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Contabilidade Geral I 05

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Aula 05
 Contabilidade Geral I p/ Polícia Federal
(Agente) 2021 Pré-Edital (Preparação de
A a Z)
Autor:
Gilmar Possati
Aula 05
10 de Fevereiro de 2021
 
 
 
 
 
 1 
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: ASPECTOS GERAIS 
BALANÇO PATRIMONIAL 
Sumário 
1 – Demonstrações Contábeis: Aspectos Introdutórios .................................................................... 3 
2 – Balanço Patrimonial ..................................................................................................................... 6 
2.1. Conceito ................................................................................................................................. 6 
2.2. Estrutura do Balanço Patrimonial ........................................................................................... 6 
2.3. Estrutura e classificação das contas ....................................................................................... 6 
2.3.1. Ativo ................................................................................................................................. 8 
2.3.2. Passivo ............................................................................................................................ 15 
2.3.2. Patrimônio Líquido ......................................................................................................... 16 
3 – Questões Comentadas .............................................................................................................. 27 
4 – Lista das Questões Comentadas ............................................................................................... 58 
5 – Resumo ...................................................................................................................................... 69 
6 – Gabarito .................................................................................................................................... 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gilmar Possati
Aula 05
 Contabilidade Geral I p/ Polícia Federal (Agente) 2021 Pré-Edital (Preparação de A a Z)
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Camaradas, considerando todos os feedbacks recebidos e análise das dúvidas, reestruturamos a 
abordagem desta aula. 
Objetivos dessa última edição: 
a) Abordar alguns aspectos gerais das demonstrações contábeis (aqui não alteramos); 
b) Abordar o balanço patrimonial, de modo que você tenha uma visão geral dessa 
demonstração contábil. 
Boa parte das exigências em Contabilidade relacionam-se com o que está evidenciado no balanço 
patrimonial. Afinal, conforme estudaremos na sequência, nele são evidenciados todos os 
elementos patrimoniais (ativos, passivos, patrimônio líquido). 
Nesse sentido, após essa aula, partindo dessa visão geral, você terá maiores condições de entender 
detalhes de cada um dos grupos evidenciados. Para tanto, teremos abordagens específicas ao 
longo do curso para explorar esses detalhes que acreditamos ser importante para a sua prova, 
considerando a necessidade e as especificidades do edital. 
Bons estudos! 
Prof. Possati 
@profgilmarpossati 
 
 
Gilmar Possati
Aula 05
 Contabilidade Geral I p/ Polícia Federal (Agente) 2021 Pré-Edital (Preparação de A a Z)
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1 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: ASPECTOS 
INTRODUTÓRIOS 
Segundo o art. 176 da Lei 6.404/76 ao fim de cada exercício social a diretoria deve elaborar, com 
base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que 
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no 
exercício: 
§ Balanço Patrimonial (BP); 
§ Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA); 
§ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
§ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); 
§ Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
 
i. A elaboração da DLPA é dispensada, desde que seja elaborada a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); 
ii. A DVA somente é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto1; 
iii. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 
2.000.000,00 (dois milhões de reais), está dispensada da elaboração da DFC. 
 
Algumas questões de concursos têm exigido o item 10 da NBC TG 26 (CPC 26) que versa sobre 
o “conjunto completo das demonstrações contábeis”: 
Conjunto completo de demonstrações contábeis 
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 
(a) balanço patrimonial ao final do período; 
(b) demonstração do resultado do período; 
 
1 A companhia aberta é obrigada a apresentar a DVA. Os órgãos reguladores (ANTT, BACEN, PREVIC, ANATEL, etc), 
no entanto, podem exigir que as empresas a ele submetidas apresentem a DVA. Nos demais casos, a apresentação 
dessa demonstração é facultativa. A Resolução CFC 1.162/2009 afirma que "É recomendado, entretanto, a sua 
elaboração por todas as entidades que divulgam demonstrações contábeis." 
 
Gilmar Possati
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(ba) demonstração do resultado abrangente do período; 
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; 
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período; 
(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do 
Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada 
voluntariamente; 
(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações 
elucidativas; 
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 
38A; 
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, 
quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação 
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens 
de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D. 
Perceba que a NBC TG 26 (CPC 26) exige, além daquelas previstas na Lei 6.404/76, a 
Demonstração do Resultado Abrangente. 
A seguir transcrevo algumas disposições importantes previstas na Lei 6.404/76, exigidas 
literalmente em provas de concursos, com alguns comentários. É fundamental que você saiba o 
teor desses dispositivos! 
Art. 176, § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores 
correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
A ideia aqui é a comparabilidade das informações (demonstrações comparativas). Assim, ao 
publicar o balanço do ano X2 a companhia deve apresentar os valores do balanço do ano X1. 
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser 
agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo 
grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-
correntes". 
Atenção para o limite = 0,1, ou seja 10%. 
Exemplo de contas semelhantes: Financiamentos e Empréstimos 
Exemplo de pequenos saldos agregados: Disponibilidades (agregando-se as contas Caixa e 
Bancos, observando-se o limite de 10% do ativo circulante). 
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da 
administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. 
Observe que quem decide sobre a destinação dos lucros é a Assembleia Geral Ordinária (AGO). 
Como ela ocorre após a elaboração das demonstrações, estas devem registrar a destinação dos 
lucros de acordo com a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação 
pela AGO. 
Gilmar Possati
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§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou 
demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
Exemplo de demonstrações complementares: Balanço Social, Balanço Ambiental, sobretudo nos 
setores em que os fatores ambientais e sociais sejam significativos e quando os empregados são 
considerados um importante grupo de usuários. “Os relatórios e demonstrações apresentados 
fora das demonstrações contábeis estão fora do âmbito das normas emitidas pelo CFC”. (item 14 
da NBC TG 26/CPC 26) 
 
(AFRFB) O conjunto completo das demonstrações contábeis exigidas pelas Normas Brasileiras 
de Contabilidade inclui 
a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas, compreendendo um resumo 
das políticas contábeis significativas. 
b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a todos os tipos de 
entidade. 
c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e de Resultado 
Abrangente, se instituição financeira. 
d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido do período. 
e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de Impacto Ambiental. 
Comentários 
Trata-se de exigência do item 10 da NBC TG 26/CPC 26 o qual transcrevemos acima. Para fixar, 
sugiro a releitura. 
Vale destacar que a opção "b" está errada, especialmente, porque afirma que a DVA é obrigatória 
para todas as empresas. O trecho "o resumo das políticas Contábeis" também não está completo. 
O mais correto seria se o item tratasse de: "notas explicativas, compreendendo as políticas 
contábeis significativas e outras informações elucidativas". 
Gabarito: D 
Introdução realizada, vamos iniciar o estudo propriamente dito do balanço patrimonial. Avante! 
 
