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A indústria no Brasil - 2015

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A indústria no Brasil
O processo de industrialização brasileira.
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Podemos dividir o processo de industrialização brasileiro em três períodos:
Primeira fase: 1808 a 1914, o surto
Segunda fase: 1914 a 1955, a fase nacionalista
Terceira fase: 1956 a 1990, o desenvolvimento acelerado
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Primeira fase
	
 A implantação do complexo cafeeiro que desencadeou o estímulo propulsor da industria, já que propiciou o surgimento de inúmeros fatores favoráveis à atividade industrial, destacando-se: 
Os excedentes de capitais que surgiram com a exportação de café, em volume tal que puderam ser investidos em novas atividades econômicas, especialmente na indústria;
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A infra-estrutura instalada para o escoamento do café, como as ferrovias e o porto de Santos, fundamental para viabilizar a nova atividade econômica;
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Em 1867 foi inaugurada a primeira ferrovia paulista, a São Paulo Railway, impulsionada pela explosão da era do café.
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Grande fluxo de imigrantes que ocorreu logo após o fim da escravidão, pois muitos imigrantes se fixaram nas áreas urbanas, incrementando o mercado consumidor local, ao mesmo tempo, oferecendo mão de obra especializada
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Tipos de indústria da primeira fase.
Assim, os números evoluíram rapidamente: enquanto em 1889 havia apenas 636 fábricas, que empregavam 54.172 operários, em 1920 o Brasil já possuía 13.569 indústrias, nas quais trabalhavam 293.673 pessoas. Esse desempenho, considerado a Primeira Revolução Industrial Brasileira, culminou com a instalação de industrias de bens de consumo não duráveis.
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O Lavrador de Café 
Essa relação entre expansão da cafeicultura e crescimento econômico da atividade industrial perduraria até 1929. Esse acontecimento desastroso marcou o fim do ciclo do café.
Tela de Portinari - “o café"
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O que ocorreu em 1929?
Quais as consequências para o Brasil?
Segunda Fase
A crise econômica mundial de 1929 precipitou o fim do ciclo do café. Por outro lado, acelerou ainda mais o ritmo da industrialização brasileira, sobretudo a partir de 1930, quando Getúlio Vargas assumiu pela primeira vez a presidência da república. Vários fatores impulsionam essa segunda revolução industrial brasileira:
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Crise do capitalismo mundial, iniciada em 1929. O fim da concorrência estrangeira criou condições para a implantação e desenvolvimento de industrias nacionais.
A crise de 1929 desencadeou um forte êxodo rural. Multidões de trabalhadores rurais procuraram as cidades, aumentando o mercado consumidor e a oferta de mão-de-obra.
Segunda Classe
Operário
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Retirantes
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A política nacionalista dos governos de Getúlio Vargas (1930 – 1945 e 1951 – 1954), caracterizou pela decisiva intervenção do Estado na economia. 
A política econômica de Vargas foi reforçada por dois fatores externos. O primeiro foi o “New Deal”, um pacote de medidas para reativar a economia americana lançado em 1933 pelo presidente Franklin Delano Roosevelt. 
O segundo foram as teorias do economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946), delineadas em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, publicado em 1936. Tanto Roosevelt quanto Keynes defendiam a atuação do Estado para estimular a atividade econômica 
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O Estado brasileiro realizou pesados investimentos, graças aos quais foram implantadas uma moderna infra-estrutura e inúmeras industrias de base. Foram fundadas grandes companhias de capital estatal, destacando-se:
 A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)
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 o atrativo representado pelo complexo cafeeiro em São Paulo, já referido: a mão-de-obra abundante e relativamente qualificada, mercado consumidor, capitais acumulados, etc. 
As industrias brasileiras passaram a ocupar, em boa parte, o mercado que antes era praticamente abastecido só pelos produtos importados. Foi a partir daí que a industrialização transformou-se num setor importante da economia. Por essa razão, afirma-se que o primeiro momento da industrialização brasileira baseou-se na substituição de importações. O país importava o equipamento do exterior e passava a fazer os produtos internamente.
