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Reino Monera e as bactérias
Os seres vivos são classificados em 5 grandes grupos: Reino Monera, Reino Protoctista, Reino Fungi, Reino Plantae e Reino Animalia.
Dentro desse grupo, segundo Whittaker, estariam todos os seres vivos unicelulares e procariontes.  Ou seja, todos aqueles cujas células não possuem carioteca envolvendo o material genético ou organelas citoplasmáticas. Sendo assim, dentro dessa classificação, estariam dentro do Reino Monera todas as bactérias, cianobactérias e arqueobactérias.
Porém, há uma classificação um pouco mais atual que tem aparecido em vestibulares. Nelas, os seres vivos estariam divididos em três grandes grupos chamados de Domínios ou Super Reinos: Bacteria, Archea e Eukarya.
Dentro do domínio Bacteria estariam as cianobactérias e bactérias, todos os procariontes. No Domínio Archae estariam as “bactérias” mais primitivas, chamadas de arqueobactérias (também procariontes). Já no domínio Eukarya, como o próprio nome já diz, estariam todos os seres eucariontes. Sendo assim, estariam dentro desse último domínio todos os Reinos da classificação de Whittaker, exceto o Reino Monera.
Características gerais das bactérias
As bactérias são as menores células que conhecemos. Esses seres diminutos só podem ser vistos ao microscópio e medem entre 0,5 µm e 1 µm. Ou seja, as bactérias são 1000 vezes menores que 1 milímetro
Todos os seres vivos do Reino Monera são seres procariontes, ou seja, suas células não possuem carioteca envolvendo o núcleo, nem organelas citoplasmáticas membranosas. Sendo assim, seu DNA fica misturado ao citoplasma. A única organela citoplasmática que as moneras possuem é o ribossomo, que é constituído de RNA ribossômico e produz proteínas.
O DNA das bactérias é formado por uma dupla hélice circular. Muitas vezes as moneras podem apresentar uma molécula maior de DNA circular formando o código genético principal e uma secundária. A região onde o DNA principal se encontra é chamada de nucleoide.
Além desse DNA central, como acabei de falar, pode haver mais uma (ou mais) molécula menor de DNA circular que chamamos de plasmídeo. Em geral, nos plasmídeos encontramos genes que estão relacionados à adaptação das bactérias ao ambiente. Os genes que conferem resistência a certos tipos de antibióticos, por exemplo, são muitas vezes encontrados 
As células moneras, além da membrana plasmática, possuem também um outro invólucro que ajuda a proteger e delimitar a célula: a parede celular. A parede celular dos seres do Reino Monera é constituída de polissacarídeos e polipeptídeos. A constituição e estrutura dessa parede podem variar. De acordo com essa característica, as bactérias são classificadas em Gram-positivas e Gram-negativas.
– Bactérias Gram-positivas: As bactérias Gram-positivas são aquelas que ficam coradas utilizando o método de coloração de Gram. Hans C. Gram foi um bioquímico dinamarquês que descobriu que algumas bactérias não ficavam coradas com violeta genciana (aquele remédio que você usar para tratar afitas). Ao investigar, Gram descobriu que as bactérias que se coram com esse corante não possuem em suas paredes celulares lipídeos associados aos seus açúcares.
– Bactérias Gram-negativas: são bactérias que não ficam coradas com o uso de violeta genciana. Em suas paredes celulares há lipídeos associados aos açúcares, isso impede a coloração. A presença desses lipídeos aumenta a proteção da bactéria. Sendo assim, essas bactérias apresentam maior resistência que as Gram-positivas. Isso faz com que elas sejam mais resistentes a antibióticos.
Características gerais das cianobactérias
As cianobactérias são autótrofas. Sendo assim, além da estrutura que você acabou de estudar nas bactérias, as cianobactérias terão lamelas formadas por prolongamentos da membrana (que não delimitam compartimentos, como as organelas membranosas dos eucariontes) dentro de suas células.
Assim como as bactérias, podemos encontrar as cianobactérias isoladamente ou em colônias, formando filamentos. As cianobactérias habitam ambientes aquáticos (dulcícolas ou marinhos) e ambientes terrestres úmidos.
Características gerais das arqueobactérias
No geral, a estrutura das arqueobactérias se assemelha bastante ao de uma eubactéria. Porém, elas possuem divergências quanto à composição de sua membrana e parede celular. As arqueobactérias, por exemplo, não possuem peptidioglicanos em suas paredes, como as eubactérias.