Gilmar Possati
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2 – BALANÇO PATRIMONIAL 
2.1. Conceito 
Trata-se de uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na apresentação da 
posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data. 
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos 
(Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada 
data. 
2.2. Estrutura do Balanço Patrimonial 
Nesse momento, basta visualizar o quadro a seguir que ilustra a estrutura do Balanço Patrimonial. 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Não Circulante Não Circulante 
Patrimônio Líquido 
Vamos estudar com maiores detalhes cada parte dessa estrutura. 
2.3. Estrutura e classificação das contas 
A estrutura e a classificação das contas encontram-se disciplinadas nos artigos 178 a 184 da Lei 
6.404/76. 
Segundo o caput do art. 178, 
“(...) as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a 
facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. 
Para facilitar o entendimento, observe preliminarmente a classificação dos bens, direitos e 
obrigações, conforme disposto na Lei 6.404/76: 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
Gilmar Possati
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Ativo Circulante 
Bens e Direitos (curto prazo) 
(-) contas retificadoras 
 
Ativo Não Circulante 
 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Bens e Direitos (longo prazo) 
(-) contas retificadoras 
 
Investimentos 
Bens 
(-) contas retificadoras 
 
Imobilizado 
Bens tangíveis 
(-) contas retificadoras 
 
Intangível 
Bens Intangíveis 
(-) contas retificadoras 
Passivo Circulante 
Obrigações (curto prazo) 
(-) contas retificadoras 
 
Passivo Não Circulante 
Obrigações de Longo Prazo 
(-) contas retificadoras 
 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
(-) Capital a Integralizar 
(-) Gastos com Emissão de Ações 
Reservas de Capital 
(+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
(-) Ações em Tesouraria 
(-) Lucros/Prejuízos Acumulados 
Total Total 
Agora, vamos ver o que dispõe a Lei: 
Art. 178, § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos 
nelas registrados, nos seguintes grupos: 
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I – passivo circulante; 
II – passivo não circulante; e 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas 
de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados 
separadamente. 
Em que pese a Lei não normatizar expressamente, no passivo as contas serão dispostas em 
ordem decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados. Portanto, as 
obrigações vincendas até o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Circulante. 
As obrigações vincendas após o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Não 
Circulante. 
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Grau de Liquidez e Grau de Exigibilidade 
O “Grau de Liquidez” está associado ao prazo no qual os bens e direitos podem ser transformados 
em dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa. 
O “Grau de Exigibilidade”, assim como o de Liquidez, está associado ao prazo no qual as 
obrigações devem ser pagas. Portanto, quanto menor o prazo maior o grau de exigibilidade e vice-
versa. 
 
Bem... chegou a hora de estudar cada grupo acima visto. Abordaremos de forma bem objetiva 
tudo aquilo que você precisa saber sobre cada grupo. Lembre-se que o objetivo é que tenhamos 
uma visão geral. Maiores detalhes, dentro da necessidade, vamos abordar em aulas específicas. 
2.3.1. Ativo 
Já sabemos que ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado 
de eventos passados. Estudamos, ainda, que o direito de propriedade não é essencial à existência 
do ativo! Pois bem... agora vamos ver os principais pontos que você deve saber sobre o ativo para 
enfrentar as questões de prova. 
Ativo Circulante (AC) 
Conforme vimos no balanço acima, o AC é composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim 
considerados aqueles que a companhia espere que sejam realizados até doze meses após a data 
do Balanço Patrimonial. Trata-se do Capital de Giro da entidade, pois representa os bens e direitos 
em constante circulação. 
 
 
 
 
 
 
Observe que os demais bens e direitos com realização prevista acima de doze meses da data do 
Balanço Patrimonial, são classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, a seguir estudado. 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
Ativo 
Circulante 
Data do 
Balanço 
31/12/20X1 31/12/20X2 
Ativo Realizável a 
Longo Prazo 
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I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as 
aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; 
Portanto, no AC serão classificados: 
§ As disponibilidades; 
§ Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente; 
§ As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. 
As disponibilidades representam basicamente os bens numerários: caixa e equivalentes de caixa2, 
bancos, aplicações financeirasde liquidez imediata, numerários em trânsito, entre outras contas. 
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente, por sua vez, representam os 
créditos da empresa com terceiros (direitos realizáveis pessoais) e os bens da empresa (direitos 
realizáveis reais). 
Exemplos: 
Direitos realizáveis pessoais: Duplicatas a Receber, Tributos a Recuperar. 
Direitos realizáveis Reais: Estoques. 
Por fim, as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte compreendem as despesas 
do exercício seguinte pagas no exercício atual, também denominadas de despesas antecipadas. 
Exemplos: 
- Contratação de um seguro com cobertura no exercício seguinte (Prêmios de Seguros a Vencer); 
- Encargos Financeiros Antecipados. 
 
"Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a 
classificação no circulante terá por base o prazo desse ciclo (art. 179, parágrafo único)." 
Destaca-se que o ciclo operacional é o intervalo de tempo em que uma entidade adquire matéria-
prima (no caso de indústria) ou mercadorias (no caso de empresa comercial) efetua a produção 
(indústria), vende e recebe o valor correspondente à venda. 
Assim, por exemplo, se o ciclo operacional da empresa for de 14 meses (maior que o exercício 
social), a classificação em circulante ou não circulante obedecerá esse prazo de 14 meses e não os 
 
2 Os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que sejam prontamente 
convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de 
valor. 
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12 meses convencionais. E se for de 8 meses, por exemplo, o ciclo operacional? Aí nesse caso 
segue o padrão de 12 meses... observe que a Lei fala em “maior” que o exercício social. Logo, se 
for menor vale a regra geral de 12 meses. 
Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo (ARLP) 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os 
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), 
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na 
exploração do objeto da companhia; 
Portanto, no ARLP serão classificados: 
§ Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; 
§ Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual. 
Os Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte são os direitos cujos prazos esperados 
para realização se situem após o término do exercício social seguinte, conforme já vimos no 
esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
Exemplo: Títulos a Receber (pelo prazo de realização do direito) 
Os Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual, por sua vez, representam os direitos que, 
independentemente do prazo de vencimento, a lei assim o determine. 
Exemplo: Empréstimos a Coligadas, Diretores ou Acionistas (por força da lei). 
Para que um direito seja classificado no ARLP, independentemente do prazo, deve atender três 
requisitos cumulativamente, quais sejam: 
1º) Os direitos devem ser decorrentes de vendas, adiantamentos ou empréstimos; 
2º) Os direitos devem estar relacionados com controladas, coligadas, diretores, acionistas ou 
participantes no lucro; 
3º) A operação deve ser não usual. 
Para o ARLP vale o mesmo destaque que vimos no Ativo Circulante: 
Na companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a 
classificação no Realizável a Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo (art. 179, parágrafo 
único). 
Ativo 
Circulante 
Data do 
Balanço 
31/12/20X1 31/12/20X2 
Ativo Realizável a 
Longo Prazo 
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Assim, se o ciclo operacional de determinada empresa for de 18 meses, por exemplo, todos os 
bens e direitos que estiverem dentro do prazo de 18 meses serão classificados no AC. Os demais 
que excederem esse prazo serão classificados no ARLP. Vale lembrar que os empréstimos a 
controladas, coligadas, diretores, acionistas e participantes no lucro, independente do prazo, 
serão classificados no ARLP. 
E se o ciclo operacional for menor que o exercício social? O que acontece se o ciclo operacional 
for de 10 meses, por exemplo? Nesse caso classificamos como circulante com base no exercício 
social (12 meses). 
Por fim, vale destacar que no ARLP, com exceção das disponibilidades, poderão figurar todas as 
demais contas representativas das aplicações de recursos em bens e direitos, inclusive das 
despesas pagas antecipadamente que constarem do Ativo Circulante, desde que tenham o prazo 
de realização superior a 12 meses ou superior à duração do ciclo operacional. Assim, teremos a 
conta “Estoques – LP”, “Clientes – LP”, etc. 
Ativo Não Circulante - Investimentos 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, 
não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da 
empresa; 
Como exemplo de contas classificáveis nesse subgrupo temos: 
§ Participações em Outras Empresas; 
§ Ações de empresas Coligadas; 
§ Ações de empresas Controladas; 
§ Terrenos para Utilização Futura (terrenos não utilizados); 
§ Imóvel para Aluguel*. 
 