 
 
As dificuldades em importar, aliadas à necessidade de manter a produção industrial, durante a 2º Guerra Mundial, impulsionaram o aparecimento das primeiras industrias de base.
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Operários
Terceira Fase
A morte de Vargas, em 1954, foi seguida de uma nova etapa da chamada Segunda Revolução Industrial Brasileira. Na verdade, esta fase foi inaugurada pelo governo de Juscelino Kubitschek (1956- 1961).
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A característica principal desse governo foi a adoção de uma política de abertura das fronteiras do país ao ingresso de capitais estrangeiros. 
Embalado por um ideologia desenvolvimentista, o governo divulgava o objetivo de fazer o país crescer “50 anos em 5”. Nesse período, o governo federal pôs em prática uma política de incentivos fiscais, tarifários e de créditos abundantes.
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Mediante associação com os capitais internacionais, capitais nacionais instituíram o modelo de desenvolvimento dependente do capitalismo internacional e beneficiado pelo suporte oferecido pelas industrias de base estatais.
Formo-se, assim, a tríplice aliança sobre o qual se estrutura o parque industrial brasileiro:
Indústria de Base
Bens de Consumo não duráveis
Bens de consumo duráveis
Indústria Brasileira
Indústria de base, criadas essencialmente com capitais estatais
Indústrias de bens de consumo não duráveis, em que prevaleceram capitais privados nacionais
Indústrias de bens de consumo duráveis, cujo controle está em grande parte, nas mãos dos capitais privados internacionais.
O Plano de Metas acentuou a concentração do parque industrial da região sudeste, agravando os contrastes regionais. A concentração do parque industrial no sudeste determinou a implementação de uma política de planejamento federal para o desenvolvimento das demais regiões
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Nesse governo (1956 – 1960), consolidou-se o desenvolvimento de energia, transporte, alimentação, educação e indústrias. 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
"A indústria automobilística será amparada pelo meu governo, que procurará atrair novos empreendimentos." A frase, proferida pelo então presidente Juscelino Kubitschek – em setembro de 1956, durante a inauguração de uma fábrica no ABC paulista –, marcou um período no qual o setor ainda engatinhava no Brasil.
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Juscelino Kubitschek com o presidente do BNDE, Lúcio Meira, em visita às obras de Furnas. Minas Gerais, 17 out. 1959.
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Apresentação do 1º caminhão FORD brasileiro. São Paulo, 1957
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Propaganda publicada na revista Manchete em 19 dez. 1959
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Juscelino Kubitschek inaugura as novas instalações da fábrica de caminhões Mercedes Benz. São Bernardo do Campo(SP), 28 set. 1956
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Em 1959, foi criada a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) e, nos anos seguintes, dezenas de outro órgãos, como a SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), a SUDECO (Superintendência de Desenvolvimento do Centro Oeste), a SUDESUL (Superintendência de Desenvolvimento do Sul) a SUDEVAP ( Superintendência de Desenvolvimento do Vale do Paraíba) e a CODEVASF ( Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco), que foram extintos ou transformados em agências de desenvolvimento a partir do início da década de 1990.
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SUDENE
Área de atuação da SUDENE abrange totalmente os Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e, parcialmente, os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. Em 2007 foi reativada.
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SUDECO
Área de atuação da SUDECO abrange totalmente os Estados do Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul. Atualmente, há um projeto para reativar essa superintendência. 
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SUDESULÁrea de atuação da SUDESUL abrange totalmente os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, e Paraná. Assim como a SUDECO, há um projeto para reativar a SUDESUL.
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SUDEVAP
Área de atuação da SUDEVAP abrange totalmente os municípios do lado fluminense: Volta Redonda , Resende, Barra Mansa, Barra do Piraí; No lado paulista: São José dos Campos, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Guaratinguetá
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SUDAM
Atuação em toda a Amazônia Legal, integrada pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, o, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e a parcela do Estado do Maranhão que se situa a Oeste do Meridiano 44° de Longitude Oeste.
