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2- Anatomia e fisiologia da pele

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DISCIPLINA DE DERMATOLOGIA
FACULDADE DE MEDICINA - UNIRG
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA 
PELE
Dra. Carla Angélica Turine von Glehn
Especialista em Dermatologia 
Funções da pele
•15% do peso corporal
•Isolar os componentes orgânicos.
• Reconhecimento imunológico
•Barreira Mecânica
•Proteção contra radiação UV
•Elasticidade
•Resistência ao atrito
•Síntese de vitamina D
•Regulação da temperatura
•Função sensorial
•Comunicação
“ A principal função da pele é manter um ambiente 
interno que permita ao organismo proteger o DNA e 
reproduzi-lo fidedignamente”.
No adulto representa aproximadamente 16% do seu
peso. Sua complexidade está associada aos vários tipos de
tecidos presentes (epitelial, conectivo, nervoso, muscular
e vascular).
 Há importante variação regional da sua espessura e da
quantidade de anexos cutâneos, por exemplo, nas regiões
palmoplantares é mais espessa e na face temos grande
número de glândulas sebáceas.
Podemos dividi-la em três camadas básicas que são a
epiderme (mais superficial), a derme e a hipoderme
(subcutâneo).
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
EMBRIOLOGIA
Embriologia
Todos os constituintes da pele humana são derivados da ectoderme e da
mesoderme.
A ectoderme superficial origina as estruturas epiteliais, que compreendem
a epiderme, folículos pilosos e glândulas sebáceas, unidades écrinas,
apócrinas e ungueais.
A neuroectoderme por sua vez é responsável pelo aparecimento dos
melanócitos, nervos e receptores sensoriais especializados da pele.
Outros elementos como células de Langerhans, macrófagos, fibroblastos,
vasos sangüíneos e linfáticos, músculos e adipócitos desenvolvem-se a
partir da mesoderma.
EPIDERME
 A epiderme é um epitélio estratificado (mais de uma camada de
células), pavimentoso (células achatadas), queratinizado e avascular.
A maioria das células 
(90%) são 
queratinócitos que 
durante seu processo de 
diferenciação formam 
células anucleadas e 
ricas em queratina na 
superfície da pele. 
Os 10% restantes são 
constituídos por 
melanócitos, células de 
Langerhans e de 
Merkel. 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
http://www.afh.bio.br/sentidos/img/sentidos pele.jpg
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - EPIDERME
camada basal (camada simples)
espinhosa (5-15 camadas)
granulosa (1-3 camadas)
córnea (5-10 camadas). 
Em algumas áreas do corpo 
(região palmoplantar) há uma 
camada adicional, o estrato 
lúcido, que se localiza entre a 
camada granulosa e a córnea. 
A epiderme também contém a 
parte superficial das glândulas 
sudoríparas (acrossiringio) e a 
dos folículos pilosos 
(acrotriquio).
Os queratinócitos são arranjados em camadas contínuas e assim distribuídos da 
derme para superfície: 
Queratinócitos
 A morfologia dos queratinócitos 
varia conforme a camada que se 
localizam.
Na camada basal são colunares e 
cuboidais e apresentam grandes núcleos 
e citoplasmas basofílicos. Estão 
alinhados perpendicularmente na 
membrana basal e ancorados por 
estruturas especiais como os 
hemidesmossomos. 
Em circunstâncias normais o tempo de 
renovação epidérmica (queratinócitos) é 
de aproximadamente quatro semanas e 
as células da camada basal (células 
tronco) são as responsáveis pela 
regeneração da epiderme através da 
divisão mitótica.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME
 Os queratinócitos da camada 
espinhosa ou de malpighi são 
poligonais, de núcleos centrais, 
citoplasmas eosinofílicos com 
expansões que contém filamentos de 
queratina (tonofilamentos). 
Ocasionalmente também podem 
ocorrer mitoses na camada espinhosa, 
pois há ocasionais células mães.
