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HÍBRIDO - ESTÁGIO

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25
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
LUCIANA SANTOS RODRIGUES LAROZI
RU:1715929, TURMA 2017/02
ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO - ENSINO
ITAPETININGA
2021
LUCIANA SANTOS RODRIGUES LAROZI
RU:1715929
ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO - ENSINO
Relatório de ESTÁGIO SUPERVISIONADO HÍBRIDO da disciplina de estágio supervisionado: Educação Infantil apresentado ao curso de pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER.
ITAPETININGA
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. DESENVOLVIMENTO	5
2.1 Estado da Arte	5
2.2 Análise Imagética	9
2.2.1 Contexto	9
2.2.2 Roteiro	9
2.2.3 Ambiente/Espaço	10
2.2.4 Personagens	10
2.2.5 Reflexões Interdisciplinares	11
2.2.6 Relações com sua formação acadêmico-pedagógica	11
2.2.7 Ficha técnica	11
2.3 Material didático: criação e reflexão	13
2.4 Prática do campo e as teorias: práxis	15
3. Considerações finais	20
4. Referências	22
ANEXOS	24
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho, referente ao curso de pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER, faz parte da disciplina estágio supervisionado híbrido na modalidade ensino. O estágio visa aliar teoria à pratica, agrega conhecimento, e, portanto, tem grande importância na bagagem acadêmica do graduando, através dele o estudante tem infinitas possibilidades de aprendizagem, bem como uma visão de como é ser docente no dia a dia da escola, assim passa a integrar todo o conhecimento teórico, na prática da sala de aula com os alunos, essa junção permite ao futuro professor se perceber como docente, capaz de conduzir uma sala com proficiência.
Em tempos de pandemia, o qual estamos todos vivenciando, faz-se necessário ter cautela e responsabilidade para conosco e com o próximo, portanto medidas foram adotadas em todos os setores da sociedade com o intuito de frear o crescente número de infectados e de mortes, devido a essa doença infecciosa causada pelo vírus da COVID-19, as aulas foram suspensas de maneira presencial e passaram a ocorrer de forma remota (realizadas em ambiente digital), assim sendo, o presente estágio na modalidade híbrida permite que o aluno presencie e viva toda a prática docente de maneira remota através de aplicativos e atividades diferenciadas.
A instituição estagiada, optou por realizar as atividades de maneira remota fazendo uso do aplicativo WhatsApp. As atividades acontecem por meio de vídeos, direcionados segundo cada etapa de desenvolvimento das crianças, todo o trabalho é feito com muito empenho tanto da parte da creche como também dos pais que participam ativamente das atividades e respondem bem aos trabalhos propostos, esse trabalho em conjunto possibilita um ensino de qualidade o qual atinge os objetivos da equipe pedagógica, e também trabalha o desenvolvimento de cada aluno segundo seu tempo. Todo o estágio ocorreu de maneira remota através de observação participativa pelo aplicativo WhatsApp.
O objetivo desse trabalho é aproximar o estudante da prática docente, analisar a postura do educador o qual teve de se reinventar em tempos de pandemia, enquanto mediador do processo de ensino e desenvolvimento, bem como analisar como estão sendo planejadas, direcionadas, ofertadas atividades de maneira remota, também como a criança e a família tem respondido às atividades propostas, e como a tecnologia tem sido importante aliada no processo de ensino/aprendizagem. A metodologia aplicada foi uma observação participativa, a confecção de um relatório, levantamento bibliográfico, análise de um filme, criação de um material didático e suas funções, e construção de um plano de aula.
2. DESENVOLVIMENTO
Para compor o referido estágio ocorreu a observação participativa e acompanhamento das atividades encaminhadas pela creche aos alunos e sua devolução que se deu por meio de aplicativo chamado WhatsApp, a qual eram realizadas pelos pais e familiares dos alunos, bem como acompanhar a equipe pedagógica.
Posteriormente foi realizada uma pesquisa bibliográfica no Google acadêmico e no Capes acadêmico a fim de desenvolver o estado da arte aprofundando conhecimentos na área da educação acerca do uso da ludicidade e das brincadeiras como auxiliares no processo de ensino aprendizagem.
Foi necessário analisar um filme o qual fala sobre Maria Montessori, a qual agregou bastante conhecimento e estabeleceu relação com a teoria do presente estágio, bem como as contribuições para a minha pratica pedagógica como futura docente.
Foi construído um material didático o qual foi usado para a produção do plano de aula sendo ele um tapete para estímulo sensorial, que visa desenvolver e trabalhar as habilidades e os vários sentidos, como o tato, visão, audição, e também auxilia na coordenação motora fina, na motricidade e desenvolvimento integral por meio da exploração do tapete sensorial.
Por fim pontuou-se os conhecimentos adquiridos, o qual foi registrado todas as observações e conhecimentos alcançados nesses dias de observação participativa do estágio. 
2.1 Estado da Arte 
Foram realizadas pesquisas no Google acadêmico com as palavras-chaves: “ludicidade”, “brincar”, e “aprendizagem”, num período de tempo que compreende o ano de 2010 até o ano de 2021, foram encontrados 14.900 resultados, e destes foram analisados 03 artigos, também foram realizadas pesquisas no Capes acadêmico e neste mesmo período de tempo foram encontradas 37 (trinta e sete) artigos, o qual destes foi analisado um artigo.
As tabelas a seguir mostram os filtros, e os artigos pesquisados e que foram selecionados para compor o estado da arte do referido trabalho.
