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Introdução à Biomedicina 4

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INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
3-Introdução à Microbiologia 
10-Taxonomia 
16-Medidas para controle de doenças infecciosas 
21- Reino Fungi 
23-Reino Monera 
24-Vírus 
28-Microbiologia e Parasitologia 
50-Referências Bibliográficas 
 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA 
 
Microbiologia é o ramo e especialidade da biologia que estuda os micro-organismos, incluindo 
eucariontes unicelulares e procariontes, como as bactérias, fungos e vírus. Atualmente, a maioria 
dos trabalhos em microbiologia é feita com métodos de bioquímica, biologia molecular e genética. 
Também é relacionada com a patologia, já que muitos organismos são patogênicos. 
Microbiologia é a área da Biologia que se dedica aos estudos dos microrganismos. Ela analisa 
suas funções, características, metabolizações, distribuições e seus efeitos. 
Ela também pode ser caracterizada como uma especialidade da Biomedicina que estuda os 
microrganismos patogênicos, ou seja, aqueles que causam doenças infecciosas, englobando 
assim a bacteriologia, a virologia e a micologia. 
Dentro dos estudos da microbiologia são analisadas as formas de vida que só poderiam ser vistas 
com o auxílio do microscópio, sendo os principais grupos os fungos, as bactérias, as algas 
microscópicas, os protozoários e os vírus. 
Além destes grupos, a microbiologia também realiza o estudo de parasitas e vermes, como o 
helmintos. 
Micróbios possuem características básicas do fundo dos organismos basicromáticos que os 
tornam os modelos de organismos ideais. Foi descoberta a origem das bactérias, tendo sido 
anterior à origem de outros corpos, tais como protozoários, eucariontes e vírus. Dentre os citados, 
o último a se desenvolver foram os protozoários, por tratar-se de seres com uma complexidade 
maior: 
São muito pequenos, então eles não consomem muitos recursos 
Eles podem-se reproduzir por divisão mitótica, permitindo a propagação de clones idênticos em 
populações 
Eles podem ser congelados por longos períodos de tempo. Mesmo se 90% das células são 
mortas pelo processo de congelamento, há milhões de células em um mililitro da cultura líquida. 
Estes traços permitiram que Joshua Lederberg e sua mulher Esther Lederbergpudessem dirigir 
um elegante experimento em 1951 demonstrando que adaptações evolutivas surgem melhor da 
preadaptação do que da mutação dirigida. Para isto, eles inventaram a replicação em placa, que 
permitiu que eles transferissem numerosas colônias de bactérias para locais específicos de 
uma placa de petripreenchida com Ágar-ágar para regiões análogas em diversas outras placas de 
petri. 
Após a replicação de uma placa com E. coli, eles expuseram cada uma das placas a fagos. Eles 
observaram que colônias resistentes aos fagos estavam presentes em partes análogas de cada 
placa, possibilitando-os concluir que os traços de resistência aos fagos existiam na colonia 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micr%C3%B3bio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo_modelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mitose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clone
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joshua_Lederberg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esther_Lederberg
https://pt.wikipedia.org/wiki/1951
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Muta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Replica%C3%A7%C3%A3o_em_placa&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placa_de_petri
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gar-%C3%A1gar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fago
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
4 
 
original, que nunca havia sido exposta aos fagos, ao invés de surgirem após as bactérias terem 
sido expostas aos vírus. 
A extensiva caracterização dos micróbios tem nos permitido o uso deles como ferramentas em 
outras linhas da biologia: 
Bactérias (especialmente Escherichia coli) podem ser usadas para reduplicar DNA na forma de 
um plasmídeo. Este DNA é frequentemente modificado quimicamente in vitro e, então, inserido 
em bactérias para selecionar traços desejados e isolar o produto desejado de derivados da 
reação. Após o crescimento da bactéria e, deste modo, a replicação do DNA, o DNA pode ser, 
adicionalmente, modificado e inserido em outros organismos. 
Bactérias podem também ser usadas para a produção de grandes quantidades 
de proteínas usando genes codificados em um plasmídeo. 
Genes bacteriais tem sido inseridos em outros organismos como genes repórteres. 
O sistema de hibridação em levedura combina genes de bactérias com genes de outros 
organismos já estudados e os insere em uma célula de levedura para estudar interações 
proteicas em um ambiente celular. 
Enquanto a Biologia é responsável pelo estudo da vida, a Microbiologia é responsável por toda a 
vida “pequena”. Bactérias, fungos, vírus, protozoários, microalgas, são todos exemplos de 
organismos que se encaixam na área de estudo desse ramo. 
E todos esses organismos, chamados de microrganismos, só podem ser vistos e estudados de 
forma efetiva a partir de um microscópio. Dessa forma, é possível identificar informações cruciais 
desses seres, como tipo celular (procarionte e eucarionte), morfologia de sua célula e a maneira 
básica de como esses microrganismos crescem e desenvolvem. 
 
 
A Microbiologia é, basicamente, a área da biologia e da biotecnologia que estuda 
microrganismos, ou seja, organismos que não podem ser vistos em detalhe a olho nu. 
 
 
Microrganismos são essenciais para o desenvolvimento de produtos biotecnológicos. A 
Microbiologia é a base para entender qual é o microrganismo de interesse, e como ele se 
comporta. 
 O microbiologista é um cientista da área de Biologia que estuda os microrganismos 
(bactérias, vírus, algas unicelulares, protozoários, entre outros). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plasm%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/In_vitro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gene
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gene_rep%C3%B3rter
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sistema_de_hibrida%C3%A7%C3%A3o_em_levedura&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura
http://www.bioblog.com.br/voce-sabe-o-que-e-uma-bacteria/
http://www.bioblog.com.br/o-que-sao-microrganismos/
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
5 
 
Principais áreas (ramos) de atuação do microbiologista: 
 
- Microbiologia médica 
- Microbiologia farmacêutica 
- Microbiologia industrial 
- Genética microbiana 
- Microbiologia celular 
- Microbiologia ambiental 
- Microbiologia do solo 
- Microbiologia de alimentos 
- Microbiologia agrícola 
- Virologia (estudo dos vírus) 
- Micologia (estudo dos fungos) 
- Bacteriologia (estudo das bactérias) 
- Parasitologia (estudos dos parasitas) 
 
Obs.: Os microbiologistas geralmente tem formação na área de Biologia com especialização nas 
diversas áreas (ramos) de Microbiologia. 
 
Os tempos modernos incorporaram consideráveis avanços nos trabalhos do Laboratório de 
Análises Clínicas. O aumento do número de amostras analisadas e o incremento da demanda, a 
par da introdução de diversos aparelhos analíticos nas rotinas do laboratório, determinaram 
cuidados mais criteriosos e expressiva preocupação com os níveis de segurança nessas rotinas 
de trabalho. No Laboratório de Análises Clínicas, a segurança é de responsabilidade da direção, 
no sentido de evitar, ao máximo, riscos aos seus empregados, assim como é de responsabilidade 
de cada trabalhador a execução de suas tarefas dentro dos parâmetros de segurança, pelo que 
serão estabelecidas regras genéricas e normas específicas pertinentes. A rotina do Laboratório 
de Microbiologia envolve riscos relacionados à exposição, tanto com material clínicoe reagentes 
químicos, como com potenciais agentes patogênicos concentrados em meio de cultura. A adoção 
e prática de normas de segurança e uso de equipamentos afins são considerados 
imprescindíveis. 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
6 
 
O laboratorista está diariamente em contato com produtos químicos potencialmente perigosos, 
cujos efeitos geralmente se apresentam logo após eventuais acidentes, que podem ocorrer por: 
 
Contato direto: com a pele (quebra de recipiente, derramamento de líquidos, etc.); com a boca 
(durante a pipetagem); com o esôfago e o estômago (ingestão acidental); 
 
Inalação de vapores e pós finos, com conseqüentes danos pulmonares; absorção (efeitos tóxicos 
no nível da medula óssea, dos rins e do fígado). 
 
