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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Felipe Bruno do Prado – RA: 1823186 Gustavo Otaviano – RA: 1820291 Patrícia Alves Carneiro – RA:1824991 Fabrício Dos Santos Araújo – RA: 1828432 ETIQUETAS RFID NA INDÚSTRIA DE CERÂMICA ARTÍSTICA Porto Ferreira – São Paulo 2020 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ETIQUETAS RFID NA INDÚSTRIA DE CERÂMICA ARTÍSTICA Porto Ferreira – São Paulo 2020 Relatório Técnico Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Engenharia de Produção da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Mediadora: Maria Rita Pontes Assumpção Orientadora: Maria Rita Pontes Assumpção Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1 2. PROBLEMA E OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................... 1 2.1 OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................... 1 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO ......................................................................................... 1 4. METODOLOGIA CIENTIFICA ........................................................................................... 2 5. DESENVOLVIMENTO ....................................................................................................... 2 5.1. COMO FUNCIONAM AS ETIQUETAS RFID ............................................................... 2 5.2. ETIQUETAS RFID X CÓDIGO DE BARRAS ............................................................... 3 5.3. APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA RFID ...................................................................... 4 5.4. COMO PLANEJAR A IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS RFID NO SEU NEGÓCIO ........................................................................................................................................... 5 6. VISÃO EXECUTIVA DO PROJETO .................................................................................. 5 7. ANÁLISE DOS PROCESSOS ........................................................................................... 5 8. DOCUMENTOS DE REQUISITOS .................................................................................... 6 9. LEVANTAMENTO DO LOCAL .......................................................................................... 6 10. COMBINAÇÃO DE TECNOLOGIAS ............................................................................... 7 11. MODELO DE TAG RFID IDEAL ...................................................................................... 7 12. DADOS ONBOARD......................................................................................................... 8 13. CABEAMENTO ............................................................................................................... 8 14. INTEGRAÇÃO DO SISTEMA .......................................................................................... 9 15. ASPECTOS POSITIVOS DO RFID NA INDÚSTRIA CERÂMICA. .................................. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 10 1 1. INTRODUÇÃO A tecnologia de RFID – Radio frequency identification, ou, em português identificação por radiofrequência – trata de técnicas que utilizam a frequência de rádio para captura de dados. Apesar de ser uma ferramenta criada há muitas décadas, ela foi incorporada às camadas da cadeia produtiva, de suprimentos e sistemas de identificação recentemente – camadas essenciais na Omniera. Uma etiqueta RFID pode ser aplicada em pessoas, animais, produtos e documentos. É um objeto pequeno composto por uma antena e um microchip: enquanto a antena se comunica com as leitoras e sensores, o microchip pode armazenar dado tanto no formato de leitura quanto no formato de escrita, dependendo da tecnologia adotada. Os dados são armazenados no formato EPC (Electronic Product Code), um número que permite identificá-lo de forma exclusiva, assim como um código de barras. As leitoras podem ler os identificadores EPC a distância, sem necessidade de contato ou campo visual. 2. PROBLEMA E OBJETIVOS DA PESQUISA Um dos principais problemas enfrentado na empresa era a baixa assertividade no estoque, que dificultava a embalagem dos produtos e a entrega no prazo aos clientes, muitas vezes constava no estoque e não tinha o produto na hora de finalizar o pedido. 