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Contabilidade Geral I 07

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Aula 07
 Contabilidade Geral I p/ Polícia Federal
(Agente) 2021 Pré-Edital (Preparação de
A a Z)
Autor:
Gilmar Possati
Aula 07
24 de Fevereiro de 2021
 
 
 
 1 
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DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO 
EXERCÍCIO 
Sumário 
1 – Demonstração do Resultado do Exercício .................................................................................. 2 
1.1. Aspectos Introdutórios ........................................................................................................... 2 
1.2. Estrutura (Lei n. 6.404/76) ...................................................................................................... 3 
1.3. Estrutura (CPC 26) ................................................................................................................ 12 
1.4. Formas de análise das despesas na DRE (subclassificação das despesas) ........................... 16 
1.5. Apuração do Resultado do Exercício ................................................................................... 19 
2 – Questões Comentadas .............................................................................................................. 21 
2.1.1. Aspectos Introdutórios .................................................................................................. 21 
2.1.2. Deduções da Receita ..................................................................................................... 22 
2.1.3. Descontos Condicionais x Descontos Incondicionais .................................................... 23 
2.1.4. Receita Líquida ............................................................................................................... 24 
2.1.5. Lucro Bruto .................................................................................................................... 25 
2.1.6. Despesas Operacionais e Financeiras ............................................................................ 33 
2.1.7. Outras receitas/Outras despesas ................................................................................... 34 
2.1.8. Provisão para o Imposto de Renda ................................................................................ 34 
2.1.9. Participações Estatutárias .............................................................................................. 35 
2.1.10. Questões que exigem conhecimentos dos Pronunciamentos Contábeis ................... 40 
3 – Lista das Questões Comentadas ............................................................................................. 100 
4 – Resumo .................................................................................................................................... 136 
5 – Gabarito .................................................................................................................................. 138 
 
 
Gilmar Possati
Aula 07
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1 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
1.1. Aspectos Introdutórios 
A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta a 
confrontação entre receitas e despesas da entidade. 
Nesse sentido, destaca-se que todas as mutações do patrimônio líquido não resultantes das 
transações com os sócios devem estar reconhecidas na DRE. Sendo assim, caso as receitas sejam 
maiores que as despesas, teremos a geração de lucro. Do contrário, teremos prejuízo. 
Nesse ponto, vale destacar o princípio da competência, segundo o qual as receitas e despesas 
devem ser reconhecidas independentemente de pagamento ou recebimento. 
Mas, afinal qual o objetivo da DRE? 
A DRE objetiva evidenciar a situação econômica da entidade, medindo o desempenho da 
entidade. Em outras palavras, pode-se afirmar que a DRE procura evidenciar a composição do 
resultado gerado (lucro ou prejuízo) em um determinado período (geralmente um ano) a partir 
das operações da entidade. 
Outro aspecto importante a ser destacado é que a DRE integra o capital próprio, pois o lucro ou 
prejuízo obtido comporá o patrimônio líquido. Tal fato justifica o encerramento das contas que 
integram a DRE, ou seja, as contas são zeradas ao final do exercício financeiro. 
Pessoal, temos que ter o entendimento do previsto na Lei 6.404/76 sobre a estrutura da DRE. 
Trata-se do art. 187, que estabelece as informações mínimas a serem contidas nessa 
demonstração: 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os 
impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o 
lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas 
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada 
pela Lei nº 11.941, de 2009) 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, 
mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou 
previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei 
nº 11.941, de 2009) 
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VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em 
moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas 
receitas e rendimentos. 
Perceba que o disposto acima nada mais é do que a descrição da estrutura da DRE. A seguir temos 
um exemplo de DRE, de acordo com a estrutura descrita na Lei 6.404/76. 
1.2. Estrutura (Lei n. 6.404/76) 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas com vendas 
- Despesas gerais e administrativas 
- Despesas financeiras 
- Resultado negativo de equivalência patrimonial 
- Variações monetárias passivas 
(+) Receitas Operacionais 
+ Receitas financeiras 
+ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
+ Variações monetárias ativas 
+ Receitas de aluguel 
+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
Gilmar Possati
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(=) Resultado Operacional Líquido 
(+) Outras Receitas 
(-) Outras Despesas 
(=) Resultado antes do IR e CSLL 
 (-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) 
(-) Imposto de Renda (IR) 
Resultado do Exercício antes das Participações 
(-) Participações 
Debêntures 
Empregados 
Administradores 
Partes Beneficiárias 
Contribuição p/ Fundos Assistência e Previdência Social dos empregados 
(=) Lucro Líquido do Exercício 
(÷) número de ações do capital social 
(=) Lucro Líquido por Ação do Capital 
Visto a estrutura da DRE passemos à análise de cada um dos itens. 
Faturamento Bruto 
O faturamento bruto não está descrito na Lei das S.As. No entanto, esta adaptação melhora a 
informação da demonstração, pois demonstra as diferenças entre o faturamento bruto e a receita 
bruta de vendas.Mas, afinal qual a diferença entre faturamento bruto e receita bruta? 
No faturamento bruto, além da receita bruta de vendas, inclui-se o Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) incidente na operação de venda. 
Receita Operacional Bruta 
A contabilização das receitas de vendas é realizada pelo valor bruto, ou seja, incluindo os 
impostos. 
Deduções da Receita Operacional Bruta 
Representam os fatos que alteram o valor das vendas, conforme discriminado a seguir: 
 