 
 
 
 
* Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a 
depender da finalidade desse aluguel. Será classificado no imobilizado quando o aluguel estiver 
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relacionado às atividades fins da empresa (veja exemplo de questão exigida nesse sentido abaixo). 
Caso o aluguel não esteja relacionado com as atividades da empresa classificamos como 
investimentos (propriedade para investimento). 
 
 
 
(ISS-Recife) Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um prédio ao lado de sua fábrica, 
por R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para funcionários da entidade que 
são originalmente, de fora do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade , os 
apartamentos devem ser evidenciados no subgrupo. 
a) Ativo circulante 
b) ativo realizável a longo prazo 
c) investimentos 
d) Imobilizado; 
e) Patrimônio líquido 
Comentários 
Nesse caso, como o aluguel é para funcionários que trabalham na empresa, devem ser 
classificados como ativo imobilizado. Veja que os funcionários são de fora do Estado e, portanto, 
trata-se de uma política da empresa necessária para o desenrolar das suas atividades, ou seja, os 
apartamentos são bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou 
exercidos com essa finalidade. Logo, devem ser classificados no imobilizado e não em 
investimentos. 
Gabarito: D 
 
 
Ativo Não Circulante - Imobilizado 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das 
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de 
operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 
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Segundo o CPC 27 – AtivoImobilizado, 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para 
fins administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se: 
§ Veículos; 
§ Móveis e Utensílios; 
§ Máquinas e Motores; 
§ Imóveis; 
§ Veículos adquiridos por meio de arrendamento. 
Pessoal, aqui nesse ponto cabe destacar o que seriam os bens “decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens”. Referidos bens não são de 
propriedade da empresa, porém são classificados no ativo imobilizado. O principal exemplo 
desses bens são os objetos de leasing (arrendamento mercantil). Os arrendamentos podem ser de 
dois tipos: operacional e financeiro. A diferença fundamental entre eles reside na transferência de 
riscos. Caso exista a transferência de riscos teremos um arrendamento financeiro. Caso contrário, 
teremos um arrendamento operacional. Assim, temos: 
Riscos e benefícios ficam com o arrendatário: arrendamento financeiro. 
Riscos e benefícios ficam com o arrendador: arrendamento operacional. 
As principais características inerentes aos arrendamentos financeiros são: 
§ Há transferência da propriedade ao final do contrato; 
§ O valor residual é mais baixo que o valor justo; 
§ O período do arrendamento compreende a maior parte da vida útil do ativo; 
§ O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente todo o valor justo do ativo; 
§ O ativo arrendado, por ser de alta especialização, apenas o arrendatário pode usá-lo sem 
grandes modificações. 
Antes da última revisão do CPC 06 essa classificação era importante para fins da contabilização 
pelo arrendatário. Agora, o entendimento é que o arrendatário contabilize ambos os tipos de 
arrendamentos no ativo. 
Ativo Não Circulante - Intangível 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
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O CPC 04 (item 8) define Ativo Intangível como sendo um Ativo não monetário3, identificável, sem 
substância física. Perceba que o Intangível abrange as contas representativas dos recursos 
aplicados em bens imateriais (incorpóreos). 
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se: 
§ Direitos Autorais; 
§ Marcas e patentes; 
§ Fundo de Comércio (Goodwill); 
§ Sistemas Aplicativos (Software). 
Por fim, vale destacar que, conforme exigência prevista no CPC 04, um ativo somente poderá ser 
enquadrado na definição de intangível quando cumulativamente: 
§ seja identificável; 
§ seja controlável; e 
§ seja gerador de benefícios futuros. 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, 
quando: 
a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, 
alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, 
independente da intenção de uso pela entidade; OU (os requisitos não são cumulativos!) 
b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos 
serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
O CPC 04 destaca que caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido 
na sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. 
A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado 
da expectativa de rentabilidade futura gerado internamente (goodwill). 
Não confunda o Goodwill gerado internamente com o goodwill adquirido (abaixo explicado). 
Goodwill gerado internamente: não reconhecemos como ativo e sim como despesa. 
Goodwill adquirido: ativo intangível. 
E o que seria esse tal de Goodwill (adquirido)? 
Trata-se da diferença a maior entre o valor pago na aquisição de um empreendimento (patrimônio) 
e o valor de mercado (valor justo) dos ativos líquidos desse empreendimento. Vamos a um 
exemplo: 
 
3 De acordo com o CPC 04, "Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma quantia 
fixa ou determinável de dinheiro". A definição de ativo não monetário, por sua vez, é residual, englobando os bens e direitos não 
enquadrados na definição de ativo monetário. Exemplo: equipamentos, veículos, etc. 
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A destemida empresa “Tchê Bagual” objetivando ampliar suas operações resolve adquirir a 
microempresa “Guanxuma Verde”, avaliada pelo valor de mercado em R$ 150.000,00. Porém, os 
administradores da “Tchê Bagual”, após sólida análise de mercado e tendo em vista outros 
interessados no negócio, resolvem comprar a promissora “Guanxuma Verde” pelo valor de R$ 
200.000,00. Nesse caso, temos um goodwill de R$ 50.000,00. 
Bem... pitadas de Contabilidade Avançada realizadas, vamos ver como o assunto já foi alvo de 
exigência em prova. 
 