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CODEVASF
A Codevasf é uma empresa pública, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, que promove o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba com a utilização sustentável dos recursos naturais 
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SUFRAMA
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) é uma Autarquia vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que administra a Zona Franca de Manaus - ZFM, com a responsabilidade de construir um modelo de desenvolvimento regional que utilize de forma sustentável os recursos naturais, assegurando viabilidade econômica e melhoria da qualidade de vida das populações locais.
A ditadura militar
Em 1º de abril de 1964, quando se iniciou o regime militar, o Brasil possuía o 43º PIB do planeta e uma dívida externa de 3,7 bilhões de dólares. Em 1985, ao término da ditadura, o Brasil apresentava o 8º PIB do Mundo capitalista e sua dívida externa era de aproximadamente de 95 bilhões de dólares.
Aproveitando a grande oferta de credito externo fácil e os baixos preços do petróleo, esses governos impulsionaram a produção industrial, ao mesmo tempo que expandiram a infra-estrutura necessária para dar suporte a esse novo surto industrial.
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Com a alteração política ocorrida em 1964, acentuou-se a internacionalização do nosso processo industrial, dificultando a importação de diversos produtos, estabelecendo uma “reserva de mercado” das empresas nacionais: ex Engesa, Embraer e a Avibras.
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Entre 1968 e 1973, período conhecido como “milagre econômico”, a economia brasileira desenvolveu-se e, ritmo acelerado. Esse ritmo de crescimento foi sustentado por grandes investimentos estatais em obras faraônicas, de necessidade, rentabilidade ou eficiência questionáveis. 
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Médici na inauguração das obras em Outubro de 1970, em Altamira, no Pará
A placa comemorativa na castanheira de 50 metros derrubada na presença de Médici
Até hoje ficou conhecida como "Pau do Presidente"
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Outros aspectos importante na questão do crescimento econômico no período militar foi o dos investimentos externos. O capital estrangeiro penetrou em vários setores da economia, principalmente na extração de minerais metálicos. ]
Projetos que foram desenvolvidos:
Carajás
Trombetas 
Jarí
Serra do Navio
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É cortada pelos rios Xingu, Tocantins e Araguaia e abrange terras do sudoeste do Pará, norte de Tocantins e oeste do Maranhão
Projeto Carajás, oficialmente conhecido como Programa Grande Carajás (PGC), foi um projeto de exploração mineral, implantado entre 1979 e 1986, na mais rica área mineral do planeta
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Um geólogo a serviço da empresa norte-americana United States Steel, empresa que vinha pesquisando o subsolo amazônico desde o início dos anos 1949 à procura de minério de manganês, foi quem descobriu a reserva de minério de ferro de Carajás em 1962
A United States Steel, passou a deter 70,1% da mina, o restante ficando com a Companhia Vale do Rio Doce. Surgiram sérias divergências entre as duas companhias, que se tornaram insuperáveis até que os americanos desistiram do projeto
Projeto Grande Carajás – PA
 · Minérios de ferro, manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita e cassiterita.
 · Exploração pela Vale
 · Transporte pela ferrovia Carajás - Itaqui até o porto da Ponta da Madeira, no MA
 · Usina Hidrelétrica de Tucuruí abastece o projeto com energia elétrica. 
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Para a consolidação desse ambicioso projeto, foi implantada uma importante infra-estrutura, que inclui a Usina Hidroelétrica de Tucurui, a Estrada de Ferro Carajás-Itaqui e o Porto de Ponta da Madeira, localizado em Itaqui (MA).
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Na região de Oriximiná (PA), às margens do rio Trombetas, encontra-se uma das maiores jazidas de bauxitas do Brasil. Sua produção é escoada por barcaças até as proximidades da capital paraense.
Trombetas
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O Projeto Jarí está ligado à figura lendária do americano Daniel Ludwig, em sua época considerado um dos homens mais ricos do planeta, que em 1967 adquiriu no norte do Pará, nos limites com o Amapá, uma área pertencente a empresários portugueses, com 1.250.000 ha, até então explorada em termos extrativistas.
