POSTAGEM_2_IPF

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
FARMÁCIA 
INTRODUÇÃO À PRÁTICA FARMACÊUTICA (IPF) 
 
 
 
 
 
 POSTAGEM 2 
ATIVIDADE 2 – RELATÓRIO FINAL 
 
 
 
 
 
Cairê Vasconcelos Notaro Moreira – RA 2094978 
 Flávia R. Andretta Feliciano Pereira – RA 0551482 
Jeane Marcelli de Souza Magro – RA 2086288 
Rosireide Morais da Silva – RA 2089550 
Selma Alves Cintra – RA 2092585 
 
 
Unip Taquaral 
2020 
 
2 
 
Resumo 
O mercado de trabalho para o profissional farmacêutico é bem amplo, durante 
o curso de Farmácia precisamos conhecer todas as possibilidades de atuação e 
como a grade curricular pode intervir. Para isso foi realizado uma pesquisa junto aos 
profissionais que atuam em uma das áreas do mercado farmacêutico. 
Coletou-se dados de farmacêuticos(as) da farmácia comunitária, para verificar 
uma associação das disciplinas (Anatomia Humana, Química Geral, Fisiologia Geral, 
Biologia (Citologia/Histologia/Genética) e Bioestatística com suas atividades 
desenvolvidos no dia a dia e as suas percepções da área. Com essa avaliação 
esperamos que se torne melhor a escolha de atuação após formação. 
A coleta dos dados foi feita através da produção e aplicação de um 
questionário contendo 10 (dez) perguntas de múltiplas escolhas e dissertativas, 
aplicado a 13 (treze) farmacêuticos da farmácia comunitária, respondido na forma de 
entrevista. Ao elaborar as perguntas, houve a preocupação do grupo em explorar a 
aplicação das disciplinas neste mercado de trabalho e a satisfação do profissional. 
O resultado foi apresentado em gráficos de setores, onde foi possível 
constatar que, houve uma associação das disciplinas com o mercado de trabalho 
explorado e possível mostrar a vantagens e desvantagens da atuação do 
farmacêutico(a) em farmácia comunitária. 
 
 
Palavras-chaves: questionário, farmácia comunitária, farmacêuticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Introdução 
 
Farmácias comunitárias referem-se aos estabelecimentos do comércio 
varejista privado tendo o farmacêutico como responsável técnico, atendendo às 
exigências da Lei nº 5.991/73 do Ministério da Saúde1. O atendimento ao paciente 
acontece no nível de atenção primária à saúde, com a responsabilidade técnica, 
legal e privativa de farmacêutico. 
Sendo assim, a farmácia comunitária ocupa um importante espaço no cenário 
da saúde pública, como local de dispensação de medicamentos. Nelas, o usuário 
busca, através do consumo de produtos, prescritos ou não, o restabelecimento da 
sua saúde sendo fundamental que não nos esqueçamos da necessidade de fornecer 
informações seguras que minimizem o risco à saúde, que pode ser causado caso o 
medicamento não seja utilizado de modo adequado, efetivo e seguro. 
Na Atenção Farmacêutica, a perspectiva profissional do farmacêutico é de 
assumir a responsabilidade de identificar e resolver as necessidades do paciente em 
relação aos medicamentos, e responder por esse compromisso2. Conforme alerta 
Cipolle3, a reorientação da atenção profissional parte do conceito de que não são os 
fármacos que têm doses, mas são as pessoas que recebem as doses, onde essas 
doses de medicamentos (e esses medicamentos) devem ser adequadas às suas 
necessidades individuais. 
O profissional farmacêutico tem como principal papel desempenhar 
atendimento e orientar quanto ao uso dos medicamentos com os clientes. Assim, 
foca-se no objetivo de se obter os melhores efeitos dos medicamentos, bem como a 
melhoria da saúde e bem estar do usuário. 
 Ao apresentar algum problema de saúde, as pessoas são instruídas a 
procurar uma orientação médica, juntamente com os medicamentos prescritos 
encaminham-se a uma farmácia para que os procedimentos sejam devidamente 
iniciados. 
O aumento de uso incorreto de medicamentos, assim como a automedicação, 
foram fatores que contribuíram para o crescimento dos adeptos à atenção 
farmacêutica, relacionados aos medicamentos, como as interações 
medicamentosas. Esta tem como objetivo a prevenção e resolução de problemas 
4 
 
