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BRUNA MOHR DA SILVA.
ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS: 
UMA ANÁLISE SOBRE OS ASPECTOS JURÍDICOS
 
Cuiabá
2020
 bruna mohr da silva
ADOÇÃO POR CASAIS HOMOAFETIVOS: 
UMA ANÁLISE SOBRE OS ASPECTOS JURÍDICOS
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da UNIC – Universidade de Cuiabá.
Orientadora: Carina Kamei. 
Cuiabá
2020
3
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	4
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADOÇÃO DESDE O PRELÚDIO	7
ADOÇÃO NO BRASIL POR CASAIS EM RELAÇÃO HOMOAFETIVA	9
LEIS QUE ANUEM A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS NO BRASIL..............	13
REFERÊNCIAS	18
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho traz a seguinte problematização: Adoção por Casais Homoafetivos: uma análise sobre os aspectos jurídicos onde a temática aqui posta buscará conhecer de maneira crítica e reflexiva a realidade jurídica de crianças e adolescentes em condições de adotáveis e de casais homoafetivos com intenções/condições de adotantes. O trabalho irá discorrer sobre as dificuldades, tanto jurídico quanto sociais, no processo de adoção por casais homoafetivos, enfatizando os recortes jurídicos que respaldam este processo, até chegarmos à jurisprudência que compete este transcorrer, os estereótipos e seus desmembramentos num contexto marcado por preconceitos sociais, religiosos, econômicos e culturais. Nesse contexto, realizar-se-á uma explanação com base na lei do planejamento familiar e o estatuto da criança e do adolescente (ECA), ressaltando suas implicações acerca do debate sobre adoção. 
A adoção no Brasil é prevista desde 1828, porém foi só com o Código Civil de 1916 que um procedimento de adoção foi estabelecido. Muito embora, a adoção esteja prevista há muito tempo em nosso ordenamento jurídico, ela ainda se depara com diversos preconceitos, dos mais variados possíveis, é um assunto que gera muita polêmica, em razão de algumas pessoas ainda têm a concepção de que filho é aquele biológico, natural. Para tanto, o Estado disponibiliza um lar às crianças que se encontram em instituições a devida atenção e respeito que um lar poderia a ela proporcionar, independente dessas famílias serem construídas por casais heterossexuais ou homossexuais.
O tema analisará a seguinte questão: Considerando que na Constituição está claro que todas as pessoas são iguais, o Poder Judiciário deve ser imparcial, sempre buscando o melhor para a criança/adolescente no que tange estruturação familiar, nota-se que existe ainda muito preconceito no que se refere à adoção homoafetiva. Com a nova configuração das famílias existe a possibilidade da adoção por casais homoafetivos. Há construção de família entre uniões homoafetivas, restrições legais na adoção por casais homoafetivos na jurisprudência?
Seguindo este pensamento, esta produção tem como objetivo principal analisar alguns princípios constitucionais garantidores do exercício dos direitos à cidadania e a possibilidade da realização da adoção por casal homoafetivo, sob a perspectiva de que não há proibição lega em nosso ordenamento jurídico. Dando continuidade, tendo como objetivos específicos, serão apresentados neste trabalho análise da possibilidade jurídica sobre o reconhecimento da união homoafetiva como entidade familiar, o estudo sobre a união homoafetiva como forma de constituição de família, além de mostrar alguns dos impedimentos e facilidades da adoção homoafetiva no Brasil a partir de jurisprudências.
O presente estudo tipifica-se enquanto uma pesquisa bibliográfica, embasada no referencial teórico-metodológico do método dialético, compreendendo que “[...] para conhecer realmente um objeto é preciso estudá-lo em todos os seus aspectos, em todas as suas relações e todas as suas conexões [...] a dialética é contrária a todo o conhecimento rígido”. 
Tudo é visto em constante mudança; sempre há algo que se desagrega e se transforma (GIL, 1996, p.32). Desta forma, justifica-se a adoção do referido método, cuja perspectiva apoia-se no princípio da totalidade, permeada de contradições, as quais geram um movimento transformação, exigindo um exercício de investigação que busca as determinações históricas e a lógica de racionalidade dos movimentos da sociedade e do pensamento. 
