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Vidas Secas analise

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Acadêmica: Elis Rodrigues Costa 
 Disciplina: Literaturas de Língua Portuguesa I
Tutor:
Unidade 2 – Vidas secas: viagem sem fim?
Atividade 3 - Tarefa: Vidas secas 
Selecione dois trechos de Vidas secas (indicando o capítulo e transcrevendo a passagem) em que ocorra o “discurso indireto livre” evidenciando/argumentando sua existência e construção no romance.   
 	 Na obra de Graciliano Ramos: Vidas Secas, o autor descreve não somente a vida sofrida do povo nordestino ao enfrentar a seca, mas também que a seca causada pela inclemência da natureza, o que oprimiria Fabiano e sua família seriam as relações de dominação estabelecidas pelos próprios homens.
Por isso não se trata de um romance típico sobre a seca, mas sobre vidas secas. Vidas apresentadas em toda sua complexidade enquanto partes de um processo sistemático de exploração, humilhação e alienação.
 O personagem principal, Fabiano leva sua família, a fugir da seca, sua mulher sinhá Vitória, e seus dois filhos os quais o autor não os nomeia, apenas como filham mais velho e filho mais novo, e a cadela baleia. No entanto o animal tem nome, e recebe uma grande importância na história.
 Ao longo do caminho, encontram uma fazenda abandonada, a mesma Fabiano irá abrigar sua família. Tornando-se depois empregado do dono da fazenda.
 Um pouco de chuva, irá renovar a esperança, onde percebemos neste trecho, do discurso direto livre presente no livro:
“_ Você é um bicho Fabiano.
 Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.
 Chegara naquela situação medonha _ e ali estava forte, até gordo, fumando o seu cigarro de palha.” (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas p.19)
 	Mas, a sorte dos nossos personagens não durou muito tempo. Muita coisa ruim veio a acontecer até mesmo na cadeia Fabiano ficará preso, injustamente, e acaba de joelhos diante de figuras que representam o Estado.
 A seca novamente volta e com muita força, pegando fogo o sertão, o dono da fazenda, patrão de Fabiano, leva embora todos os animais, e a fome novamente bate na porta de Fabiano e sinhá Vitória.
- O mundo é grande. 
Realmente para eles era bem pequeno, mas afirmavam que era grande – e marchavam meio confiados, meio inquietos. Olharam os meninos, que olhavam aos montes distantes, onde havia seres misteriosos. Em que estariam pensando?Zumbiu sinhá Vitoria. Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma objeção. Menino é bicho miúdo, não pensa. Mas sinhá Vitoria renovou a pergunta- e a certeza do marido abalou-se. Ela devia ter razão. Tinha sempre razão. Agora desejava saber que iriam fazer os filhos quando crescessem.
– Vaquejar, opinou Fabiano. (RAMOS, Graciliano, Vidas Secas, p.123)
 E então, saem fugidos da fazenda, do patrão, fugindo da seca, da fome e do sertão. Porém a preocupação com a educação e o futuro dos filhos, representa a esperança por dias melhores.
 Referencia bibliográfica:
 RAMOS, Graciliano. Vidas Secas- 121ª. ed. Rio de Janeiro: Record, 2013. Disponível no site:
 file:///C:/Users/vo/Downloads/VIDAS%20SECAS%20-%20GRACILIANO%20RAMOS%20(6).pdf Acesso realizado dia 06/09/2021

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