Deve haver no laboratório, à imediata disposição do acidentado, um chuveiro, com grande fluxo 
de água, e um lavador de olhos. O uso de tais equipamentos pode vir a evitar graves 
deformações e cegueiras. Não se deve pipetar diretamente com a boca produto químico irritante 
ou tóxico, deve-se fazer uso de buretas ou pró-pipetas de borracha. 
 
Cuidados Relativos a Produtos Químicos Corrosivos 
· Utilizar material descartável (seringas, agulhas ,luvas, toalhas, etc.). 
· Manter no laboratório somente o suficiente para o uso. O restante deve ser armazenado em 
outras salas. 
· Transferir materiais de estoque para o laboratório, com bastante cuidado. 
· Manter os recipientes de uso em prateleiras localizadas da altura dos olhos para baixo, 
evitando-se riscos de queda e derramamento. 
· Nas diluições, nunca se deve juntar água ao ácido concentrado. Sempre adicionar o ácido à 
água sob resfriamento, de preferência. 
· Evitar a respiração junto de vapores de ácidos e evitar contato destes com a pele e com os 
olhos. 
· Não pipetar diretamente com a boca. 
 
Cuidados Relativos a Produtos Químicos Tóxicos 
· Venenos, como cianetos e barbitúricos, devem ser mantidos trancados em armários. 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
7 
 
· Solventes orgânicos (benzeno, tetracloreto de carbono e outros hidrocarbonetos halogenados): 
técnicas que usam estes solventes devem ser feitas em salas separadas e bem ventiladas ou em 
capelas de exaustão. 
- Clorofórmio: não inflamável, porém não se deve permitir que seus vapores entrem em contato 
com fogo ou metais aquecidos, para evitar a formação do gás fosfogênio, que é tóxico. 
- “Éter e acetona: altamente inflamáveis. A conservação implica a aplicação das normas de 
segurança quanto ao risco de explosão”. 
· Gases tóxicos: 
- Monóxido de carbono: concentrações até 1% no ar são perigosas se respiradas por uma hora 
ou mais. Acima de 1% podem ser fatais. 
- Dióxido de carbono (gelo-seco): concentrações perigosas podem ser atingidas em salas mal 
ventiladas. 
 
 
O Laboratório de Microbiologia recebe diariamente grande número de amostras de fluidos 
corporais e outros espécimes clínicos que são, potencialmente, infecciosos. Os maiores perigos 
estão relacionados com os vírus da hepatite e HIV, bacilos da tuberculose, salmonelas, fungos, 
protozoários, etc. 
 
 
O uso de luvas é obrigatório, quando houver possibilidade de contato com sangue e com fluidos 
corpóreos, especificando-se: 
Luva plástica – descartável, deve ser desprezada após cada uso. Indicações: para proteção 
exclusiva do usuário em situações como colheita de sangue, recebimento ou entrega de material 
biológico, etc. 
Luva doméstica – que pode ser antiderrapante; não descartável. Seu uso é indicado para 
lavagem e desinfecção de materiais e superfícies. Após o uso, lavar as mãos enluvadas com 
água e sabão e descontaminar as luvas em solução de hipoclorito a 0,5%, por 30 a 60 minutos. 
Luva cirúrgica (látex) – é de preferência descartável, mas pode ser reprocessada, embora com 
restrições. Indicada para uso em técnicas assépticas (para proteção do paciente e do usuário), 
tais como cateterização vesical, exames endoscópicos, punção para obtenção de liquor, líquido 
articular, líquido pleural, etc. 
 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
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Máscaras cirúrgicas e protetores oculares (óculos com proteção lateral) – são utilizados 
para evitar a exposição das mucosas da boca e dos olhos e impedir o risco de inalação nos 
procedimentos que possam produzir aerossóis ou causar borrifamento de sangue; também 
devem ser usadas no manuseio de material biológico. 
Aventais – devem ser usados durante os procedimentos acima descritos, no manuseio de 
culturas microbiológicas e no contato com material orgânico. Os aventais devem ser de mangas 
longas e, se possível, de tecido sanfonado (tipo avental cirúrgico). 
 
 
 
Importante: 
As unidades laboratoriais de microbiologia devem estar em conformidade com a Portaria GM 
1.884/94, de 11 de novembro de 1994, do Ministério da Saúde, ou com regulamentação técnica 
superveniente. 
 
 
 
O equipamento mínimo para funcionamento de um laboratório de microbiologia consiste em: 
 estufa bacteriológica; 
 forno de Pasteur; 
 autoclave; 
 microscópio binocular; 
 centrifugador de baixa rotação; 
 homogeneizador; 
 banho-maria de pequena dimensão; 
 destilador para água; · balança para tarar tubos; 
 balança comum com uma ou duas casas decimais; 
 bico de Bunsen; 
 geladeira; 
 capela de fluxo laminar. 
 
 
 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
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Fatores que podem comprometer o exame microbiológico: 
 hipótese diagnóstica mal elaborada, informações mal colhidas, incompletas, ou não, 
devidamente interpretadas, etc.; 
 requisição inadequada da análise laboratorial; 
 coleta, conservação e transporte inadequados; 
 falhas técnicas no processamento da análise; 
 demora na liberação de resultado; 
 má interpretação dos resultados. 
 
Deve-se lembrar que o envolvimento do médico com o laboratório de microbiologia pode, com 
freqüência, ser muito útil para ambos, propiciando melhor orientação técnica, mais objetividade, 
facilitando a interpretação de resultados, etc. 
A importância do relacionamento médico com o laboratório deve-se ao fato de que a 
microbiologia envolve etapas interpretativas para muitos exames, como aqueles que envolvem 
flora (mucosas), ou no caso de agentes específicos em que são fundamentais a escolha de meios 
seletivos, uso de meios enriquecedores, a uso de suplementos, ampliação do tempo de cultivo, a 
variação na temperatura de incubação, a adição de novos testes, etc. 
 
Dados de Identificação: 
Sobrenome e iniciais 
Registro n.º 
Data de nascimento ____/____/____ 
Sexo:M ( ) F ( ) 
Clínica ( ) leito ( ) ou ambulatório ( ) 
Campo para identificação do exame no Laboratório 
 
Todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é conseqüência da qualidade da 
amostra recebida. O material colhido deve ser representativo do processo infeccioso investigado, 
devendo ser eleito o melhor sítio da lesão, evitando contaminação com as áreas adjacentes. 
A coleta e o transporte inadequados podem ocasionar falhas no isolamento do agente etiológico e 
favorecer o desenvolvimento da flora contaminante, induzindo a um tratamento não apropriado. 
Portanto, procedimentos adequados de coleta devem ser adotados para evitar o isolamento de 
um “falso” agente etiológico, resultando numa orientação terapêutica inadequada. 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
10 
 
TAXONOMIA 
 
Taxonomia (do grego antigo τάξις, táxis, "arranjo" e νομία, nomia, "método") é 
a disciplina biológica que define os grupos de organismos biológicos com base em características 
comuns e dá nomes a esses grupos. Para cada grupo, é dada uma nota. Os grupos podem ser 
agregados para formar um supergrupo de maior pontuação, criando 
uma classificaçãohierárquica. Os grupos criados por este processo são referidos como taxa (no 
singular, táxon). Um exemplo da classificação moderna foi publicado em 2009 pelo Angiosperm 
Phylogeny Group para todas as famílias de plantascom flores vivas (Sistema APG III). 
A definição exata de "taxonomia" varia ligeiramente de fonte para fonte, mas o núcleo da 
disciplina permanece: a concepção, nomeação e classificação dos grupos de organismos. Nas 
referências, três definições são encontradas nos livros didáticos. Veja, abaixo: 
Teoria e prática de agrupamento de indivíduos em espécies, organizando as espécies em grupos 
maiores e dando os nomes aos grupos, produzindo assim uma classificação; 
Um campo da ciência (e principal componente da sistemática) que engloba identificação, 
descrição, nomenclatura e classificação; 
A ciência da classificação, em biologia, o arranjo dos organismos em uma classificação. 
Taxonomia é uma subdisciplina de biologia e é praticada por biólogos conhecidos 
como taxonomistas, embora naturalistas entusiastas frequentemente se envolvem em 
publicações de novos taxa. 
 