Para a realização do levantamento bibliográfico buscar-se-á embasamento científico em artigos por meio de pesquisas na base de dados eletrônicos Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Os descritores ou palavras-chave usadas para identificar os artigos nas bases de dados serão: Direito; Atuação; Adoção; Homoafetivos. O presente estudo foi alicerçado em pesquisa bibliográfica, qualitativa e descritiva, pois supõe o contato literário do pesquisador direto com a situação que está sendo investigado. 
Por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, não haverá necessidade de submetê-la a pesquisa com seres humanos, no entanto, será respeitada a integridade intelectual dos autores citados, utilizados na pesquisa, sendo também respeitados os princípios dos direitos autorais. Utilizando de uma investigação voltada para os aspectos qualitativos, considerando a questão retratada no tema do trabalho, tornando esta a parte subjetiva do quesito, por meio de análises de percepções, intenções e comportamentos documentados e disponíveis em obras.
Para tanto, justificando a elaboração deste projeto, entende-se que no Brasil a união entre casais homoafetivos foi estabelecida recentemente por uma decisão do Supremo Tribunal Federal, legitimando esta união. Este assunto há muito tempo, vem gerando muita polêmica e debates sobre a licitude do casamento homossexual, onde o preconceito traz à baila as questões sobre liberdade e expressões religiosas.
O acatamento da relação homoafetiva como expressão de família foi um salto na democracia para a sociedade brasileira, mesmo que muitos ainda desvalorizem esta nova perspectiva, particularmente as visões religiosas, porém não há o que inquirir, visto que há decisão aderente a este respeito pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A relação afetiva e a intenção em formar uma família comum é a aspiração dos consortes, visto que a batalha de casais homossexuais pela adoção está se tornando cada vez maior, pelo fato de não poderem conceber filhos.
Para tanto, faz-se necessário esta pesquisa, de modo aprofundado e com base em estudos mais detalhados, perante esta nova perspectiva brasileira e, sendo esta de fundamental importância para o cenário acadêmico e social, levando em consideração planejar uma investigação científica na seara jurídica sobre o tema em questão. Para isso, este trabalho será produzido do seguinte modo: no capítulo primeiro, procurar-se-á abordar a seguinte questão - Antecedentes históricos da adoção desde o prelúdio. Neste será apresentado, por meio de aspectos históricos, a evolução do conceito de acolhimento, traçando a maneira como este ato era considerado socialmente sob um olhar legal. Procura-se, neste capítulo, destacar as premissas dos conceitos mais seguidos e enfatizados pelas sociedades e seus paradigmas ao longo do tempo, o qual era típico e dado como certo pelo modelo social imposto atendendo as regras implícitas no contexto coletivo.
No capítulo seguinte constará uma investigação dos fundamentos e recursos legais que destacam a Adoção desde o Código Civil de 1916 até a Constituição Federal de 1988 e suas grandes modificações na história do Brasil.
Por fim, o terceiro capítulo, apresentará as adequações reguladas direcionadas a medidas constitucionais garantidores do exercício dos direitos à cidadania e a possibilidade da realização da adoção por casal homoafetivo, sob a perspectiva de que não há proibição legal, apresentando o reconhecimento da união homoafetiva como entidade familiar, além de mostrar alguns dos impedimentos e facilidades da adoção homoafetiva no Brasil a partir de jurisprudências.
Assim sendo, notar-se-á que a adoção por casais homoafetivos é percebida de forma muito vaga, ainda atualmente, e temos legislações específicas que tratam do tema, e estes serão apresentadosnesta pesquisa. Mesmo com leis que garantem e protegem a adoção por casais homossexuais, tem ocorrido grande número de casos de prejulgamento social e intolerância e esses fatos vêm se agravando a cada dia. Cabe ao sistema jurídico, teoricamente, garantir a igualdade de direitos entre os cidadãos e fazer o acolhimento de todas e quaisquer particularidades existentes, defendendo e resguardando o bem-estar em todas as vertentes, não levando em conta a questão de gênero, raça, cor ou opção sexual.
