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DISCIPLINA DE DERMATOLOGIA FACULDADE DE MEDICINA - UNIRG ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Dra. Carla Angélica Turine von Glehn Especialista em Dermatologia Funções da pele •15% do peso corporal •Isolar os componentes orgânicos. • Reconhecimento imunológico •Barreira Mecânica •Proteção contra radiação UV •Elasticidade •Resistência ao atrito •Síntese de vitamina D •Regulação da temperatura •Função sensorial •Comunicação “ A principal função da pele é manter um ambiente interno que permita ao organismo proteger o DNA e reproduzi-lo fidedignamente”. No adulto representa aproximadamente 16% do seu peso. Sua complexidade está associada aos vários tipos de tecidos presentes (epitelial, conectivo, nervoso, muscular e vascular). Há importante variação regional da sua espessura e da quantidade de anexos cutâneos, por exemplo, nas regiões palmoplantares é mais espessa e na face temos grande número de glândulas sebáceas. Podemos dividi-la em três camadas básicas que são a epiderme (mais superficial), a derme e a hipoderme (subcutâneo). ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE EMBRIOLOGIA Embriologia Todos os constituintes da pele humana são derivados da ectoderme e da mesoderme. A ectoderme superficial origina as estruturas epiteliais, que compreendem a epiderme, folículos pilosos e glândulas sebáceas, unidades écrinas, apócrinas e ungueais. A neuroectoderme por sua vez é responsável pelo aparecimento dos melanócitos, nervos e receptores sensoriais especializados da pele. Outros elementos como células de Langerhans, macrófagos, fibroblastos, vasos sangüíneos e linfáticos, músculos e adipócitos desenvolvem-se a partir da mesoderma. EPIDERME A epiderme é um epitélio estratificado (mais de uma camada de células), pavimentoso (células achatadas), queratinizado e avascular. A maioria das células (90%) são queratinócitos que durante seu processo de diferenciação formam células anucleadas e ricas em queratina na superfície da pele. Os 10% restantes são constituídos por melanócitos, células de Langerhans e de Merkel. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE http://www.afh.bio.br/sentidos/img/sentidos pele.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - EPIDERME camada basal (camada simples) espinhosa (5-15 camadas) granulosa (1-3 camadas) córnea (5-10 camadas). Em algumas áreas do corpo (região palmoplantar) há uma camada adicional, o estrato lúcido, que se localiza entre a camada granulosa e a córnea. A epiderme também contém a parte superficial das glândulas sudoríparas (acrossiringio) e a dos folículos pilosos (acrotriquio). Os queratinócitos são arranjados em camadas contínuas e assim distribuídos da derme para superfície: Queratinócitos A morfologia dos queratinócitos varia conforme a camada que se localizam. Na camada basal são colunares e cuboidais e apresentam grandes núcleos e citoplasmas basofílicos. Estão alinhados perpendicularmente na membrana basal e ancorados por estruturas especiais como os hemidesmossomos. Em circunstâncias normais o tempo de renovação epidérmica (queratinócitos) é de aproximadamente quatro semanas e as células da camada basal (células tronco) são as responsáveis pela regeneração da epiderme através da divisão mitótica. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME Os queratinócitos da camada espinhosa ou de malpighi são poligonais, de núcleos centrais, citoplasmas eosinofílicos com expansões que contém filamentos de queratina (tonofilamentos). Ocasionalmente também podem ocorrer mitoses na camada espinhosa, pois há ocasionais células mães. Na camada granulosa os queratinócitos apresentam-se achatados, com núcleo central e cheios de grânulos basófilos (queratohialinos). A espessura da camada granular em condições normais é proporcional à camada córnea. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME Finalmente, há uma camada de células de orientação horizontal com citoplasmas repletos de queratina, que formam o estrato córneo. Todas as camadas da epiderme mostram variações, mas o estrato córneo, em particular, pode variar de fino (locais de flexão) até espesso (palmas e plantas), onde inclusive observamos a camada lúcida que é constituída de uma delgada lâmina de células eosinofílicas e translúcidas. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE – EPIDERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - EPIDERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - EPIDERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - EPIDERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - EPIDERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE E:/sc/img0075.jpg E:/mm/img0014.jpg Melanócitos São responsáveis pela síntese de melanina o principal pigmento da pele. Correspondem a cerca de 5% das células epidérmicas, localizam- se na camada basal e seus prolongamentos dendríticos transferem melanina para cerca de 36 queratinócitos. Há variação étnica da pigmentação que se deve a atividade do melanócito e não ao aumento do número destas células. Nas colorações de rotina (hematoxilina-eosina) os melanócitos aparecem na camada basal com núcleos basofílicos e citoplasmas claros. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME O melanócito e a unidade melânica ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME • O melanócito e a unidade melânica ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - EPIDERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE E:/pd/img0048.jpg E:/pd/img0028.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE –EPIDERME - MELANÓCITOS E:/mm/img0014.jpg Células de Langerhans São células móveis e dendríticas responsáveis pela imunovigilância cutânea. Têm a função de captar, processar e apresentar os antígenos aos linfócitos T. Representam 3-6% de todas as células epidérmicas. Contém um marcador citoplasmático específico, os grânulos de Birbeck, que se originam do processo de endocitose. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A célula de Langerhans A CÉLULA DE LANGERHANS ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Dermatite de contato alérgica E:/cd/img0006.jpg E:/cd/img0007.jpg VERRUGAS VULGARES E PERIUNGUEAIS Falha na imunidade E:/vi/img0034.jpg E:/vi/img0042.jpg Células de Merkel Localizam-se na camada basal e unem-se aos queratinócitos por meio dos desmossomos. São mais freqüentes nos lábios e na pele das mãos e dos dedos. Parecem ser receptores táteis, pois estão freqüentemente em contato com axônios sensoriais da derme através das suas junções de sinapse. Podem ser facilmente reconhecidos na microscopia eletrônica pela presença de grânulos citoplasmáticos neurossecretores. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A Célula de merkel DERME É o tecido conjuntivo onde se apóia a epiderme e une a pele ao tecido celular subcutâneao ou hipoderme. A derme apresenta espessura variável de acordo com a região observada. Sua superfície é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas, que acompanham as reentrâncias correspondes da epiderme. As papilas aumentam a área de contato da derme com a epiderme, reforçando a união entre essas duas camadas. As papilas são mais freqüentes nas zonas sujeitas a pressões e atritos. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - DERME ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE DERME A derme é constituída por duas camadas, de limites poucos distintos: a papilar (superficial), e a reticular (mais profunda). A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas. Nesta camada foram descritas fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado da membrana basal e pelo outro penetram profundamente na derme. Essas fibrilas contribuem para prender a derme à epiderme. A camada reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -DERME As duas camadas possuem fibras elásticas que dão elasticidade a pele. A grande maioria da fibras dérmicas são de colágenos, principalmente os tipos I e III,responsáveis pelo mecanismo de resistência da pele. As fibras elásticas são responsáveis pela propriedade retrátil da pele, pode ser visualizadas pela coloração especial (orceina). Na papila dérmica elas são finas e na derme reticular ficam mais espessas. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também, são encontrados na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudorípras. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - DERME As células da Derme Os fibroblastos são as células fundamentais da derme que sintetizam colágeno e fibras elásticas, além do substrato de substância fundamental amorfa. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - DERME HIPODERME É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme. É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apóia. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE HIPODERME Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme poderá ter uma camada variável de tecido adiposo que quando desenvolvida constitui o panículo adiposo. A panículo adiposo modela o corpo. É uma reserva de energia e proporciona proteção contra o frio. Elementos de adesão intercelulares São três os elementos principais que permitem a adesão de uma célula a outra: Citoqueratinas, Tonofibrilas e os Desmossomos. As Citoqueratinas são proteinas sintetizadas pelos queratinócitos que vão se acumulando gradualmente no interior das células até a camada córnea. São essenciais na formação do citoesqueleto e dos desmossomos. A medida que o queratinócito se desenvolve outros tipos de citoqueratinas passam a ser formadas, por exemplo, na camada granulosa as citoqueratinas 1, 10, 6 e 16 e na camada espinhosa as citoqueratinas 5, 14 e 6b. O Desmossomo ou mácula de adesão é uma estrutura complexa intracelular em forma de disco que é sobreposta a uma estrutura idêntica na célula adjacente. Proporcionam coesão intercelular por meio de atração eletrostática. A placa do desmossomo é constituída por várias cadeias protéicas (desmoplaquina e placoglobina) na qual estão inseridos os tonofilamentos e as ligações da transmembrana formados por desmogleínas. Na microscopia eletrônica podemos observar as tonofilbrilas que são filamentos intermediários de queratina que se ligam as placas de desmossomos (attachment plates) aumentando a adesão celular. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Elementos de adesão intercelulares Elementos de adesão dermoepidermicos ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Elementos de adesão dermoepidermicos Zona de Membrana Basal ou Junção dermo- epidérmica A região onde a epiderme e a derme se encontram contém inúmeras proteínas e está em constante estudo. A zona da membrana Basal engloba desde a membrana inferior do queratinócito basal até a derme superficial. Apresentam 3 regiões distintas: lâmina lúcida, lâmina densa e sublâmina densa. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Elementos de adesão intercelulares Elementos de adesão dermoepidermicos ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE E:/dbl/img0022.jpg E:/dbl/img0015.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ESTRUTURAS ANEXAS DA PELE FOLÍCULO PILOSO GLANDULA SEBÁCEA E MUSCULO ERETOR DO PELO GLANDULAS SUDORÍPARAS UNHAS ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Glândulas Sudoríparas Écrinas Encontram-se dispersas por toda a pele, existindo em maior quantidade nas palmas das mãos, planta dos pés e axilas. São glândulas tubulares que desembocam na superfície através da epiderme e compõem-se de três segmentos: porção secretora, conduto sudoríparo-intradérmico e conduto sudoríparo-intra- epidérmico. A porção secretora localiza-se na junção dermo- hipodérmica ou na porção inferior da derme. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE O orifício da glândula sudorípara, poro ou acrosiríngio, apresenta-se rodeado por uma anel de queratina. A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 99% de água e solutos encontrados no plasma, porém, em concentrações menores, especialmente sódio, cloretos, potássio, uréia, proteínas, lípides, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições adversas de temperatura, a sudorese pode atingir a produção de 10 a 12 litros em 24 horas. As glândulas écrinas são inervadas por fibras simpáticas pós-ganglionares não- mielinizadas. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Glândulas sudoríparas apócrinas Pela sua própria embriogênese, a partir da invaginação formadora do folículo piloso, as glândulas apócrinas desembocam, em geral, nos folículos pilossebaceos, e não diretamente na superfície epidérmica. As glândulas apocrinas distribuem-se em axila, área perimamilar e região anogenital e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo externo, constituindo as glândulas ceruminosas; nas pálpebras, constituindo as glândulas de Moll e, na mama, formando as glândulas mamárias. As glândulas apócrinas são tubulares e são compostas de uma porção secretora e uma porção dutal. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE As glândulas apócrinas secretam pequenas quantidades de secreção de aspecto leitoso, a intervalos longos de tempo. A secreção apocrina contem proteínas, açúcares, amônia, ácidos graxos e, às vezes, cromógenos, como o indozil, podendo-se explicar, deste modo, certos casos de cromoidrose. Admite-se que o odor produzido pela secreção apócrina decorre da ação de bactérias, próprias das regiões topográficas povoadas pelas glândulas sebáceas, sobre as secreções, resultando produtos secundários odoríferos. O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no homem é desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual vestigial, desde que surge apenas na puberdade. Os estímulos adrenérgicos, adrenalina e noradrenalina, produzem secreção apócrina mas, alguns estímulos parassimpatomiméticos, como a metacolina, também a promovem. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE E:/axi/img0004.jpg E:/axi/img0014.