Em geral, as arqueobactérias vivem em ambientes muito inóspitos, como salinas e bocas de gêiseres e vulcões. De acordo com seus hábitos e o ambiente onde vivem, podemos classificá-las em três grupos:
– Termófilas: São as cianobactérias que vivem em ambientes muito ácidos e quentes, como crateras de vulcões e gêiseres.
– Halófitas: São as arqueobactérias que vivem em ambientes altamente salinos.
– Metanogênicas: São anaeróbias obrigatórias e liberam metano a partir do seu metabolismo. Vivem em relações de simbiose no interior do intestino de animais como cupins e outros animais herbívoros.
Reprodução no Reino Monera
Como são seres muito simples e compostos por uma única célula, em geral se reproduzem através de reprodução assexuada por cissiparidade. Na cissiparidade, a célula duplica seu material genético e depois se divide como na mitose. Sendo assim, as células-filhas geradas por essa divisão são menores que a célula-mãe, porém são geneticamente iguais a ela. Ou seja, são clones.
Dessa maneira, em uma população de bactérias geralmente encontramos uma população de clones. Nesses casos, a variabilidade genética é bastante baixa e fruto de mutações ao acaso.
Para aumentar a variabilidade genética, algumas bactérias podem realizar um tipo especial de reprodução: a conjugação. Nesse tipo de “reprodução”, bactérias de populações diferentes podem criar pontes citoplasmáticas entre si através de seus pilis.
Assim, trocam pedaços de material genético dos plasmídeos. Apesar de haver troca de material genético e chamarmos isso de reprodução, não há produção de descendentes. Para que isso ocorra, haverá em seguida uma cissiparidade.
As cianobactérias, além de realizarem cissiparidade (também chamada de bipartição) poderão também produzir esporos. Os esporos são células de resistência, com parede celular mais grossa para enfrentar condições adversas do ambiente.
Importância ecológica e comercial das Moneras
Seus diversos nichos ecológicos terão extrema importância para o equilíbrio dos ecossistemas.
Muitas bactérias atuam como decompositoras, ajudando na reciclagem de matéria orgânica e na reposição de minerais no ambiente.
Outras atuam nos ciclos biogeoquímicos, como no ciclo do nitrogênio, fixando o gás em substâncias que as plantas possam absorver.
As bactérias também causam inúmeras doenças em todos os seres vivos. Isso ajuda no controle das populações. Temos, inclusive, várias doenças bacterianas que atingem seres humanos e que podem ser extremamente graves, como a meningite.
Muitas espécies são também utilizadas na indústria para a produção de alimentos. Como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na produção de iogurtes e queijos. Há bactérias, inclusive, que são utilizadas na produção de medicamentos. A insulina, hormônio utilizado pelos diabéticos, é produzida a partir de um gene humano inserido em bactérias transgênicas.
Doenças bacterianas
As bactérias são seres vivos muito simples, porém muito diversos. Ocupam diversos nichos ecológicos e podem atuar como decompositoras e até serem utilizadas na produção de alimentos.
Meningite meningocócica
Meningite é um nome genérico que utilizamos para designar uma inflamação nas meninges. As meninges são três membranas que envolvem e protegem os órgãos do sistema nervoso central. Sendo assim, pensando na delicadeza desses órgãos, você consegue imaginar como pode ser grave uma infecção nesta área.
Tuberculose
A tuberculose é um sério problema de saúde pública no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a cada ano são notificados mais de 70 mil novos casos, com aproximadamente 4,5 mil mortes. Atualmente a tuberculose possui tratamento eficaz.Porém, sua persistência tem raízes nas desigualdades sociais e na falta de assistência médica às populações mais pobres. O agente causador da tuberculose é a bactéria Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch.
Sífilis
A sífilis é uma doença bacteriana sexualmente transmissível. É causada por uma bactéria espirilo chamada de Treponema pallidum. Segundo o Ministério da saúde, nos últimos anos o aumento considerável de novos casos de sífilis aponta para o surgimento de uma nova epidemia da doença no país. E a maior parte dos casos está entre jovens de 20 a 29 anos.
Tétano
O tétano é uma doença causada por uma bactéria anaeróbia obrigatória chamada de Clostridium tetani. Por ser anaeróbia obrigatória, não pode se expor ao oxigênio. Dessa maneira, encontramos essas bactérias em microambientes desprovidos de oxigênio gasoso, como entre partículas de ferrugem.