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Fatos que alteram o valor das Vendas 
§ Vendas Anuladas ou Devolução de Vendas; 
§ Abatimentos sobre Vendas; 
§ Descontos Incondicionais Concedidos; 
§ Impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
 
As vendas anuladas (devolução de vendas) representam todas as devoluções de vendas ocorridas 
dentro do exercício social. Destaca-se que as devoluções de vendas de exercícios anteriores são 
consideradas como despesas operacionais. 
O Abatimento sobre Venda representa os descontos que são concedidos posteriormente à 
entrega dos produtos. Geralmente, decorrem por defeitos de qualidade, quantidade e de 
transportes. Destaca-se que o abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não 
afeta a base de cálculo dos impostos. 
 
 
Não confunda os descontos incondicionais (comerciais) com os descontos condicionais 
(financeiros). 
 
Descontos Incondicionais (comerciais): ocorrem no momento da compra (obtidos) ou da venda 
(concedidos), sendo destacados na própria nota fiscal. A palavra “incondicional” denota ausência 
de condições impostas ao cliente para que tivesse direito ao desconto. 
Descontos Incondicionais Obtidos = redutora do CMV 
Descontos Incondicionais Concedidos = redutora da Receita de Vendas 
Descontos Condicionais (financeiros): ocorrem no momento da liquidação de uma dívida ou do 
recebimento de um direito, fato posterior à compra ou à venda. O desconto financeiro só ocorre 
mediante condição imposta ao devedor (geralmente quitação antes da data do vencimento). São 
reconhecidos como receita (obtidos) ou despesa financeira (concedidos). 
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Os principais impostos e contribuições sobre as vendas e serviços são: ICMS, ISS, Cofins, 
PIS/Pasep. Destaca-se que o IPI não é dedução da receita bruta. Conforme vimos, o IPI é 
considerado antes da receita bruta por ser um imposto “por fora”. 
Receita Operacional Líquida 
Representa as receitas brutas deduzidas das deduções acima estudadas. 
Custo da Mercadoria Vendida (CMV) 
Para o cálculo do CMV utilizamos a seguinte equação: 
CMV = Estoque inicial + compras líquidas – estoque final 
Lembrando que, nos termos do CPC 16 – Estoques, o valor de custo do estoque deve incluir todos 
os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os 
estoques à sua condição e localização atuais. Ademais, lembre que o custo de aquisição dos 
estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto 
os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros 
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos 
comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do 
custo de aquisição. Nesse ponto vale destacar os fatos que alteram o valor das compras, conforme 
discriminado a seguir: 
 
Fatos que alteram o valor das Compras 
§ Devolução de Compras ou Compras Anuladas 
§ Abatimentos sobre Compras 
§ Fretes e Seguros sobre Compras 
§ Descontos Incondicionais Obtidos. 
Assim, temos; 
Compras Brutas 
(-) Devolução de Compras ou Compras Anuladas 
(-) Abatimentos sobre Compras 
(+) Fretes e Seguros sobre Compras 
(-) Descontos Incondicionais Obtidos 
(=) Compras Líquidas 
 