 O trabalho realizado pelos taxonomistas é crucial para a compreensão da 
biologia em geral. 
 
Dois campos de biologia aplicada em que o trabalho taxonômico é de fundamental importância 
são o estudo da biodiversidade e a conservação.[6] Sem uma taxonomia dos organismos em uma 
determinada área, estimar a quantidade da diversidade presente não é realista. Como a 
conservação tornou-se cada vez mais politicamente importante, o trabalho taxonômico impacta 
não só na comunidade científica, mas na totalidade da sociedade. 
A classificação biológica é um passo crítico no processo taxonômico, pois informa 
hipoteticamente quais são os parentes do taxon. Embora a disciplina de taxonomia em si não lide 
com as investigações de como os taxa estão relacionados uns com os outros, ela serve para 
comunicar estes resultados. Para isso, ela classifica em ordens taxonômicas criadas por Carl Von 
Linné, conhecido como Lineu (em ordem do maior para o menor): 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega_antiga
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Disciplina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biol%C3%B3gico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/2009
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperm_Phylogeny_Group
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperm_Phylogeny_Group
https://pt.wikipedia.org/wiki/Angiosperm_Phylogeny_Group
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_APG_III
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistem%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conserva%C3%A7%C3%A3o_da_natureza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia#cite_note-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxon
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
11 
 
 Domínio, 
 Reino, 
 Filo, 
 Classe, 
 Ordem, 
 Família, 
 Gênero e 
 Espécie. 
 
Em taxonomia numérica, a taxonomia é exclusivamente com base na análise de Clustering e 
"união de vizinho" para melhor ajustar as equações numéricas que caracterizam traços 
mensuráveis de uma série de organismos. É o resultado de uma medida de "distância" evolutiva 
entre as espécies. O uso deste método tornou-se raro nos tempos modernos, tendo sido em 
grande parte substituída pela análises cladísticas, pois a taxonomia numérica é sensível a serem 
enganados por traços de Plesiomorfia. 
O táxon é definido por sua descrição. Não existem regras fixas que regem a definição dos taxa, 
mas a nomeação e publicação de novos taxa é regido por um conjunto de regras. Em zoologia, 
a nomenclatura mais comumente utilizados (superfamília a subespécie), é regulada pelo Código 
Internacional de Nomenclatura Zoológica. Nas áreas de botânica, Ficologia e micologia, a 
nomeação dos taxa é regido pelo Código Internacional de Nomenclatura Botânica. 
A descrição inicial de um táxon envolve cinco requisitos principais: 
O táxon deve receber um nome com base nas 26 letras do alfabeto latino (um binômiodas novas 
espécies ou uninomial para outros patentes). 
O nome deve ser único (não pode ter um homônimo). 
A descrição deve basear-se em pelo menos um Espécie-tipo. 
Ela deve incluir referências e atributos que tornem o táxon único. 
Estes quatro primeiros requisitos devem ser publicados em uma obra em que haja um grande 
número de cópias idênticas, como um registro científico permanente. 
Muitas vezes também são incluídas mais informações, como a distribuição geográfica do táxon, 
notas ecológicas, química, comportamento etc. 
Os pesquisadores podem chegar a vários taxa, dependendo dos dados disponíveis e os recursos, 
os métodos variam de simples comparações quantitativa ou qualitativa de características 
marcantes, análises com computadores das grandes quantidades de dados de sequência 
de DNA. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dom%C3%ADnio_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clustering
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clad%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plesiomorfia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxon
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zoologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nomenclatura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Superfam%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Subesp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Internacional_de_Nomenclatura_Zool%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Internacional_de_Nomenclatura_Zool%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Internacional_de_Nomenclatura_Zool%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Internacional_de_Nomenclatura_Bot%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_latino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nomenclatura_binomial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hom%C3%B4nimo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie-tipo
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Qu%C3%ADmica
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
12 
 
Domínio (também superregnum, super-reino ou império) é a designação dada em biologia 
ao táxon de nível mais elevado utilizado para agrupar os organismos numa classificação 
científica. O domínio agrupa os diferentes reinos, sendo a mais inclusiva das divisões 
taxonómicas em que se dividem as espécies que compõem a vida na Terra, o universo por vezes 
designado por superdomínio Biota. 
Apesar do número de domínios e do respectivo nome ser arbitrário, variando com a evolução do 
conhecimento científico e com as opiniões dominantes entre os que estudam a sistemática, a 
estrutura adaptada, por definição, reflete obrigatoriamente as 
diferenças evolucionárias fundamentais contidas no genoma dos seres vivos, agrupando-os de 
acordo com a sua estrutura biológica mais básica. Com o aparecimento da cladística, o conceito 
de domínio aparece associado ao do clado mais inclusivo em que se pretenda dividir o mundo 
vivo. 
O Reino é a categoria superior da classificação científica dos organismos introduzida 
por Linnaeus no século XVIII.Quando Carl Linnaeus introduziu o sistema hierárquico de nomenclatura na biologia em 1735, o 
posto mais alto recebeu o nome de "reino" e foi seguido por quatro outras categorias principais: 
classe, ordem, gênero e espécie. Originalmente, Lineu considerou as coisas naturais no mundo 
divididas dois em reinos: 
Animalia - os "animais" (com movimento próprio) 
Plantae - as "plantas" (com movimento designado fototropismo) 
Os reinos são subdivididos em filos (para o reino animal) ou divisões (para as plantas). 
Quando se descobriram os organismos unicelulares, estes foram divididos entre os dois reinos de 
organismos vivos. As formas com movimento foram colocadas no filo Protozoa e as formas 
com pigmentos fotossintéticos na divisão Algae. As bactérias foram classificadas em várias 
divisões das plantas. 
Com a falta de comunicação existente naquele tempo, certas espécies - por exemplo, a Euglena, 
que é verde e móvel - foram classificadas umas vezes como plantas, outras vezes como animais. 
Então, por sugestão de Ernst Haeckel, foi criado um terceiro reino de organismos vivos, o 
reino Protista para acomodar estas formas. 
Herbert Copeland introduziu um quarto reino para as bactérias, que têm uma organização 
celular procariótica, enquanto que os organismos dos restantes três reinos são formados por 
organismos eucarióticos. Ele chamou a este reino Mychota, nome que foi mais tarde substituído 
por Monera (que significa formas primitivas). 
Robert Whittaker incluiu os fungos no reino Fungi, ficando a haver três reinos para 
organismos multicelulares: 
Plantae - autotróficos - Reino das Plantas 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fototropismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protozo%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pigmento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotoss%C3%ADntese
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Euglena
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernst_Haeckel
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Faulkner_Copeland
https://pt.wikipedia.org/wiki/Procarionte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryota
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mychota
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Whittaker
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Multicelular
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INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
13 
 