Leptospirose
A leptospirose é uma doença potencialmente grave causada por uma bactéria cujo nome científico é Leptospira interrogans. Por conta de seu modo de transmissão é muito comum ocorrerem casos de leptospirose em períodos de chuvas e enchentes. Comunidades sem saneamento básico e com condições de moradia ruins são mais suscetíveis à leptospirose.
Cólera
A cólera é uma doença grave que vitimou muitas pessoas no Brasil no século passado e ainda continua atingindo populações do continente americano. É causada pela bactéria conhecida popularmente como vibrião colérico. Seu nome científico é Vibrio cholerae.
Hanseníase
A hanseníase, mais conhecida popularmente como lepra. É uma doença causada por uma bactéria conhecida como bacilo de Hansen ou Mycobacterium leprae. Durante muito tempo essa doença foi considerada incurável e os seus portadores eram exilados em colônias de leprosos, isolando-os do restante da sociedade.
Difteria
A difteria é uma doença causada por um bacilo, conhecida como bacilo diftérico cujo nome científico é Corynebacterium diphtheriae. É chamada popularmente de crupe. Essa bactéria se instala nas amígdalas, faringe, laringe, nariz, nas mucosas e até mesmo na pele.
Coqueluche
A coqueluche é popularmente conhecida como pertussis ou tosse comprida. É causada por uma bactéria chamada de Bordetella pertussis. Por conta dos movimentos anti-vacinação é uma doença cujos casos voltaram a aparecer em vários países.
Reino Protista
O Reino Protista ou Protoctista é um “balaio de gato”. Nele encontramos organismos eucariontes cujas características não permitem que se encaixem em nenhum dos outros Reinos dos seres vivos. Sendo assim, dizemos que o Reino dos Protistas contém organismos de origem polifilética. Ou seja, dentro desse grupo, temos seres vivos de origem variada, diferentemente de outros Reinos, cujos membros compartilham um ancestral/ancestrais em comum.
Dentro desse Reino heterogêneo, encontramos cerca de 20 mil espécies de seres vivos. Esses seres vivos variam desde seres unicelulares microscópicos até algas com mais de 100 metros de comprimento. Popularmente podemos agrupar os seres vivos do Reino Protista em dois grandes grupos (não filéticos, sem valor taxonômico): os protozoários (seres heterótrofos) e as algas (autótrofas fotossintetizantes ou mixotróficas).
Características celulares do Reino Protista
As células dos protoctistas são eucariontes. Isso quer dizer que as células desses seres vivos possuem o DNA delimitado por uma membrana (carioteca) formando o núcleo. Além disso, as células eucariontes como as que encontramos nos Protoctistas possuem organelas celulares delimitadas por membranas que desempenham diferentes funções dentro das células.
Dentro desse Reino é comum que encontremos células com estruturas locomotoras, como cílios e flagelos. Tanto protozoários quanto as algas unicelulares podem ter estas estruturas locomotoras.
Como acabamos de ver, dentro desse Reino podemos encontrar tanto seres vivos unicelulares quanto pluricelulares. Os protozoários são todos unicelulares, em sua maioria microscópica. Já as algas podem ser tanto uni quanto pluricelulares. Porém, apesar de pluricelulares, lembre-se que não formam tecidos verdadeiros. Suas células são todas semelhantes, com poucas diferenciações.
Hábitos dos seres do Reino Protista
Por serem, em geral, constituídos de uma única célula, são facilmente suscetíveis à desidratação. Sendo assim, a enorme maioria das espécies de Protistas é aquática, habitando mares, rios, lagos e lama.  Muitas dessas espécies aquáticas fazem parte do zooplâncton (parte do plâncton composto por seres vivos heterótrofos, como os protozoários e larvas de peixes e crustáceos) e do fitoplâncton (seres fotossintetizantes, como as algas). Encontramos também vários protoctistas que habitam ambientes terrestres úmidos.
Protozoários
Assim como todos os seres vivos do filo dos Protistas, os protozoários são eucariontes. Isso quer dizer que seu material genético é envolvido por uma carioteca (membrana), formando o núcleo. Esses seres vivos são todos unicelulares e não possuem parede celular.