Gilmar Possati
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(SUFRAMA/2014) Na DRE de uma empresa comercial, para a apuração do lucro bruto 
operacional, as deduções das vendas e o custo das mercadorias vendidas são subtraídos 
diretamente da receita bruta de vendas. 
Comentários 
A dedução do CMV parte das receitas líquidas e não das receitas brutas, conforme informa o item. 
Pessoal, no decorrer desta aula, vocês observarão que muitas questões são resolvidas com o 
simples conhecimento da estrutura da DRE, a exemplo desse item. 
Gabarito: Errado 
Resultado Operacional Bruto 
Representa as receitas líquidas deduzidas do CMV acima estudado. 
Despesas Operacionais 
As principais despesas operacionais são: 
§ Despesas com vendas: englobam os gastos com promoção, colocação e distribuição dos 
produtos vendidos pela empresa. 
§ Despesas gerais e administrativas: englobam os gastos com a gestão da empresa. 
§ Despesas financeiras: englobam os juros passivos, descontos condicionais concedidos, 
comissões passivas, juros sobre o capital próprio, entre outras. 
§ Resultado negativo de equivalência patrimonial 
§ Variações monetárias passivas 
 
(SUFRAMA/2014) Os juros sobre o capital próprio, calculados com base na taxa de juros de 
longo prazo, integram o grupo de despesas financeiras na DRE. 
Comentários 
Gilmar Possati
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Os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) são debitados em Despesas Financeiras, reduzindo o lucro 
a ser tributado. O cálculo dessa remuneração toma por base a Taxa de Juros de Longo Prazo 
(TJLP). 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
A TJLP representa, parcialmente, a correção monetária do capital próprio, sendo este um fator 
positivo, mas a possibilidade de pagá-lo aos sócios pode representar, na verdade, uma devolução 
do próprio capital. 
O Manual FIPECAFI destaca, ainda, que: 
A contabilização desses JCP como Despesas Financeiras, implica graves prejuízos à 
comparabilidade das demonstrações contábeis, já que, como esses juros são facultativos, algumas 
empresas os contabilizam e outras não. Além disso, a comparabilidade fica ainda mais prejudicada 
com a limitação de seu valor à metade do lucro do período ajustado ou à metade dos saldos 
iniciais de Reservas de Lucros, fazendo com que algumas empresas não possam considerá-los em 
sua integralidade. 
Gabarito: Certo 
(SUFRAMA/2014) O conjunto de despesas administrativas e de vendas é também denominado 
despesas operacionais. 
Comentários 
Para fixar! Conforme vimos, as principais despesas operacionais são: 
Despesas com vendas: englobam os gastos com promoção, colocação e distribuição dos 
produtos vendidos pela empresa. 
Despesas gerais e administrativas: englobam os gastos com a gestão da empresa. 
Despesas financeiras: englobam os juros passivos, descontos condicionais concedidos, comissões 
passivas, juros sobre o capital próprio, entre outras. 
Resultado negativo de equivalência patrimonial 
Variações monetárias passivas 
Gabarito: Certo 
Receitas Operacionais 
As principais receitas operacionais são: 
§ Receitas financeiras: englobam os juros ativos, os descontos condicionais obtidos, entre 
outras. 
§ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
§ Variações monetárias ativas 
§ Receitas de aluguel 
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§ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
Outras Receitas e Outras Despesas 
Compreendem os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados 
nos grupos investimentos,imobilizado e intangível. Refere-se às antigas “Receitas Não 
Operacionais” e “Despesas Não Operacionais”. 
Nesse ponto, vale destacarmos o seguinte: 
Não há mais na Demonstração do Resultado do Exercício a expressão “resultados não 
operacionais”. Segundo o Manual FIPECAFI, 
A antiga classificação entre Resultado Operacional e Não Operacional não existe 
nas normas internacionais e nem mesmo mais na Lei das Sociedades por Ações; 
assim, deixou de existir no Brasil, passando a existir a segregação entre Resultados 
de Operações Continuadas e Resultados de Operações Descontinuadas. O art. 187 
da Lei das Sociedades por Ações que antes abordava o "lucro ou prejuízo 
operacional, as receitas e despesas não operacionais", com a nova redação dada 
pela Lei nº 11.941/09, trata apenas do "lucro ou prejuízo operacional, outras 
receitas e outras despesas". 
[..] 
No entanto, para fins tributários, a segregação entre Resultado Operacional e Não 
Operacional continua a existir, em função de várias figuras fiscais, como lucro de 
exploração e outras. 
Portanto, os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos 
grupos investimentos, imobilizado e intangível atualmente devem ser considerados como “outras 
receitas/outras despesas”. 
Veja a questão abaixo. 
(MPU/2013) Se uma empresa vender um ativo imobilizado, ela deverá reconhecer seu 
resultado — ganho ou perda — como resultado não operacional. 
Comentários 
Nesse caso, o ganho ou perda deverá ser considerado como “outras receitas/outras despesas”. 
Gabarito: Errado 
IR/CSLL 
O Imposto de Renda e a CSLL são calculados sobre o lucro do exercício. Destaca-se que a 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) destina-se ao financiamento da Seguridade 
Social. 
 
