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Exame fisico do coração (Semiotécnica)

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Kathlyn Póvoa 
EXAME FÍSICO DO CORAÇÃO 
Inspeção e palpação: 
São realizados simultaneamente 
Localizar qualquer alteração visível na caixa 
torácica (abaulamento, retração, pulsação) 
Análise do ictus cordis (choque da ponta). 
Análise de batimentos e movimentos visíveis 
Pesquisa do frêmito cardiovascular. 
Inspeção em 2 incidências: 
 Tangencial: médico ao lado direito do 
paciente, e faz a análise visual do tórax do 
paciente. 
 Frontal: médico se localiza a frente do 
paciente para visualizar. 
Abaulamento: pode significar aneurisma de 
aorta, cardiomegalia, derrame pericárdico, 
alteração da caixa torácica. 
Ictus Cordis: 
É o choque de ponta do coração, 
identificado através de uma pulsação. 
Movimento que o coração faz durante a 
sístole 
É estudado pela inspeção e palpação; 
Crianças- hipertrofia e dilatação (VD) 
deformam com facilidade o precórdio. 
Investigar: 
• Localização (junção da linha hemiclavicular 
esquerda com o 5º EIE); 
• Extensão: 1 ou 2 polpas digitais. Na hipertrofia 
do VE (3 ou mais polpas); na dilatação mais 
hipertrofia do VE (pode abarcar a mão 
inteira). 
• Mobilidade; 
• Intensidade (força com que o ictus cordis 
bate): é avaliada pela palpação. Quando há 
uma maior intensidade, indica HVE. 
• Forma de impulsão, 
• Ritmo; 
• Frequência (quantas vezes sente por minuto). 
Palpação do Ictus cordis: 
Começa com a mão espalmada sob a 
superfície da caixa torácica para sentir os 
batimentos do paciente. Depois, usa-se a 
polpa digitar de 2 ou 3 dedos para buscar o 
ictus cordis. 
 Ictus cordis impalpável ou invisível: pessoas 
obesas, enfisematosas, com musculaturas 
bem desenvolvidas. 
 Deslocamento do ictus cordis: 
dilatação/hipertrofia do VE (estenose e/ou 
insuficiência aórtica, insuficiência mitral, HAS, 
miocardioesclerose, miocardiopatias e card. 
Congênitas). 
 Ictus cordis difuso: 3 ou + polpas digitais; 
dilatação do VE. 
 Ictus cordis propulsivo: a mão que está 
palpando é levantada a cada contração; 
hipertrofia de VE. 
Batimentos ou movimentos: 
Retração sistólica da ponta/levantamento em 
massa do precórdio: hipertrofia do VD. 
Pulsações epigástricas: podem indicar HVD. 
Palpa-se ao nível do apêndice xifoide. 
Frêmito cardiovascular: 
É uma sensação tátil por vibrações produzidas 
no coração ou nos vasos. 
Localização: focos de ausculta. 
Situação no ciclo cardíaco (sistólico, 
diastólico, sistodiastólico) 
Intensidade (+ a ++++); 
Ausculta cardíaca 
É o método propedêutico de eleição no 
exame cardíaco, e considerado 
indispensável. 
Vibrações em estruturas cardíacas e 
vasculares propagam-se a superfície corporal. 
Leis da física: condução de ondas através de 
meios de constituição diferentes. 
Perda progressiva de energia ao longo do 
trajeto: refração e reflexão. 
 Kathlyn Póvoa 
Fenômenos sonoros possuem 3 características 
fundamentais: 
→ Intensidade (amplitude): altura que se 
ausculta. 
→ Frequência (tonalidade): grave ou aguda. 
→ Qualidade (timbre): musical, metálico etc. 
É realizado pelo estetoscópio, que capta e 
conduz as vibrações das estruturas cardíacas 
ao aparelho auditivo e elimina ou reduz os 
ruídos ambientais. 
Estetoscópio: 
 Olivas 
 Armação metálica 
 Tubos de borracha 
 Campanula 
 Diafragma 
Objetivos da ausculta 
1- Caracterizar o ritmo cardíaco (regular ou 
irregular). 
2- Frequência cardíaca (batimentos por minuto); 
3- Identificar as bulhas cardíacas (intensidade e 
desdobramento); 
4- Procurar por ruídos adicionais (3ª e 4ª bulhas, 
cliques, estalidos, e ruídos de próteses); 
5- Procurar pelos sopros cardíacos (fases do 
ciclo, tipo, localização, duração, intensidade, 
tonalidade, timbre e irradiação); 
6- Atritos 
Focos de ausculta: 
Servem como pontos de referência-
informação das respectivas valvas. 
 