Basicamente, as células dos protozoários possuem muitas características em comum com as células dos animais, tanto que esses seres vivos já foram classificados dentro do Reino dos Animais. O nome do grupo, inclusive, quer dizer “animal primitivo”. Mas, por serem unicelulares, foram colocados em outro Reino.
Rhizopoda ou Sarcodinea
Os sarcodíneos ou rizópodes são protozoários que se locomovem por meio de estruturas que chamamos de pseudópodes. Como o próprio nome já diz (pseudo = falso, podes = pés), esses protozoários se locomovem com a ajuda da movimentação de falsos pés.
Em geral, os protozoários do grupo dos rizópodes reproduzem-se assexuadamente. Para isso, realizam uma divisão celular chamada de fissão binária ou cissiparidade, que é basicamente uma mitose. Os exemplos clássicos desse grupo são as amebas. As amebas podem ser de vidas livres ou parasitas, como a espécie Entamoeba histolytica, que causa a amebíase nos seres humanos.
Ciliophora
 Os ciliados são protozoários que possuem uma grande quantidade de prolongamentos membranosos chamados de cílios. Os cílios são estruturas pequenas, parecidas visualmente com pelinhos, que se movimentam como remos.
Os protozoários desse grupo podem realizar tanto reprodução assexuada, como a cissiparidade, quanto a reprodução sexuada. Nesse último caso, realizam a chamada conjugação, onde formam pontes citoplasmáticas por onde trocam material genético com seus parceiros.
Flagellata ou Mastigophora
Os protozoários flagelados possuem como meio de locomoção um ou mais flagelos. Os flagelos, ao contrário dos cílios, são prolongamentos bastante longos que realizam movimento giratório de hélice, e são menos numerosos.
Sporozoa ou Apicomplexa
Os esporozoários são os protozoários que não possuem estruturas locomotoras. Sendo assim, nesse grupo de aproximadamente cinco mil espécies, todas são parasitas endocelulares. Ou seja, todas as espécies parasitam e causam doenças, vivendo dentro das células de outros seres vivos.
Doenças causadas por protozoários
Os protozoários são seres vivos que pertencem ao Reino Protista. São seres vivos unicelulares, eucariontes e heterótrofos. A grande maioria dos protozoários é de vida livre e habita ambientes aquáticos. Porém, há várias espécies de protozoários parasitas que causam doenças, inclusive, em seres humanos.
Doença de Chagas
A doença de Chagas, também conhecida como Mal de Chagas, tem esse nome em homenagem ao cientista que a descreveu em 1909, o médico sanitarista Carlos Chagas. É causado pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi.
Ao entrar no organismo humano, o protozoário causador dessa doença causa uma infecção inicial na pele. Em seguida, pode se espalhar através da corrente sanguínea e atingir outros órgãos, principalmente o fígado e o coração.
Malária
A malária é uma doença febril infecciosa aguda, endêmica das regiões tropicais e subtropicais. Causada por protozoários esporozoários do gênero Plasmodium, ocasionou mais de 700 mil mortes só no ano de 2016. Suas áreas de maior incidência sãoregiões próximas da linha do Equador, como a África subsaariana, a Ásia e a América Latina. No Brasil, a malária é endêmica da região amazônica.
É importante você observar que, ao longo de sua vida, o plasmódio realiza o que chamamos de alternância de gerações. Ele tem modificações na forma da sua célula ao longo do seu ciclo vital. Além disso, ele alterna reprodução sexuada e assexuada. Como no organismo humano a reprodução realizada pelo plasmódio é assexuada, dizemos que os humanos são hospedeiros intermediários do parasita. Já o mosquito, onde o parasita realiza reprodução sexuada, é o hospedeiro definitivo.
Leishmaniose tegumentar americana
A leishmaniose tegumentar é também chamada de úlcera de Bauru. É causada por um protozoário flagelado chamado de Leishmania brasiliensis.
O parasita se instala na pele e ali se reproduz, causando feridas e ulcerações que podem deformar a região. Podem, ainda, migrar para outras regiões do corpo, preferindo as mucosas e se instalando na boca, nas narinas, na faringe e no restante das vias aéreas superiores.
Leishmaniose calazar
A leishmaniose calazar é também conhecida como leishmaniose visceral. É causada por outros dois protozoários do gênero Leishmania: a Leishmania donovani e a Leishmania chagasi.