Fungi - saprófitos, - Reino dos fungos (como cogumelos, bolores etc.) 
Animalia - heterotróficos - Reino dos animais 
e mais dois reinos para os organismos unicelulares ou coloniais: 
Protista - Reino das Algas Unicelulares e dos Protozoários, há ainda uma discussão para a 
criação do Reino Algae, para as algas. 
Monera - Reino das Bactérias e Cianobactérias (ou algas azuis) 
OBS.: O Reino Fungi atualmente compreende seres tanto multicelulares quanto unicelulares. 
Este sistema dos cinco reinos ainda é bastante usado na literatura científica. 
Um outro sistema foi proposto para incluir os vírus, com seis reinos, divididos por três super-
reinos e o grupo supremo, o Superdomínio Biota: 
Super-domínio: Biota - Todos os organismos vivos, sem nenhuma exceção. 
Super-reino: Acytota - organismos acelulares (também chamado "império" 
ou domínio Aphanobionta) 
Reino: Vírus - os vírus e agentes sub-virais 
Super-reino: Prokaryota - organismos sem núcleo celular organizado 
Reino: Monera - as bactérias 
Super-reino: Eukaryota - organismos com núcleo celular organizado 
Reino: Fungi - os fungos 
Reino: Metaphyta - as plantas "superiores" 
Reino: Metazoa - os animais 
Reino: Protista - os protozoários e algas unicelulares 
Recentemente, no entanto, novas investigações sobre a filogenia dos organismos levaram a um 
novo sistema de classificação, a cladística. A mais importante foi a descoberta de Carl Woese, 
em 1977, de que os procariotas compreendiam dois grupos distintos, a que ele 
chamou Eubacteria e Archaebacteria que foram denominadas mais tarde, por ele, 
como Bacteria e Archaea. 
Esta descoberta levou ao sistema de classificação cladístico dos organismos em três Domínios, 
que se pretendia que fossem um substituto dos Reinos, mas que acabou por ser usado como um 
"super-reino" (se bem que ainda possa ser utilizada a proposta dos super-reinos, pois no reino 
Monera os domínios Bacteria e Archaea são sub-reinos). 
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INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
14 
 
Filo (em latim: phylum; em grego: Φῦλον; plural: Φῦλα: phyla), é um taxon usado na classificação 
cientifica dos seres vivos. A palavra Phyla tem a sua origem no conceito grego clássico de 
φυλαί, phylai, o sistema de votação de base clânica usado nas cidades-estado da Grécia Antiga. 
Os filos são os agrupamentos mais elevados geralmente aceites em cada um dos Reinos em que 
os seres vivos foram divididos tendo em conta os traços evolutivos, estruturais e ancestrais. 
Cada filo representa o agrupamento mais alargado geralmente aceite de seres vivos que 
partilham certas características evolutivas comuns. Tal não impede que os filos sejam por vezes 
agrupados em taxa mais gerais, designados por superfilos (ou versão latinizada, superphyla), 
como por exemplo os Ecdysozoa, um agrupamento de 8 filos, incluindo os artrópodes e 
os vermes; ou os Deuterostomia(incluindo os equinodermes, 
os cordados, hemichordadose quetognatas). Em linguagem informal, a designação filo é 
utilizada, embora com risco de incorrecção, para designar agrupamentos de seres vivos 
baseados numa configuração morfológica comum. 
A utilização do termo filo teve a sua origem no campo zoológico, sendo no campo botânico 
tradicionalmente preferido o uso do termo divisão para designar agrupamentos taxionómicos de 
nível correspondente. Contudo, na moderna Sistemática, um filocorresponde a 
uma divisão enquanto grupo taxionómico, sendo o conceito de utilização universal, isto é aplicável 
em toda a Biologia, sem destrinça para os campos clássicos da Botânica e da Zoologia. Esta 
posição foi reafirmada no XV Congresso Internacional de Botânica, em 1992, que incluiu esse 
princípio no Código Internacional de Nomenclatura Botânica. Assim sendo, na classificação de 
plantas (reino Metaphyta), os filos subdividem-se, normalmente, em Classes, pelo que o 
termo divisão pode ser substituído pelo termo filo. 
Classe é uma categoria utilizada na classificação científica dos seres vivos, o 
sistema taxonómico mais utilizado na moderna biologia. Naquela classificação, a Classe é a 
categoria taxonómica constituída por um conjunto de Ordens; as Classes por sua vez agrupam-se 
em Filos (que na botânica são frequentemente designados por Divisões). Quando necessário, 
uma classe pode ser dividida em subclasses, agrupando organismos que apresentem um grau de 
diferenciação que mereça ser destacado. 
Por convenção, na botânica os nomes das Classes terminam em -opsida entre os fungos em -
mycetes e em algas em -phyceae. 
Ordem (latim: ordo, plural ordines) é um taxon de alto nível hierárquico utilizado no sistema 
de classificação científica dos seres vivos para agrupar famílias constituídas por espécies que 
apresentam entre si um elevado grau de semelhança morfofuncional. Com o aparecimento 
da cladística as ordens tendem a agrupar organismos que apresentam uma ancestralidade 
comum de que resulta um elevado grau de semelhança genómica. Em termos de hierarquia, a 
ordem é uma categoria que se localiza entre a classe e a família, podendo ser incluída num taxon 
intermédio, a superordem. A nomenclatura formal das ordens depende do domínio em que se 
insira, sendo regulada pelo respectivo código de nomenclatura biológica. A primeira utilização do 
conceito de ordem (e não apenas a sua consideração como género superior ou genus summum) 
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INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
15 
 
deve-se ao botânico alemão Augustus Quirinus Rivinus na década de 1690. Carolus Linnaeus foi 
o primeiro que aplicou a categoria de forma consistente na sua obra Systema Naturae (1735). 
Na Biologia, família é uma clado integrada no sistema taxonómicocriado por Lineu no 
século XVIII. A família agrupa um conjunto de géneros, ou de sub-famílias, e está incluída 
em ordens. 
Em biologia, um gênero é uma unidade de taxonomia (um táxon) utilizada na classificação 
científica e agrupamento de organismos vivos/fósseis para agrupar um conjunto de espécies que 
partilham um conjunto muito alargado de características morfológicas e funcionais, 
um genoma com elevadíssimo grau de comunalidade e uma proximidade filogenética muito 
grande, reflectida pela existência de ancestrais comuns muito próximos. No sistema 
de nomenclatura binomialutilizado na biologia, o nome de um organismo é composto por duas 
partes: o seu género(escrito sempre com maiúscula), e o modificador específico (também 
conhecido como o epíteto específico). 
Por exemplo, Homo sapiens sapiens é o nome da espécie humana(latim para homem sábio 
sábio), a qual pertence ao género Homo. Cada género é constituído em torno de uma espécie-
tipo, por sua vez associada permanentemente a um espécime-tipo devidamente preservado e 
descrito, a partir do qual se avalia a proximidade ou diferenciação de cada uma das espécies que 
são incluídas no táxon. 
Espécie (do latim: species, "tipo" ou "aparência"; abreviado: "spec." ou "sp." singular, ou 
"spp." plural), é um conceito fundamental da Biologia que designa a unidade básica do sistema 
taxonómico utilizado na classificação científica dos seres vivos. Para Darwin as espécies, bem 
como os gêneros, são como "meras combinações artificiais feitas por conveniência". Em 
contrapartida, dois biólogos americanos, Ernst Mayr e Theodosius Dobzhansky, na década de 30, 
no qual sugeriram um teste que poderia ser usado para decidir se duas populações faziam parte 
de uma mesma espécie ou de espécies distintas. 
Com isso reconheceram organismos como membros de uma mesma espécies capazes de se 
acasalar na natureza e produzir descendentes férteis. Embora existam múltiplas definições, 
nenhuma delas consensual, o conceito estrutura-se em torno da constituição de agrupamentos de 
indivíduos (os espécimes) com profundas semelhanças estruturais e funcionais recíprocas, 
resultantes da partilha de um cariótipo idêntico, expresso numa estrutura cromossómica das 
células diploides similar, que lhes confere acentuada uniformidade bioquímica e a capacidade de 
reprodução entre si, originando descendentes férteis e com o mesmo quadro geral de 
caracteres, num processo que, quando envolva um organismo sexuado, deve permitir 
descendentes férteis de ambos os sexos. 
Apesar de terem sido propostas múltiplas definições mais precisas, a dificuldade em encontrar 
uma definição universal para o conceito levou ao aparecimento do chamado problema da espécie 
e à adoção de formulações flexíveis utilizadas de forma pragmática em função das 
especificidadesdo grupo biológico a que o conceito é aplicado. 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Diploide
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Sexo
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
16 
 
MEDIDAS PARA CONTROLE DE DOENÇAS INFECCIOSAS 
 
 
Um agente causal é um fator que está presente para a ocorrência de uma doença; de modo geral, 
um agente é considerado uma causa necessária, porém não suficiente para a produção da 
doença. 
Os agentes podem ser divididos em biológicos e não biológicos; os agentes biológicos são 
organismos vivos capazes de causar uma infecção ou doença no ser humano e nos animais. As 
espécies que ocasionam doença humana são denominadas patogênicas. Entre os agentes não 
biológicos, encontram-se os químicos e físicos. 
 