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Participações 
Correspondem a parcelas do resultado do exercício destinadas aos proprietários de debêntures, 
a empregados, a administradores, aos proprietários de partes beneficiárias e a instituições ou 
fundos de assistência ou previdência de empregados. 
Destaca-se que a base de cálculo das participações é o resultado do exercício após as deduções, 
diminuído dos prejuízos acumulados e acrescido dos Juros sobre Capital Próprio. Segundo a Lei 
nº 6.404/76, 
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias 
serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem 
depois de deduzida a participação anteriormente calculada. 
Exemplo: 
Resultado do Exercício antes das participações = 600.000 
Prejuízos Acumulados = 100.000 
Participações Debêntures = 10% 
Participações Empregados = 10% 
Participações Administradores = 10% 
Participações Partes Beneficiárias = 10% 
Participações Fundos de Assistência = 10% 
Resultado do Exercício antes das participações 600.000 
(-) Prejuízos Acumulados (100.000) 
(=) Base de Cálculo Part. Deb. 500.000 
(-) Participações Debêntures (10%) (50.000) 
(=) Base de Cálculo Part. Empr. 450.000 
(-) Participações Empregados (10%) (45.000) 
(=) Base de Cálculo Part. Adm. 405.000 
(-) Participações Administradores (10%) (40.500) 
(=) Base de Cálculo Part. Partes Benef. 364.500 
(-) Participações Partes Beneficiárias (10%) (36.450) 
(=) Base de Cálculo Part. Partes Benef. 328.050 
(-) Participações Fundos de Assistência (10%) (32.805) 
Observe que apesar de todas as participações corresponderem à taxa de 10%, o valor de cada 
uma delas é diferente, haja vista que a base de cálculo é sempre o resultado que sobra após a 
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subtração da participação anterior. Destaca-se que a ordem acima apresentada deve ser 
rigorosamente cumprida. Assim, memorize: 
 
D à E à A à P à F 
 
Além disso, saiba que as taxas de cada participação podem ser diferentes, no entanto, não podem 
ser superiores a 10% do resultado do período. 
Um último detalhe: no cálculo das participações, retira-se os prejuízos acumulados. Porém, na DRE 
o prejuízo não entra. Na DRE fica: 
Resultado do Exercício antes das participações 600.000 
(-) Participações Debêntures (50.000) 
(-) Participações Empregados (45.000) 
(-) Participações Administradores (40.500) 
(-) Participações Partes Beneficiárias (36.450) 
(-) Participações Fundos de Assistência (32.805) 
(=) Lucro Líquido do Exercício 395.245 
Observe a questão abaixo: 
 
(SUFRAMA/2014) A compensação do prejuízo acumulado deverá ser demonstrada na 
apuração do resultado do exercício, após a dedução do imposto de renda e da contribuição 
social sobre o lucro. 
Comentários 
Para fixar! A compensação do prejuízo acumulado não deve constar na estrutura da DRE. 
Gabarito: Errado 
Lucro Líquido do Exercício 
Depois de deduzidas todas as participações chega-se ao Lucro Líquido do Exercício (LLE). O LLE, 
então, é transferido para o patrimônio líquido, pois as receitas e despesas da entidade integram 
o chamado capital próprio. 
 