 
Tabela 1 - Filtros utilizados para pesquisa
	LOCAIS DE PESQUISA
	PERIÓDICOS
CAPES
	GOOGLE ACADÊMICO
	NÚMERO TOTAL DE TRABALHOS ENCONTRADOS
	37
	14.900
	ARTIGOS ANALISADOS
	01
	03
	
DESCRITORES
	“ludicidade”; “brincar”; “aprendizagem”
	“ludicidade”; “brincar”; “aprendizagem”
	ANO DAS PESQUISAS
	2010 a 2021
	2010 a 2021
 Fonte: Autoria própria.
Tabela 2 - Artigos lidos na íntegra
	Título: “Olhar psicopedagógico na pratica da ludicidade”,
Autor (a): Caroline Tonin Cadorin, Luciana Pandolfi Morandini 
IES: Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – IDEAU Ano: 2014
	Título: “Criando contextos de qualidade em creche: ludicidade e aprendizagem”
Autor (a): Maria da Graça Santos Bandola Cardoso	
IES: Universidade do Minho-Instituto de Educação Ano: 2012
	Título: “Ludicidade: O ato de brincar e aprender na Educação Infantil”
Autor (a): Luciene Vieira Ribeiro
IES: Universidade Federal da Paraíba Ano: 2016
	Título: “ A importância do brincar no ensino fundamental: crianças em fase de alfabetização”
Autor (a): Aline Hartz; Angélica da Silva Paulo; Daiane Kussler; Gabrielle dos Santos; Viviane C. Cardoso dos Santos; Letícia do Amaral Franco
 IES: Universidade Feevale Ano: 2012
 Fonte: Autoria própria.
· O primeiro artigo pesquisado tem como título, “Olhar psicopedagógico na pratica da ludicidade”, sua publicação foi na Revista de educação do IDEAU (Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai), volume 9 n°20, de julho - dezembro de 2014, o artigo mostra a importância de se trabalhar com a ludicidade e todas as possibilidades para o processo de ensino aprendizagem, também denota o papel fundamental que o professor exerce em usar o lúdico de maneira séria e responsável, com objetivos claros para que assim possa de forma eficiente alcançar o desenvolvimento contemplando as potencialidades das crianças.
· O segundo artigo pesquisado tem como título, “Criando contextos de qualidade em creche: ludicidade e aprendizagem” de janeiro de 2012, mostra a importância do brincar seja ela com jogos estruturados, com regras ou com exploração e imaginação, visto que tal fato é garantia de escuta e liberdade para a criança, faz uma observação sobre o brincar e o trabalhar, mostrando que o educador pode utilizar o poder do brincar a favor do crescimento e do aprender da criança. Destaca também a importância dos profissionais de promover práticas de boa qualidade e sobrea busca de melhorias com o trabalho pedagógico com bebês na faixa etária de zero a três anos.
· A terceira pesquisa analisada tem como nome “Ludicidade: O ato de brincar e aprender na Educação Infantil, do ano de 2016, mostra a relação do lúdico com o desenvolvimento de estados como o cognitivo, visual, motor, tátil, auditivo. Pontua o brincar como uma necessidade que faz parte do desenvolvimento da criança, e da importância de enfatizar o lúdico na formação docente, mais ainda um “educador-brinquedista”, o qual faz a mediação dos brinquedos e brincadeiras para que aconteça uma aprendizagem programada, mais precisamente falando, uma ponte para se atingir melhores resultados e mudanças.
· O quarto artigo pesquisado tem como título “A importância do brincar no ensino fundamental: crianças em fase de alfabetização”, do ano de 2012, tem como finalidade refletir sobre o lúdico no processo de alfabetização, destaca a importância do brincar com as crianças e todas as possibilidades que o docente tem ao fazer uso dessa ferramenta tão rica e diversa que são as brincadeiras e não somente focar nas metas que são importantes, porém, quando o lúdico se insere nesse processo, a aprendizagem acontece de forma mais leve e divertida garantindo a eficácia da alfabetização. O artigo também descreveu um projeto de nome PIBID, que visa a qualificação da alfabetização e letramento fazendo uso de materiais e atividades diferenciadas.
Ao analisar esses artigos, observa-se o quanto a ludicidade se faz importante no processo de ensino aprendizagem, ainda mais nos anos iniciais que compreende a creche, estudos tem mostrado o potencial que o cérebro de uma criança dos 0 aos 3 anos tem para aprender e o quanto se precisa ainda investir em estudos e melhorias na qualidade de ensino nessa faixa etária, segundo o RCNEI (1998, v. 01, p. 21) “As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que sentem e   pensam o mundo de um jeito muito    próprio”. Mas ainda prevalece o impasse entre a relação do brincar, cuidar e educar, as instituições priorizam o cuidar, não que isso seja errado, muito pelo contrário o cuidar é de extrema importância, porém por muitas vezes o lúdico acaba ficando como momentos de distração e não como aprendizagem.
O termo brincar que muito se fala na educação infantil, muitas vezes é interpretado como se fosse uma ocupação de tempo, porém ele vai muito além, Lopes (2006) observa que:
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde, representar determinado papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização e da experimentação de regras e papeis sociais. (LOPES 2006, p.110)
Portanto não deve ser vista apenas como diversão, a brincadeira é uma linguagem natural da criança, através dela ocorre o desenvolvimento de vários fatores como o cognitivo, visual, motor, tátil, auditivo. A criança passa a fazer conceitos, estabelecer relações, ideias, ela se insere na sociedade construindo seu próprio conhecimento, se desenvolvendo criando e nomeando, além de se socializar com outras crianças e adultos. ” Entretanto, os professores precisam reconhecer que, para que o brincar realmente ofereça às crianças experiências ampliadas, é preciso planejar cuidadosamente e ensinar com inteligência” (MOYLES, 2006, p. 147). 