 
 
Agente: É um fator que pode ser um micro-organismo, substância química, ou forma de radiação, 
cuja presença, presença excessiva ou relativa ausência é essencial para a ocorrência da doença. 
 
 
 
Agentes Biológicos 
Artrópodos: Sarcoptes scabiei, Phthirus pubis, Pediculosis sp. 
Metazoários: N. americanus, T. solium, A. lumbricoides 
Protozoários: E. hystolitica, G. lambia, P. falciparum 
Fungos: C. albicans, H. capsulatum, C. neoformans 
Micoplasmas: Mycoplasma pneumoniae, M. genitalium. 
Clamídias: C. trachomatis, C. pneumoniae, C. psittaci. 
Rickettsias: R. typhy, R. prowazeki 
Bactérias: V. cholerae, S. aureus, Y. pestis, M. tuberculosis Vírus: Sarampo, HIV, Ebola, Dengue, 
Raiva Príons: CJD (Encefalopatia espongiforme subaguda), Kuru 
 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
17 
 
Agentes não Biológicos 
Químicos: Pesticidas, Aditivos de alimentos, Fármacos Industriais. 
Físicos: Força mecânica ,Calor, Luz, Radiações, Ruído. 
 
Uma característica dos agentes microbianos relacionada com o hospedeiro é a habilidade de 
induzir imunidade específica, que também é denominada antigenicidade ou imunogenicidade. Os 
agentes podem diferir no que diz respeito à quantidade de antígeno produzido durante a infecção. 
O lugar de multiplicação do agente e o grau de disseminação no hospedeiro são também fatores 
importantes. Aqui poderia ser comparado o vírus da influenza, que se multiplica somente nas 
células epiteliais que recobrem a árvore traqueo-bronquial, com o vírus do sarampo e da febre 
amarela, que são disseminados através da corrente sanguínea, multiplicando-se em numerosas 
partes do corpo. A imunidade é muito mais efetiva e mais duradoura no caso destes últimos. 
 
 
Hospedeiro: é uma pessoa ou animal vivo, incluindo as aves e os artrópodes que, em 
circunstâncias naturais, permite a subsistência e o alojamento de um agente infeccioso. 
 
 
A entrada do agente, biológico ou não biológico, no hospedeiro inicia o processo de infecção ou o 
período de latência nas doenças não transmissíveis. 
 
Infecção: é a entrada, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo 
de uma pessoa ou animal. 
 
Somente a presença de agentes infecciosos vivos nas superfícies do corpo ou em peças de 
roupas de vestir, brinquedos, ou outros objetos inanimados ou substâncias como água, leite ou 
alimentos, não constituem infecção senão contaminação dessas superfícies. O desenvolvimento 
sobre o corpo de agentes patogênicos (exemplo: piolhos) chama-se infestação. 
 
Infectividade: é a capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e multiplicar-se dentro de 
um hospedeiro. 
 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
18 
 
A medida básica de infectividade é o número mínimo de partículas infecciosas que são 
necessárias para produzir uma infecção (dose infectante mínima). Para um agente microbiano 
determinado, esse número pode variar muito de um hospedeiro para outro e dentro de uma 
mesma espécie, de acordo com a porta de entrada, a idade e outras características do 
hospedeiro. As comparações exatas e diretas de infectividade, em geral podem ser feitas 
somente em animais, sob condições laboratoriais. 
O sarampo e a varicela são exemplos de máxima infectividade; a caxumba e a rubéola, de 
infectividade intermediária; e a lepra, de infectividade relativamente baixa. A infecção pelo vírus 
da imunodeficiência humana (HIV) e pelo vírus da hepatite B (VHB) representam outro exemplo 
de diferentes graus de infectividade. Quando uma pessoa suscetível se expõe ao HIV ao se 
espetar com uma agulha contaminada, sua possibilidade de infecção é de aproximadamente 4 
em 1.000; quando se expõe dessa forma ao VHB, sua probabilidade é mais alta, de 1 em 7. 
 
 
Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso de produzir doença em pessoas 
infectadas. 
 
A capacidade de produzir doenças depende de uma variedade de fatores, tais como a rapidez e o 
grau do dano tissular causado pela multiplicação do agente e o fato de que esse possa produzir 
uma toxina específica, como fazem os bacilos da febre tifóide e do tétano. No entanto, qualquer 
que seja o mecanismo para a produção da doença, a medida da patogenicidade é simplesmente 
a proporção de sujeitos infectados que desenvolvem a doença. Similar à infectividade, também se 
pode estabelecer graus de patogenicidade. 
Os agentes da raiva, AIDS e varicela são altamente patogênicos, no sentido de que praticamente 
cada infecção em um indivíduo suscetível resulta em doença. Os rinovírus (resfriado comum) 
ocupam também um lugar de destaque na escala, já que cerca de 80% das infecções produzem 
doença. A caxumba e a rubéola caem para um lugar intermediário, com 40 a 60% das infecções 
com manifestações clínicas características. Em nível inferior de patogenicidade, encontra-se o 
poliovirus com uma baixa proporção de doentes a partir dos infectados; mais de 90% dos 
infectados com opoliovirus são assintomáticos. 
A capacidade dos agentes para infectar e produzir doenças nos seres humanos depende também 
da suscetibilidade do hospedeiro. Nem todas as pessoas igualmente expostas a um agente 
infeccioso são infectadas. Das infectadas, algumas não apresentam sintomas, nem sinais clínicos 
no curso da infecção (infecção inaparente ou subclínica), enquanto que outras apresentam 
sintomas (infecção aparente ou clínica), podendo ser também de duração e grau variáveis. A 
importância e a intensidade de uma infecção aparente é medida em termos de sua morbidade e 
letalidade. 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
19 
 
REINO PROTISTA 
 
Protista, por vezes também designado Protoctista, é um grupo diverso 
de organismos eucariontes, que inclui a maioria dos organismos que não se encaixam em 
nenhum dos outros quatro reinos eucarionticos: Animalia (animais no sentido 
estrito), Plantae (plantas), Fungi (fungos) ou Chromista. 
Possui cerca de 20 mil espécies, sendo um grupo diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir 
de algas unicelulares. Em alguns casos essa origem torna-se bem clara, como no grupo 
de flagelados. Há registros fósseis de protozoários com carapaças (foraminíferos), que viveram 
há mais de 1,5 bilhões de anos, na Era Proterozoica. Grandes extensões do fundo dos mares 
apresentam espessas camadas de depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e 
foraminíferos. 
Os Protozoários foram classificados por Goldfuss em 1818 como um filo, Protozoa pertencente 
ao Reino Animal. Goldfuss descreveu os protozoários como sendo micro-
organismos unicelulares heterotróficos, semelhantes a animais, o antigo reino Protozoa 
(do grego Proto que em português significa primeiro) e (Zoa ou zoo que em português significa 
animal ou animais) portanto o termo protozoário "em português" significa literalmente "os 
primeiros animais" e devido a isso foram classificados no Filo Protozoa como se fossem "animais 
microscópicos" e por conseguinte estavam incluídos no Reino Animal. 
Antigamente referia-se ao Filo dos Protozoários. Atualmente o termo protozoário tem sido 
empregado como uma designação coletiva, sem valor taxonômico. Os antigos Subfilos passaram 
a ser os atuais Filos. Na última classificação, o antigo filo Protozoa foi eliminado do Reino Animal 
e, seus antigos subfilos, subfilo Plasmodroma e subfilo Ciliophora, sendo classificados como filos 
Plasmodroma e o Ciliophora pertencentes ao reino Protista. As algas unicelulares, crisófitas, 
euglenófitas e pirrófitas que antigamente estavam classificadas no Reino Vegetal, saíram do 
Reino Vegetal e passaram a ser classificadas também como integrantes do Reino Protista junto 
com os protozoários. 
A classificação dos protozoários é feita com base nas estruturas de locomoção que apresentam e 
devido a muitas semelhanças com as estruturas de locomoção das algas unicelulares, todos 
esses micro-organismos muito semelhantes e que apresentam características mistas tanto de 
animais quanto de vegetais, saíram dos Reino Animal e do Reino Vegetal e foram todos eles 
reunidos no Reino Protista. 
As classes de micro-organismos anteriormente classificadas como algas (parafilético) 
antigamente faziam parte do Reino Protista. Hoje, as algas procariontes são as cianobactérias 
(Cyanobacteria ou algas azuis), classificadas como bactérias do Reino Monera. As algas 
verdadeiras Rodophyta (algas vermelhas) e Chlorophyta (algas verdes), que são seres 
pluricelulares estão contidas no Reino Vegetal (Archaeplastida), enquanto as Phaeophyta (algas 
pardas) são consideradas como pertencentes ao Reino Chromista. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eucarionte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chromista
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Proterozoico
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Heterotrofismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alga
https://pt.wikipedia.org/wiki/Procarionte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyanobacteria
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodophyta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chlorophyta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Archaeplastida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Phaeophyta
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chromista
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
20 
 