2.1 OBJETIVOS GERAIS Melhorar a qualidade do serviço prestado aos usuários; Melhorar a agilidade de inventário de estoque; Redução do tempo necessário para localizar produtos no estoque; Economia de custos; 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO A disciplina de Produção de Textos, foi empregada para a criação de um texto bem elaborado e coeso. https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/omniera-hora-repensar-empresa/ 2 Da disciplina de Metodologia Cientifica, foram utilizados os conhecimentos na busca por informações. A disciplina de Administração, foi aplicada para analisar a empresa, e buscar a melhor solução para resolver o problema, com o menor custo possível. Sistema de informação, foi utilizado na busca de tecnologias, que resolveriam o problema em questão. 4. METODOLOGIA CIENTIFICA O método utilizado foi o de pesquisa exploratória, onde o grupo se reuniu semanalmente para apresentar os resultados buscados e filtrar as melhores informações sobre o tema. As pesquisas foram feitas em busca de melhorar o transporte público por meio da tecnologia, buscando sobre tecnologias em outros países e tentar implementa-las no Brasil. 5. DESENVOLVIMENTO 5.1. COMO FUNCIONAM AS ETIQUETAS RFID Cada aplicação RFID deve ser equipada com três elementos essenciais: etiquetas (ou tags) RFID, leitoras e sistemas informatizados com middleware. As etiquetas e leitoras se comunicam por sinais de radiofrequência por meio de antenas instaladas em ambas. Já o middleware funciona como um intermediário, agrupando dados de diferentes leitoras e sensores, filtrando a informação e gerenciando a infraestrutura e o fluxo de dados do RFID. Isso acorre por meio da integração com sistemas como ERP e WMS, por exemplo. Veja um diagrama que explica com detalhes como funcionam as etiquetas RFID: 3 5.2. ETIQUETAS RFID X CÓDIGO DE BARRAS Antes de implementar as etiquetas RFID no seu negócio, talvez se pergunte qual é a diferença efetiva entre elas e os já conhecidos códigos de barras. A primeira delas é que o RFID não armazena apenas o código do produto. Dependendo da tecnologia empregada (leitura, escritas ou ambas), as etiquetas RFID podem ajudar até no monitoramento de temperatura e umidade, sendo importantes aliadas da tecnologia hospitalar e do transporte de alimentos perecíveis. Também há possibilidade de incluir outras informações mesmo com o processo já funcionando. Entre outras vantagens, os sistemas RFID são considerados os sucessores dos sistemas de código de barras porque permitem a produtores e fornecedores rastrear itens em lote, reduzindo o tempo e os custos operacionais, ajuda a reduzir desperdício, limitar furtos e roubos, gerenciar inventários, simplificar o modelo logístico e aumentar a produtividade e a eficiência das operações. 4 Existem dois tipos de etiquetas RFID: Etiqueta Passiva As etiquetas passivas utilizam a radiofrequência do leito para transmitir o seu sinal e normalmente tem suas informações gravadas permanentemente quando são fabricadas. Etiqueta Ativa As etiquetas ativas são mais sofisticadas e caras e contam com uma bateria própria para transmitir um sinal sobre uma distância razoável, além de permitir armazenamento em memória RAM capaz de guardasaté 32 KB. 5.3. APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA RFID Praticamente, todas as operações que atualmente utilizam códigos de barras podem ser substituídas pela tecnologia RFID. Sendo assim as aplicações são inúmeras, por isso destacamos algumas delas abaixo: • Gestão da cadeia logística; • Controle de documentos; • Controle de acesso; • Segurança e patrimônio; • Linhas de montagem industriais; • Identificação animal; • Rastreabilidade na origem de produtos; • Pagamento de pedágios. 5 5.4. COMO PLANEJAR A IMPLEMENTAÇÃO DE ETIQUETAS RFID NO SEU NEGÓCIO Depois de tomar a decisão de implementar um projeto RFID no seu negócio, existem algumas etapas e há serem estudadas. Como em qualquer projeto de tecnologia, vai precisar de tempo e recursos, além da gestão de todos os envolvidos para que tudo ocorra como o planejado. 