(ICMS-SP) São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível 
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. 
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não 
possa ser feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial. 
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. 
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. 
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. 
Comentários 
Conforme acabamos de estudar, um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de 
intangível quando cumulativamente: 
seja identificável; 
seja controlável; e 
seja gerador de benefícios futuros. 
Gabarito: C 
2.3.2. Passivo 
Passivo Circulante 
Nesse grupo, são classificadas as contas representativas das obrigações cujos vencimentos 
ocorram durante o exercício seguinte (art. 180, Lei 6.404/76). 
Entre as contas que são classificadas nesse grupo destacam-se: 
§ Fornecedores (duplicatas a pagar); 
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§ Impostos a Recolher (geralmente as contas vêm discriminadas, por exemplo, “ICMS a 
Recolher”) 
§ Salários a Pagar; 
§ Dividendos a pagar. 
Passivo Não Circulante 
Nesse subgrupo podem aparecer as mesmas contas representativas de obrigações classificadas 
no Passivo Circulante, porém vencíveis após o término do exercício social seguinte. Cabe destacar 
que no Passivo Não Circulante são classificadas as Receitas Diferidas (receitas recebidas 
antecipadamente, por exemplo, aluguéis antecipados). 
As receitas diferidas vieram substituir o grupo resultado de exercícios futuros a partir da edição 
da Lei n. 11.941/2009. Elas se classificam, independente do prazo, no não circulante, pois não são 
obrigações exigíveis da empresa. São valores recebidos antecipadamente que somente se 
tornarão receita propriamente dita quando ocorrer o fato gerador (aplicação do regime de 
competência). 
2.3.2. Patrimônio Líquido 
Nesse grupo estão incluídas as contas representativas aos capitais próprios da entidade. São 
recursos advindos dos proprietários (titular, sócios, acionistas) ou decorrentes da gestão do 
patrimônio (lucros/prejuízos apurados). 
De acordo com o art. 178 da Lei 6.404/76, 
Art. 178. No balanço, ascontas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e 
agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas 
de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
São classificadas no PL as seguintes contas: 
§ Capital Social; 
§ Reservas de Capital; 
§ Ajustes de Avaliação Patrimonial; 
§ Ações em Tesouraria; 
§ Reservas de Lucros; 
§ Prejuízos Acumulados. 
O Manual FIPECAFI destaca que além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio 
Líquido pode apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da 
companhia, bem como para atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da 
divulgação. 
São exemplos de outras contas que podem ser encontradas no Patrimônio Líquido: Opções 
Outorgadas Reconhecidas, Gastos na Emissão de Ações, Ajustes Acumulados de Conversão, assim 
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como contas extintas, mas possuidoras de saldos remanescentes (Reservas de Reavaliação e 
Reservas de Capital: Prêmio na Emissão de Debêntures e Doações e Subvenções para 
Investimentos). 
Capital Social 
Segundo o art. 182, da Lei 6.404/76, a conta do capital social discriminará o montante subscrito 
e, por dedução, a parcela ainda não realizada. 
O montante subscrito dá origem à conta capital social integralizado e a parcela ainda não realizada 
comporá a conta capital social a integralizar (a realizar), redutora da conta capital social 
integralizado. 
O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de 
bens suscetíveis de avaliação em dinheiro (art. 7º da Lei 6.404/76). 
Cabe destacar que o gasto na emissão de ações não é tratado como despesa do período, mas 
como redução do capital social. Vamos estudar isso com mais detalhes oportunamente. 
Reservas de Capital 
As Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não 
transitam pelo resultado do exercício. São contabilizadas diretamente no PL, ficando acumuladas 
para utilização posterior. 
São classificadas como reservas de capital as contas que registrarem (art. 182, Lei n. 6.404/76): 
§ a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço 
de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à 
formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou 
partes beneficiárias; 
§ o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
O item “a” acima descrito corresponde à “Reserva para ágio na emissão de ações”. 
O ágio na emissão de ações corresponde ao valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o 
valor nominal das ações. Vamos desmembrar esse texto para um melhor entendimento: 
“A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal...” = a empresa pode emitir 
ações no mercado a um preço de R$ 10,00, mas acaba recebendo R$ 12,00: esta diferença de R$ 
2,00 vai para reserva de capital (ágio na emissão de ações). 
 “e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social...” = mesma situação, este valor a mais (ágio) vai para 
reserva de capital. 
“... inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias" = 
debêntures e partes beneficiárias são papéis/títulos (documentos) que dão direitos aos titulares 
de receberem valores da empresa, neste caso, a situação é semelhante às anteriores, pois esses 
títulos podem valer mais que as ações e na data da conversão essa diferença (ágio) vai para reserva 
de capital. 
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Vejamos um exemplo: 
A empresa “Tchê Bagual S.A” (o negócio evoluiu!) possui um capital social de R$ 1.000.000,00, 
composta por 100.000 ações a R$ 10,00 cada. Como o negócio está “loco de especial”, os 
gestores resolvem expandir as operações da empresa. Para tanto, emitem mais 10.000 ações pelo 
valor de R$ 12,00 cada (R$ 10,00 referente ao valor nominal + R$ 2,00 de ágio). Como a empresa 
está “mais conhecida que parteira em campanha”, as ações esgotam de imediato e, portanto, o 
valor de R$ 120.000,00 entra no caixa da empresa. Sendo assim, o registro contábil dessa 
operação fica: 
D – Caixa ... 120.000,00 
C – Capital Social ... 100.000,00 
C – Reserva de Capital – Ágio na emissão de ações ... 20.000,00 
As partes beneficiárias são valores mobiliários (títulos negociáveis) emitidos por sociedades 
anônimas de capital fechado sem valor nominal, com a finalidade de captar recursos por um prazo 
máximo de 10 anos. Esses títulos dão ao seu titular o direito de participação no máximo em 10% 
dos lucros da empresa emissora. 
Os bônus de subscrição, por sua vez, são valores mobiliários emitidos no limite do capital social 
autorizado4 no estatuto por sociedades anônimas que conferem aos seus titulares o direito de 
preferência na subscrição das ações da empresa, dentro de um prazo preestabelecido e por um 
preço prefixado. 
Tanto as partes beneficiárias como os bônus de subscrição possuem tratamento contábil similar. 
Se a parte beneficiária/bônus de subscrição for alienada(o) por um determinado valor, far-se-á o 
seguinte registro contábil: 
D – Banco 
C – Reserva de Capital de Alienação de Partes Beneficiárias/Bônus de Subscrição 
Caso o título seja concedido sem valor (aplicável, especialmente, ao caso da parte beneficiária), a 
informação sobre sua existência deve ser incluída em notas explicativas. 
Quando abordamos o conceito de reservas de capital vimos que elas ficarão acumuladas no PL 
para utilização posterior. Pois bem... como poderão ser utilizadas essas reservas? 
A resposta está no art. 200 da Lei 6.404/76, senão vejamos: 
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
 
4 Se não fosse respeitado esse limite, haveria a possibilidade de o adquirente do bônus se ver impedido de exercer 
seu direito de subscrever as ações (artigos 75 e 168 da Lei 6.404). 
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I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo 
único); 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV - incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º). 
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao 
resgate desses títulos. 
Para finalizar as reservas de capital, vale destacar a seguinte alteração na Lei n. 6.404/76: 
As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não são 
mais classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do 
exercício. 
Segundo o CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais, “uma subvenção governamental 
deve ser reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as despesas que 
pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas às condições deste 
Pronunciamento. A subvenção governamental não pode ser creditada diretamente no patrimônio 
líquido”. 
 
Deixou de ser uma reserva de capital a partir da vigência da Lei n. 11.638/2007 a Reserva 
a) de Alienação de Bônus de Subscrição. 
b) de Prêmio na Emissão de Debêntures. 
c) para Contingências. 
d) para pagamento de Dividendo Obrigatório. 
e) deÁgio na Emissão de Ações. 
Comentários 
Conforme estudamos, as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de 
debêntures não são mais classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar 
como receita do exercício. 
Gabarito: B 
 
 
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Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, 
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, 
as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do 
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. 
Os ajustes de avaliação patrimonial têm como contrapartida o ajuste de determinados 
instrumentos financeiros e os valores de mercado dos ativos e passivos nas reorganizações 
societárias (incorporação, fusão e cisão). 
Em regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício 
à medida que os ativos e passivos forem sendo realizados (baixados). 
Essa conta surge no contexto de Contabilidade Avançada e, portanto, é revisitada ao longo do 
curso, oportunidade em que ficará muito mais tranquilo de visualizar o seu funcionamento. Por 
ora, basta você ter noção da essência da conta, de modo a acertar exigências do nível abaixo. 
 