Entende-se, desta forma, que esta elaboração, depois de concluída, poderá contribuir junto à comunidade acadêmica e a sociedade em geral, sendo bastante explorado, promovendo conhecimentos sobre os obstáculos do cotidiano dos envolvidos. Podendo assim, participar e fortalecer o esforço do profissional do Direito em defesa dos casais homossexuais em diversos âmbitos, especialmente relativos à adoção.
2. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ADOÇÃO DESDE O PRELÚDIO 
Foi em Roma que a adoção se difundiu e ganhou contornos precisos. A ideia fundamental já estava presente na civilização grega: se alguém viesse a falecer sem descendente, não haveria pessoa capaz de continuar o culto familiar, o culto aos deuses-lares. Nessa contingência, o pater famílias, sem herdeiro, contemplava a adoção com essa finalidade. O adotado assumia o nome e a posição do adotante e herdava seus bens como consequência da assunção do culto. (VENOSA, 2005) Silvio de Salvo Venosa (2005, p. 298) esclarece que:
Duas eram as modalidades de adoção no direito romano: a adoptio e a adrogatio. A adoptio consistia na adoção de uma pessoa capaz, por vezes um emancipado e até mesmo um pater famílias, que abandonava publicamente o culto doméstico originário para assumir o culto do adotante, tornando-se seu herdeiro. A adrogatio [...] abrangia não só o próprio adotando, mas também sua família, filho e mulher, não sendo permitida ao estrangeiro. [...] Havia interesse do Estado na adoção porque a ausência de continuador do culto doméstico poderia redundar na extinção de uma família.
Na Roma Antiga era vedada a adoção aos que já tivessem filhos naturais. A adoção chegou a ser usada pelos imperadores para designar os sucessores. Depois, perdeu o caráter de natureza pública, limitando-se a ser uma forma de “consolo” para os casais estéreis. Em ambas as modalidades de adoção, era exigida idade mínima do adotante, 60 anos e o adotante devia ter 18 anos a mais que o adotado. A mulher não podia adotar no direito mais antigo. Na fase imperial já podia fazê-lo, com autorização do imperador.
Em época mais recente do Direito Romano, com Justiniano, surgiram duas formas de adoção: adoptio plena, realizada entre parentes, e adoptio minus plena, realizada entre estranhos. Em ambos os casos, o adotado conservava os direitos sucessórios da família natural.
Silvio de Salvo Venosa (2005) explana que na Idade Média, sob novas influências religiosas e com a preponderância do Direito Canônico, a adoção caiu em desuso. Na Idade Moderna, com a legislação da Revolução Francesa, o instituto da adoção voltou a baila, tendo sido posteriormente incluído no Código de Napoleão de 1804.
Até 1851, porém, na maioria dos países ocidentais as crianças mudavam de família por meio do tradicional sistema de lares adotivos, que muitas nações modernas ainda utilizam. Crianças e adolescentes entre 7 e 21 anos podiam ser temporária e informalmente enviados para outros lares, mas permaneciam legalmente e emocionalmente ligados às famílias ­originais.
Se uma família passava por dificuldades, os filhos podiam ser deixados temporariamente em orfanatos, onde tinham maiores chances de receber cuidados, alimentação e estudos enquanto a família biológica tentava se reerguer. Isso, porém, não significa que elas podiam ser adotadas por ­alguém. Nos Estados Unidos, por exemplo, ainda em 1940 muitas crianças, notadamente as filhas de mães solteiras, viviam em abrigos e só passavam os finais de semana em casa.
Silvio Rodrigues (2004, p. 336) observa que “no direito brasileiro anterior a 1916 o instituto não vinha sistematizado, havendo, entretanto, numerosas referências à adoção, que era, assim, permitida”. Com maior ou menor amplitude, a adoção é admitida por quase todas as legislações modernas, acentuando-se o sentimento humanitário e o bem-estar do menor como preocupações atuais dominantes.