Jari
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O projeto de Jari era uma tentativa de criar uma fazenda tropical da árvore em Brasil para produzir a polpa para o papel. 
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Em 2000, a Jari Celulose passou a ser controlada pelo Grupo Orsa, e Monte Dourado obteve as vantagens do destino da venda da fábrica, já que a que a Jari Celulose não somente tornou-se economicamente viável, como também mostrou-se sustentável, recebendo certificação em 2004 pelo Forest Stewardship Council, uma ONG que atesta o bom manejo de florestas.
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Lagoa Azul, formada pela extração de manganês na Serra do Navio. Antes da mineração, o local era uma montanha.
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A decisão de Michel Temer, por decreto, de extinguir uma reserva mineral do tamanho do Espírito Santo entre os Estados do Pará e do Amapá deu novo combustível ao debate. A Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados) é rica em oé rica em ouro e outros minérios e tem grandes reservas naturais e terras indígenas. Com o decreto, que foi suspenso temporariamente, o governo federal busca atrair empresas interessadas na exploração minerária. 
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Os principais centros industriais no Brasil
Para entender a distribuição espacial das industrias no Brasil, é preciso considerar, além da historia da industrialização brasileira, que já abordamos, cinco importantes fatores condicionantes clássicos, que geralmente são levados em consideração no momento da implantação de qualquer unidade fabril. São eles:
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Mercado-Consumidor
Matérias-primas
Mão de obra/força de trabalho
Incentivos fiscais
Infraestrutura 
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“ a importância de cada região brasileira dentro da economia do país foi estabelecida em função da própria posição do país no interior dessa divisão internacional. Da época colonial até as vésperas da Segunda Guerra Mundial, a importância de cada região era dada pelo valor das exportações dos nossos produtos primários. As oscilações das exportações, tanto em produtos como em valores, acabaram acarretando um processo de descontinuidade no crescimento e, conseqüentemente, na importância de cada região. Vale lembrar os diferentes períodos da nossa economia: a fase da cana-de-açúcar (Nordeste), ouro Minas, do Café (São Paulo), da borracha (Amazonas) etc. O café foi o único capaz de criar mecanismos socioeconômicos para permitir que continuasse a ser importante a maior parte das regiões onde ele prevaleceu, a exemplo do Sudeste, inclusive criando condições para que ocorresse a grande industrialização brasileira.”
SCALARTO, Francisco Capuano.
Centro-Oeste
A grande região Centro-Oeste aparece como a segunda mais extensa região politico-administrativa do Brasil. Ocupa 18,73% da área do país. Nos dias atuais, é a região que apresenta maior ritmo de crescimento, em termos de ocupação e valorização da economia.
O agronegócio e a industrialização no Estado de Goiás.
Rio Verde, sudoeste de Goiás, é o exemplo da expressão pólo produtivo. Esse município abriga uma concentração de empresas interconectadas que cooperam entre si. Essa regiãodestaca-se pela agroindústria como a CICA e a PERDIGÃO.
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Outro grande pólo industrial goiano é Catalão, com destaque para a produção de automóveis (Mitsubishi) e roupas (UNICON).
Destaca também o distrito agroindustrial de Anápolis, como pólo farmacêutico, na produção de medicamentos similares e genéricos, e como produtor automobilístico (Hyundai). A região conta também como a presença do maior grupo frigorífico do Brasil e o 4°do mundo, o grupo FRIBOI.
Complexo mínero-químico da Fosfértil no município de Catalão.
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A primeira fábrica da montadora fora do Japão ficará no Brasil. Segundo a Suzuki, nem o local, nem detalhes do projeto estão definidos. Mais avançada, está a negociação com o governo de Itumbiara (GO) para receber a planta que produzirá 3.000 unidades anuais do utilitário esportivo Jimny. O modelo, importado do Japão e vendido por cerca de 55.000 reais, não tem concorrentes no Brasil.
Em Anápolis há a fabrica da  Hyundai
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Marca: Hyundai-Caoa.
Local: Anápolis (GO).
Abertura: Fábrica já existente.
Investimento: R$ 600 milhões.
Carros: ix35.