Na camada granulosa os 
queratinócitos apresentam-se 
achatados, com núcleo central e cheios 
de grânulos basófilos (queratohialinos). 
A espessura da camada granular em 
condições normais é proporcional à 
camada córnea.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME
Finalmente, há uma camada de 
células de orientação horizontal com 
citoplasmas repletos de queratina, 
que formam o estrato córneo. 
Todas as camadas da epiderme 
mostram variações, mas o estrato 
córneo, em particular, pode variar de 
fino (locais de flexão) até espesso 
(palmas e plantas), onde inclusive 
observamos a camada lúcida que é 
constituída de uma delgada lâmina 
de células eosinofílicas e 
translúcidas.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE –
EPIDERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -
EPIDERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -
EPIDERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -
EPIDERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -
EPIDERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
E:/sc/img0075.jpg
E:/mm/img0014.jpg
Melanócitos
São responsáveis pela síntese de melanina o principal pigmento da
pele. Correspondem a cerca de 5% das células epidérmicas, localizam-
se na camada basal e seus prolongamentos dendríticos transferem
melanina para cerca de 36 queratinócitos.
Há variação étnica da pigmentação que se deve a atividade do
melanócito e não ao aumento do número destas células.
Nas colorações de rotina (hematoxilina-eosina) os melanócitos
aparecem na camada basal com núcleos basofílicos e citoplasmas
claros.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME
O melanócito e a unidade melânica
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -EPIDERME
• O melanócito e a unidade melânica
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -
EPIDERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
E:/pd/img0048.jpg
E:/pd/img0028.jpg
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE –EPIDERME -
MELANÓCITOS
E:/mm/img0014.jpg
Células de Langerhans
São células móveis e dendríticas
responsáveis pela imunovigilância
cutânea. Têm a função de captar,
processar e apresentar os antígenos aos
linfócitos T. Representam 3-6% de todas
as células epidérmicas.
Contém um marcador citoplasmático
específico, os grânulos de Birbeck, que se
originam do processo de endocitose.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
A célula de Langerhans
A CÉLULA DE LANGERHANS
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Dermatite de contato alérgica
E:/cd/img0006.jpg
E:/cd/img0007.jpg
VERRUGAS VULGARES E PERIUNGUEAIS
Falha na imunidade
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E:/vi/img0042.jpg
Células de Merkel
Localizam-se na camada basal e unem-se 
aos queratinócitos por meio dos 
desmossomos.
São mais freqüentes nos lábios e na pele 
das mãos e dos dedos.
Parecem ser receptores táteis, pois estão 
freqüentemente em contato com axônios 
sensoriais da derme através das suas 
junções de sinapse.
Podem ser facilmente reconhecidos na 
microscopia eletrônica pela presença de 
grânulos citoplasmáticos neurossecretores.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
A Célula de merkel
DERME
É o tecido conjuntivo onde se apóia a 
epiderme e une a pele ao tecido celular 
subcutâneao ou hipoderme.
 A derme apresenta espessura variável de 
acordo com a região observada. Sua superfície 
é irregular, observando-se saliências, as papilas 
dérmicas, que acompanham as reentrâncias 
correspondes da epiderme. 
As papilas aumentam a área de contato da 
derme com a epiderme, reforçando a união 
entre essas duas camadas.
As papilas são mais freqüentes nas zonas 
sujeitas a pressões e atritos.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -
DERME
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
DERME
 A derme é constituída por duas 
camadas, de limites poucos distintos: a 
papilar (superficial), e a reticular (mais 
profunda).
 A camada papilar é delgada, 
constituída por tecido conjuntivo frouxo 
que forma as papilas dérmicas.
Nesta camada foram descritas fibrilas 
especiais de colágeno, que se inserem 
por um lado da membrana basal e pelo 
outro penetram profundamente na 
derme. Essas fibrilas contribuem para 
prender a derme à epiderme.