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Pêlos Os pêlos são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos: o pelo fetal ou lanugo, que é a pilosidade fina e clara, idêntica aos pelos pouco desenvolvidos do adulto e denominado velus, e o pelo terminal, que corresponde ao pelo espesso e pigmentado, que compreende os cabelos, a barba, a pilosidade pubiana e axilar. Os pelos compõem-se de uma parte livre, a haste, e uma porção intradérmica, a raiz. Anexam-se ao folículo piloso: a glândula sebácea, superiormente; o músculo eretor do pelo, inferiormente; e, em certas regiões corpóreas, o duto excretor de uma glândula apócrina que desemboca no folículo, acima da glândula sebácea. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE O folículo piloso compreende as seguintes porções: o infundíbulo, situado entre o óstio e o ponto de inserção da glândula sebácea; o acrotríquio, que é a porção intra-epidérmica do folículo; o istmo, entre a abertura da glândula sebácea no folículo e o ponto de inserção do músculo eretor do pêlo; e o segmento inferior, que é a porção restante, situada abaixo do músculo eretor. Nesta porção mais inferior do folículo piloso, encontra-se uma expansão, o bulbo piloso, que contém a matriz do pêlo, onde se introduz a papila, uma pequena estrutura conjuntiva, ricamente vascularizada e inervada. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A haste do pêlo propriamente dita é composta pela cutícula externa, córtex e medula. O componente principal do pêlo é a queratina e participam de sua estrutura cerca de vinte aminoácidos, sendo particularmente importantes a cisteina, a arginina e a citrulina, encontrada exclusivamente nos pêlos humanos. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Os pêlos são estruturas muito resistentes, suportando tensões da ordem de 40 a 160g. são ainda flexíveis e elásticos, alongando-se 20 a 30% quando secos e até 100% quando embebidos em água. Os pêlos não crescem continuamente, havendo alternâncias de fasesde crescimento e repouso, que constituem o ciclo do pêlo: fase anágena, catágena e telógena. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A fase de crescimento, denominada anágena, caracteriza-se por intensa atividade mitótica da matriz. Nesta fase, o pêlo se apresenta na máxima expressão estrutural. Sua duração é de 2 a 5 anos, no couro cabeludo. Segue-se a fase catágena, durante a qual os folículos regridem a 1/3 de suas dimensões anteriores. Interrompe-se a melanogênese na matriz e a proliferação celular diminui até cessar. A extremidade do pêlo assume a forma de clava, constituindo o “pêlo em clava”, ainda aderido por retalhos de queratina ao saco folicular. A fase CATÁGENA dura cerca de 3 semanas ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Segue-se a fase telógena, de desprendimento do pêlo, que, no couro cabeludo, tem cerca de 3 meses de duração. Os folículos mostram-se completamente quiescentes, estão reduzidos à metade ou menos do tamanho normal e há uma desvinculação completa entre a papila dérmica e o pêlo em eliminação. Esta fase dura 3 a 4 meses. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os cabelos, nas suas várias fases, são encontradas: 85% na fase anágena, 14% na fase telógena e 1% na fase catágena. Estes percentuais compõem o tricograma normal do couro cabeludo. Admitindo-se 100 a 150 mil folículos no couro cabeludo, e, considerando-se que cerca de 10% estão em fase de repouso, por aproximadamente 100 dias, alguns autores consideram normal a eliminação média de até 100 cabelos por dia. Quanto ao crescimento, as médias são de 0,4 mm por dia na região do vértex e 0,35 mm por dia nas têmporas, sendo que os cabelos das mulheres crescem mais rapidamente. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Unidade pilossebácea e ciclo evolutivo do pêlo ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE E:/im/img0014.jpg E:/im/img0021.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Glândulas Sebáceas Estão presentes em toda a pele, à exceção das regiões palmares e plantares. Desembocam sempre no folículo pilossebáceo, com ou sem pêlo. O tamanho das glândulas sebáceas é, em geral, inversamente proporcional às dimensões do pêlo presente no folículo correspondente. Assim, as maiores glândulas sebáceas são encontradas nas regiões onde o sistema piloso é menos desenvolvido, como, por exemplo, fronte e nariz. Excepcionalmente, as glândulas sebáceas localizam-se heterotopicamente na mucosa bucal e lábio, constituindo os chamados grânulos de Fordyce. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A secreção das glândulas sebáceas é do tipo holócrino e o produto de sua atividade é o sebum. As glândulas sebáceas são ativadas pelos andrógenos, sendo independentes de estimulação nervosa. Por esse motivo, são moderadamente desenvolvidas no recém-nascido, por ação dos andrógenos maternos, passivamente transferidos. Esgotados os andrógenos adquiridos passivamente, as glândulas sebáceas entram em acentuada regressão, somente se desenvolvendo novamente na puberdade, por ação dos andrógenos de origem testicular, ovariana e supra-renal. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A glândula sebácea: E:/ac/img0004.jpg E:/ac/img0007.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Unhas São lâminas queratinizadas que recobrem a última falange dos dedos. Uma unha tem quatro partes: a posterior ou RAIZ, que está em uma dobra da pele; a LÂMINA, que está aderente ao leito ungueal na sua porção inferior; as DOBRAS LATERAIS e a BORDA LIVRE. A raiz ou matriz ungueal é uma semilunar de células epiteliais proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada córnea que recobre a porção proximal da unha, a cutícula e, abaixo desta, o eponíquio, que adere à lâmina ungueal. Estas estruturas são importantes porque podem ser destacadas das unhas por processos inflamatórios. Há uma rica rede vascular, dependente de duas artérias digitais, para a nutrição da matriz ungueal. Anatomia da unha ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm e o crescimento é de cerca de 0,1 mm por dia, nas unhas dos pododáctilos, sendo mais lento nas unhas dos pododáctilos. Estudos atuais demonstram que a lâmina ungueal é formada, fundamentalmente, pela matriz ungueal, mas há participação secundária do leito ungueal na sua formação. O crescimento ungueal sofre variações individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e fatores locais. Deformidades nas unhas podem, assim, representar alterações da matriz ungueal que ocorreram até 3 meses antes. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE E:/na/img0009.jpg E:/na/img0050.jpg E:/na/img0012.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Receptores sensoriais da pele Uma vez que toda a superfície cutânea é provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos, a pele também é o maior órgão sensorial que possuímos, sendo suficientemente sensível para discriminar um ponto em relevo com apenas 0,006 mm de altura e 0,04 mm de largura quando tateado com a ponta do dedo. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são especializados na recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza distinta. Cada receptor tem um axônio e, com exceção das terminações nervosas livres, todos eles estão associados a tecidos não-neurais. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE Terminações NervosasLivres Corpusculos de Meissner Bulbo Terminal de Krause Corpusculos de Paccini Corpusculos de Ruffini http://www.afh.bio.br/sentidos/img/sentidos pele tipo de receptores.jpg ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE Nas regiões da pele providas de pêlo, existem terminações nervosas específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini. As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as forças mecânicas aplicadas contra o pêlo. Os terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores térmicos de calor. Na pele desprovida de pêlo e também na que está coberta por ele, encontram-se ainda três tipos de receptores comuns: 1) Corpúsculos de Paccini: captam especialmente estímulos vibráteis e táteis.São formados por uma fibra nervosa cuja porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a diversas células de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão, que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos correspondentes. 2) Corpúsculos de Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele sem pêlos (como nas partes mais altas das impressões digitais). São formados por um axônio mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com células acessórias. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Receptores sensoriais da pele ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE 3) Discos de Merkel: de sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeam o estímulo. 4) Terminações nervosas livres: sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana basal. Na pele sem pêlo encontram-se, ainda, outros receptores específicos: 5) Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São formados por uma fibra nervosa cuja terminação possui forma de clava.Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas (por exemplo: ao redor dos lábios e dos genitais). ANATOMIA EFISIOLOGIA DA PELE Receptores sensoriais da pele ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA Receptores de Krause Frio Receptores de Ruffini Calor Discos de Merkel Tato e pressão Receptores de Vater-Pacini Pressão Receptores de Meissner Tato Terminações nervosas livres Principalmente dor ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE Receptores sensoriais da pele ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE DIVISÃO POR DERMÁTOMOS FIM
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