Gilmar Possati
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Lucro Líquido por Ação 
 O Lucro Líquido por Ação é a razão entre o LLE e o total de ações. 
Lucro Líquido por Ação = Lucro Líquido do Exercício/Total de ações 
1.3. Estrutura (CPC 26) 
De forma complementar à Lei n. 6.404/76, o CPC 26 estabelece uma estrutura mínima para a DRE, 
obedecidas as determinações legais, composta por: 
(a) receitas; 
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; 
(c) lucro bruto; 
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; 
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de 
equivalência patrimonial; 
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras 
(g) despesas e receitas financeiras; 
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro; 
(i) despesa com tributos sobre o lucro; 
(j) resultado líquido das operações continuadas; 
(k) valor líquido dos seguintes itens: 
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; 
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda 
ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade 
operacional descontinuada. 
(l) resultado líquido do período. 
Ainda, de acordo com o CPC 26, devem ser divulgados na Demonstração Consolidada do 
Resultado do Exercício, como alocação do resultado do exercício os resultados líquidos 
atribuíveis: 
(i) À participação de sócios não controladores; e 
(ii) Aos detentores do capital próprio da empresa controladora. 
Como já estudamos a estrutura da DRE segundo a Lei n. 6.404/76, basta, nesse momento, saber 
as diferenças e novidades estabelecidas pelo CPC 26. 
A estrutura presente no CPC 26 estabelece a evidenciação, de forma destacada, do resultado 
proveniente da avaliação de investimentos pelo método da equivalência patrimonial, do 
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resultado financeiro, além de destacar o resultado proveniente das operações continuadas e 
descontinuadas da entidade. 
Para podermos visualizar melhor essas diferenças, elaboramos um comparativo entre as duas 
estruturas. 
DRE - Lei n. 6.404/76 x CPC 26 
Lei n. 6.404/76 CPC 26 
Receita Operacional Bruta 
(-) Deduções 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) CMV 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas com vendas- Despesas gerais e administrativas 
- Despesas financeiras 
- Resultado negativo de equivalência 
patrimonial 
- Variações monetárias passivas 
(+) Receitas Operacionais 
+ Receitas financeiras 
+ Resultado positivo de equivalência 
patrimonial 
+ Variações monetárias ativas 
+ Receitas de aluguel 
+ Dividendos recebidos (investimentos 
avaliados pelo custo) 
(=) Resultado Operacional Líquido 
(+) Outras Receitas 
(-) Outras Despesas 
(=) Resultado antes do IR e CSLL 
(-) CSLL 
 
 
Receitas 
(-) CMV 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas com vendas 
(-) Despesas gerais e administrativas 
(-) Outras despesas 
(+) Outras receitas 
(+/-) Resultado de equivalência 
patrimonial 
 
(=) Resultado antes das receitas e 
despesas financeiras 
(-) Despesas financeiras 
(+) Receitas financeiras 
(=) Resultado antes dos tributos sobre 
o lucro 
(-) Despesa com tributos sobre o lucro 
(=) Resultado Líquido das Operações 
Continuadas 
(+/-) Resultado líquido das operações 
descontinuadas 
(=) Resultado Líquido do Período 
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(-) IR 
(=) Resultado do Exercício antes das 
Participações 
(-) Participações 
Debêntures 
Empregados 
Administradores 
Partes Beneficiárias 
Fundos Assistência e Previdência Social 
dos empregados 
(=) Lucro Líquido do Exercício 
(÷) número de ações do capital social 
(=) Lucro Líquido por Ação do Capital 
 