Mato Grosso do Sul
Campo grande é a capital econômica de todo o Mato Grosso do Sul. Nela há um importante entroncamento de comunicação ferroviarias (E.F. Brasil-Bolivia). Na região de Corumbá, existem imensas reservas de minérios de ferro e manganês (maciço do Urucum).
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 Em razão da natureza das suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais, que se destaca o manganês e o ferro.
Suas jazidas estão sob o controle da seguinte empresa:
Companhia Vale do Rio Doce: privatizada pelo Governo Federal, é dona da Urucum Mineração e MCR
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Em Três Lagoas, maior pólo produtivo do estado, temos a Mabel (biscoitos), a antiga Gurgel (automóveis), a Cervejaria Schincariol e a Metalfrio (refrigeradores).
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Mato Grosso
Mato Grosso inicia sua industrialização com projetos relacionados ao agronegócio, como as unidades de abate de aves e suínos da Sadia. Em Nova Mutum destaca-se a cearense Santana Têxtil, e em Rondonópolis as multinacionais do setor de beneficiamentos e processamento de grãos, como a Bunge.
Nordeste
Bahia
A região que já foi dependente do cacau e da pecuária vive um ciclo de expansão inédito, desde a década de 90. A vida do sul da Bahia mudou desde a chegada, em 1992, no município de Mucuri, da Suzano, uma das principais empresas do setor de papel e celulose.
Em Camaçari está situado o maior pólo petroquímico da região, além de diversas indústrias químicas e petroquímicas, e fábricas de marcas internacionais importantes: a Ford, fabricante americana de automóveis e a Continental AG, empresa alemã que produz pneus.
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Marca: JAC.
Local: Camaçari (BA).
Abertura: Previsão era para o final de 2014.
Investimento: R$ 1 bilhão (R$ 900 milhões para carros e R$ 100 mi para uma linha de caminhões leves).
Carros: Nova geração dos compactos J3 e J3 Turin (que devem mudar de nome) e o caminhão-leve VUC T140.
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Pernambuco
Criado em 2000, o Porto Digital de Recife apresenta mais de 100 empresas em operação na área de tecnologia de informação nos casarões do Recife antigo. O Porto digital foi o resultado da integração do Governo de Pernambuco com a Universidade Federal de Pernambuco e empresas privadas. Este assegurou para recife um lugar no mapa dos investimentos em tecnologia do Brasil. Ao lado de companhias brasileiras, as gigantes mundiais do setor (Nokia, Samsung, LG e etc.) começaram a instalar laboratórios na cidade.
A nova refinaria da Petrobras, batizada de General Abreu e Lima, a ser construída pela parceria entra a Petrobras e a PDVSA, será instalada nos arredores do Porto de Suape.
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Aluminic Industrial S/A 
Amanco Brasil S/A 
Andaluz Logística e Transportes Ltda. 
Arcor do Brasil Ltda. 
Atlântico Terminais S/A 
Bahiana Distribuidora de Gás Ltda 
Braspack Embalagens do Nordeste S/A. 
Bunge Alimentos S/A. 
Caulim do Nordeste S/A 
Cebal Brasil Ltda (Alcan) 
Cerâmica Monte Carlo Ltda. 
Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga 
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Marca: Jeep.
Local: Goiana (PE).
Abertura: Primeiro semestre de 2015.
Investimento: R$ 4 bilhões.
Carros: Renegade (2015), picape média da Fiat (2016) e um SUV que substitui o Compass (data indefinida).
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Ceará
O Ceará é o segundo maior pólo têxtil do Brasil, atrás de São Paulo. Cerca de 450 fábricas respondem por 16% do PIB estadual. Destacam-se marcas como Vicunha e Santista. Calçados e automóveis (jipes) são outros setores de destaque no Ceará. Na área de calçados temos a Grandene e de automóveis a Troller.
* Maior produtor de energia eólica do Brasil, o Ceará, coloca-se agora em situação privilegiada para receber o que pode ser a terceira fábrica de aerogeradores do País. Peter Hoberg
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Outras cidades
Tecnologia de informação (Campina Grande, PB), Havainas e Azaleia (Campina Grande, PB).