Foco mitral 
5º EIE na linha hemiclavicular; 
Corresponde ao ictus cordis 
Foco pulmonar 
2º EIE junto ao esterno. 
Análise da 2ª bulha pulmonar. 
Foco tricúspide: 
Base do apêndice xifoide, um pouco para 
esquerda. 
Foco aórtico: 
2º EID – paraesternal 
Sons originados na valva aórtica. 
Propagação para carótidas. 
Foco aórtico acessório 
3º - 4º EIE paraesternal 
Melhor lugar para auscultar sons originados na 
valva aórtica. 
Semiotécnica: 
Importante: 
Ambiente de ausculta deve ser tranquilo e 
silencioso para uma melhor ausculta. 
O médico normalmente se situa a direita do 
paciente. 
Posição padrão: decúbito dorsal com tórax 
descoberto e médico do lado direito. 
Paciente de pé ou sentado inclinado para 
frente: ausculta de fenômenos 
estetoacusticos da base do coração. 
Decúbito lateral esquerdo: fenômenos da 
área mitral. 
Aplicação do diafragma direta sobre a pele, 
nunca sobre a roupa. 
Manobras respiratórias (inspiração ou 
expiração forçada), exercícios físicos e uso de 
medicamentos. 
Bulhas cardíacas 
1ª Bulha: 
Fechamento das válvulas mitral e tricúspide. 
Coincide com o ictus cordis e pulso carotídeo. 
Mais grave e mais audível que a 2ª bulha. 
Maior intensidade no foco mitral. 
“TUM” 
2ª Bulha: 
 Kathlyn Póvoa 
Fechamento das válvulas aórtica e pulmonar. 
O componente aórtico é audível em todo 
precordio. 
O componente pulmonar é audível somente 
no foco pulmonar. 
O componente aórtico precede o pulmonar 
Mais intensa nos focos de base. 
 
Na expiração: “TA” 
Na inspiração: “TLA” (desdobramento 
fisiológico) 
3ª Bulha 
Ruído protodiastólico de baixa frequência 
Origina das vibrações durante o enchimento 
ventricular rápido. 
Normal em crianças e adultos jovens. 
Mais audível no foco mitral 
“TU” 
4ª Bulha: 
Fim da diástole ou presistolica. 
Normal em crianças e adultos jovens 
Contração atrial – desaceleração brusca do 
sangue que vai de encontro com o sangue 
que já está dentro dos ventrículos. 
“TU” 
 
Localização dos efeitos estetoacusticos: 
 Protossístole-1/3 inicial da sístole 
 Mesossístole-1/3 médio da sístole 
 Telessístole- 1/3 final da sístole 
 Protodiástole-1/3 inicial da diástole 
 Mesodiástole-1/3 médio da diástole 
 Telediástole-1/3 final da diástole 
 Holossístole-toda sístole 
 Holodiástole-toda diástole 
Ritmo e FC: 
 Determinar o ritmo e a frequência cardíaca. 
 Se 2 bulhas- ritmo de dois tempos ou binário. 
 Se 3 bulhas-ritmo de três tempos ou tríplice. 
 Fc<60 bpm- bradicardia 
 FC>100 bpm- taquicardia 
Exame dos pulsos 
 Arteriais Periféricos: 
Artéria radial: 
• Muito 
utilizada na 
prática 
clínica 
• Entre 
a apófise 
estiloide do 
rádio e o 
tendão dos flexores; 
• Palpar com as polpas dos dedos indicador e 
médio comprimindo a artéria radial até sentir 
o pulso; 
• Apoiar o polegar no dorso do punho do 
paciente. 
• Usar a mão direita para palpar o pulso 
esquerdo 
• Mao do paciente em supinação plena. 
 
Artéria carótida 
• Médico de 
frente para o 
paciente; 
• Em pé ou 
sentado de 
preferência; 
• Para palpar a 
carótida direita, 
usamos o 
polegar esquerdo; 
• Dedos indicador e médio sobre as vertebras 
cervicais; 
 Kathlyn Póvoa 
 
Artérias temporais: 
• Palpada logo 
acima da arcada 
supraorbitária; 
• Usar as 
polpas dos dedos 
indicador e médio; 
• Diagnostico 
diferencial em 
arterite temporal; 
 
 
Artéria subclávia: 
• Paciente 
sentado com leve 
flexão da cabeça 
para o lado ao ser 
examinado. 
• Médico se 
posiciona a frente, 
ao lado ou atrás do 
paciente. 
• Palpação com os dedos indicador, médio e 
anular na fossa supra clavicular; 
• Profundamente e posterior a clavícula 
 
Artéria axilar: 
• Palpar no oco axilar 
• Paciente deitado, sentado ou de pé; 
• Emprega mão direita para palpar artéria 
esquerda; 
• Se inserem o dedo indicador e anular; 
 
Artérias cubitais: 
• Paciente sentado ou em decúbito dorsal 
• Mao homolateral segura a mão do paciente; 
• Se palpa a mão direita do paciente, o 
examinador segura sua mão com a mãodireita e verifica o pulso com a esquerda; 
• Palpar entre os músculos flexores superficial 
dos dedos e flexor ulnar do carpo; 
• Polegar como ponto de apoio no dorso do 
punho. 
 