O professor tem papel fundamental em todo o processo de ensino, o lúdico é elemento constitutivo da cultura infantil, como nos diz Adriana Lima (2002, p. 33) ” “Não existe nada que a criança precise saber que não possa ser ensinado brincando […]”. Cabe a ele direcionar atividades, sempre se reinventar e garantir um aprendizado com mais eficácia, a brincadeira proporciona ao professor conhecer seus alunos, por meio dela crianças expressam suas personalidades, sentimentos e até mesmo angústias, esse olhar atento do professor é muito importante, através dele o docente conhece seu aluno e o que ele conta através da brincadeira, e ao perceber as especificidades e necessidades de cada criança pode mediar sua prática pedagógica e intervir em prol do desenvolvimento das mesmas.
2.2 Análise Imagética 
Foi realizada a análise do filme Maria Montessori: Uma vida dedicada às crianças, com o intuito de agregar conhecimentos acerca da prática pedagógica, bem como conhecer o trabalho pedagógico, e como deve ser o olhar pedagógico do professor frente à criança. 
2.2.1 Contexto 
O filme Maria Montessori: Uma vida dedicada às crianças tem como tema central retratar a história da vida da Maria Montessori, suas lutas contra o fascismo da época, e sua determinação em se tornar aquilo que ela queria e não o que os outros queriam para ela. Para isso estudou, se especializou e não desistiu frente aos obstáculos, desenvolveu seu próprio método de ensino e dedicou sua vida inteira ao ato de ensinar. 
O contexto em que se passa o filme é urbano, situado em Roma na Itália, no decorrer do filme o que mais predomina são instituições escolares e Universidades, os autores principais são, Paola Cortellesi, Massimo Poggio e Gianmarco Tognazzi.
2.2.2 Roteiro 
 	A introdução do filme se dá com Maria Montessori chegando a Universidade de Roma para cursar medicina, no ano de 1893, contrária a vontade do pai que queria que ela se formasse professora, lá enfrenta muitos preconceitos por ser a única mulher cursando medicina na universidade, enfrenta obstáculos, mas segue seus estudos. 
O filme segue a narrativa de sua jornada baseada em fatos reais retratados no filme em ordem histórica cronológica dos acontecimentos da época, apresenta cenas realistas do fascismo e de todo preconceito frente a mulher em uma época em que a figura feminina era vista com inferioridade.
2.2.3 Ambiente/Espaço 
Os acontecimentos e se passam em ambiente escolar, como na Universidade e no hospital psiquiátrico, onde as experiências com a teoria pedagógica acontece, fazendo uso de materiais do dia a dia, ensinando com respeito e afetividade para com as crianças.
Nas cenas prevalece elementos físicos do ambiente de ensino superior bem como o cenário todo voltado para a época em questão, com figurinos, arquitetura, cultura tudo retratado conforme os costumes da época. Também é retratado todo o desenvolvimento e aplicação de seu método primeiramente com crianças com diferentes deficiências, e mais tarde com as crianças sem deficiências. 
2.2.4 Personagens
Os personagens são atores contracenando os papéis das pessoas que fizeram parte da história de Maria Montessori.
Os personagens são, Paola Cortellesi, Como maria Montessori, Massimo Poggio, Como Giuseppe Montesano, Gianmarco Tognazzi, Como Cardi, Alberto Cracco, como Presidente Baccelli, Alessandro Lucente, como Mario Montessori, Adalberto Maria Merli, como Alessandro Montessori, Imma Piro, como Teresa, Giulia Lazzarini, como Renilde Montessori, Lisa Gastoni, como Gemma Montesano, Giovanni Bissaca, como tálamo, Anna ciência, como Carla, Silvana De Santis, como Ada, Susy Laude, como Rita, Alba Rohrwacher, como anna, Fulvio Pepe, como Martinelli, Zoe Tavarelli, como Aurora, Claudio Bertoni, como gerente do manicômio, Martina Klier, como A. Americana.
O marco orientador que conduziu a construção do filme é retratar a história de vida Maria Montessori baseado nos caminhos que percorreu e como desenvolveu seu método pedagógico, e de como realizou seu trabalho com as crianças com distúrbios de comportamento e de aprendizagem, o filme busca retratar a afetividade e amor com que ela tinha pelas crianças ensinando com respeito e muita dedicação.
2.2.5 Reflexões Interdisciplinares 
Maria Montessori ficou conhecida mundialmente, sua maneira de ensinar com todo carinho a cada um de seus alunos, seu método que respeitavaas individualidades e necessidades de cada criança, revolucionou a maneira de educar dando liberdade, compreensão e respeito, com responsabilidade, e assim obteve sucesso em sua pratica pedagógica.
Seu método até hoje é usado em muitas escolas buscado uma educação abrangente a qual deixa a criança desenvolver suas potencialidades em cima daquilo que se sente capaz de realizar sozinha, Montessori falava sobre a necessidade do mobiliário da escola como mesa e cadeiras fossem da altura das crianças para que elas tivessem mais autonomia. A educação era baseada no trabalho sensorial, valorizava os movimentos e materiais concretos para que fossem manipulados e o respeito entre alunos e professores.