Vejamos as principais diferenças com os devidos detalhes. 
à Receita Bruta x Receita Líquida 
Enquanto a Lei n. 6.404/76 inicia a DRE a partir da Receita Bruta, o CPC 26 já inicia da Receita 
Líquida. 
Esse conhecimento já foi alvo de exigência em concurso, conforme veremos nas questões 
comentadas. 
à Segregação das despesas e receitas financeiras 
Na estrutura disposta pelo CPC 26, temos o denominado “Resultado antes das Receitas e 
Despesas Financeiras”. A ideia é que essa segregação permita uma melhor análise econômica da 
entidade, pois proporciona uma melhor evidenciação do resultado de fato originado pelas suas 
operações. 
à Resultado das Operações Descontinuadas 
Uma operação é considerada descontinuada quando a empresa encerra uma linha de produção 
específica. Segundo o CPC 31, 
32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado 
ou está classificado como mantido para venda e 
(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de 
operações; 
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(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante 
linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou 
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda. 
Segundo o CPC 31, os resultados com operações descontinuadas não serão considerados como 
operacionais. É por esse motivo que aparecem na DRE após a provisão dos tributos. 
Não confunda com os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados 
nos grupos investimentos, imobilizado e intangível que devem ser classificados como “Outras 
Receitas/Outras Despesas”. 
As operações descontinuadas decorrem de vendas relativas a linhas de negócios, operações, 
produtos ou atividades que a empresa “abandonou”, ou seja, que não existirão mais. 
à Outras particularidades 
O CPC 26 aborda, ainda, dois outros aspectos relativos à DRE, quais sejam: 
1. A necessidade de divulgação, de forma separada, da natureza e montantes dos itens de receita 
e despesa quando estes são relevantes, conforme descrito no item 98: 
98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e 
despesas incluem: 
(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao 
seu valor recuperável, bem como as reversões de tais reduções; 
(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões 
para gastos de reestruturação; 
(c) baixas de itens do ativo imobilizado; 
(d) baixas de investimento; 
(e) unidades operacionais descontinuadas; 
(f) solução de litígios; e 
(g) outras reversões de provisões. 
2. A necessidade de subclassificação das despesas, como pode ser constatado no item 101. Como 
esse ponto tem sido exigido com certa frequência, vamos abrir um tópico específico. 
 
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1.4. Formas de análise das despesas na DRE (subclassificação das 
despesas) 
Pessoal, cabe destacar que existem duas formas de análise das despesas na DRE, quais sejam: 
método da natureza da despesa e método funcional. 
Segundo o CPC 26, 
As despesas devem ser subclassificadas a fim de destacar componentes do 
desempenho que possam diferir em termos de frequência, potencial de ganho ou 
de perda e previsibilidade. Essa análise dever ser proporcionada em uma das duas 
formas descritas a seguir, obedecidas as disposições legais. 
A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são 
agregadas na demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por 
exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios 
aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias 
funções dentro da entidade. Esse método pode ser simples de aplicar porque não 
são necessárias alocações de gastos a classificações funcionais. 
A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos 
produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua 
função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, 
das despesas de distribuição ou das atividades administrativas. No mínimo, a 
entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos segundo esse 
método separadamente das outras despesas. Esse método pode proporcionar 
informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por 
natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias 
e envolver considerável julgamento. 
E qual o critério utilizado no Brasil? 
Boa! Atualmente, por força da Lei n. 6.404/76, as empresas utilizam o método da função da 
despesa (funcional). 
Em nosso canal do YouTube “Contabilizando”, gravamos um vídeo abordando esse assunto. 
Confira aqui (https://www.youtube.com/watch?v=PUZVhcBrgzQ). 
 
 
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(TELEBRAS/2013) As despesas podem ser classificadas na demonstração do resultado do 
exercício de acordo com sua natureza ou função. 
Comentários 
Para fixar! A seguir, temos dois exemplos de classificação das despesas, adaptados do Manual 
FIPECAFI: 
Método - Função da Despesa Método – Natureza da Despesa 
Receita de Vendas 3.000 Receita de Vendas 3.000 
CMV (700) Variação do estoque de produtos 
acabados 
300 
Lucro Bruto 2.300 Consumo de Matérias-Primas e Materiais 400 
Despesa de Vendas (50) Salários e Benefícios a Empregados 80 
Despesas Administrativas (230) Depreciações e Amortizações 150 
Outras Despesas (100) Despesas com Comissões 50 
Resultado antes dos 
tributos 
1.920 Outras Despesas 100 
 Total das Despesas (1080) 
 Resultado antes dos tributos 1.920 
Gabarito: Certo 
O CPC 26 destaca que outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na 
DRE quando tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenho da entidade. 
Entretanto, a entidade não deve apresentar na DRE, ou em notas explicativas, rubricas, receitas 
ou despesas sob a forma de itens extraordinários.Também não se admite mais a figura das 
receitas e despesas não operacionais. A única discriminação é a dos resultados derivados das 
atividades descontinuadas. 
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Para fecharmos o estudo dos aspectos sobre a DRE dispostos no CPC 26, veja esse exemplo real 
de DRE extraído das demonstrações publicados pela Gerdau S.A. 
 