(CAGE-RS) De acordo com a Lei n. 6.404/76, com redação dada pela Lei n. 11.638/07, a conta 
ajustes de avaliação patrimonial pertence ao patrimônio líquido e recebe as contrapartidas de 
a) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo Permanente, em decorrência 
da sua avaliação pela equivalência patrimonial. 
b) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência 
da sua avaliação pelo valor de mercado. 
c) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência 
da sua avaliação a valor justo. 
d) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do passivo circulante, em decorrência 
da precificação dos derivativos a valor de mercado. 
e) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos das dívidas em moeda estrangeira, 
em decorrência da variação cambial conjuntural. 
Comentários 
Para fixar! Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação 
patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do 
ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo. 
Gabarito: C 
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Ações em Tesouraria 
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o 
objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na 
transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas 
nas mãos de um grande número de acionistas. 
Cabe destacar que na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não 
integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social. 
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser destacadas no 
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos 
aplicados na sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL. 
Destaca-se, ainda, que o limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros 
acumulados e reservas, exceto a reserva legal. 
Por fim, devemos saber que a alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo 
para a empresa, não representando receitas ou despesas. No caso de lucro a empresa deverá 
creditá-lo em reservas de capital (semelhante ao que ocorre com o ágio na emissão de ações). Se 
houver prejuízo, deverá debitá-lo em reservas de capital. 
Reservas de Lucros 
Prezados, considerando que esse tópico de reservas possui inúmeros detalhes, vamos abordá-lo 
em aula específica, oportunidade em que trataremos também sobre o assunto “dividendos”, pois 
são assuntos que estão interligados. Por ora, basta saber quais são as reservas de lucros. 
As reservas de lucros são extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar 
o patrimônio líquido. Segundo a Lei n. 6.404/76 (art. 182, §4º), serão classificadas como reservas 
de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. 
As reservas de lucros previstas na Lei n. 6.404/76 são as seguintes: 
§ Reserva Legal; 
§ Reservas Estatutárias; 
§ Reservas para Contingências; 
§ Reserva de Incentivos Fiscais; 
§ Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão); 
§ Reserva de Lucros a Realizar; 
§ Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; 
§ Reserva Específica de Prêmio de Debêntures. 
Lucros ou Prejuízos Acumulados 
Segundo o Manual FIPECAFI, a partir da vigência da Lei n. 11.638/07 foi extinta a possibilidade 
de manutenção e apresentação de saldos a título de Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial, 
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mas apenas para o caso das sociedades por ações, o que não significa que a referida conta deverá 
ser eliminada dos planos de contas dessas entidades. 
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados continuará sendo utilizada nos planos de contas, e seu 
uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas 
reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e 
destinar valores para reservas de lucros. Mas, no balanço patrimonial, só poderá aparecer quando 
tiver saldo negativo, e será denominada de Prejuízos Acumulados. 
Reitera-se que a obrigação da conta Lucros Acumulados não conter saldo positivo aplica-se 
unicamente às sociedades por ações, e não às demais. Assim, saldos nessa conta precisam ser 
totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua 
aprovação pela assembleia geral ordinária. 
O Manual salienta que a Lei n. 6.404/76, no parágrafo único do art. 189, determina que "o prejuízo 
do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e 
pela reserva legal, nessa ordem", além de explicitar, no item I do art. 200 que as reservas de capital 
poderão ser utilizadas para absorver prejuízos quando as reservas de lucros não forem suficientes. 
Dessa forma, depreende-se que a apresentação da conta Prejuízos Acumulados no Patrimônio 
Líquido das companhias só deverá ocorrer se as empresas não mais possuírem reservas de lucros 
que possam ser utilizadas para absorver tais prejuízos, podendo ainda serem utilizadas para a 
absorção, as reservas de capital. 
Outras Contas do PL 
Conforme já comentado, além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio Líquido 
pode apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da companhia, bem 
como para atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da divulgação. 
Vejamos objetivamente as características dessas contas, tomando-se como base o disposto no 
Manual FIPECAFI, haja vista que muitas questões são extraídas de forma literal do Manual. 
Opções outorgadas reconhecidas 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
“As Opções Outorgadas Reconhecidas representam uma conta especial que deve 
ser utilizada nos casos em que as sociedades negociam serviços de seus 
administradores e empregados, cujo valor de mercado não é facilmente obtido. Ela 
deve serapresentada junto às Reservas de Capital, no Patrimônio Líquido, quando 
os serviços negociados tiverem como contraprestação pagamentos baseados em 
ações a serem liquidados com instrumentos patrimoniais. Caso a liquidação tenha 
realização prevista em dinheiro, o registro deve ser reconhecido no Passivo”. 
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(SEAP-PR) Uma empresa, ao contabilizar o reconhecimento de um produto ou de um serviço 
adquirido em transação com pagamento em ações liquidadas em instrumentos patrimoniais, 
deve contabilizar em contrapartida a uma conta do 
a) Ativo Circulante. 
b) Ativo Não Circulante. 
c) Passivo Circulante. 
d) Patrimônio Líquido. 
e) Resultado. 
Comentários 
Observe que a questão foi baseada no trecho transcrito do Manual FIPECAFI. Organizando a 
“bagaça”, temos: 
Opções Outorgadas Reconhecidas: relacionada ao pagamento de serviços de seus 
administradores baseado em ações. 
Pagamentos liquidados com instrumentos patrimoniais = conta do patrimônio líquido (juntamente 
com as reservas de capitais); 
Pagamentos realizados em dinheiro = conta do passivo. 
Gabarito: D 
Gastos na emissão de ações 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
“Os gastos incorridos no processo de emissão de ações e outros valores mobiliários 
patrimoniais não mais poderão ser tratados como despesas do período da emissão, 
mas sim como uma redução dos valores efetivamente obtidos na captação junto aos 
sócios”. 
Agora observe o que dispõe o CPC 08 – Custos de Transações: 
Contabilização das captações de recursos para o capital próprio 
4. O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão 
de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados para 
a entidade pela transação, pois essas transações são efetuadas com sócios já 
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existentes e/ou novos, não devendo seus custos influenciar o saldo líquido das 
transações geradoras de resultado da entidade. 
5. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da 
emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em 
conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os 
prêmios recebidos devem ser reconhecidos em conta de reserva de capital. 
6. Nas operações de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos 
patrimoniais em que exista prêmio (excedente de capital) originado da subscrição 
de ações aos quais os custos de transação se referem, deve o prêmio, até o limite 
do seu saldo, ser utilizado para absorver os custos de transação registrados na conta 
de que trata o item 5. Nos demais casos, a conta de que trata o item anterior será 
apresentada após o capital social e somente pode ser utilizada para redução do 
capital social ou absorção por reservas de capital. 
7. Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos 
patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus 
de subscrição, os custos de transação devem ser reconhecidos como despesa 
destacada no resultado do período em que se frustrar a transação. 
Portanto, grave no “HD”: 
Gastos na emissão de ações: não devem ser reconhecidos como despesa, mas sim como 
acréscimo do custo de emissão em conta retificadora do capital social. 
Vamos a um “exemplo real” de como o assunto tem sido exigido. 
 