2.2.6 Relações com sua formação acadêmico-pedagógica
 	 
O filme contribuiu muito para minha formação pois diz muito sobre como deve ser a visão de um educador frente a uma criança, mostra que todo sem exceções tem o direito de aprender, e que devemos ter respeito com as crianças.
Enfatiza o trabalho pedagógico com diversos materiais manipuláveis, e o estímulo sensorial com crianças, o qual muito se dialoga nos dias de hoje com a BNCC Base Nacional Comum Curricular, que defende que a criança deve vivenciar situações de exploração do ambiente em que vive para se desenvolver.
2.2.7 Ficha técnica
Quadro 3 - Ficha técnica do filme
	Título do filme: MARIA MONTESSORI: Una vita per i bambini
Português: MARIA MONTESSORI: Uma Vida Dedicada Às Crianças
	Ano: 2007
	País de origem: Itália
	Palavras-chave: escola; educação; crianças.
	Idade recomendada filme: 14 anos
	Gênero: Drama
	Cor: Colorido
	Direção filme: Gianluca Maria Tavarelli
	Idioma: Italiano
	Elenco principal filme:
Paola Cortellesi, Como maria Montessori, Massimo Poggio, Como Giuseppe Montesano, Gianmarco Tognazzi, Como Cardi, Alberto Cracco, como Presidente Baccelli, Alessandro Lucente, como Mario Montessori, Adalberto Maria Merli, como Alessandro Montessori, Imma Piro, como teresa, Giulia Lazzarini, como Renilde Montessori, Lisa Gastoni, como Gemma Montesano, Giovanni Bissaca, como tálamo, Anna ciência, como Carla, Silvana De Santis, como Ada, Susy Laude, como Rita, Alba Rohrwacher, como anna
Fulvio, Pepe, como Martinelli, Zoe Tavarelli, como Aurora, Claudio Bertoni, como gerente do manicômio, Martina Klier, como A. Americana
	Identificação: o filme se passa em Roma, na Itália, em universidades e instituições de cunho educacional.
	Composição do acervo do espaço visitado (salas, temas, principais obras): não encontrado
	Importância local/regional/nacional/mundial do espaço visitado: 
	Duração do filme: 3h 20min
	Informações de produção: Informações técnicas sobre o filme não foram encontradas
	Restrições: Sem Restrições 
	Sinopse do filme: O filme conta a história da pedagoga conhecida mundialmente por ter desenvolvido seu próprio método de ensino, foi a primeira mulher a cursar medicina na Itália. O filme narra o drama por lutar conta o fascismo da época e por ter um filho ilegítimo. Maria Montessori dedicou sua vida as pesquisas e estudos para a formação integral da pessoa, seu lema foi “Educar para a vida”. 
	Conteúdos explícitos: A luta em vencer os costumes da época sendo uma mulher que desenvolve seu próprio método para educar crianças deficientes. 
	Conteúdos implícitos: Maria Montessori era uma mulher forte, enfrentou o fascismo na época em que mulher não tinha voz, e sofreu por não poder criar seu próprio filho.
	Interdisciplinaridade com outras áreas: Maria Montessori ficou conhecida em todo mundo e desenvolveu seu próprio método de ensino, para isso aliou Pedagogia, psicologia, medicina, ciência, e aplicou de maneira humana tratando crianças com diferentes deficiências como seres humanos que pensam e, portanto, capazes de aprender. 
	Observações: O filme é muito interessante, mulher frente a seu tempo dedicou sua vida a ensinar crianças com distúrbios de comportamento e de aprendizagem, seu método revolucionou a maneira de educar pois visava o respeito e a individualidade de cada criança. 
 Fonte: IMDB (2021).
2.3 Material didático: criação e reflexão 
O material didático produzido foi um tapete sensorial, para estímulo dos sentidos, mas especificamente o tátil, a fim de desenvolver a aprendizagem e a coordenação motora fina pois através desse estímulo várias partes do corpo são trabalhadas onde as crianças tem a oportunidade de conhecer diferentes texturas materiais e cores.
Os tapetes sensoriais podem ser feitos com diversos materiais até mesmo com materiais recicláveis, cabe a criatividade de cada um. É importante salientar que sejam seguros, principalmente se forem oferecidos a bebês, que sejam usados produtos atóxicos no caso de tintas, e muita atenção a objetos pequenos ou que tenham perigo de se soltar devido ao risco de engasgos.
Os materiais utilizados para a confecção do tapete em questão foi, feltro, algodão, lã, e.v.a, feijão dentro de saquinho bem vedado, macarrão cru, fitas de cetim, tampinhas de garrafas coladas, bucha de lavar louças, bola de borracha, caixa de ovo, casinhas coloridas feitas com papel, imagens de animais, e tecidos coloridos, o que resultou num tapete bem colorido e com muitos meios de exploração para os pequenos. 
Segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) a qual normatiza os direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças define quais são as aprendizagens essenciais e que todo aluno tem direito de adquirir, garante que, conviver, brincar participar explorar, expressar e conhecer-se faça parte do dia a dia delas proporcionando aprendizagens significativas. Portanto antes de conhecer letras e números a criança precisa conhecer o mundo ao seu redor e todos seus campos de experiências que são, “o eu, o outro e o nós”, “corpo, gestos e movimentos”, “traços, sons, cores e formas”, “escuta, fala, pensamento e imaginação”, “espaço, tempo, quantidades relações e transformações”.