 
 
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1.5. Apuração do Resultado do Exercício 
Meus camaradas, apurar o resultado do exercício consiste em verificar, por meio das contas de 
resultado (receitas e despesas), se houve lucro ou prejuízo durante o exercício social. 
De maneira simplificada, a Apuração do Resultado do Exercício (ARE) nada mais é do que a 
confrontação de receitas e despesas. Nesse sentido, caso as receitas superem as despesas, 
teremos um resultado positivo (lucro). Do contrário, teremos um resultado negativo (prejuízo). 
Existem duas formas de apurar o resultado do exercício, quais sejam: apuração extracontábil e 
apuração contábil. 
Na apuração extracontábil, basta efetuarmos o confronto das receitas e despesas. Exemplo: 
Receitas – R$ 1.000,00 
Despesas – R$ 800,00 
Logo, o resultado do exercício será de R$ 200,00 (1000,00 – 800,00). Veja que nesse caso temos 
um resultado positivo, pois o total das receitas superou o total das despesas. Houve, portanto, a 
geração de lucro. 
A apuração contábil, por sua vez, envolve um processo mais complexo, composto das seguintes 
etapas: 
1ª) Elaboração do Balancete de Verificação; 
2ª) Transferência dos saldos das contas de receitas e despesas para a conta transitória “Apuração 
do Resultado do Exercício – ARE” e apuração do saldo; 
Nessa etapa, a conta “ARE” receberá, a débito, os saldos das contas de despesas e, a crédito, os 
saldos das contas de receitas. Logo, temos o seguinte: 
Saldo da conta ARE devedor = resultado do exercício = prejuízo 
Saldo da conta ARE credor = resultado do exercício = lucro 
3ª) Transferência do saldo da conta “ARE” para uma conta do PL; 
Nessa etapa, se o saldo da conta “ARE” for credor, ele será transferido para a conta “Lucros 
Acumulados”. Se o saldo for devedor, haverá transferência para a conta “Prejuízos Acumulados”. 
Observe os lançamentos: 
Resultado Positivo (Lucro) Resultado Negativo (Prejuízo) 
D – ARE 
C – Lucros Acumulados 
D – Prejuízos Acumulados 
C – ARE 
4ª) Elaboração do Balanço Patrimonial. 
Observação: Pessoal, o que explicamos acima é uma forma simplificada de apuração do resultado 
do exercício. Não consideramos, obviamente, todos os cálculos relativos aos tributos incidentes 
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sobre o lucro líquido, as distribuições do lucro, além dos demais procedimentos necessários à 
apuração do resultado. 
 
 
 