relacionados aos medicamentos, a fim de promover seu uso racional, visando à 
melhoria da saúde dos usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Objetivo 
 
O objetivo final dessa pesquisa é avaliar a percepção dos farmacêuticos que 
atuam em farmácia comunitária e verificar uma associação das disciplinas (Anatomia 
Humana, Química Geral, Fisiologia Geral, Biologia (Citologia/Histologia/Genética) e 
Bioestatística) com suas atividades desenvolvidas no dia a dia. 
Referente às orientações quanto ao uso racional de medicamentos e também 
no momento da dispensação, realizando a atenção farmacêutica em relação ao uso 
correto do medicamento na sua forma prescrita pelo médico. 
 
Material e Método 
 
Trata-se de um estudo qualitativo, de estratégia metodológica descritiva e 
analítica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 13 (treze) 
farmacêuticos responsáveis pela farmácia e drogarias que atuam em vários 
estabelecimentos. 
O critério de seleção dos entrevistados foi a escolha dos farmacêuticos que 
são responsáveis técnicos pelo estabelecimento, sendo que os mesmos trabalham 
em estabelecimentos dos municípios de Vinhedo, Louveira e Campinas. 
Foi utilizada a seguinte abordagem: os farmacêuticos descreveriam suas 
atividades mais difíceis de serem realizadas. Foram ainda exploradas suas vivências 
no balcão da farmácia, as descrições das tarefas de dispensação de medicamentos 
e seus desdobramentos, com ênfase na questão do medicamento referência, 
genérico e similar, e nas dificuldades da população no uso de medicamentos. 
Também como é o funcionamento das drogarias com relação aos relatórios do 
SNGPC e o manual de boas práticas - RDC Nº44 de 17/08/094. 
Segue abaixo Figura1 com o questionário aplicado durante a entrevista. 
6 
 
 
Figura 1: Questionário 
7 
 
Resultados 
 
A análise dos dados privilegiou a compreensão e a interpretação das 
percepções a partir dos discursos dos entrevistados. O exame do material obtido 
nas entrevistas seguiu a análise de conteúdo proposta por Bardin5, segundo a qual 
os dados foram codificados seguindo as seguintes categorias analíticas: 
 
1) Tempo de experiência profissional; 
Autoria Própria 
 
2) Qual o gênero do profissional entrevistado? 
Autoria Própria 
 
38% 
15% 8% 
8% 
23% 
8% 
Experiencia Profissional 
0 a 5 anos
6 a 10 anos
11 a 15 anos
16 a 20 anos
21 a 25 anos
26 a 30 anos
38% 
62% 
Gênero 
Masculino
Feninino
8 
 
3) Qual a idade do profissional farmacêutico? 
 
Autoria Própria 
 
4) Nível de satisfação dos farmacêuticos na farmácia; 
 
Autoria própria 
 
 
 
 
23% 
8% 
31% 
23% 
15% 
Idade do Profissional 
25 a 30 anos
31 a 35 anos
36 a 40 anos
41 a 45 anos
46 a 51 anos
8% 
62% 
15% 
15% 
0% 
Satisfação dos Farmacêuticos 
Ótimo
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
9 
 
5) Tempo de formação profissional? 
 
Autoria própria 
 
6) O Farmacêutico realiza a atenção farmacêutica? 
 