As crianças desde que nascem necessitam ser estimuladas para que a aprendizagem e desenvolvimento aconteçam, através dos sentidos ela estabelece relações com o mundo a sua volta, elas sentem e pensam o mundo de uma maneira bem própria, e esse conhecimento só é construído quando se estabelece relações e interações com o meio e com os outros ao seu redor. Piaget (1983) pontua que as crianças desenvolvem seus conhecimentos através da interação com o ambiente, e na ação física-mental do indivíduo é que a condição para esta construção ocorre. 
Portanto o tapete sensorial assegura o que diz a BNCC quanto a exploração e conhecimento das diferentes texturas, cores e formas, e dessa maneira a criança aprende brincando, de um jeito bem prático e divertido. 
 	Cabe aqui ressaltar que o docente deve agir como mediador no encaminhamento da atividade, Nigris (2014, p. 141) defende que “[...] a didática adquire uma dimensão revolucionária e emancipatória se for traduzida em uma forma de tornar capaz de alimentar aquela admiração, aquela maravilha, de despertar o desejo de conhecer o estar no mundo”. É pela mediação do professor que o aluno se torna capaz de assimilar as aprendizagens propostas, o caráter lúdico ali inserido abre espaço para significações pessoais, levam o adulto a pensar e estruturar o trabalho educativo através de uma concepção voltada a criança que pensa, vive, produz, e, portanto, necessita de interação com o adulto, com outras crianças, com o meio em geral, que proporcione as crianças conhecer-se. E os materiais pedagógicos de estímulos sensoriais tem grande importância no processo de assimilação do conhecimento.
 
2.4 Prática do campo e as teorias: práxis 
A creche onde foi realizado o estágio, é bem localizada, convidativa, com pinturas lúdicas nas paredes e no chão, ambiente bem arejado e bem distribuído, conta com portões que ficam trancados e para entrar é preciso se identificar e passar pela diretoria antes, o que agrega mais segurança para as crianças, professores e funcionários. Conta com rampas de acesso e corrimão, as salas contêm colchões em bom estado de conservação, na sala ondefica o berçário os berços são bem distribuídos e muito bem limpos, nas outras salas cadeiras e mesas com alturas próprias para crianças pequenas, o pátio é coberto e conta com mesas e cadeiras com alturas próprias para as crianças, tem parquinho com balanços, escorregador, gangorras, gira-gira. Todos os ambientes são bem coloridos, as paredes têm bastante painéis com jogos e brincadeiras a serem trabalhados com os pequenos.
A equipe pedagógica trabalha em conjunto criando atividades acessíveis aos pais e alunos, bem como ajudam prontamente quando surge qualquer dúvida quanto as atividades propostas, confeccionam tapetes sensoriais, direcionam e encaminham tarefas a serem trabalhados com os pequenos em casa, afinal como nos diz Oliveira (2011):
[...]o educador deve conhecer não só teorias sobre como cada criança reage e modifica sua forma de sentir, pensar, falar e construir coisas, mas também o potencial de aprendizagem presente em cada atividade realizada na instituição de educação infantil (OLIVEIRA, 2011, p. 128).
O educador entende a importância da infância e de cada criança como protagonista da sociedade, bem como as práticas pedagógicas e suas dimensões a fim de assegurar uma educação de qualidade ao alcance de todos seus alunos. 
A creche tem quatro salas, sendo elas, o berçário 1 (um) que atende crianças de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e 1 (um) mês de idade, o berçário 2 (dois) que atende crianças de 1 (um) ano e 2 (dois) meses à 1 (um) ano e 10 (dez) meses, o maternal 1 (um) que atende de 1 (um) ano e 10 (dez) meses à 2 (dois) anos e 10 (dez) meses, e o maternal 2 (dois), que atende de 2 (dois) anos e 10 (dez) meses à 3 (três) anos e 10 (dez) meses. Cada sala possui 15 crianças e duas professoras por sala.
 	A creche é bem convidativa e o ambiente é acolhedor, e os profissionais buscam a cada dia métodos e atividades enriquecedoras para realizar com os alunos, quando tudo voltar a sua normalidade as crianças poderão desfrutar de um ambiente bem estruturado e preparado para atendê-los.
O Processo formativo à docência possibilita aliar teoria a pratica para garantir ao futuro pedagogo, refletir sobre possibilidades, é poder vivenciar as primeiras experiências como docente, e assim agregar conhecimentos e aprendizados sobre a pratica pedagógica, Ghedin (2006, p. 226) observa que: 
O estágio, em nossa proposta, toma por base e assume como princípio formativo a reflexão na ação e sobre a reflexão na ação, em que o conhecimento faz parte da ação, em uma apropriação de teorias que possam oferecer uma perspectiva de análise e compreensão de contextos históricos, sociais, culturais, éticos, políticos, estéticos, técnicos, organizacionais e dos próprios sujeitos como profissionais, a fim de transformar a escola em espaço de construção da identidade profissional vinculada à produção do conhecimento com autonomia do professor. (Ghedin, 2006, p. 226)
O referido estágio, ocorreu de maneira remota, e através do aplicativo WhatsApp de maneira participativa vivenciei como são direcionadas as atividades com as crianças do berçário 1 da creche Vó Joaninha localizada em Angatuba estado de São Paulo. As crianças permanecem cada uma em sua casa, o trabalho é realizado através do aplicativo que funciona como ponte entre a instituição e a família.