Rainha e Topper, respectivamente no Rio Grande do Norte.
Sudeste
A exemplo do que ocorre em outros países industrializados, existe no Brasil uma grande concentração espacial da indústria no Sudeste.A concentração industrial no Sudeste é maior no Estado de São Paulo, por motivos históricos. O processo de industrialização, entretanto, não atingiu toda a região Sudeste, o que produziu espaços geográficos diferenciados e grandes desigualdades dentro da própria região
São Paulo
Numerosos centros constituem uma região em torno de São Paulo ( com indústria mecânica pesada e leve, química, de material elétrico, refinarias de petróleo, e automobilística (ABC).
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Região Metropolitana de São Paulo; maior pólo de riqueza nacional, a região possui um pólo industrial extremamente diversificado com indústrias de alta tecnologia até indústrias automobilísticas, situadas principalmente na região do ABC. Atualmente a metrópole está passando por uma transformação econômica, deixando seu forte caráter industrial passando para o setor de serviços.
 
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Vale do Paraíba; possui indústrias do ramo aeroespacial, como a Embraer, indústrias automobilísticas nacionais, como a Volkswagen e a General Motors e indústrias de alta tecnologia. Também estão presentes as indústrias de eletroeletrônicos, têxtil e química. 
A fase de estruturação abrangeu a implantação de quatro dos cinco Centros de Desenvolvimento de Tecnologias (CDTs) hoje existentes, nas áreas de energia, aeronáutica, saúde, águas e saneamento ambiental e tecnologia da informação e comunicação.
Escola de Engenharia da USP/São Carlos;
Escola Politécnica da USP;
Faculdade de Tecnologia - Fatec
Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT;
Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA;
Laboratório Nacional de Computação Científica – LNCC;
Universidade Camilo Castelo Branco – Unicastelo;
Universidade Estadual Paulista – Unesp;
Universidade Federal de São Paulo – Unifesp
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Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
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Região Metropolitana de Campinas; conhecida como "Vale do Silício brasileiro", devido a grande concentração de indústrias de alta tecnologia, como a Lucent Technologies, IBM, Compaq e Hewlett-Packard (HP), principalmente nas cidades de Campinas, Indaiatuba e Hortolândia, a região possui um forte e diversificado pólo industrial, com indústrias automobilísticas, indústrias petroquímicas como a REPLAN, em Paulínia e indústrias têxteis, especialmente nas cidades de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d'Oeste. 
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Região Administrativa Central; situado no centro do estado, onde se localizam as cidades de São Carlos e Araraquara, constitui um importante pólo de alta tecnologia, com indústrias de diferentes áreas, como a fábrica da Volkswagen motores, Faber-Castell, Electrolux, Tecumseh e Husqvarna. 
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Marca: Chery.
Local: Jacareí (SP).
Abertura: 28/08/2014.
Investimento: R$ 1,2 bilhão.
Carros: Celer (2014), QQ (2015) e um SUV compacto (2016).
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Marca: Honda.
Local: Itirapina (SP).
Abertura: 2015.
Investimento: R$ 2 bilhões.
Carros: Fit, City e Vezel.
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Marca: Mercedes-Benz.
Local: Iracemápolis(SP).
Abertura: 2016.
Investimento: 170 milhões de euros (cerca de R$ 510 milhões).
Carros: Classe C e GLA.
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Mesorregião de Piracicaba; situada ao lado da Região Metropolitana de Campinas, onde se localizam importantes municípios, como Piracicaba, Limeira e Rio Claro, essa região é caracterizada pela presença de empresas de biotecnologia, cultivo de cana de açúcar e produção de bicombustível.
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Rio de Janeiro
A cidade do Rio de Janeiro, caracterizada durante muito tempo como capital administrativa do Brasil até a criação de Brasília, possui também um grande parque industrial. Porém, não tem as mesmas características de alta produção e concentração de São Paulo.Constitui-se também,de empresas de vários tipos, destacando-se as indústrias de refino de petróleo, estaleiros, indústria de material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos, etc.