Autoria própria 
 
 
 
 
 
54% 
23% 
15% 
8% 
Formação Profissional 
1 a 6 anos
7 a 12 anos
13 a 18 anos
19 a 24 anos
77% 
23% 
Atençaõ Farmacêutica 
Sim
Não
10 
 
7) O farmacêutico realiza a orientação enquanto ao uso racional de 
medicamento? 
 
Autoria própria 
 
8) Qual o tipo de medicamento mais procurado, ético, genérico ou similar? 
 
Autoria própria 
 
 
 
 
100% 
0% 
Orientação Uso Racional 
Sim
Não
23% 
77% 
0% 
Medicamentos mais Procurados 
Referência
Genérico
Similar
11 
 
9) O farmacêutico faz o envio dos medicamentos especiais através do 
SNGPC? 
 
Autoria própria 
 
10) Possui convênio com alguma empresa para descarte de medicamentos 
vencidos? Qual empresa? 
 
Autoria própria 
 
100% 
0% 
Vendas 
Sim
Não
23% 
77% 
Convênio para Descarte 
Sim
Não
12 
 
 
Autoria própria7% 
8% 
8% 
77% 
Empresa de Descarte 
Corpus
Stericycle
Brasil Coleta
Prefeitura
13 
 
Discussão 
 
Procedeu-se a descrição de um breve perfil dos entrevistados, buscando 
poder contextualizar e explorar eventuais percepções e sentidos que pudessem 
estar relacionados ao local de atuação profissional, tempo de formado e de atuação 
na profissão e em farmácias comunitárias, tempo de exercício no estabelecimento e 
habilitações adicionais. Como nos mostra a questão de número 10 (dez) onde as 
farmácias comunitárias que não possuem um convênio como uma empresa 
especializada no descarte de medicamentos vencidos, a prefeitura fornece este tipo 
de serviço, aonde recolhe os medicamentos e fazem a incineração dos mesmos. 
A identificação das concepções buscou compreender o significado desse 
trabalho para os profissionais e o modo como ele era efetivamente executado no dia 
a dia. 
Entendemos que a forma como se organiza o trabalho cotidiano guarda, em 
última instância, uma profunda relação com as concepções acerca da prática, 
conduzindo ao modelo concretamente operado de prática profissional farmacêutica 
vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Conclusão 
 
Após avaliação dos dados foi possível observar que a maioria dos 
profissionais que atuam na farmácia comunitária é do sexo feminino, maior de 30 
anos com tempo de experiência entre 10 e 25 anos e sua satisfação em relação a 
profissão é boa. O que mostra que é uma boa opção para atuar. 
A prática da atenção farmacêutica, da orientação sobre uso racional de 
medicamentos e o descarte de resíduos adequado é bem utilizada pelos 
farmacêuticos que mostra a associação das disciplinas (Anatomia Humana, Química 
Geral, Fisiologia Geral, Biologia (Citologia/Histologia/Genética) e Bioestatística) com 
a área de farmácia comunitária. 
Concluímos então, que a atuação dos farmacêuticos nas farmácias 
comunitárias é uma boa opção para seguir carreira após formação e que a o curso 
de bacharel em farmácia da UNIP dará o suporte ideal para seguimos uma carreira 
com ótimo desenvolvimento uma vez que as disciplinas estão diretamente 
relacionada a área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Referências 
 
1. Brasil. Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle 
sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e 
correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da União 1973; 19 
dez. [ Links ] 
2. Cipolle RJ, Strand L, Morley PC. Pharmaceutical care practice: the 
clinican's guide. 2nd ed. New York: McGraw Hill; 2004. [ Links ] 
3. Cipolle RJ. Drug's don't have doses: people have doses. Drug Intell Clin 
Pharm 1986; 20:881-882. [ Links ] 
4. Resolução - RDC Nº 44, de 17 de agosto de 2009 
5. Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 1977. 
 
 
 
 
javascript:void(0);
javascript:void(0);
javascript:void(0);