(Prefeitura de São Paulo) A Cia. Acionária resolveu aumentar seu capital social mediante 
emissão de 10.000 novas ações, cujo valor nominal é de R$ 1,00. Devido às condições de 
mercado, as ações foram negociadas a R$ 1,50, à vista. Para a emissão das ações a Cia. 
Acionária incorreu em custos de R$ 500,00. A Cia. Acionária reconheceu um aumento de: 
a) capital social no valor de R$ 10.000,00. 
b) capital social no valor de R$ 9.500,00. 
c) capital social no valor de R$ 15.000,00. 
d) patrimônio líquido no valor de R$ 15.000,00. 
e) reservas de lucros no valor de R$ 5.000,00. 
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Comentários 
Quando há a emissão de ação com ágio (ou seja, valor de venda da ação foi maior que o valor 
patrimonial), a contabilidade faz o seguinte lançamento: 
D – Caixa ... 14.500,00 * 
C – Reservas de capital (ágio na emissão de ações) ... 4.500,00 ** 
C – Capital Social ... 10.000,00 *** 
* A captação de recursos via mercado de ações visa justamente colocar à disposição da empresa o 
montante de recursos necessários para que ela possa investir. No momento da captação, os recursos 
entram (aplicação) no caixa (ou no banco). 
O montante de R$ 14.500 foi calculado da seguinte forma: 
Caixa = número de ações emitidas x valor de mercado das ações - custos de emissão das ações 
Caixa = 10.000 x R$ 1,5 - R$ 500 = R$ 15.000 - 500 = 14.500 
** O valor do ágio foi calculado da seguinte forma: 
Valor de mercado das ações - Valor nominal das ações - custos de emissão das ações = ágio na emissão de 
ações 
(10.000 x 1,5) – (10.000 x 1 – 500) = 15.000 - 10.000 - 500 = R$ 4.500 
Só vai para reserva o montante que ultrapassar o somatório entre o valor patrimonial da ação (R$ 
10.000) e os custos de sua emissão (R$ 500). 
*** O capital social, no caso, é a origem dos recursos. Seu montante é calculado a partir da multiplicação 
do número de ações pelo valor patrimonial = 10.000 x R$ 1 = R$ 10.000. 
Do exposto, percebe-se que a Cia. Acionária reconheceu um aumento de capital social no valor 
de R$ 10.000,00. 
Gabarito: A 
Ajustes acumulados de conversão 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
“A conta Ajustes Acumulados de Conversão representa uma conta transitória do 
Patrimônio Líquido que deve ser utilizada para registrar as variações cambiais dos 
investimentos em controladas (aquelas que não possuem a característica de filial, 
sucursal ou extensão das atividades da controladora), controladas em conjunto e 
coligadas em outra moeda funcional que não o Real (R$), pois tais variações não podem, 
em função do que determina o Pronunciamento Técnico CPC 02 - Efeitos das Mudanças 
nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, afetar o resultado do 
exercício. O reconhecimento no resultado dos valores registrados na conta Ajustes 
Acumulados de Conversão ocorrerá apenas quando da baixa do investimento. É 
importante salientar que essa conta não é uma reserva. Ela pode ter saldo positivo ou 
negativo e pode ser apresentada logo apos a conta “Ajustes de Avaliação Patrimonial", 
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não se confundindo, entretanto, com esta. Seu saldo também deverá ser eliminado 
quando do cálculo do JCP [Juros sobre Capital Próprio]”. 
Por ora, basta você saber que a conta ajustes acumulados de conversão é do PL e pode ter saldo 
credor (quando o ajuste é positivo para a entidade) ou saldo devedor (quando o ajuste é negativo 
para a entidade). É o mesmo raciocínio aplicado ao Ajuste de Avaliação Patrimonial que também 
pode ser devedor ou credor, conforme o caso. 
Contas Extintas 
Segundo o Manual FIPECAFI, “algumas contas não mais listadas nas normas contábeis como 
pertencentes ao Patrimônio Líquido ainda podem ser encontradas nesse grupo em função da 
existência de saldos remanescentes; nelas não é permitida, entretanto, a inclusão de novos valores. 
As contas mais comuns são: Reservas de Reavaliação, Reserva de Capital - Prêmios na Emissão de 
Debêntures e a Reserva de Capital-Doações e Subvenções para Investimentos”. 
 
 
Check Point 
Tchê...coloquei esse “check point” só para avisar que se você leu até aqui desde o início da aula 
já cumpriu a meta “normal” de um ciclo de estudos J 
Fechamos a parte teórica com a visão geral, bem objetivo, sem enrolações, indo direto ao que 
interessa! Primeira para te da aula concluída! Parabéns, você está um aço! 
Então... respira fundo, toma uma água (ou um café, a depender do horário), faça um intervalo e 
considere alterar o ciclo de estudos, de acordo com o seu planejamento, é claro. 
Esse é um bom momento para você abraçar alguém especial (não se emociona J). Fica na paz... 
eu espero aqui J! Lembre-se que os pequenos gestos fazem a diferença! 
Ah... se for dar uma olhada nas redes sociais, aproveita e entra lá no @profgilmarpossati e me 
marca aí no seu ambiente de estudo (seja ele qual for)... é muito bacana ver o seu desenvolvimento 
em prática! 
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Gilmar Possati
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3 – QUESTÕES COMENTADAS 
1. (CESPE/Analista/Ciências Contábeis/SLU-DF/2019) Com base nos pronunciamentos técnicos 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas disposições da Lei n. 6.404/1976 e suas 
alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o item. 
A classificação de ativos e passivos como circulantes ou não circulantes deve obedecer ao ciclo 
operacional da empresa. 
Comentários 
Nem sempre o ciclo operacional deve ser obedecido! Veja o que estabelece a Lei n. 6.404/76: 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
(...) 
 Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício 
social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
Assim, se o ciclo operacional de determinada empresa for de 18 meses, por exemplo, todos os 
bens e direitos que estiverem dentro do prazo de 18 meses serão classificados no AC. Os demais 
que excederem esse prazo serão classificados no ARLP. Vale lembrar que os empréstimos a 
controladas, coligadas, diretores, acionistas e participantes no lucro, independente do prazo, 
serão classificados no ARLP. 
E se o ciclo operacional for menor que o exercício social? O que acontece se o ciclo operacional 
for de 10 meses, por exemplo? Nesse caso classificamos como circulante com base no exercício 
social (12 meses, nos termos do art. 175 da Lei n. 6.404/76). 
Gabarito: Errado 
2. (CESPE/Analista/Ciências Contábeis/SLU-DF/2019) Com base nos pronunciamentos técnicos 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e nas disposições da Lei n. 6.404/1976 e suas 
alterações acerca de demonstrações contábeis, julgue o item. 
Com as alterações implementadas na Lei n. 6.404/1976 pela Lei n. 11.941/2009, o patrimônio 
líquido deixou de ser considerado como um grupo do passivo. 
Comentários 
Não houve alteração nesse sentido. Veja o dispositivo antes e depois das alterações. 
Composição do grupo passivo (Lei n. 6.404/76) 
Antes das alterações (Lei n. 11.941/09) Depois das alterações (Lei n. 11.941/09) 
§ passivo circulante; 
§ passivo exigível a longo prazo; 
§ resultados de exercícios futuros; 
§ passivo circulante; 
§ passivo não circulante; e 