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Coca-Cola Brasil, Michelin, PSA Peugeot Citroën, Xerox do Brasil, GE UEL & Gás, Light, Chemtech, Transpetro, Souza Cruz (British American Tobacco), Previ, Grupo SulAmérica, Grupo Queiroz Galvão, Ponto Frio e Lojas Americanas compõem a lista das grandes companhias sediadas na cidade. Segundo dados da Associação Comercial do Rio de Janeiro, dos cerca de 250 laboratórios existentes no país, 80 operam no estado do Rio, sendo a maior parte na capital. Ênfase para Schering-Plough, GlaxoSmithKline, Sanofi-Aventis, Roche e Merck.
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Marca: Nissan.
Local: Resende (RJ).
Abertura: 15/04/2014.
Investimento: R$ 2,6 bilhões.
Carros: March e Versa (2014).
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Marca: Jaguar Land Rover.
Local: Itatiaia (RJ).
Abertura: Início de 2016.
Investimento: 240 milhões de libras (R$ 750 milhões).
Carros: Não divulgado.
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Minas Gerais
Minas Gerais, de passado ligado à mineração, assumiu importância no setor metalúrgico após a 2º Guerra Mundial e passou a produzir principalmente aço, ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do Sudeste. Belo Horizonte tornou-se um centro industrial diversificado, com indústrias que vão desde o extrativismo ao setor automobilístico
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Desde os anos 1970, ocorreu a chegada de grandes empresas multinacionais de bens de capital e a migração de indústrias para a área mineira da SUDENE, devido aos incentivos fiscais. A instalação da Refinaria Gabriel Passos, em 1968, aliada à instalação da FIAT Automóveis em 1973, a primeira montadora fora do eixo Rio-São Paulo, estabeleceu um grande pólo industrial no estado em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte
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Outro pólo se desenvolve em Juiz de Fora, cidade em que, em 1999, a Mercedes-Benz inaugura uma fábrica.
O setor moveleiro, concentrado no Triângulo Mineiro, cresce nos últimos anos. Gera 30 mil empregos diretos e coloca Minas Gerais em quarto lugar na fabricação de móveis no Brasil. Outro ramo significativo é o siderúrgico, com destaque para a Usiminas, em Ipatinga. Privatizada em 1997, ela se beneficia do fato de Minas Gerais responder por 75% da produção brasileira de minério de ferro. Outros minerais explorados em território mineiro são ouro, cimento, aço, ferro-liga, zinco, fosfato.
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Espírito Santo
O estado do Espírito Santo é o menos industrializado do Sudeste, tendo centros industriais especializados como:Aracruz , Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim.
Vitória, a capital do Estado, tem atividades econômicas diversificadas, relacionadas à sua situação portuária e às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão.
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Na indústria, produtos alimentícios, madeira, celulose (Aracruz Celulose SA), têxteis, móveis e siderurgia, destacando-se no município de Serra, um dos sete que constituem a Região Metropolitana da Grande Vitória, a CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão), que no ano de 2005 uniu-se ao grupo francês Arcelor (um dos maiores do mundo no setor) e as usinas de pelotização da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce). Outra indústria importante no ramo siderúrgico é a Samarco, localizada no município de Anchieta e que possui o maior mineroduto subterrâneo do mundo, transportando minério a partir de jazidas do vizinho estado de Minas Gerais até à indústria
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SUL
Paraná
Curitiba concentra uma cidade industrial que atua na indústria automobilística, caminhões e ônibus (Volvo); automóveis (Renault e Audi, na região metropolitana de Curitiba); eletrodomésticos (Electrolux), metal mecânica, cimento, cerâmica, montagem de máquinas, tecidos, frigoríficos, além das agroindústrias que transformam produtos primários, como soja, milho, carne suína e madeira.							 
O parque industrial paranaense reúne, aproximadamente, 24 mil empresas, que geram resultados que superam a média nacional no ramo
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Há cerca de três semanas, a Audi confirmou o retorno da produção de carros no Paraná, com um investimento de R$ 504 milhões para fabricar os modelos A3 sedan e Q3 (SUV). Juntas, Audi e Volkswagen vão investir mais de R$ 1 bilhão na planta de São José dos Pinhais
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Marca: Audi.