Artéria braquial: 
• Examinador ao lado do paciente em que se 
vai examinar; 
• Paciente em decúbito dorsal ou sentado; 
• Para palpar a artéria direita, com a mão 
direita segura o braço levantado e em flexão; 
• Mão esquerda abarca a parte média do 
braço 
• Inserir dedos por baixo do bíceps; 
 
Aorta abdominal: 
• Paciente em decúbito dorsal, com leve flexão 
das coxas → relaxa a musculatura abdominal. 
• Médico à direita com uma mão sobre a outra 
• Palpar entre o apêndice xifoide e a cicatriz 
umbilical 
• Mais palpável em indivíduos mais magros; 
 
Artérias iliacas 
externas e comuns: 
• Paciente em 
decubito dorsal com 
as coxas levemente 
fletidas; 
• Medico se 
posiciona ao lado da 
artéria a ser palpada; 
• Usar os dedos indicador, medio e anular da 
mão do mesmo lado; 
• Palpar ao longo da linha que vai da cicatriz 
umbilical ao ligamento inguinal; 
 
Arterias femorais: 
• Muito utiilizadas na pratica clinica 
• Palpadas nas regioes inguinais, abaixo do 
ligamento inguinal; 
• Paciente em decubito dorsal 
• Examinador ao lado da arteria a ser palpada; 
• Usam-se os dedos indicador, medio e anular; 
 
Arterias poplíteas: 
• São utilizadas duas técnicas: 
1. Paciente em decúbito dorsal com joelho 
fletido, as mãos são posicionadas na linha 
média, por trás do joelho; compressão 
profunda na fossa poplítea; 
2. Paciente em decúbito ventral com a perna 
fletida; inserir o polegar no oco poplíteo. 
 
Artérias tibiais anteriores: 
• Palpadas no terço distal da perna 
• Entre os músculos Extensor do hálux e extensor 
ao longo dos dedos; 
• Paciente em decúbito dorsal com flexão do 
joelho 
• Médico ao lado do paciente 
• Segurar o pé do paciente em dorsiflexão 
• Palpar com dedos Indicador, médio e anular; 
 
Artérias pediosas: 
• O pulso cheio mostra que a pessoa tem um DC 
adequado; 
• Para palpar a artéria pediosa esquerda, utiliza-
se os dedos IMA esquerdos; 
• Fixar o polegar na face plantar; 
 
Artérias tibiais posteriores: 
 Kathlyn Póvoa 
• Atrás do maléolo interno da tíbia 
• Usando dedos IMA 
 Capilares: 
→ Menos utilizado na prática clínica; 
→ Compressão da borda da unha e observar o 
rubor intermitente e sincrônico com o pulso 
radial; 
→ Observar zona pulsátil: transição da cor rósea 
para a pálida 
→ Mais visível em casos de aumento da pressão 
diferencial ➔ Insuficiência aórtica, fistula AV 
e anemia intensa; 
Condições normais: muito discreto ou 
imperceptível 
 Venoso: 
 Turgência Jugular/Ingurgitamento jugular 
Em condições normais, as jugulares são 
turgidas somente com o paciente em 
decúbito; 
Em pessoas com veias colabadas, é possível 
observá-las quando o paciente está sentado 
ou de pé; 
Veias turgidas em posição sentada ou de pé 
mostram que existe um aumento da pressão 
venosa no sistema da veia cava superior; 
Para observar se a pessoa que tem as veias 
túrgidas, os pacientes são colocados 
semissentados (45º) e observar se as veias 
jugulares estão turgidas, cheias, ingurgitadas. 
➔ Significa Hipertensão no sistema da veia 
cava superior; 
Pode ocorrer por: 
• Compressão da veia cava superior 
• Insuficiência de VD (IC) 
• Pericardite constritiva 
 
 Pulso venoso: 
São pulsações observadas na base do 
pescoço; 
Dependem das modificações de volume nas 
veias jugulares internas; 
As ondas expressam as modificações 
pressóricas do AD durante o ciclo cardíaco; 
Semiotécnica: 
Paciente é colocado em decúbito dorsal (30-
45º); 
Vira-se ligeiramente a cabeça do paciente 
para o lado oposto; 
Observa-se a pulsação jugular → 
normalmente constituída de 3 ondas; 
 
Pulso constituído de 3 ondas e 2 deflexões: 
Onda A = consequência da contração do AD 
no final da diástole ventricular; 
Onda C = após a diástole ventricular, existe o 
fechamento da válvula tricúspide. O 
abaulamento dessa válvula tricúspide leva a 
uma onda que é transmitida para a veia 
jugular interna 
Deflexão X= queda da pressão dentro do AD 
Onda V= depois, durante a sístole ventricular, 
continua o enchimento atrial direito, levando 
a formação da onda V. 
Deflexão Y= após o enchimento do átrio, com 
a abertura da válvula tricúspide, leva uma 
queda, que é a deflexão Y.

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