Em 1965 um novo dispositivo legal deu um grande impulso na solução de muitos problemas não previstos pela lei n.º 3.133/57. trata-se da lei n.º 4.655, de 2 de junho de 1965, aprovada após tramitação na câmara dos deputados, por 10 longos anos, do projeto de lei n.º 56, apresentado por Jaeder Albergária, em 1955, segundo chaves (1996) o brasil foi o segundo país do mundo a seguir o exemplo da França, incluindo em sua legislação, uma das mais brilhantes conquistas, a lei n.º 4.655/65, que dispõe sobre a legitimação adotiva e cujo texto é o seguinte:
Além do caráter assistencialista emprestado à adoção, fruto da origem histórica, a legislação mostrava maior preocupação com os interesses dos adotantes do que com os dos menores.
Um novo Código de Menores (Lei 6.697/1979) incorporou duas novas modalidades de adoção: a simples e a plena. A simples, voltada ao menor que se encontrava em situação irregular (“delinquente” ou “abandonado”), dependia de autorização judicial e apenas fazia uma alteração na certidão de nascimento. Na plena, rompia-se todo e qualquer vínculo com a família original (seguindo a Lei 4.655/1965). Somente casais com pelo menos cinco anos de casamento, nos quais um dos cônjuges tivesse mais de 30 anos, poderiam pedir uma adoção plena — irrevogável e destinada a menores de 7 anos.
A nova Carta Magna fixou ainda a diretriz, em vigor hoje, de supervisão do poder público nos processos de adoção, “na forma da lei”, inclusive nos casos de adotantes estrangeiros. Foi a primeira vez que prevaleceu, na legislação nacional, o interesse do menor no processo, reforçado com a entrada em vigor do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei 8.069/1990), adotando a doutrina jurídica da “proteção integral”. As novas regras procuravam simplificar o processo de adoção, modificando, entre outros critérios, a idade máxima para ser adotado (de 7 para 18 anos) ou a idade mínima para poder adotar (21 anos, e não mais 30) e abrindo a possibilidade a qualquer pessoa, casada ou não, desde que obedecidos os requisitos.
3. ADOÇÃO NO BRASIL POR CASAIS EM RELAÇÃO HOMOAFETIVA
Em agosto de 2009, foi sancionada a Lei 12.010, que reforçou a filosofia do ECA quanto à ausência de distinção legal entre os filhos de um casal, independentemente de serem eles adotivos ou biológicos. Foram criadas novas exigências para os adotantes, implantado um cadastro nacional de crianças passíveis de adoção e reforçado o papel do estado no processo.
A adoção é um assunto já bem discutido há bastante tempo, todavia, a adoção por casais homossexuais ainda é um tema bastante atual e polêmico. essa adoção considera a necessidade de casais homoafetivos possuírem uma família com filhos, visto que pelo estatuto da criança e adolescente (eca), em seu artigo restringe-se a estabelecer que “podem adotar os maiores de 21 anos, independentemente do estado civil” (brasil, 1990). porém tal norma foi revogada em 2002 pelo código civil, o qual diminuiu a idade para 18 anos.
Conforme dias (2009, p.439) a disposição legal de que os adotantes devem ser marido e mulher ou viver em união estável não exclui a possibilidade de adoção por homossexuais, pois qualquer pessoa pode adotar, e apesar de todo preconceito que cerca os homossexuais, estes permanecem com os mesmos direitos e garantias que os heterossexuais possuem.
O estatuto da criança e do adolescente não faz qualquer menção no sentido de proibir casais de pessoas de mesmo sexo adotarem, nem mesmo faz qualquer referência no seu art. 42 sobre a orientação sexual do adotante.
Assim, da mesma forma que a lei não determina a relevância da orientação sexual do adotante, considerando sempre que onde a norma não restringe, nãocabe aos intérpretes e aplicadores do direito fazê-lo, a adoção é considerada permitida.
Não existem impedimentos para a concretização desta adoção. assim, nada mais coerente que deva prevalecer o disposto no art.43 do estatuto da criança e do adolescente, o deferimento da adoção quando houver reais vantagens ao adotando, bem como se fundando em motivos legítimos, somado ao art.6º, do mesmo dispositivo legal, em que está presente o princípio da prevalência dos interesses do menor, considerando sempre os fins sociais e o bem comum.