Local: São José dos Pinhais (PR).
Abertura: Fábrica já existe; A3 Sedan estreia no segundo semestre de 2015.
Investimento: 150 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões).
Carros: A3 Sedan e Q3.
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Santa Catarina
O setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil, cerâmica e metal-mecânica. Na agroindústria as duas maiores empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia e Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em diferentes modalidades como na indústria de motor elétrico, indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a Brastemp. 
Fábrica da BMW em Santa Catarina será inaugurada em setembro; Série 3 turbo flex será primeiro nacional
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Marca: BMW.
Local: Araquari (SC).
Abertura: Outubro de 2014.
Investimento: Oficialmente a montadora divulga 200 milhões de euros (mais de R$ 600 milhões), mas estima-se que o valor ultrapasse R$ 1 bilhão.
Carros: Série 1, Série 3, X1, X3 e Mini Countryman.
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Rio Grande do Sul
A indústria no Rio Grande do Sul representa 1/3 da economia local, desse modo, o setor industrial se envolve nos seguintes setores: produtos alimentícios, química, petroquímica, material de transporte, metalúrgica, tabaco, vestuário, mobiliaria, papel, madeira, têxtil, couro, borracha e calçados.								 
Gravataí 
Estaleiro Rio Grande
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Industria moveleira 
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NORTE
Dentre todas as regiões brasileiras a norte é a menos desenvolvida industrialmente. Há várias décadas a região tem suas atividades econômicas vinculadas aos setores com pouca aplicação tecnológica e que atuam nos ramos agroindustriais que produzem alimentos, têxtil, couro, borracha, etc.
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Indústria: se destaca a Zona Franca de Manaus (produtos eletrônicos - televisores, DVDs, telefones, etc.; relógios, bicicletas e motocicletas), criada por lei com o fim de desenvolver a região. O atrativo oferecido às indústrias que se estabelecessem na Zona Franca foi a "alíquota zero" de Imposto de Importação sobre máquinas e componentes, e a redução de impostos para produtos feitos na Zona Franca e vendidos em outras regiões. Isso permitiu atrair quase 400 empresas. Este regime especial da Zona Franca deve ser extinto em 2013. Assim, as indústrias da região buscam novos mercados, como a Venezuela (que está a pouco mais de 2.000 km de Manaus) e o Caribe.
Há também indústrias no leste do Pará (alimentos; refinação de alumínio - ALCOA e Alunorte; madeira para construção) e às margens do rio Jari (celulose). Boa parte dos produtos industriais consumidos pela população, no entanto, é importada de outras regiões, em especial do Sudeste brasileiro.
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RESUMO
Característica da Industrialização Brasileira
•Foi do tipo tardia ou retardatária.
•Utilizou capital e tecnologia do exterior, originando a dependência tecnológica e o endividamento externo.
•Ocorreu a priorização das industrias e bases de consumo, em detrimento às de bases, originando um parque industrial incompleto.
•Por ter se acelerado no período entre guerras.
•Por ser do tipo substitutiva.
•Concentradano Sudeste Brasileiro (principalmente em SP e RJ)
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•O processo industrial solidificou-se a partir da década de 50 com a abertura do mercado com grandes empréstimos do exterior, medidas essas que integravam o Plano de Metas do Governo J.K.
• A divisão territorial do trabalho na Amazônia, Nordeste e Centro-Sul, originando um desenvolvimento desigual e combinado.
• A superação do isolamento regional, através da efetivação da estratégia de “Integração Regional” por meio das rodovias radiais e a construção de Brasília.
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• A hipertrofia do setor terciário e a expansão informal, em virtude da indústria não terem absorvido a maioria da população que imigrou o campo.
• Acentuação da dependência externa em virtude do grande endividamento.
• Na década de 80 começa a desconcentração industrial: para o interior, menos impostos, preço de imóveis.

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