Nesse aplicativo foi criado um grupo com toda a equipe pedagógica da creche bem como os pais e família, e então nele, são encaminhadas as atividades propostas pelos educadores, mostrando em forma de vídeo como realizar a atividade com a criança, e toda a intencionalidade pedagógica é explicada para que os pais compreendam o direcionamento, ou seja, o porquê de determinada atividade, o que se pretende alcançar com ela, e em casa os pais realizam as atividades em forma de vídeo e, então, fazem a devolutiva nesse mesmo grupo, assim os professores podem acompanhar como os bebês estão respondendo as atividades propostas.
O fato de todo vídeo ter explicação da intencionalidade pedagógica reforça nos pais a importância do brincar, é bem nítido a preocupação dos professores quanto ao ato do brincar com os bebês, sempre é colocado no grupo vídeos ressaltando sua importância, visto que através da brincadeira diversas áreas do cérebro são estimuladas. 
 	Toda brincadeira exige da criança, movimentos e percepções, visuais, sensoriais entre outras, e toda essa movimentação proporciona o desenvolvimento de várias habilidades, e aperfeiçoamento da coordenação motora, por isso a importância de estímulos e brincadeiras para que a criança possa explorar, vivenciar, ganhar autonomia e se desenvolver. Como pontua Vygotsky (1984) “É brincando, jogando que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e de entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos”. Assim a criança forma conceitos, pensamentos e segue se socializando e se desenvolvendo.
As atividades seguem as propostas da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que visa a interação e a brincadeira, olhando para criança como centro de todo planejamento para assim garantir um desenvolvimento saudável assegurando os direitos de aprendizagem de cada um. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, no artigo 4° definem a criança como:
Sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
As atividades são montadas com muito carinho pelas professoras da creche, são elas mesmas que aparecem no vídeo para que as crianças passem a conhecê-las e se familiarizem, assim quando tudo voltar ao normal, as crianças reconheçam as professoras, e, portanto, o momento da acolhida seja bem aceito pelos pequenos.
Os vídeos são bem lúdicos e convidativos, um deles era para a mãe cantar a música proposta enquanto fazia a troca de fralda, esse momento proporciona o eu, o outro, e o nós, proposto pela BNCC, afim de desenvolver o movimento de corpo e de gesto, a música ajuda a se conhecer e nos momentos da higiene, permite conhecer as sensações do corpo. Assim, o cuidar promove o bem-estar do bebê e o contato visual gera segurança, no vídeo as professoras explicam aos pais que o momento de troca de fraldas também pode ser usado para desenvolvimento sensório motor e cognitivo. Segundo Oliveira (2000):
O brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade (OLIVEIRA, 2000, p. 67).
Em um outro momento a proposta de atividade é brincar de: “cadê? Achou! ”, o qual geralmente é sucesso entre as crianças, essa brincadeira mostra ao bebê que mesmo quando o objeto some do seu campo de visão, ele continua existindo, serve também para estimular as crianças quando os pais precisam sair para trabalhar, e por consequência ficam chorosas, que mesmo que a mãe saia, ela vai retornar.
Outra atividade bem interessante foi a de colocar objetos dentro de uma caixa e oferecer a criança para que ela explorasse, foi sugerido aos pais que fizessem uso de materiais que tivessem em casa, tais como, garrafas de refrigerante vazias com arroz, milho, ou qualquer coisa que fizesse barulho dentro, tampa de panela e uma colher para bater, enfim todo objeto que produza sons.
A creche também propiciou um momento virtual de interação entre as crianças, pais e professores, através do aplicativo “Meet”, uma ferramenta que realiza vídeo chamadas, avisaramcom antecedência e enviaram um vídeo com o passo a passo de como instalar o aplicativo, foi solicitado que os pais no momento da chamada de vídeo deixassem com cada criança o brinquedo favorito dela, e a partir daí combinaram uma data em que fosse possível a participação de todos. O momento foi de grande interação, cada criança com seu brinquedo, e então foi realizado uma brincadeira entre todos e um momento onde as crianças puderam observar seus amiguinhos, e conhecê-los virtualmente. 
A equipe é bem empenhada e não mede esforços para que o ensino continue, ao propor uma música do fundo do mar com as crianças, carinhosamente as professoras confeccionaram um peixinho para cada criança, feito com E.V.A e material reciclado, o peixinho também tinha chocalho dentro e faz barulho quando se movimenta, assim ao realizar a atividade com a musicalização o som do peixe chama ainda mais a atenção dos pequenos.
Ao propor atividades diferenciadas, brincadeiras e ideias, as professoras criam na verdade o que Vygotsky chama de zona de desenvolvimento proximal a qual abre caminho para novas aprendizagens, segundo Vygotsky (1998):
 A zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentemente em estado embrionário. Essas funções poderiam ser chamadas de “brotos” ou “flores” do desenvolvimento, ao invés de “frutos” do desenvolvimento. O nível de desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente. (2007, p. 98)
 
A zona do desenvolvimento proximal caracteriza-se pela troca de experiências com indivíduos que sabem mais, ou que já aprenderam, assim o que a criança só consegue realizar com a ajuda de alguém, mais adiante conseguirá realizar sozinha. Ao observar o comportamento das crianças com as atividades, os educadores podem intervir como mediadores para auxiliar na aprendizagem. Pela determinação do distanciamento social essas trocas de experiências podem ser vivenciadas com os familiares em casa. 