 A camada reticular é mais espessa, 
constituída por tecido conjuntivo 
denso. 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE -DERME
As duas camadas possuem fibras
elásticas que dão elasticidade a pele.
 A grande maioria da fibras
dérmicas são de colágenos,
principalmente os tipos I e III,responsáveis pelo mecanismo de
resistência da pele.
 As fibras elásticas são responsáveis
pela propriedade retrátil da pele, pode
ser visualizadas pela coloração
especial (orceina). Na papila dérmica
elas são finas e na derme reticular
ficam mais espessas.
 Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também, são 
encontrados na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: 
folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudorípras.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - DERME
As células da Derme
 Os fibroblastos são as células 
fundamentais da derme que 
sintetizam colágeno e fibras 
elásticas, além do substrato de 
substância fundamental amorfa. 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE - DERME
HIPODERME
É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme 
a derme.
É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas 
quais se apóia.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
HIPODERME
Dependendo da região e do
grau de nutrição do organismo,
a hipoderme poderá ter uma
camada variável de tecido
adiposo que quando
desenvolvida constitui o
panículo adiposo.
A panículo adiposo modela o
corpo. É uma reserva de
energia e proporciona proteção
contra o frio.
Elementos de adesão intercelulares
São três os elementos principais que permitem a adesão de uma célula a
outra: Citoqueratinas, Tonofibrilas e os Desmossomos.
As Citoqueratinas são proteinas sintetizadas pelos queratinócitos que vão
se acumulando gradualmente no interior das células até a camada córnea. São
essenciais na formação do citoesqueleto e dos desmossomos. A medida que o
queratinócito se desenvolve outros tipos de citoqueratinas passam a ser
formadas, por exemplo, na camada granulosa as citoqueratinas 1, 10, 6 e 16 e
na camada espinhosa as citoqueratinas 5, 14 e 6b.
O Desmossomo ou mácula de adesão é uma estrutura complexa intracelular
em forma de disco que é sobreposta a uma estrutura idêntica na célula
adjacente. Proporcionam coesão intercelular por meio de atração
eletrostática. A placa do desmossomo é constituída por várias cadeias
protéicas (desmoplaquina e placoglobina) na qual estão inseridos os
tonofilamentos e as ligações da transmembrana formados por desmogleínas.
Na microscopia eletrônica podemos observar as tonofilbrilas que são
filamentos intermediários de queratina que se ligam as placas de
desmossomos (attachment plates) aumentando a adesão celular.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
Elementos de adesão intercelulares
Elementos de adesão dermoepidermicos
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
Elementos de adesão dermoepidermicos
Zona de Membrana Basal ou Junção dermo-
epidérmica 
A região onde a epiderme e a derme se encontram contém inúmeras 
proteínas e está em constante estudo. A zona da membrana Basal 
engloba desde a membrana inferior do queratinócito basal até a derme 
superficial. Apresentam 3 regiões distintas: lâmina lúcida, lâmina 
densa e sublâmina densa.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE 
Elementos de adesão intercelulares
Elementos de adesão dermoepidermicos
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
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E:/dbl/img0015.jpg
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
ESTRUTURAS ANEXAS DA PELE
FOLÍCULO PILOSO
GLANDULA SEBÁCEA E MUSCULO ERETOR DO PELO
GLANDULAS SUDORÍPARAS
UNHAS
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Glândulas Sudoríparas Écrinas
Encontram-se dispersas por toda a 
pele, existindo em maior quantidade 
nas palmas das mãos, planta dos pés 
e axilas. 
São glândulas tubulares que 
desembocam na superfície através 
da epiderme e compõem-se de três 
segmentos: porção secretora, 
conduto sudoríparo-intradérmico e 
conduto sudoríparo-intra-
epidérmico. A porção secretora 
localiza-se na junção dermo-
hipodérmica ou na porção inferior 
da derme.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
O orifício da glândula sudorípara, poro 
ou acrosiríngio, apresenta-se rodeado por 
uma anel de queratina.