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§ patrimônio líquido, dividido em 
capital social, reservas de capital, ajustes 
de avaliação patrimonial, reservas de 
lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. 
§ patrimônio líquido, dividido em 
capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. 
Gabarito: Errado 
3. (CESPE/Auditor do Estado/CAGE-RS/2018) Na auditoria em investimentos de controladas, 
coligadas e de empreendimentos em conjunto, os ajustes de avaliação patrimonial ocorrem na 
área do 
a) fluxo de caixa. 
b) ativo. 
c) passivo. 
d) patrimônio líquido. 
e) ativo diferido. 
Comentários 
Para acertar a questão bastaria saber que a conta “Ajuste de Avaliação Patrimonial” é classificada 
no Patrimônio Líquido. 
Gabarito: D 
4. (CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE-PB/Adaptada/2018) A Lei n. 11.638/2007, que 
introduziu alterações na forma de elaboração e de apresentação das demonstrações contábeis 
das companhias, determinou a adoção do procedimento de redução ao valor recuperável dos 
ativos. 
Comentários 
Perfeito! O inciso I, §3º do art. 183 da Lei 6.404/76 foi incluído pela Lei n. 11.638/2007: 
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no 
imobilizado e no intangível, a fim de que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) 
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os 
empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir 
resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007) 
Por ora, basta saber que o procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos foi 
determinado pela Lei n. 11.638/2007. 
Gabarito: Certo 
5. (CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE-PB/Adaptada/2018) A Lei n. 11.638/2007, que 
introduziu alterações na forma de elaboração e de apresentação das demonstrações contábeis 
das companhias, determinou a proibição do uso da conta de lucros ou prejuízos acumulados. 
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Comentários 
A conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” deve ser usada para a transferência do lucro apurado 
no período, para as destinações do lucro e para a contrapartida das reversões das reservas de 
lucros. Trata-se de uma conta transitória. Veja o que dispõe o CPC 13: 
42. Segundo a Lei das S/A., conforme modificação introduzida pela Lei nº 
11.638/2007 , o lucro líquido do exercício deve ser integralmente destinado de 
acordo com os fundamentos contidos nos arts. 193 a 197 da Lei das S/A . A referida 
Lei não eliminou a conta de lucros acumulados nem a demonstração de sua 
movimentação, que devem ser apresentadas como parte da demonstração das 
mutações do patrimônio líquido. Essa conta, entretanto, tem natureza 
absolutamente transitória e deve ser utilizada para a transferência do lucro apurado 
no período, para a contrapartida das reversões das reservas de lucros e para as 
destinações do lucro. 
Gabarito: Errado 
6. (CESPE/Analista Administrativo/Contabilidade/EBSERH/2018) A utilização de ações 
disponíveis em tesouraria para a captação de caixa por meio do ingresso de novos acionistas 
não controladores na entidade constitui um tipo de receita. 
Comentários 
Basicamente, o que você precisa saber é que tanto na aquisição de ações em tesouraria como na 
venda dessas, não há impacto no resultado do exercício. Logo, relacionar ações em tesouraria com 
receita ou despesa está errado. 
Gabarito: Errado 
7. (CESPE/Contador/DPU/2016) As ações em tesouraria representam as ações da companhia 
que são adquiridas pela própria sociedade e devem ser registradas no patrimônio líquido, em 
conta credora, de modo a aumentar, assim, o valor do capital social. 
Comentários 
Vimos na parte teórica o seguinte: 
Ações em Tesouraria 
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o 
objetivo de elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na 
transação. Também tem o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas 
nas mãos de um grande número de acionistas. 
[...] 
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei nº 6.404/76, as ações em tesouraria deverãoser destacadas no 
balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos 
aplicados na sua aquisição. Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL. 
Gilmar Possati
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Assim, corrigindo o item, temos: 
As ações em tesouraria representam as ações da companhia que são adquiridas pela própria 
sociedade e devem ser registradas no patrimônio líquido, em conta credora [devedora], de modo 
a aumentar [diminuir], assim, o valor do capital social. 
Gabarito: Errado 
8. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Um conjunto completo das demonstrações 
contábeis compreende o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a 
demonstração do resultado abrangente, a demonstração das mutações do patrimônio líquido, 
a demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração do valor adicionado, quando exigida 
legalmente, e as notas explicativas. 
Comentários 
Conjunto completo de demonstrações contábeis 
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 
(a) balanço patrimonial ao final do período; 
(b) demonstração do resultado do período; 
(ba) demonstração do resultado abrangente do período; 
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; 
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período; 
(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do Valor 
Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada 
voluntariamente; 
(e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras 
informações explanatórias; 
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 
38A; 
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, 
quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação 
retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens 
de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D. 
Ah, professor, mas a questão não abrange todo o conjunto completo previsto pela Norma! Sim, 
mas em itens de certo/errado ao estilo dessa questão, o incompleto não pode ser considerado 
errado. 
Gabarito: Certo 
9. (CESPE/Contador/MJ/2013) O balanço patrimonial demonstra a composição qualitativa do 
patrimônio da entidade. 
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O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na 
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, evidenciando 
seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa. 
Comentários 
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos 
(Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada 
data. 
Portanto, o item está certo, pois realmente o Balanço Patrimonial evidencia qualitativa e 
quantitativamente a posição patrimonial e financeira da entidade em determinado período. 
Gabarito: Certo 
10. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) O balanço patrimonial 
representa, quantitativa e qualitativamente, a posição financeira e patrimonial da entidade em 
determinada data. 
Comentários 
 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na 
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, 
evidenciando seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa. 
 