6. VISÃO EXECUTIVA DO PROJETO O primeiro passo para decidir a implementação de um projeto de tecnologia RFID no seu negócio é avaliar os requisitos e as expectativas que esse novo sistema pode trazer. Essa análise deve estar fundamentada na capacidade de fornecimento do projeto e no benefício imediato no processo, de maneira que justifique a implementação do RFID em relação à tecnologia já existente. Fazer um levantamento de impactos e tendências a serem ocorridos na empresa e certifique-se que estão alinhadas com as expectativas de fornecimento do RFID. 7. ANÁLISE DOS PROCESSOS Desenhar o processo chave, bem como o lugar do RFID dentro desse projeto, esse é o elemento mais importante de uma implementação bem sucedida. A implementação do RFID é um projeto de melhoria de processos, por tanto é fundamental analisar as práticas de negócios atuais e determinar quais aspectos podem ser melhorados com a implementação de uma solução RFID. 6 Começar com a coleta de informação de gestão de negócios entre todas as áreas envolvidas, membros de TI, pessoal de manutenção e usuários finais. Apresentar o esboço dos fluxos de processos e as especificidades requeridas no processo, identifique as excepcionalidades envoltas no sistema e indique se as mesmas devem ou não ser também tratadas no processo com RFID. 8. DOCUMENTOS DE REQUISITOS Todo projeto, mesmo em pequena escala, depende da documentação de processos para redação de um documento contendo todas as especificações necessárias para implantação. Algumas considerações significativas que o gestor deve ter em mente antes de iniciar o projeto são: • Requisitos de softwares, hardwares e middlewares. • Etiquetas RFID • Fatores ambientais • Preocupações regulatórias • Confiabilidade • Segurança • Manutenção • Rede • Produção. Além desses requisitos básicos, as responsabilidades também devem ser delimitadas e assinadas neste documento. É importante ressaltar que esses requisitos podem aumentar durante a execução do projeto, mas o documento inicial pode servir como instrumento para quantificar os custos envolvidos na gestão. 9. LEVANTAMENTO DO LOCAL O levantamento do local é um processo necessário para fazer a análise do espectro de radiofrequência e para procurar possíveis interferências de sinal ou sinais concorrentes na mesma área. Além disso, o exame do local vai ajudar a planejar a localização e a instalação dos leitores e antenas. 7 Para esse quesito faz-se o uso do Site Survey para quantificar e identificar a quantidade de equipamentos (leitores, antenas, tags e aplicativos), qualificar a arquitetura de rede do local para atestar a qualidade de sinal e potência de cobertura do sistema e verificar a quantidade e conteúdo de dados necessários na etiqueta e onde e como aplicá-las. O layout físico da área de instalação deve ser documentado e anotado em um relatório para identificar os locais em que serão implementados os pontos de leitura. Todas as partes interessadas para o planejamento e execução do projeto devem estar envolvidas. 10. COMBINAÇÃO DE TECNOLOGIAS Às vezes pode ser necessário considerar a utilização de uma tecnologia híbrida, combinando o RFID com outra tecnologia para criar uma solução única. Por exemplo, podem ser utilizadas as tradicionais etiquetas com códigos de barras como backup nos casos em que o leitor RFID ou chip falhar. Da mesma maneira, pode haver alguma parte do processo em que não vá ser aplicado o RFID e os códigos de barra podem cumprir esse papel. Nas partes do processo em que a interação humana esteja envolvida ou quando é necessário localizar e identificar um único item dentre vários, é possível utilizar um coletor de dados RFID manual para ler uma tag RFID assim como faria se fosse um código de barras convencional. 11. MODELO DE TAG RFID IDEAL Existem centenas de configurações disponíveis no mercado. Você se lembra do documento de requisitos do qual falamos há alguns tópicos? Esses requisitos podem ajudá-lo a encontrar o modelo de etiqueta RFID que se adapta melhor ao seu projeto: • Tipo de aplicação; • Quantidade de dados armazenados; • Condições do ambiente de trabalho; • Formato de fixação da etiqueta no produto; 8 • Modelo de leitura; • Particularidades do projeto; • Qualidade de receptibilidade. A qualidade de receptibilidade é um dos fatores mais importantes para decidir qual o modelo de tag deve ser aplicado, pois é preciso garantir um desempenho constante em todas as leituras apontadas. 12. DADOS ONBOARD Uma das principais vantagens do RFID é a sua capacidade para armazenar uma grande variedade de dados na própria tag, tornando a informação on-line disponível sempre que a tag for localizada. É possível em aplicações que utilizam tags UHF EPC GEN 2 que informações adicionais sejam inseridas ao longo do processo, possibilitando que o código de identificação serial único do produto “ID” seja gerado no final do curso do processo e referenciado em um banco de dados com as informações coletadas em tempo real de cada etapa. Isso é possível, pois a tag oferece suporte a um número virtualmente ilimitado de campos de informações que podem ser armazenadas e acessadas sobre essa tag, sendo assim limitadas apenas as próprias limitações da base de dados. 