O art. 5º da Constituição federal preleciona: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, o que deixa claro que qualquer tipo de distinção por opção sexual é inconstitucional. qualquer pessoa tem direito a paternidade ou maternidade e a não observação desse direito fere claramente o princípio constitucional da igualdade. ressalta-se novamente que não há qualquer legislação vigente impedindo que um homossexual exerça a paternidade ou a maternidade, podendo recorrer à adoção se assim preferir.
O princípio do melhor interesse da criança encontra-se duplamente previsto em nosso ordenamento, de forma genérica e específica, respectivamente no art. 1º III da Constituição Federal e no art. 6º do estatuto da criança e do adolescente. diante deste princípio, cumpre averiguar se a adoção por homossexuais preencheria essa função, ou se, ao revés, os homossexuais devem permanecer, nesse particular, excluídos do universo de titularidades que o próprio sistema tem por tarefa distribuir. no caso da adoção por homossexuais, buscar-se-á desvendar se a sua exclusão está calcada no perverso sistema de discriminação, resquício de uma compreensão moralista em relação à concepção sócio histórica da humanidade, ou no simples fato de ser essa providência a que melhora atende ao interesse da criança. (PERES, 2006).
Segundo Rostirolla (2015), há muitos casais homossexuais que formam uniões estáveis, dispostos a adotarem juridicamente um menor. Porém, há uma crença ainda conservadora de que a falta de referências comportamentais de ambos os sexos possa ocasionar danos de ordem psicológica e social, além de dificuldades na identificação sexual do adotado, havendo tendência a tornar-se um homossexual. É levantada, ainda, a questão de a possibilidade do filho adotado ser alvo de bullying, ser censurado e afastado do meio que frequenta, podendo lhe causar perturbações psíquicas ou problemas de inserção social. 
Aimbere Torres relata a dificuldade da adoção por casais homoafetivos, aduzindo:
A ideia de família concebida pelos legisladores brasileiros e aplicadores da lei sofre de um mal crônico, a forte influência do casal imaginário, do amor cortês entre um homem e uma mulher, a qual tem servido de fundamento para não se acolher a pretensão à paternidade socioafetiva quando requerida por entidades familiares homoafetivas. Imperioso se faz despertá-los deste romanesco sonho quixotesco, retirar-lhes o véu da indiferença e lhes apresentar não só uma nova realidade social brasileira, mas de toda a humanidade, qual seja, o fato de que a convivência de crianças e adolescentes em lares de casais homoafetivos é uma realidade bastante frequente. (TORRES, 2009, p.112).
Assim, aqueles que rejeitam a adoção por homossexuais devem perceber que casais homoafetivos são cada vez mais comuns, e que as relações familiares continuam se baseando no amor e no afeto, independentemente de quem forma a família, se é um casal heterossexual ou dois homossexuais a capacidade de amar e ser amado é a mesma.
 Um argumento favorável a esse tipo de adoção pode ser extraído do papel essencial atribuído ao afeto na concepção jurídica da família contemporânea. Em função disso, é relevante a importância jurídica outorgada ao afeto, uma vez que, na atualidade, as relações familiais ultrapassam a noção estritamente formal da família constituída exclusivamente pelo vínculo legal do matrimônio. Assim a doutrina e a jurisprudência passam a associar o afeto à concepção jurídica de família de modo a conferir-lhe um lugar significativo. (PERES, 2006).