Ao contrário da leishmaniose tegumentar, geralmente não há formação de feridas na pele. O protozoário atinge células sanguíneas e órgãos onde há grande concentração de células brancas, como o baço, a medula óssea, o fígado e os linfonodos. Isso gera inflamação e aumento nos órgãos. Além disso, o doente tem febre, perda de peso e anemia. Sem tratamento, o hospedeiro morre.
Giardíase
A giardíase é uma doença causada por um protozoário flagelado cujo nome científico é Giardia lamblia. Esse protozoário se instala e se multiplica no início do intestino delgado, causando fortes diarreias e desidratação.
Em geral, a doença regride espontaneamente, combatida pelo nosso sistema imunológico. Porém, em pessoas desnutridas ou imunodeprimidas, ela pode se agravar, sendo necessário tratamento com antibióticos.
Triconomíase
A tricomoníase é uma doença causada pelo protozoário flagelado chamado Trichomonas vaginalis. É a doença sexualmente transmissível não viral mais comum no mundo.
Toxoplasmose
A última das doenças causadas por protozoários é a toxoplasmose,  causado pelo protozoário esporozoário Toxoplasma gondii. A infecção por esse protozoário, na maior parte das vezes, não apresenta sintomas. Porém, em alguns casos, pode causar febre e aumento nos linfonodos. Em raríssimos casos, a toxoplasmose pode causar lesões nos olhos ou em outros órgãos.
Algas unicelulares: características e maré vermelha
O Reino dos Protoctistas é um Reino polifilético, bastante biodiverso. Além dos protozoários, encontramos dentro dele as algas protistas. Esses organismos são extremamente importantes tanto nos ecossistemas aquáticos quanto terrestres.
Estrutura celular
Assim como todos os demais seres vivos do Reino Protoctista, as algas unicelulares são seres vivos eucariontes. Isso quer dizer que são organismos cuja célula possui núcleo organizado por carioteca e organelas celulares membranosas.
Nutrição
Em suas células, assim como nos vegetais, encontramos organelas específicas para a realização da fotossíntese: os cloroplastos. Dentro dos cloroplastos há clorofila, pigmento verde responsável pela captura da energia luminosa.
Respiração
As algas unicelulares são organismos aeróbios. Isso quer dizer que para realizarem respiração celular utilizam o oxigênio como aceptor final de elétrons. Sendo assim, essa característica influencia no habitat onde são encontradas.
Habitat
As algas unicelulares são em sua enorme maioria aquáticas. Há tanto espécies marinhas quanto dulcícolas. Como precisam de luz para a fotossíntese e boa oxigenação da água, as algas, em geral, são encontradas nas regiões mais superficiais dos ambientes aquáticos.
Reprodução
Por serem algas unicelulares, a maior parte das espécies realiza reprodução assexuada através de cissiparidade. Contudo, há grupos que são capazes de realizarem reprodução sexuada através da produção de gametas por meiose.
Euglenófitas
As algas unicelulares desse grupo são representadas, em sua maioria, por espécies dulcícolas (de água doce). Sendo assim, as euglenófitas apresentam em seu interior uma organela que chamamos de vacúolo pulsátil.
Bacilariófitas
As principais representantes das algas bacilariófitas são conhecidas como algas diatomáceas. Uma grande parte das espécies desse grupo é encontrada em ambientes marinhos.
Nutrição
As bacilariófitas possuem em seus cloroplastos clorofila a e c, além de outros pigmentos fotossintéticos, como β-caroteno e a fucoxantina.
Terra de diatomáceas
Quando essas algas morrem, suas carapaças se depositam sobre o substrato marinho. Com o passar do tempo, essas estruturas formam um depósito que se assemelha a uma terra muito fina.
Esse acúmulo é chamado de terra de diatomáceas. Esses sedimentos podem se compactar ainda mais ao longo dos anos, formando um tipo de rocha chamado de diatomito.
Dinoflagelados
As algas dinoflageladas ou dinófitas recebem esse nome por conta do movimento de seus dois flagelos, que fazem com que elas pareçam rodopiar (“Dino”, do grego, rodopiante).
Assim como as algas diatomáceas, os dinoflagelados possuem clorofilas a e c em seus cloroplastos, além de outros pigmentos fotossintetizantes.
Relações Simbiontes
É importante salientar que as relações simbiontes que esses animais e algas estabelecem são essenciais para a saúde dos ambientes marinhos. Com algumas espécies de corais, por exemplo, a simbiose com as zooxantelas é vital.