Gabarito: Certo 
11. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) O balanço patrimonial é a representação que 
demonstra as origens e aplicações de recursos econômicos, ativo e passivo, respectivamente. 
Comentários 
Para fixar! O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na 
apresentação da posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, evidenciando 
seu patrimônio de forma qualitativa e quantitativa. 
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos 
(Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada 
data. 
Só por curiosidade a representação que demonstra as origens e aplicações de recursos é a 
Demonstração de Origens e Aplicações (DOAR). No entanto, esta demonstração foi substituída 
pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). 
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Gabarito: Errado 
12. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) O objetivo do balanço patrimonial é 
evidenciar a situação financeira e patrimonial da organização em determinada data, 
representando, desse modo, uma posição dinâmica do negócio. 
Comentários 
Realmente o objetivo do balanço patrimonial é evidenciar a situação financeira e patrimonial da 
organização em determinada data. No entanto, o BP representa uma posição estática, 
compreendendo todos os bens e direitos (Ativo), as obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio 
Líquido da entidade em uma determinada data. 
Gabarito: Errado 
13. (CESPE/Analista/Perito/Contabilidade/MPU/2010) Com base no que dispõe a legislação 
sobre sociedades por ações, julgue o item subsequente. 
No balanço patrimonial, as contas de passivo são classificadas em dois grupos: circulante e não 
circulante. No grupo não circulante, inclui-se o patrimônio líquido. 
Comentários 
Conforme estudamos, o balanço possui a seguinte estrutura básica: 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Não Circulante Não Circulante 
Patrimônio Líquido 
Observe que o Balanço Patrimonial compõe-se de duas colunas: uma para o ativo e outra para o 
passivo. O ativo é subdividido em circulante e não circulante. O passivo, por sua vez, subdivide-se 
em circulante e não circulante (passivo exigível) e patrimônio líquido (passivo não exigível). 
Observe que a questão está errada, pois o patrimônio líquido não está incluído no passivo não 
circulante. 
Gabarito: Errado 
14. (CESPE/Técnico em Contabilidade/SUFRAMA/2014) A conta duplicatas a receber deverá 
ser apresentada do lado esquerdo do balanço, acima da conta estoques, tendo em vista que 
aquela é mais líquida que esta. 
Comentários 
Vamos analisar por partes: 
A conta duplicatas a receber deverá ser apresentada do lado esquerdo do balanço... 
Perfeito! Duplicatas a receber representa um direito e, portanto, é um ativo. Sabemos que o ativo 
está no lado esquerdo do BP. Assim, até aqui o item está certo. 
... acima da conta estoques, tendo em vista que aquela é mais líquida que esta. 
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Vimos que as contas do ativo são dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez. Estudamos 
também que o grau de liquidez está associado ao prazo no qual os bens e direitos podem ser 
transformados em dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa. 
Nesse sentido, observe que a conta “duplicas a receber” apresenta maior liquidez, pois a qualquer 
momento ela pode ser baixada, ou seja, o cliente efetuar o pagamento, convertendo-se em 
espécie (dinheiro). Já a conta “estoques” depende da comercialização (se for uma empresa 
comercial) ou utilização na produção (se for uma empresa industrial). Logo, a conta “duplicatas a 
receber” possui maior liquidez que a conta “estoques”. 
Gabarito: Certo 
15. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) No ativo, as contas são classificadas em 
ordem crescente de grau de liquidezdos elementos nelas registrados. 
Comentários 
Pessoal, típica questão que não podemos errar! Conforme estudamos, no ativo, as contas são 
classificadas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados. 
Gabarito: Errado 
16. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade TRE-ES/2011) Em relação ao encerramento do 
exercício social e às normas legais aplicáveis à contabilidade, julgue o próximo item. 
A estrutura do balanço patrimonial obedece a regras rígidas, segundo as quais o grupo de 
realizável a longo prazo não pode ser demonstrado depois do ativo permanente. 
Comentários 
Questão que exige conhecimentos do art. 178 da Lei n. 6.404/76. 
Art. 178, § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos 
nelas registrados, nos seguintes grupos (...) 
Assim, como a liquidez do ativo não circulante realizável a longo prazo é maior do que a do ativo 
imobilizado, intangível e investimento (ativo permanente), aquele deve vir classificado antes no 
balanço. 
Gabarito: Certo 
17. (CESPE/Técnico em Contabilidade/PF/2004) A classificação dos ativos e passivos no 
balanço patrimonial pelo critério de liquidez pressupõe que o valor dos ativos mais antigos 
venha em primeiro lugar. 
Comentários 
Para fixar! A classificação dos ativos e passivos no balanço patrimonial pelo critério de liquidez 
pressupõe que os ativos com maior liquidez sejam evidenciados antes dos demais. 
Gabarito: Errado 
18. (CESPE/AUFCE/Tribunal de Contas da União/2007) Relativamente ao balanço patrimonial 
e à sua apresentação e composição, julgue os itens que se seguem. 
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Os adiantamentos a diretores, por conta da realização de despesas ainda não incorridas, que 
constituam operações usuais da empresa, devem classificar-se no ativo circulante. 
Comentários 
Os adiantamentos a diretores constituem um direito da empresa sendo classificados no ativo 
circulante. Traduzindo o item, o que ocorreu é o seguinte: a empresa possuía uma obrigação com 
os diretores, por exemplo, salários. Assim, a empresa adianta o valor do salário a seus diretores, 
realizando a despesa antes do fato gerador (trabalho dos diretores). É por isso que o item fala em 
“realização de despesas ainda não incorridas”. 
Vale destacar que os adiantamentos a diretores, por conta da realização de despesas ainda não 
incorridas, que constituam operações usuais da empresa, devem classificar-se no ativo circulante. 
Como se trata de operações usuais, o tratamento é "normal", não foi mencionado longo prazo, 
logo classificamos no circulante. 
Se fossem operações não usuais, para pessoas ligadas, independeria do prazo... classificaríamos 
no ativo não circulante. 
Gabarito: Certo 
19. (CESPE/Contador/MTE/2014) Caso os passivos sejam pagos durante o ciclo operacional 
normal da entidade, eles serão classificados como circulante. 
Comentários 
Questão interessante para fixarmos o entendimento a pouco estudado sobre o ciclo operacional. 
Tanto os ativos como o passivo caso sejam pagos durante o ciclo operacional normal da entidade 
serão classificados como circulante. 
Destaca-se que, nos termos do CPC 26, o ciclo operacional da entidade é o tempo entre a 
aquisição de ativos para processamento e sua realização em caixa ou seus equivalentes. Quando 
o ciclo operacional normal da entidade não for claramente identificável, pressupõe-se que sua 
duração seja de doze meses. 
Gabarito: Certo 
20. (CESPE/Contador/CADE/2014) As obrigações da companhia com terceiros devem ser 
classificadas no passivo circulante ou no passivo não circulante, tomando-se como referência 
o exercício social ou o ciclo operacional da empresa, se este tiver duração maior que o 
exercício social. 
Comentários 
O item está perfeito! Como sabemos, as obrigações da companhia com terceiros devem ser 
classificadas no passivo distinguindo-se em circulante e não circulante tendo como referência o 
exercício social ou ciclo operacional, caso este tenha duração superior ao exercício social. 
Gabarito: Certo 
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21. (CESPE/Contador/CADE/2014) Os veículos de uma empresa automobilística destinados à 
venda deverão ser classificados no ativo circulante, realizável a longo prazo ou imobilizado, 
conforme o momento da alienação do bem. 
Comentários 
Perceba que a questão se refere a veículos destinadas à venda, ou seja, trata-se de estoques de 
mercadorias. Nesse caso, não podemos confundir com os veículos utilizados nas atividades 
operacionais da empresa, por exemplo, transporte de clientes (muito comum em concessionárias 
de veículos na fase pós-venda). Portanto, como estamos nos referindo a estoques não há que se 
falar em ativo imobilizado. 
Gabarito: Errado 
22. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Participações em outras 
empresas, caixa e equivalentes de caixa e imposto a recuperar são contas do ativo. 
Comentários 
Vamos classificar as contas: 
Participações em outras empresas: representam direitos. Como derivam de eventos passados, a 
entidade controla essas participações e se espera que resultem em benefícios econômicos futuros, 
temos todas as condições exigidas para que a enquadremos como um ativo. 
Caixa e equivalentes de caixa: representa bens monetários. Mais uma vez temos todas as 
exigências para enquadrar como ativo (controle, futuro benefício econômico, derivado de eventos 
passados). 
Imposto a recuperar: representa um direito. Também se enquadra como ativo. 
Gabarito: Certo 
23. (CESPE/Especialista em Regulação/Economia/2009) 
Conta Valor (R$) 
Impostos sobre lucro 12 
Prejuízo acumulado após apuração do resultado do período 80 
Despesa de salários 90 
Telefone a pagar 120 
Despesa de combustíveis 120 
Despesa de energia 219 
Despesa de material 223 
Encargos sobre folha de pagamento a recolher 320 
Gastos com desenvolvimento de novos produtos 400 
Reservas 430 
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Empréstimos a pagar 490 
Salários a pagar 550 
Aplicações financeiras 780 
Ações de controladas e coligadas 800 
Abatimento sobre vendas 880 
Fornecedores de estoques 890 
Impostos a recolher 890 
Veículos e máquinas 1.100 
Estoque de mercadorias para revenda 1.120 
Custo das mercadorias vendidas 1.134 
Disponibilidades 1.900 
Duplicatas a receber em longo prazo 2.190 
Duplicatas a pagar de longo prazo 2.310 
Clientes 3.200 
Receita bruta de vendas 3.450 
Capital social 5.570 
Com base no fragmento de balancete de verificação apresentado acima, é correto concluir que o 
ativo circulante apurado corresponde a R$ 6.220 
Comentários 
Vamos identificar as contas que compõem o ativo circulante: 
Ativo Circulante 
Aplicações financeiras 780 
Estoque de mercadorias para revenda 1.120 
Disponibilidades 1.900 
Clientes 3.200 
Total 7.000 
Gabarito: Errado 
24. (CESPE/Agente Técnico de Inteligência/Contabilidade/2010) Julgue o item seguinte, a 
respeito das práticas contábeis brasileiras e do balanço patrimonial. 
O ativo não circulante inclui ativos realizáveis a longo prazo, investimentos, imobilizados e 
intangíveis. 
Comentários 
Gilmar Possati
Aula 05
 Contabilidade Geral I p/ Polícia Federal (Agente) 2021 Pré-Edital (Preparação de A a Z)
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Perfeito! O Ativo não circulante é subdividido em: 
§ Ativo Realizável a Longo Prazo;

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