13. CABEAMENTO O Cabeamento para o projeto de RFID se faz necessário para um bom resultado da instalação, sendo considerados uns dos fatores importantes de qualquer instalação de RFID por afetar diretamente no desempenho do sistema. O sistema RFID pode utilizar uma combinação de cabos de dados Ethernet, cabos de alimentação e cabos coaxiais para ligação de um leitor fixo e para o seu par de antenas. Em frequências UHF, as perdas de RF podem afetar o desempenho, mesmo quando se utiliza cabos de alta qualidade e de baixa perda. Observe que cada ponto de conexão gera perdas e comprimentos de cabo superiores a 20 pés pode reduzir significativamente os níveis de sinal. Quanto menor o comprimento do cabo RF, melhor desempenho. 9 14. INTEGRAÇÃO DO SISTEMA A integração do sistema RFID com o software de gestão e o banco de dados do cliente é a operação mais trabalhosa no processo de implementação de etiquetas RFID. A integração entre o sistema existente e o sistema RFID se faz através do middleware, o intermediário responsável por integrar os dados capturados pelas leitoras e sensores aos sistemas de WMS ou ERP em tempo real e online. O levantamento de dados e a especificação da interface a ser desenvolvida para a conversação entre os sistemas ERP ou WMS devem ser feitos minuciosamente, uma vez que toda a comunicação do sistema se dará de acordo com esse levantamento. É principalmente por essa integração que as equipes de Tecnologia da Informação ou o Centro de Processamento de Dados da empresa deve estar envolvido diretamente no levantamento e especificação. 15. ASPECTOS POSITIVOS DO RFID NA INDÚSTRIA CERÂMICA. - Assertividade e confiabilidade na entrada de produtos embalados no estoque,onde conseguimos saber se todos os itens que foram apontados na produção da embalagem foram realmente enviados ao estoque por meio de conferência do chip das etiquetas; - Redução no tempo de conferência de produtos embalados para entrada em estoque, onde no processo anterior gastávamos cerca de 40 minutos para conferir um pallet de produtos, hoje gastamos 4 minutos; - Redução no tempo de alocação de produtos em pedidos onde no processo anterior gastávamos cerca de 40 minutos em média para alocação de produtos no pedido de produtos, hoje gastamos 4 minutos; - Devido ao tempo reduzido para os processos anteriores pudemos reduzir o quadro de funcionários no setor de expedição e os destinamos a outros setores; 10 - Conferência rápida e assertiva dos produtos que estão sendo carregados nos caminhões para que não seja despachado pedido com falta de caixas e nem com quantidade maior do que o faturado em nota fiscal; - Localização fácil e rápida de caixas de produtos que foram guardadas em lugares errados no estoque; - Agilidade de inventário de estoque; - Assertividade de 99% do estoque; Nesse processo há também investimentos em infraestrutura de sistema ERP que deve ser alinhada para atender todas essas questões de maneira eficaz com redução de tempo, economia de custo de processo e confiabilidade de dados. Não podemos divulgar o custo de investimento nem o tempo de retorno, pois isso é variável pelo tamanho da empresa, estrutura de sistema e de processo. Essas informações do Tópico 15, são de uma indústria de cerâmica artística situada em Porto Ferreira SP, foi passada por uma funcionária da equipe de TI. Marília Cristine Santos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Oliveira, Alessandro. Pereira, Milene. Estudo da tecnologia de identificação por radiofrequência – RFID. Brasília, 2006. Disponível em: <https://bdm.unb.br/bitstream/10483/829/1/2006_AlessandroeMilene.pdf> acessado em 25 de abril de 2020. Wanderley, Mayara. Holanda, Lucyanno. Oliveira, Josenildo. A Implantação da Tecnologia Radio Frequency Identification (rfid) em Processos Logísticos de uma Indústria de Baterias. Pernambuco, 2014. Disponível em: <https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/35620399.pdf> acessado em 28 de abril de 2020. 11 Nassar, Victor. Vieira, Milton Luiz. A aplicação de RFID na logística: um estudo de caso do Sistema de Infraestrutura e Monitoramento de Cargas do Estado de Santa Catarina. São Paulo, 2014. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/gp/v21n3/v21n3a06.pdf> acessado em 24 de abril de 2020. Marques, João Miguel. Análise dos fatores que influenciam a eficiência da tecnologia RFID aplicada a sistemas de produção. Porto alegre, 2012. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/75902/000884115.pdf?seque n> acessado em 02 de maio de 2020.