A secreção sudoral écrina é incolor, 
inodora, hipotônica, composta de 99% de 
água e solutos encontrados no plasma, 
porém, em concentrações menores, 
especialmente sódio, cloretos, potássio, 
uréia, proteínas, lípides, aminoácidos, 
cálcio, fósforo e ferro. 
Em condições adversas de temperatura, a 
sudorese pode atingir a produção de 10 a 
12 litros em 24 horas.
As glândulas écrinas são inervadas por 
fibras simpáticas pós-ganglionares não-
mielinizadas.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Glândulas sudoríparas apócrinas
Pela sua própria embriogênese, a 
partir da invaginação formadora do 
folículo piloso, as glândulas apócrinas 
desembocam, em geral, nos folículos 
pilossebaceos, e não diretamente na 
superfície epidérmica. 
As glândulas apocrinas distribuem-se 
em axila, área perimamilar e região 
anogenital e, ainda, modificadamente, 
no conduto auditivo externo, 
constituindo as glândulas ceruminosas; 
nas pálpebras, constituindo as glândulas 
de Moll e, na mama, formando as 
glândulas mamárias.
As glândulas apócrinas são tubulares 
e são compostas de uma porção 
secretora e uma porção dutal. 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
As glândulas apócrinas secretam pequenas quantidades de secreção 
de aspecto leitoso, a intervalos longos de tempo. 
A secreção apocrina contem proteínas, açúcares, amônia, ácidos 
graxos e, às vezes, cromógenos, como o indozil, podendo-se explicar, 
deste modo, certos casos de cromoidrose. 
Admite-se que o odor produzido pela secreção apócrina decorre da 
ação de bactérias, próprias das regiões topográficas povoadas pelas 
glândulas sebáceas, sobre as secreções, resultando produtos secundários 
odoríferos. 
O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no homem é 
desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual 
vestigial, desde que surge apenas na puberdade. 
Os estímulos adrenérgicos, adrenalina e noradrenalina, produzem 
secreção apócrina mas, alguns estímulos parassimpatomiméticos, como 
a metacolina, também a promovem.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
E:/axi/img0004.jpg
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Pêlos
Os pêlos são estruturas filiformes, constituídas 
por células queratinizadas produzidas pelos 
folículos pilosos. 
Existem dois tipos de pelos: o pelo fetal ou 
lanugo, que é a pilosidade fina e clara, idêntica aos 
pelos pouco desenvolvidos do adulto e 
denominado velus, e o pelo terminal, que 
corresponde ao pelo espesso e pigmentado, que 
compreende os cabelos, a barba, a pilosidade 
pubiana e axilar. 
Os pelos compõem-se de uma parte livre, a 
haste, e uma porção intradérmica, a raiz.
Anexam-se ao folículo piloso: a glândula 
sebácea, superiormente; o músculo eretor do pelo, 
inferiormente; e, em certas regiões corpóreas, o 
duto excretor de uma glândula apócrina que 
desemboca no folículo, acima da glândula 
sebácea.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
O folículo piloso compreende as 
seguintes porções: o infundíbulo, situado 
entre o óstio e o ponto de inserção da 
glândula sebácea; o acrotríquio, que é a 
porção intra-epidérmica do folículo; o 
istmo, entre a abertura da glândula sebácea 
no folículo e o ponto de inserção do 
músculo eretor do pêlo; e o segmento 
inferior, que é a porção restante, situada 
abaixo do músculo eretor.
 Nesta porção mais inferior do folículo 
piloso, encontra-se uma expansão, o bulbo 
piloso, que contém a matriz do pêlo, onde 
se introduz a papila, uma pequena estrutura 
conjuntiva, ricamente vascularizada e 
inervada. 
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A haste do pêlo propriamente
dita é composta pela cutícula
externa, córtex e medula.