Segundo a classificação dos seres vivos em cinco reinos (Whittaker – 1969), um deles, o dos 
Protistas, agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se 
colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), 
que são protistas autótrofos (fotossintetizantes). Osprotozoários são protistas heterótrofos. 
A célula de um protista é semelhante às células de animais e plantas, mas há particularidades. 
Os plastos das algas são diferentes dos das plantas quanto à sua organização interna de 
membranas fotossintéticas. 
Ocorrem cílios e flagelos para a locomoção. A célula do protozoário tem uma membrana simples 
ou reforçada por capas externas protéicas ou, ainda, por carapaças minerais, como certas 
amebas (tecamebas). 
Os protozoários constituem um grupo de eucariontes com cerca de 20 mil espécies. é um grupo 
diversificado, heterogêneo, que evoluiu a partir de algas unicelulares. Em alguns casos essa 
origem torna-se bem clara, como por exemplo no grupo de flagelados. Há registro fóssil de 
protozoários com carapaças (foraminíferos), que viveram há mais de 1,5 bilhão de anos, na Era 
Proterozóica. Grandes extensões do fundo dos mares apresentam espessas camadas de 
depósitos de carapaças de certas espécies de radiolários e foraminíferos. São as chamadas 
vasas. 
Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, 
poças, lodo e terra úmida. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitasde invertebrados e 
vertebrados. Eles são organismos microscópicos, mas há espécies de 2 a 3 mm. Alguns 
formam colônias livres ou sésseis. 
Fazem parte do plâncton (conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios, lagos e 
oceanos, carregados passivamente pelas ondas e correntes). No plâncton distinguem-se dois 
grupos de organismos: 
 
Fitoplâncton: organismos produtores (fotossintetizadores), representados principalmente por 
dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de sustentação da cadeia alimentar nos mares 
e lagos . São responsáveis por mais de 90% da fotossíntese no planeta. 
 
Zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente por 
protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes. 
 
Obs.: Nas espécies de vida livre há formação de vacúolos digestivos. As partículas alimentares 
são englobadas por pseudópodos ou penetram por uma abertura pré-existente na membrana, o 
citóstoma. 
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
21 
 
REINO FUNGI 
 
 
Os fungos são popularmente conhecidos porbolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, 
trufas e cogumelos-de-chapéu (champignon). 
É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies espalhadas por 
praticamente qualquer tipo de ambiente. 
Os fungos apresentam grande variedade de modos de vida. Podem viver como saprófagos, 
quando obtêm seus alimentos decompondo organismos mortos; como parasitas, quando se 
alimentam de substâncias que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, prejudicando-
o ou podendo estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, em que ambosse 
beneficiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem alguns grupos de fungos 
considerados predadores que capturam pequenos animais e deles se alimentam. 
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. 
Essas enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual eles se instalam, degradando-o à 
moléculas simples, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa. 
Os fungos saprófagos são responsáveis por grande parte da degradação da matéria orgânica, 
propiciando a reciclagem de nutrientes. Juntamente com as bactérias saprófagas, eles compõem 
o grupos dos organismos decompositores, de grande importância ecológica. No processo da 
decomposição, a matéria orgânica contida em organismos mortos é devolvida ao ambiente, 
podendo ser novamente utilizada por outros organismos. 
O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas, que inclui micro-organismostais como 
as leveduras, os bolores, bem como os mais familiares cogumelos. 
Os fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias. Uma grande 
diferença é o fato de as células dos fungos terem paredes celulares que 
contêm quitina e glucanos, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. Estas e outras 
diferenças mostram que os fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre si, 
denominado Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e que partilham um ancestral 
comum (um grupo monofilético). Este grupo de fungos é distinto dos estruturalmente similares 
Myxomycetes (agora classificados em Myxogastria) e Oomycetes. 
A disciplina da biologia dedicada ao estudo dos fungos é a micologia, muitas vezes vista como 
um ramo da botânica, mesmo apesar de os estudos genéticos terem mostrado que os fungos 
estão mais próximos dos animais do que das plantas. 
Abundantes em todo mundo, a maioria dos fungos é inconspícua devido ao pequeno tamanho 
das sua estruturas, e pelos seus modos de vida crípticos no solo, na matéria morta, e 
como simbiontes ou parasitas de plantas, animais, e outros fungos. Podem tornar-se notados 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryota
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micro-organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bolor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogumelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plantae
https://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Quitina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glucano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Celulose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antepassado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antepassado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antepassado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monofil%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Myxogastria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oomycetes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Simbiose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
22 
 
quando frutificam, seja como cogumelos ou como bolores. Os fungos desempenham um papel 
essencial na decomposição da matéria orgânica e têm papéis fundamentais nas trocas e ciclos de 
nutrientes. São desde há muito tempo utilizados como uma fonte direta de alimentação, como no 
caso dos cogumelos e trufas, como agentes levedantes no pão, e na fermentação de vários 
produtos alimentares, como o vinho, a cerveja, e o molho de soja. 
Desde a década de 1940, os fungos são usados na produção de antibióticos, e, mais 
recentemente, várias enzimas produzidas por fungos são usadas industrialmente e em 
detergentes. São também usados como agentes biológicos no controlo de ervas daninhas e 
pragas agrícolas. Muitas espécies produzem compostos bioativos chamados micotoxinas, 
como alcaloides e policetídeos, que são tóxicos para animais e humanos. 
As estruturas frutíferas de algumas espécies contêm compostos psicotrópicos, que são 
consumidos recreativamente ou em cerimónias espirituais tradicionais. Os fungos podem 
decompor materiais artificiais e construções, e tornar-se patogénicos para animais e humanos. As 
perdas nas colheitas devidas a doenças causadas por fungos ou à deterioração de alimentos 
podem ter um impacto significativo no fornecimento de alimentos e nas economias locais. 
O reino dos fungos abrange uma enorme diversidade e táxons, com ecologias, estratégias 
de ciclos de vida e morfologias variadas, que vão desde os quitrídiosaquáticos unicelulares aos 
grandes cogumelos. Contudo, pouco se sabe da verdadeira biodiversidade do reino Fungi, que se 
estima incluir 1,5 milhões de espécies, com apenas cerca de 5% destas formalmente 
classificadas. Desde os trabalhos taxonómicos pioneiros dos séculos XVII e XVIII efetuados 
por Lineu, Christiaan Hendrik Persoon, e Elias Magnus Fries, os fungos 
são classificados segundo a sua morfologia (i.e. caraterísticas como a cor do esporo ou 
caraterísticas microscópicas) ou segundo a sua fisiologia. 
Os avanços na genética molecularabriram o caminho à inclusão da análise de ADN na taxonomia, 
o que desafiou por vezes os antigos agrupamentos baseados na morfologia e outros traços. 
Estudos filogenéticos publicados no último decénio têm ajudado a modificar a classificação do 
reino Fungi, o qual está dividido em um sub-reino, sete filos e dez subfilos. 
 