A jurisprudência vem aceitando a possibilidade de adoção por casais homoafetivos. Nesse sentido o Tribunal de Justiça do RS julgou procedente a apelação de adoção de casais do mesmo sexo adotar uma criança. A saber:
"APELAÇÃO CÍVEL. ADOÇÃO. CASAL FORMADO POR DUAS PESSOAS DE MESMO SEXO. POSSIBILIDADE. Reconhecida como entidade familiar, merecedora da proteção estatal, a união formada por pessoas do mesmo sexo, com características de duração, publicidade, continuidade e intenção de constituir família, decorrência inafastável é a possibilidade de que seus componentes possam adotar. Os estudos especializados não apontam qualquer inconveniente em que crianças sejam adotadas por casais homossexuais, mais importando a qualidade do vínculo e do afeto que permeia o meio familiar em que serão inseridas e que as liga aos seus cuidadores. É hora de abandonar de vez preconceitos e atitudes hipócritas desprovidas de base científica, adotando-se uma postura de firme defesa da absoluta prioridade que constitucionalmente é assegurada aos direitos das crianças e dos adolescentes (art. 227 da Constituição Federal). Caso em que o laudo especializado comprova o saudável vínculo existente entre as crianças e as adotantes" (APELAÇÃO CÍVEL SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Nº 70013801592, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luis Felipe Brasil Santos, Julgado em 05/04/2006).
Adoção por homossexuais ainda é um assunto muito polêmico no Brasil, tendo em vista que uma análise científica é muito escassa e a presença do Judiciário pouco se faz o que permite a ausência dos preconceitos e discriminações em relação ao adotante homossexual e ao adotado.
A adoção se resume em um ato verdadeiro de amor, apto a criar entre pessoas, muitas vezes estranhas entre si, relações de paternidade e filiação iguais senão melhores às que sucedem na filiação legítima.
Por ser um tema polêmico e de muita discussão, atual e de grande importância para a continuação da evolução da nossa sociedade é que temos que quebrar este paradigma, pensando principalmente na criança, que está nesse momento necessitando de afeto e amor, e que para isso pouco importa a opção sexual dos adotantes.
Diante do princípio do melhor interesse da criança, que vigora no ordenamento jurídico brasileiro por força do art. 5º, § 2º da Constituição Federal, há que se deferir o pedido de adoção por casais homossexuais, pois esse princípio garante que a adoção está voltada, principalmente, ao bem-estar do menor, e, estando o menor inserido em uma família com laços de afeto, estará suprido de suas necessidades básicas e do carinho e atenção que não poderiam desfrutar nas instituições de abrigo.
No atual panorama jurídico, é possível se deferir o pedido de adoção singular ou conjunto feito por homossexuais, por ter a Lei Maior contemplado a família monoparental e, de forma implícita, a união livre, apresentando-se a adoção como um corolário legítimo do novo status familiar. Não obstante, mostra-se necessário que o legislador infraconstitucional regule a matéria, 55 delimitando o alcance dessa proteção constitucional, de modo a garantir a segurança jurídica que a vida em sociedade requer. Até lá, importante será o papel desenvolvido pela jurisprudência e doutrina, fornecendo contribuição para a futura legislação.
A adoção por homossexuais não é diferente daquela realizada por heterossexuais, visto que todos têm a capacidade de amar e ensinar valores a outras pessoas.
4. LEIS QUE ANUEM A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS NO BRASIL
Não existe uma lei expressa dentro do Direito que regularize o relacionamento de duas pessoas que tenham o mesmo sexo. A justiça passou a pronunciar decisões que essas uniões sejam conhecidas como sociedade de fato, usando a sumula 380 do STF. Outros juízes definirão tais uniões como entidades familiares, e na maioria das vezes não proferiam decisões de mérito, justificando que não existia nenhuma previsão legal.
Mesmo com tudo tendente aoreconhecimento dos casais homoafetivos, alguns juízes escaparam da obrigação de ir ao encontro ao Código Civil que pronuncia que apenas poderá ser considerada uma entidade familiar, aquela somente entre homem e mulher.
Em 2011 o Supremo Tribunal decidiu a Ação Direta de Inconstitucionalidade e Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental pelo Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e pela Procuradoria Geral da República.
O Supremo Tribunal Federal identificou de uma forma unânime o relacionamento estável entre pessoas que tenham o mesmo sexo, de acordo com a acepção do artigo 1.723 do Código Civil. Além do mais, os Ministros desprezaram toda e qualquer forma de preconceito relacionado às uniões homoafetivo, dado que todos têm o mesmo direito de terem a sua opção sexual, e de construírem uma família, independentemente de como ela seja, mesmo infelizmente sendo bastante rejeita hoje em dia pela maioria das pessoas na sociedade.