O componente principal do
pêlo é a queratina e participam
de sua estrutura cerca de vinte
aminoácidos, sendo
particularmente importantes a
cisteina, a arginina e a citrulina,
encontrada exclusivamente nos
pêlos humanos.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Os pêlos são estruturas muito resistentes, suportando tensões da ordem
de 40 a 160g. são ainda flexíveis e elásticos, alongando-se 20 a 30%
quando secos e até 100% quando embebidos em água.
Os pêlos não crescem continuamente, havendo alternâncias de fasesde
crescimento e repouso, que constituem o ciclo do pêlo: fase anágena,
catágena e telógena.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A fase de crescimento, denominada
anágena, caracteriza-se por intensa
atividade mitótica da matriz. Nesta fase,
o pêlo se apresenta na máxima
expressão estrutural. Sua duração é de 2
a 5 anos, no couro cabeludo.
Segue-se a fase catágena, durante a
qual os folículos regridem a 1/3 de suas
dimensões anteriores. Interrompe-se a
melanogênese na matriz e a proliferação
celular diminui até cessar. A
extremidade do pêlo assume a forma de
clava, constituindo o “pêlo em clava”,
ainda aderido por retalhos de queratina
ao saco folicular. A fase CATÁGENA
dura cerca de 3 semanas
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Segue-se a fase telógena, de
desprendimento do pêlo, que, no
couro cabeludo, tem cerca de 3
meses de duração.
Os folículos mostram-se
completamente quiescentes, estão
reduzidos à metade ou menos do
tamanho normal e há uma
desvinculação completa entre a
papila dérmica e o pêlo em
eliminação. Esta fase dura 3 a 4
meses.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Quando se analisa o couro cabeludo, as seguintes proporções entre os
cabelos, nas suas várias fases, são encontradas: 85% na fase anágena,
14% na fase telógena e 1% na fase catágena. Estes percentuais compõem
o tricograma normal do couro cabeludo. Admitindo-se 100 a 150 mil
folículos no couro cabeludo, e, considerando-se que cerca de 10% estão
em fase de repouso, por aproximadamente 100 dias, alguns autores
consideram normal a eliminação média de até 100 cabelos por dia.
Quanto ao crescimento, as médias são de 0,4 mm por dia na região do
vértex e 0,35 mm por dia nas têmporas, sendo que os cabelos das
mulheres crescem mais rapidamente.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Unidade pilossebácea e ciclo evolutivo do pêlo
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Glândulas Sebáceas
Estão presentes em toda a pele, à exceção 
das regiões palmares e plantares. 
Desembocam sempre no folículo 
pilossebáceo, com ou sem pêlo. 
O tamanho das glândulas sebáceas é, em 
geral, inversamente proporcional às dimensões 
do pêlo presente no folículo correspondente. 
Assim, as maiores glândulas sebáceas são 
encontradas nas regiões onde o sistema piloso 
é menos desenvolvido, como, por exemplo, 
fronte e nariz. 
Excepcionalmente, as glândulas sebáceas 
localizam-se heterotopicamente na mucosa 
bucal e lábio, constituindo os chamados 
grânulos de Fordyce.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A secreção das glândulas sebáceas é do 
tipo holócrino e o produto de sua 
atividade é o sebum.
As glândulas sebáceas são ativadas 
pelos andrógenos, sendo independentes de 
estimulação nervosa. 
Por esse motivo, são moderadamente 
desenvolvidas no recém-nascido, por ação 
dos andrógenos maternos, passivamente 
transferidos. 
Esgotados os andrógenos adquiridos 
passivamente, as glândulas sebáceas 
entram em acentuada regressão, somente 
se desenvolvendo novamente na 
puberdade, por ação dos andrógenos de 
origem testicular, ovariana e supra-renal.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A glândula sebácea:
E:/ac/img0004.jpg
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Unhas
São lâminas queratinizadas que recobrem a última falange dos dedos. 
Uma unha tem quatro partes: a posterior ou RAIZ, que está em uma 
dobra da pele; a LÂMINA, que está aderente ao leito ungueal na sua 
porção inferior; as DOBRAS LATERAIS e a BORDA LIVRE.