Nesse momento ao qual estamos todos vivenciando acabou por chamar os pais a uma maior participação no processo educativo dos filhos, essa “nova realidade”, em que o ambiente escolar foi transferido para o lar, acaba por gerar uma mudança significativa na rotina, que depende de vários fatores bem como também da disponibilidade para poder realizar as tarefas com os filhos. O cenário é bastante desafiador para os gestores, educadores, pais, e também para as crianças que estavam acostumadas a uma rotina que havia socialização com as demais crianças, portanto esse momento pede esforço e união de ambos os lados. Para Rinaldi (2016, p. 60), “este é o século no qual a qualidade da relação pais-filhos surgiu, pela primeira vez, como proposição teórica e como questão pública, isto é, de natureza sociocultural. ” A participação ativa dos pais se mostra necessário para a continuidade das práticas pedagógicas.
A devolutiva das atividades é bastante positiva, os pais são participativos, os bebês exploram bem os materiais e se mostram bastante interessadas quando desafiados.
Quando surge alguma dúvida quanto as atividades, as professoras prontamente ajudam no direcionamento das atividades, apoiam e elogiam pelo esforço. 
As professoras são pacientes quanto as entregas dos vídeos, não forçam os pais nem as crianças, a fazerem, mas elogia e incentiva cada um particularmente quando entrega as atividades propostas. Afinal como existem várias famílias envolvidas é importante ter a compreensão e entender que existem vários fatores, como aspectos sociais, culturais e psicológicos, tem crianças que precisam ficar aos cuidados dos avós e, portanto, esses não sabem realizar as atividades, pais que trabalham em horários distintos e ao chegarem em casa tem todos os afazeres do lar para colocar em ordem. Enfim são muitos os obstáculos a serem superados para garantir a entrega da atividade, mas no geral o que se observa é que, os pais têm se esforçados e entregam as atividades propostas. 
Sabemos que não cabe aos pais fazerem o papel dos professores, porém diante do momento vivenciado cabe o apoio, envolvimento e cooperação, para garantir que o processo de ensino-aprendizagem aconteça e as crianças se desenvolvam.
Cabe evidenciar que uma boa comunicação entre escola e família favorece o bom encaminhamento das atividades.
3. Considerações finais
 
O estágio foi de grande importância, mesmo de maneira remota pude vivenciar a didática no planejamento e encaminhamento das atividades, foi muito enriquecedor poder conviver e participar dos momentos com as crianças e seus familiares, é nítido a importância do estágio para a formação do professor, pois ao passo que alia a teoria e prática, constrói uma identidade do profissional docente capaz de conduzir uma sala com competência e confiança em si mesmo.
Todo conhecimento da dinâmica da creche, bem como a gestão, o planejamento e o encaminhamento, me proporcionou entender significativamente qual a função de cada um no encaminhamento pedagógico. Vivenciar o estágio mesmo que virtualmente, me encheu de esperança em se tornar uma professora que, com responsabilidade encaminha suas aulas de maneira planejada.
Destaco aqui toda minha admiração pela equipe pedagógica da creche bem como a diretora que me instruiu e me oportunizou vivenciar, e aprender, visto que o conhecimento se dá pelo contato, pela experimentação, e principalmente por participar de momentos com todos sujeitos envolvidos no contexto escolar.
A educação infantil é uma etapa a qual proporciona aos pequenos vivenciar experiências de si mesmo e do mundo ao seu redor, não é sobre aprender números e letras, mas de conhecer o mundo nas suas mais diversas formas, texturas, cheiros, tudo isso me fez entender o quanto estímulos sensoriais são importantes para o desenvolvimento da criança.
O encaminhamento das atividades aliadas ao lúdico e as brincadeiras favorecem mais a aquisição do conhecimento, as atividades fluem numa naturalidade que as crianças não enxergam como tarefas, mas como diversão, Carlos Drummond de Andrade (Carlos Drummond de Andrade apud OLIVEIRA, 2000, p. 01) já nos falava que, “Brincar com criança não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los, sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios, sem valor para a formação do homem”. 
A pandemia exigiu de todos uma mudança de hábitos e comportamentos, os educadores precisaram se reinventar para dar continuidade ao calendário escolar, barreiras foram quebradas, todos precisaram aprender e se adaptar, em como dar continuidade em suas vidas, e principalmente falando sobre as crianças que são o nosso futuro, sobre a importância de preservar e cuidar para que a infância de cada uma seja com tudo que lhes é garantido não só por lei, mas também por oportunizar que elas vivenciem, explorem e se desenvolvam porque merecem isso, porque isso deve fazer parte de suas vidas, e é muito importante.
Finalizo meu trabalho com muito aprendizado construído, e certamente com a certeza de que o conhecimento é a chave para o futuro da humanidade, o trabalho com a educação infantil é a base de um futuro bem-sucedido, é desde cedo, com muita responsabilidade, construir um futuro com cidadãos críticos que participam ativamente da sociedade, que se respeitam e buscam dias melhores pois somente através da educação é que as pessoas transformarão o mundo para melhor.
4. Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC Versão Final. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 03/06/2021
BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília,18 de dezembro de 2009, Seção 1, p. 18. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2298-rceb005-09&category_slug=dezembro-2009-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 01/06/2021.
GHEDIN, E. A articulação entre estágio-pesquisa na formação do professor-pesquisador e seus fundamentos. In: BARBOSA, R. L. L. (Org.). Formação de educadores: artes e técnicas – ciências e políticas. São Paulo: UNESP, 2006. p. 226.
LIMA, Adriana Flávia S. de Oliveira. Pré-escola e alfabetização: uma proposta baseada em P. Freire e J. Piaget. Petrópolis: Vozes, 2002.