Nesse sentido, as algas ganham proteção dos invertebrados em seus tecidos. Em contrapartida, fornecem aos animais açúcares resultantes de sua fotossíntese.
Maré vermelha
Algumas espécies de algas unicelulares, especialmente do Filo dos Dinoflagelados, podem causar um fenômeno conhecido como maré vermelha ou floração de algas nocivas.
Esse desequilíbrio ecológico ocorre quando há uma rápida proliferação de algas unicelulares. Essa proliferação faz com que a água adquira uma coloração avermelhada ou amarronzada, formando manchas.
Como acontece?
A floração exagerada dessas algas é causada, principalmente, pelo excesso de matéria orgânica e sais na água. Em geral, esses materiais são despejados pelo esgoto doméstico e podem se acumular em determinadas regiões devido a correntes marítimas e condições climáticas.
Após a rápida proliferação, ocorre uma grande mortandade dessas algas. E, dependendo da espécie, esses microrganismos acabam eliminando toxinas que podem envenenar várias espécies de animais.
Algas pluricelulares: tipos, características e classificação
As algas pluricelulares são organismos atualmente classificados dentro do Reino Protoctista. Entretanto, há pouco tempo, essas algas eram classificadas dentro do Reino Plantae. Isso porque, além de se parecerem visualmente aos vegetais e serem pluricelulares fotossintetizantes, elas possuem cloroplastos e parede celular.
Células
Assim como os demais organismos do Reino Protista, as algas pluricelulares são organismos eucariontes. Ou seja, possuem núcleo organizado e organelas celulares membranosas. As células das algas pluricelulares apresentam parede celular de celulose e também cloroplastos, o que as aproximam bastante das células dos vegetais.
Nutrição
As algas pluricelulares são seres vivos autotróficos fotossintetizantes.
Habitat
As algas pluricelulares são organismos aquáticos, sendo encontradas tanto em ambientes dulcícolas (de água doce) quanto marinhos. Como são organismos fotossintetizantes, em geral, as encontramos em menores profundidades, onde a luz alcança.
Respiração
Todas as algas pluricelulares são organismos aeróbios. Ou seja, utilizam oxigênio como aceptor final de elétrons no processo da respiração celular.
Reprodução
As algas pluricelulares, por se tratarem de organismos bastante simples, podem fazer reprodução assexuada por brotamento ou até mesmo por fragmentação.
Além disso, essas algas tambémrealizam reprodução sexuada. Nesse caso, os ciclos reprodutivos das algas pluricelulares podem ser extremamente complexos.
Clorofíceas – Divisão Clorophyta
As algas clorofíceas também são chamadas de algas verdes. Isso porque, apesar de possuírem outros pigmentos além da clorofila, como os carotenoides, a cor verde predomina sobre os demais pigmentos.
Dentre as algas pluricelulares, as clorofíceas são as que têm características celulares que mais se aproximam dos organismos do Reino Plantae. Isso porque possuem clorofila a e b, como as plantas. Contudo, assim como as demais algas, as clorofíceas não têm tecidos verdadeiros.
A reprodução dessas algas pode ser maneira assexuada, por bipartição (algas unicelulares) ou fragmentação. Já a reprodução sexuada pode ser por conjugação (troca de material genético entre células de algas diferentes) ou por singamia (união de gametas).
Feofíceas – Divisões Phaeophyta
As algas feofíceas são também conhecidas como algas pardas. Isso porque, além das clorofilas a e c encontradas em seus cloroplastos, as feofíceas possuem grande quantidade de carotenoides. Especialmente a fucoxantina, pigmento responsável pela cor amarronzada dessas algas.
No grupo das feofíceas, a maior parte das espécies é pluricelular e macroscópica e habita o ambiente marinho. De maneira geral, as feofíceas são algas de grande porte.
Rodofícea – Divisão Rodophyta
As algas do grupo das Rodofíceas são também conhecidas como algas vermelhas. Isso porque, além da clorofila o presente em seus cloroplastos, essas algas possuem outro pigmento em grande quantidade: a ficoeritrina.
Quase todas as espécies de rodofíceas são pluricelulares e marinhas. O tamanho dessas algas pode variar bastante: de formas microscópicas até espécies que podem alcançar mais de 3 metros de comprimento.
Em relação à reprodução, podemos dizer que todas as algas vermelhas possuem ciclo vital haplodiplobiôntico.