Esse reino é formado por organismos denominados fungos, que pertencem ao domínio Eucariota 
(seres com células nucleadas). Fazem parte do Reino Fungi aproximadamente 70 mil espécies, 
desde grandes como os cogumelos até microscópicas como os bolores e leveduras. 
 
Os fungos são seres vivos eucarióticos, com um só núcleo. Estão incluídos neste grupo 
organismos de dimensões consideráveis, como os cogumelos, mas também muitas formas 
microscópicas, como bolores e leveduras. Diversos tipos agem em seres humanos causando 
várias doenças como, por exemplo, micoses. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esporocarpo_(fungos)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_biogeoqu%C3%ADmico
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Trufa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fermenta%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja
https://pt.wikipedia.org/wiki/Molho_shoyu
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Erva_daninha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Atividade_biol%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Micotoxina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcaloide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Policet%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_psicoativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Droga_recreativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ente%C3%B3geno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patog%C3%A9nese
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seguran%C3%A7a_alimentar
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A1xon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_vida
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chytridiomycota
https://pt.wikipedia.org/wiki/Biodiversidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolus_Linnaeus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Christiaan_Hendrik_Persoon
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elias_Magnus_Fries
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classifica%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fisiologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_molecular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sequenciamento_de_ADN
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filogenia
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
23 
 
REINO MONERA 
 
Monera é um reino biológico, que inclui todos os organismos vivos que possuem uma 
organização celular procariótica, como bactérias, cianobactérias e arqueobactérias. O termo 
Monera na classificação atual encontra-se obsoleto, e seusintegrantes foram divididos entre os 
reinos Eubacteria e Archaea, no sistema de três domínios e/ou de seis/oito reinos. Algumas vezes 
o reino Monera, era chamado de "Procariontas" ou "Prokaryotae". Na influente classificação 
de Lynn Margulis, o termo Monera significava o mesmo que Procarionte, e deste modo continua 
sendo usada em muitos manuais, livros e textos. 
O reino monera é formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (também chamadas 
arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo 
diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8 micrômetros (1µm = 
0,001 mm). 
As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e 
são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são 
encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos 
seres vivos. 
Exemplos da importância das bactérias: 
 na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, 
quanto anaerobiamente; 
 agentes que provocam doença no homem; 
 em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de 
transformação do leite em coalhada; 
 no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio 
atmosférico possa ser utilizado pelas plantas; 
 em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a 
insulina e o hormônio de crescimento. 
 
Monera é um obsoleto reino biológico e o pioneiro na classificação científica dos outros cinco. Ele 
compreende muitos organismos com organização celular procarionte (organismos unicelulares 
sem a membrana que envolve o núcleo – carioteca - e sem a presença de proteínas associadas 
ao DNA). 
Por esta razão, este reino foi algumas vezes chamado de Procariota ou Procariotae. Antes de sua 
criação, os seres vivos desta espécie foram considerados como duas divisões das plantas: 
Esquizomicetas ou bactérias (incluindo a maior parte dos procariontes, que eram considerados 
fungos) e Cyanophyta onde eram incluídas as algas azuis-esverdeadas, que posteriormente 
passou a pertencer ao grupo das bactérias, comumente chamado de Cyanobactérias. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vida
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_dos_Tr%C3%AAs_Dom%C3%ADnios
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lynn_Margulis
https://pt.wikipedia.org/wiki/Procarionte
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
24 
 
VÍRUS 
 
São pequenos agentes infecciosos , a maioria com 20-300 ηm de diâmetro, apesar de existir vírus 
ɡiɡantes de (0.6–1.5 µm), que apresentam genoma constituído de uma ou 
várias moléculas de ácido nucleico (DNA ou RNA), as quais possuem a forma de fita simples ou 
dupla. Os ácidos nucleicos dos vírus geralmente apresentam-se revestidos por um envoltório 
proteico formado por uma ou várias proteínas, o qual pode ainda ser revestido por um 
complexo envelope formado por uma bicamada lipídica. 
As partículas virais são estruturas extremamente pequenas, submicroscópicas. A maioria dos 
vírus apresentam tamanhos diminutos, que estão além dos limites de resolução dos microscópios 
ópticos, sendo comum para a sua visualização o uso de microscópios eletrônicos. Vírus são 
estruturas simples, se comparados a células, e não são considerados organismos, pois não 
possuem organelas ou ribossomos, e não apresentam todo o potencial bioquímico (enzimas) 
necessário à produção de sua própria energia metabólica. 
Eles são considerados parasitasintracelulares obrigatórios (característica que os impede de ser 
considerado seres vivos), pois dependem de células para se multiplicarem. Além disso, 
diferentemente dos organismos vivos, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de 
se dividir. A partir das células hospedeiras, os vírus obtêm: aminoácidos e nucleotídeos; 
maquinaria de síntese de proteínas (ribossomos) e energia metabólica (ATP). 
Os vírus também são classificados dentro de grupos taxonômicos, assim como os seres vivos, 
porém, seguindo uma regra particular de classificação. Vírus não são agrupados 
em domínio, reino, filos ou classes. Desta maneira, a estrutura geral da taxonomia dos vírus é a 
seguinte: 
 
 Ordem (-virales) 
 Família (-viridae) 
 Subfamília (-virinae) 
 Gênero (-virus) 
 Espécie 
 
O Sistema de Classificação de Baltimore, criado por David Baltimore, é um modo de classificação 
que ordena os vírus em sete grupos, com base na característica do genoma viral e na forma 
como este é transcrito a mRNA. Neste sistema, os vírus são agrupados como apresentado a 
seguir: 
Grupo I: Vírus DNA dupla fita (dsDNA) 
Grupo II: Vírus DNA fita simples (ssDNA) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%B4metro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Genoma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_nucleico
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_DNA
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_ARN
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caps%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caps%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caps%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Envelope_viral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bicamada_lip%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Part%C3%ADcula_viral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Resolu%C3%A7%C3%A3o_de_imagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio_%C3%B3ptico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio_%C3%B3ptico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio_%C3%B3ptico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microsc%C3%B3pio_eletr%C3%B4nico
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organelas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ribossomos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parasita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Divis%C3%A3o_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADntese_de_prote%C3%ADnas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trifosfato_de_adenosina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Seres_vivos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dom%C3%ADnio_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filo_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Subfam%C3%ADlia
https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Baltimore
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transcri%C3%A7%C3%A3o_(gen%C3%A9tica)
https://pt.wikipedia.org/wiki/MRNA
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_DNA
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
25 
 
Grupo III: Vírus RNA dupla fita (dsRNA) 
Grupo IV: Vírus RNA fita simples senso positivo ((+)ssRNA) 
Grupo V: Vírus RNA fita simples senso negativo ((-)ssRNA) 
Grupo VI: Vírus RNA com transcrição reversa (ssRNA-RT) 
Grupo VII: Vírus DNA com transcrição reversa (dsDNA-RT) 
 
Os vírus são formados por um agregado de moléculas mantidas unidas por forças secundárias, 
formando uma estrutura denominada partícula viral. Uma partícula viral completa é 
denominada vírion. Este é constituído por diversos componentes estruturais (ver tabela abaixo 
para mais detalhes): 
Ácido nucleico: molécula de DNA ou RNA que constitui o genoma viral. 
Capsídeo: envoltório proteico que envolve o material genético dos vírus. 
Nucleocapsídeo: estrutura formada pelo capsídeo associado ao ácido nucleico que ele engloba 
(Os capsídeos formados pelos ácidos nucleicos são englobados a partirde enzimas) . 
Capsômeros: subunidades proteicas (monômeros) que agregadas constituem o capsídeo. 
Envelope: membrana rica em lipídios que envolve a partícula viral externamente. Deriva de 
estruturas celulares, como membrana plasmática e organelas. 
Peplômeros (espículas): estruturas proeminentes, geralmente constituídas de glicoproteínas e 
lipídios, que são encontradas ancoradas ao envelope, expostas na superfície. 
 