De acordo com o STF, o entendimento de homem e mulher deve ser entendido como gênero, pois não devem ser vistos somente apenas por seus órgãos genitais.
Não seria justo, deixar famílias constituídas por pessoas homoafetivas sem nenhuma resposta. Não se pode diferenciar de nenhum modo uma família de outra, pelo simples fato de serem consideradas diferentes.
Apesar de não haver legislação expressa que regulamente o direito de adoção por casais homoafetivos no Brasil, esta não é a realidade de diversos países do mundo, os quais já positivaram tal direito desde o século passado. Maria Berenice Dias esclarece sobre o assunto:
“A Dinamarca foi o primeiro país do mundo a reconhecer o direito dos parceiros registrados à adoção. Desde 01.07.1999, está autorizado, inclusive, um deles a adotar os filhos biológicos do outro, exceto no caso de a adoção ser de criança estrangeira. A África do Sul, Bélgica, Espanha, Canadá e Holanda admitem a adoção por casais homossexuais em âmbito nacional. No Canadá e nos EUA, a adoção é de jurisdição estadual, divergindo de uma província para a outra. Em quase 50% do Estados americanos já foram deferidas adoções individuais a homossexuais. Adoções bilaterais já são mais raras. Existe em alguns lugares o que se chama de second – parente adoption. Quando um dos genitores mantém união homoafetiva, os pais biológicos permanecem com o poder familiar, mas o parceiro do genitor que tem o filho sob sua guarda pode adotá-lo, sem que o pai biológico não – guardião perca o direito de convivência. Assim o filho passa a ter três pais. Em virtude e uma emenda à Lei de Parceria Registrada, no ano de 2000, na Islândia os parceiros registrados podem adotar a prole um do outro. Em abril de 2008, Israel reconheceu pela primeira vez a adoção de uma criança homossexual, concedendo a nacionalidade israelense ao filho.”29 (grifo nosso).[footnoteRef:1] [1: DIAS, Maria Berenice. União homoafetiva: o preconceito e a justiça. 4.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009. p. 68/69] 
Verifica-se que a mudança na legislação estrangeira, acaba atingindo indiretamente as decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça, o qual possui competência para homologação de sentença estrangeira, conforme dispõe o art. 105, I, "i" da Constituição Federal.
Verifica-se que não há legislação específica acerca da adoção por casais homoafetivos no ordenamento jurídico brasileiro. Ocorre que o Estatuto da Criança e adolescente, que disciplina o instituto da adoção, não faz menção a esta possibilidade, mas também não a veda.
Por esse motivo, surgiram dois Projetos de Lei para disciplinar o tema, quais sejam: o Projeto de Lei nº 2153/201131, que altera o § 2º do art. 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente para permitir a adoção de crianças e adolescentes por casais homoafetivos e o Projeto de Lei nº 7018/201032 que veda a adoção de crianças e adolescentes por casais do mesmo sexo. Atualmente, ambos foram apensados e estão em tramitação na Câmara dos Deputados aguardando parecer do relator na Comissão de Seguridade Social e Família.
Observa-se que o Projeto de Lei nº 7018/2010 demonstra que o Congresso Nacional não possui uma posição livre de preconceitos, refletindo a postura contra direitos igualitários aos casais homoafetivos que ainda persiste na sociedade brasileira. Destaca-se que o ano de elaboração do projeto foi 2010.33.
Além disso, há também a Proposta de Emenda à Constituição nº 110/1134 que altera o art. 7º da Constituição Federal que dispõe sobre licença-natalidade35, licença após adoção e veda discriminação de trabalhador em virtude de orientação sexual ou identidade de gênero, assegurando, assim, os direitos trabalhistas inerentes ao casal homoafetivo adotante. Atualmente tal PEC encontra-se na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aguardando designação do relator.
