. S. Tratamento de e�uentes: fundamentos de
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