A raiz ou matriz ungueal é uma semilunar de células epiteliais 
proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e visível, 
parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. 
A dobra ungueal posterior apresenta um prolongamento da camada 
córnea que recobre a porção proximal da unha, a cutícula e, abaixo desta, 
o eponíquio, que adere à lâmina ungueal. 
Estas estruturas são importantes porque podem ser destacadas das unhas 
por processos inflamatórios.
 Há uma rica rede vascular, dependente de duas artérias digitais, para a 
nutrição da matriz ungueal.
Anatomia da unha
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm e o crescimento é de 
cerca de 0,1 mm por dia, nas unhas dos pododáctilos, sendo mais lento 
nas unhas dos pododáctilos. 
Estudos atuais demonstram que a lâmina ungueal é formada, 
fundamentalmente, pela matriz ungueal, mas há participação secundária 
do leito ungueal na sua formação. 
O crescimento ungueal sofre variações individuais e é influenciado por 
doenças sistêmicas e fatores locais. 
Deformidades nas unhas podem, assim, representar alterações da 
matriz ungueal que ocorreram até 3 meses antes.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Receptores sensoriais da pele
Uma vez que toda a superfície cutânea é provida de terminações 
nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou 
dolorosos, a pele também é o maior órgão sensorial que possuímos, 
sendo suficientemente sensível para discriminar um ponto em 
relevo com apenas 0,006 mm de altura e 0,04 mm de largura 
quando tateado com a ponta do dedo.
 Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são 
especializados na recepção de estímulos específicos. Não obstante, 
alguns podem captar estímulos de natureza distinta.
 Cada receptor tem um axônio e, com exceção das terminações 
nervosas livres, todos eles estão associados a tecidos não-neurais.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE
Terminações NervosasLivres Corpusculos de Meissner
Bulbo Terminal de Krause Corpusculos de Paccini
Corpusculos de Ruffini
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE
Nas regiões da pele providas de pêlo, existem terminações nervosas específicas 
nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini.
 As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as 
forças mecânicas aplicadas contra o pêlo.
 Os terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores térmicos de 
calor.
Na pele desprovida de pêlo e também na que está coberta por ele, encontram-se 
ainda três tipos de receptores comuns:
1) Corpúsculos de Paccini: captam especialmente estímulos vibráteis e 
táteis.São formados por uma fibra nervosa cuja porção terminal, amielínica, é 
envolta por várias camadas que correspondem a diversas células de sustentação. A 
camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão, que é transmitida para 
as outras camadas e enviada aos centros nervosos correspondentes.
2) Corpúsculos de Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele sem pêlos 
(como nas partes mais altas das impressões digitais). São formados por um axônio 
mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com células acessórias.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Receptores sensoriais da pele
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE
3) Discos de Merkel: de sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra 
aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas 
ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula 
especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um 
prolongamento de seu protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e 
tração sobre epiderme desencadeam o estímulo.
4) Terminações nervosas livres: sensíveis aos estímulos mecânicos, 
térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio 
ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos 
envolvidos por uma membrana basal.
Na pele sem pêlo encontram-se, ainda, outros receptores específicos:
5) Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São 
formados por uma fibra nervosa cuja terminação possui forma de 
clava.Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas 
(por exemplo: ao redor dos lábios e dos genitais).
ANATOMIA EFISIOLOGIA DA PELE
Receptores sensoriais da pele
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
RECEPTORES DE SUPERFÍCIE SENSAÇÃO PERCEBIDA 
Receptores de Krause Frio
Receptores de Ruffini Calor
Discos de Merkel Tato e pressão
Receptores de Vater-Pacini Pressão
Receptores de Meissner Tato
Terminações nervosas livres Principalmente dor
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
Receptores sensoriais da pele
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE
DIVISÃO POR DERMÁTOMOS
FIM

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