Cabe ressaltar parte de um acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Paraná, no qual o desembargador relator D'Artagnan Serpa Sá expõe o entendimento jurisprudencial acerca da falta de legislação específica sobre o tema:
 "Cumpre de pronto salientar que a ausência de leis não quer dizer ausência de direito. Muito pelo contrário. É em casos como o que se apresenta que se deve procurar bem senso para suprir tais lacunas. Se as uniões homoafetivas já são reconhecidas como entidade familiar, como origem em um vínculo afetivo, a merecer tutela legal, não há razão para limitar a adoção, criando obstáculos onde a lei não prevê. O Estado veda a discriminação e o preconceito por motivo de origem, raça, sexo ou idade e assegura o exercício dos direitos sociais, individuais, a liberdade, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos. Proclama, ainda, que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza"[footnoteRef:2] [2: Apelação Cível nº 529.976-1, TJPR, 12ª Câmara Cível, Des. Rel. D'Artagnan Serpa Sá, julgado em: 11/03/2009] 
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento conjunto da ADPF 132-RJ e da ADI 4277-DF realizado no ano de 2011 reconheceu a união homoafetiva como entidade familiar que possui os mesmos direitos e deveres que emanam da união estável heteroafetiva. 
O julgamento teve enorme publicidade em todo o país, pois foi divulgado por todos os meios de comunicação. Tratava-se de matéria de interesse de parte da população brasileira que anteriormente não tinha seus direitos assegurados, já que a jurisprudência não era pacífica neste sentido. 
Verifica-se que este precedente representou uma quebra de paradigmas e um importante avanço para o Direito de Família brasileiro tornando-o mais isonômico. Observa-se que tal decisão refletiu em diversos institutos jurídicos, como o da adoção.
Ocorre que para reconhecimento da união homoafetiva como entidade familiar, os Ministros do Supremo Tribunal Federal realizaram a assim denominada pela doutrina "mutação constitucional". Neste fenômeno não há mudança do texto constitucional, eis que não existe atividade legislativa. O que de fato acontece é uma nova interpretação de certo dispositivo da Constituição Federal.
A mudança legislativa de 2009 não incorporou no ordenamento jurídico pátrio a adoção realizada por casais homoafetivos. Até a presente data, o tema ainda não foi disciplinado pela legislação brasileira, todavia, há projetos de leis tramitando no Congresso Nacional a favor e contra este tipo de adoção. Ocorre que a jurisprudência nacional, avançou muito no referido tema após o julgamento conjunto da ADPF 132-RJ e ADI 4277 realizado pelo Supremo Tribunal Federal que reconheceu a união homoafetiva como entidade familiar.
Desta forma, foi consolidado no Brasil o novo modelo de família que a doutrina e os fatos sociais já apontavam há alguns anos. 
Torna-se importante ressaltar que o direito não pode enraizar um preconceito descabido, deixando de acolher as mudanças na sociedade, que neste caso são baseadas em um único sentimento: o amor. 
Insta salientar que outros ordenamentos jurídicos já positivaram o tema, baseados nos princípios da afetividadee do melhor interesse do menor. Tais princípios são sempre apontados pela jurisprudência como basilares no direito de família, principalmente no que concerne o instituto da adoção.
Várias são as discussões que faz com que várias pessoas passem observar de uma nova maneira sobre o assunto. De modo que todos são iguais diante da lei, sem discriminação de qualquer natureza, onde estabelece igualdade de deveres e direitos entre pares heteroafetivos e homoafetivos.
 É necessário estar ciente de que casais homoafetivos são pessoas normais como qualquer outra e têm direito e dever de constituir uma família de casais heterossexuais, deste modo que passou a exigir a existência da regulamentação em lei se faz excepcionalmente necessária.
De nenhuma maneira pode ser injusto com vários magistrados que entendem esse direito, e que mesmo com a falta de lei que possibilite a adoção de casais heterossexuais, têm feito uma grande e verdadeira história com fundamento no caso estudado. Precisamos de leis que assegurem e facilitem mais a adoção para estas pessoas, pois desta forma são muitas as crianças que podem ter o sonho realizado de ter uma família que os acolha, ame e respeite.
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REFERÊNCIAS
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