LOPES, V.G. Linguagem do corpo e movimento. Curitiba: PR. Fael, 2006.
MOYLES, J. R. A excelência do brincar: a importância da brincadeira na transição entre educação infantil e anos iniciais. Tradução Maria Adriana Veríssimo Veronese, Porto Alegre: Artmed, 2006. 
NIGRIS, E. A “didática da maravilha”: um novo paradigma epistemológico. In: GOBBI, M.A.; PINAZZA, M.A. (orgs.). Infância e suas linguagens. São Paulo: Cortez, 2014.
OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000
OLIVEIRA, Zilma de Morais ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. 7 ed. São Paulo, SP: Cortez, 2011. 
PIAGET, J. A epistemologia genética: sabedoria e ilusões da filosofia; problemas de psicologia genética. Trad. Nathanael C. Caxieiro, Zilda Abujamra Daeir, Célia E. A. Di Piero. 2.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Pensadores)
RCNEI. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI- MEC/SEF, vol 1, 1998. Disponível em: . Acesso em:03/06/2021.
RINALDI, C. Diálogos com Reggio Emília. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2016, p. 09-98
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1984.
VIGOTSKI, Lev Semenovich. Interação entre aprendizado e desenvolvimento. In: _____. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007, p. 88-105.
ANEXOS
PLANO DE AULA 
Estagiária: Luciana Santos Rodrigues Larozi
Escola: Creche Arco-Íris
Ano/ Série: Berçário 1 
Componente curricular: Identidade e diversidade
Campos de Experiência: O eu, o outro, o nós, Corpo, gestos e movimentos. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Conteúdo da Aula:
Explorar o tapete com suas mais diversas texturas, cores, e formas, incentivar a criança a explorar o recurso utilizado, trabalhar os órgãos de sentido, bem como as sensações desencadeadas através da brincadeira.
Objetivos:
· Trabalhar os movimentos e a coordenação motora.
· Explorar o ambiente.
· Possibilitar que a criança construa autonomia através dos órgãos dos sentidos, e suas sensações.
Síntese do assunto:
O conteúdo proposto nesse plano de aula visa a necessidade de explorar os materiais com texturas cores e formas diferentes para que as crianças reconheçam a si mesmas, e suas diversas sensações ao tocar diferentes materiais, pois assim ao descobrir-se, ampliam seus limites e desenvolvem suas potencialidades, o uso de materiais sensoriais estimula o desenvolvimento. É importante que o professor crie várias brincadeiras. A BNCC, Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), em um dos seis direitos de aprendizagem para as crianças da educação infantil nos diz:
“Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia”. (BRASIL, 2018, p. 38)
Portanto é garantida por lei, e, por conseguinte muito importante que as crianças tenham acesso aos mais diversos recursos pedagógicos, para que se desenvolvam e aprendam.
O tapete sensorial contribui para o processo de formação da representação corporal das crianças o professor pode aproveitar essa brincadeira para enriquecer ainda mais esse momento, fazendo uso de músicas e até mesmo conversando com a criança e dialogar com elas sobre as texturas, sensações, cores, e as partes do corpo que estão em contato com o material, segundo Montessori (1965, p. 99), é então que, “desenvolve seus sentidos: sua atenção, em decorrência, vê-se atraída para a observação do ambiente”.
A ludicidade está atrelada ao ensino na educação infantil, o “brincar” é uma linguagem inerente a infância e conforme a criança cresce fica ainda mais evidente. Através da brincadeira a criança resolve conflitos, recria a realidade, explora seu redor e conhece suas possibilidades, portanto o ato de brincar deve fazer parte do cotidiano da criança, cabe ao professor propiciar momentos em que as crianças aprendam brincando, afinal como nos diz Santana e Rocha (2011, pág. 04) “entender a criança e como ela se relaciona com o meio é um dos papéis mais importantes do pedagogo. O trabalho pedagógico constitui-se em ensinar a criança a melhor forma de conhecer, experimentar, relacionar-se”. As brincadeiras também possuem intencionalidades pedagógicas a serem atingidas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O primeiro passo da aula será enviar um vídeo pelo aplicativo WhatsApp com a atividade proposta mostrando aos pais como devem realizar a atividade em casa, explicando que devem construir seu próprio tapete com os materiais que tiver em casa, com texturas, cores e formas diferenciadas, então pedir para alguém filmar esse momento de interação e reconhecimento de si, deixar que ela observe e explore.
Logo após filmar, fazer a devolutiva dos vídeos dos bebês no grupo pelo mesmo aplicativo WhatsApp. 
RECURSOS:
Computador, celular, WhatsApp, materiais como: algodão, bucha, lixa, tecidos coloridos, lã, botões, e.v.a, papelão, enfim o que tiverem disponível em casa.
Referências:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular–BNCC. Brasília, DF, 2018.
MONTESSORI, Maria. Pedagogia Científica: a descoberta da criança. São Paulo, Flamboyant, 1965.
SANTANA, Marcielen Vieira; ROCHA, Alessandra B. da. DESENVOLVIMENTO LÚDICO COM BEBÊS: REPENSANDO OS POSSÍVEIS ESPAÇOS. 2° Encontro Ouvindo Coisas: Experimentações sob a ótica do imaginário, Universidade Federal de Santa Maria, 2011. Disponível em: oral.ufsm.br/gepeis/wp-content/uploads/2012/01/Marcielen-Vieira-Santana-e-Alessandra-Balsamo-da-Rocha.pdf. Acesso em: 24 maio 2021.
Ficha de frequência

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