Transcrição e tradução da informação genética 
Síntese de mRNA 
Como mencionado anteriormente, o Sistema de Classificação de Baltimore foi criado com base 
nos diferentes mecanismos de transcrição que os vírus adotam para sintetizar mRNA a partir dos 
seus variados tipos de material genético. Os vírus podem ter genoma constituído por dsDNA, 
ssDNA, dsRNA, ssRNA, além de alguns serem capazes de realizar a transcrição reversa (ssRNA-
RT e dsDNA-RT). Outra propriedade notável dos ácidos nucleicos virais é a polaridade (sentido, 
ou senso) das fitas de DNA e RNA. Fitas senso positivo (+) apresentam sequência idêntica à do 
mRNA, enquanto as senso negativo (-) apresentam sequência nucleotídica complementar. Diante 
desta complexidade de características, as estratégias de transcrição do genoma viral são tão 
variadas quanto os mecanismos de entrada, e podem envolver mais de uma etapa, as quais 
levam à conversão da informação genética viral em mRNA. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrus_RNA
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_desoxirribonucleico#Senso_e_anti-senso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transcri%C3%A7%C3%A3o_reversa
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrion
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_nucleico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caps%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nucleocaps%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caps%C3%B4mero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B4mero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Envelope_viral
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pepl%C3%B4mero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicoprote%C3%ADna
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
26 
 
Grupo I (dsDNA): Vírus de DNA dupla fita apresentam ORFs em ambas as fitas de DNA, as quais 
servem diretamente como moldes para a síntese de mRNA. Vírus do grupo I que transcrevem o 
DNA no interior do núcleo utilizam RNA polimerase II celular para a síntese de mRNA, já aqueles 
que executam este processo no citosol devem possuir sua própria RNA polimerase DNA-
dependente (RpDd) para produzir os transcritos. 
 
Grupo II (ssDNA): Vírus de DNA fita simples apresentam fita positiva ou negativa. Para a síntese 
de mRNA, estes vírus produzem uma respectiva fita complementar ao seu genoma, gerando uma 
dupla fita que serve como molde para a transcrição. Estes procedimentos ocorrem no núcleo, 
com o auxílio de enzimas celulares (RpDd e DpDd (DNA polimerase DNA-dependente)). 
 
Grupo III (dsRNA): Vírus de RNA dupla fita apresentam uma fita positiva e outra negativa. A fita 
negativa é utilizada como molde para a síntese de mRNA, em processo que ocorre no citosol, 
com auxílio de uma RNA polimerase RNA-dependente (RpRd). 
 
Grupo IV ((+)ssRNA): Vírus de RNA fita simples senso positivo apresentam genoma com 
sequência idêntica à do mRNA, e podem ser utilizados prontamente para a síntese de proteínas. 
No entanto, é usual a síntese de novas cópias positivas do genoma, mediante a ação de uma 
RpRd, que produz uma fita negativa que serve como molde para a síntese de novas fitas 
positivas (mRNAs). 
 
Grupo V ((-)ssRNA): Vírus de RNA fita simples senso negativo, por possuírem genoma com 
sequência complementar ao mRNA, servem diretamente como molde para a produção de fitas 
senso positivo. A maioria dos vírus (-)ssRNA 
(e.g. Rhabdovírus, Filovírus, Bunyavírus, Arenavírus) normalmente procede a transcrição no 
citosol. Algumas exceções, como os Orthomixovírus, transcrevem seu material genético no 
núcleo. 
 
Grupo VI (ssRNA-RT): Vírus de RNA com transcrição reversa apresentam genoma de senso 
positivo. Por meio de uma enzima denominada transcriptase reversa (uma DNA polimerase RNA-
dependente), os retrovírus produzem uma fita simples de DNA senso negativo que 
posteriormente serve de molde à síntese de uma fita positiva de DNA. Ao final, este processo 
gera uma fita dupla de DNA, que poderá ser integrada ao genoma do hospedeiro no núcleo, e 
utilizada para a síntese de mRNA viral. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Open_reading_frame
https://pt.wikipedia.org/wiki/RNA_polimerase_II
https://pt.wikipedia.org/wiki/RNA_polimerase_DNA-dependente
https://pt.wikipedia.org/wiki/RNA_polimerase_DNA-dependente
https://pt.wikipedia.org/wiki/ARN_mensageiro
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_polimerase_DNA-dependente
https://pt.wikipedia.org/wiki/RNA_polimerase_RNA-dependente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rhabdov%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filov%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bunyav%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arenav%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Orthomixov%C3%ADrus&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_polimerase_RNA-dependente
https://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_polimerase_RNA-dependente
INTRODUÇÃO À BIOMEDICINA 
 
 
 
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Grupo VII (dsDNA-RT): Vírus de DNA com transcrição reversa (e.g. Hepadnavírus) são vírus 
dsDNA que promovem a síntese de mRNA no núcleo, sob a ação da RNA polimerase II celular. 
Neste grupo, a transcrição reversa não ocorre antes síntese de mRNA, como observado nos 
retrovírus, mas sim posteriormente a replicação do genoma viral. 
 
Síntese de proteínas 
As proteínas virais são sintetizadas pela maquinaria celular (ribossomos, tRNAs). O processo de 
tradução ocorre no citosol, em ribossomos livres ou associados ao retículo endoplasmático. 
Algumas das proteínas sintetizadas em ribossomos livres são transportadas para o núcleo. 
Proteínas produzidas em ribossomos associados ao retículo são transportadas desta organela 
para o complexo de Golgi, onde podem sofrer modificações pós-
traducionais (glicosilação, fosforilação). O destino final de muitas destas proteínas é a membrana 
celular, onde estas se concentram em regiões específicas. Em estágios finais da infecção, estas 
farão parte do envelope de partículas virais que sairão por brotamento nessas regiões. 
Dentro do ciclo de replicação, os primeiros produtos gênicos sintetizados são proteínas não 
estruturais, como proteínas de ligação ao DNA e enzimas. Entre estas enzimas estão as 
polimerases e outras moléculas catalíticas, as quais são componentes essenciais à replicação do 
genoma viral. Já as proteínas estruturais, que formarão as novas partículas virais, normalmente 
são sintetizadas tardiamente no ciclo de infecção. As novas cópias de material genético 
sintetizadas são utilizadas para a síntese de mRNAs, os quais codificarão proteínas estruturais 
que a partir de então serão produzidas em grandes quantidades para compor os vírus em 
formação. Os diferentes vírus de DNA e RNA possuem mecanismos próprios de regulação da 
expressão gênica, os quais controlam a produção de proteínas em momentos e quantidades 
apropriadas às necessidades virais. 
 
Replicação do genoma viral 
Na maioria dos casos, o genoma é replicado no mesmo local onde ocorre a transcrição do 
material genético do vírus, isto é, no citoplasma ou no núcleo. Assim como ocorre na transcrição, 
o processo de replicação de genomas virais envolve a participação de polimerases. Vírus de fita 
simples, dos grupos II, IV e V, precisam produzir uma fita complementar ao genoma, que 
posteriormente servirá de molde para a síntese do material genético. Vírus de fita dupla, dos 
grupos I e III, utilizam cada uma das duas fitas para gerar suas respectivas cópias 
complementares. Em geral, moléculas de DNA são sintetizadas a partir de outras moléculas de 
DNA (DNA → DNA), e o mesmo acontece com moléculas de RNA (RNA → RNA). A exceção a 
esta regra fica por conta dos vírus que realizam transcrição reversa. Membros do grupo VI 
(ssRNA-RT) replicam

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