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2 – QUESTÕES COMENTADAS 
Para essa aula, selecionamos questões em uma ordem racional de estudo, iniciando pelos aspectos 
introdutórios até chegar em exigências de DRE extraídas dos Pronunciamentos Contábeis. 
Posteriormente, selecionamos mais questões para fixação. 
2.1.1. Aspectos Introdutórios 
1. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Com base nas disposições da Lei n.º 
6.404/1976 e suas alterações, julgue o próximo item, relativo à DRE. 
O objetivo da DRE é evidenciar o desempenho da entidade. Essa demonstração é uma 
representação estruturada do total das receitas deduzidas as despesas e também abrange os 
ganhos e as perdas do período. 
Comentários 
Conforme vimos acima na parte introdutória da aula, a DRE apresenta a confrontação entre 
receitas e despesas da entidade (representação estruturada do total das receitas deduzidas as 
despesas). Nesse sentido, destaca-se que todas as mutações do patrimônio líquido não resultantes 
das transações com os sócios devem estar reconhecidas na DRE. Abrange, portanto, os ganhos e 
as perdas do período. Sendo assim, caso as receitas sejam maiores que as despesas, teremos a 
geração de lucro. Do contrário, teremos prejuízo. 
Ademais, vimos que a DRE objetiva evidenciar a situação econômica da entidade, medindo o 
desempenho da entidade. Em outras palavras, pode-se afirmar que a DRE procura evidenciar a 
composição do resultado gerado (lucro ou prejuízo) em um determinado período (geralmente 
um ano) a partir das operações da entidade. 
Gabarito: Certo 
2. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Com base nas disposições da Lei n.º 
6.404/1976 e suas alterações, julgue o próximo item, relativo à DRE. 
De acordo com o regime de competência, a confrontação das receitas com as despesas deve ser 
realizada considerando as entradas e as saídas de caixa no período. 
Comentários 
Segundo o regime de competência os efeitos das transações e outros eventos devem ser 
reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. 
O item refere-se ao regime de caixa e não ao regime de competência. 
Gabarito: Errado 
3. (CESPE/Consultor do Executivo/Ciências Contábeis/SEFAZ-ES/2010) Julgue o item a seguir, 
acerca da forma de apresentação da demonstração do resultado do exercício pelas 
companhias. 
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Na determinação do resultado do exercício, os valores das receitas e dos rendimentos ganhos no 
período somente serão computados quando forem realizados. 
Comentários 
Trata-se de exigência do disposto na Lei n. 6.404/76, senão vejamos: 
Art. 187. §1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; 
Gabarito: Errado 
4. (CESPE/AUFC/TCU/2015) O custo das mercadorias vendidas é mensurado e apresentado 
de forma a demonstrar ao usuário, na DRE, o custo dos produtos acabados e o custo dos 
produtos em elaboração. 
Comentários 
O CMV está relacionado aos estoques da empresa. Representa a baixa efetuada nas contas dos 
estoques por vendas realizadas no período. O CMV é calculado por meio da seguinte fórmula: 
CMV = Estoque Inicial + Compras líquidas – Estoque Final 
Logo, percebe-se que o CMV não é mensurado e apresentado de forma a demonstrar o custo dos 
produtos acabados e o custo dos produtos em elaboração. 
Gabarito: Errado 
2.1.2. Deduções da Receita 
 
Considerando as informações acima, extraídas da demonstração do resultado ao final do exercício 
social de determinada empresa comercial, julgue o item subsequente. 
5. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPU/2010) As deduções da receita (vendas canceladas, 
abatimentos e impostos incidentes sobre vendas) são inferiores a R$ 200.000,00. 
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Para encontrar o valor das deduções, basta confrontar o valor da receita bruta de vendas com o 
valor da receita líquida de vendas. Assim, temos: 
Receita Bruta de Vendas 1.598.200,00 
(-) Deduções das Vendas ? 
(=) Receita Líquida de Vendas 1.407.900,00 
Logo, as deduções das vendas correspondem ao valor de R$ 190.300,00 (1.598.200,00 - 
1.407.900,00) e, portanto, são inferiores a R$ 200.000,00. 
Gabarito: Certo 
6. (CESPE/Contador/SUFRAMA/2014) Com relação ao reconhecimento, à mensuração e à 
apresentação das contas patrimoniais e de resultado, julgue o item que se segue. 
Na DREde uma empresa comercial, para a apuração do lucro bruto operacional, as deduções das 
vendas e o custo das mercadorias vendidas são subtraídos diretamente da receita bruta de vendas. 
Comentários 
A dedução do CMV parte das receitas líquidas e não das receitas brutas, conforme informa o item. 
Pessoal, no decorrer desta aula, vocês observarão que muitas questões são resolvidas com o 
simples conhecimento da estrutura da DRE, a exemplo desse item. 
Gabarito: Errado 
2.1.3. Descontos Condicionais x Descontos Incondicionais 
7. (CESPE/Especialista em Regulação de Aviação Civil/2012) Com relação aos demonstrativos 
que devem ser elaborados no final do exercício financeiro, julgue o item a seguir. 
Suponha que determinada empresa ofereça um desconto de 6% sobre o valor das vendas 
realizadas a crédito caso seus clientes paguem suas parcelas com até dez dias de antecipação em 
relação ao vencimento. Nessa situação, ao elaborar a demonstração do resultado do exercício, a 
empresa deve deduzir o valor dos descontos concedidos da receita bruta. 
Comentários 
 
"Não confunda os descontos incondicionais (comerciais) com os descontos condicionais 
(financeiros)." 
 
Descontos Incondicionais (comerciais): ocorrem no momento da compra (obtidos) ou da venda 
(concedidos), sendo destacados na própria nota fiscal. A palavra “incondicional” denota ausência 
de condições impostas ao cliente para que tivesse direito ao desconto. 
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Descontos Incondicionais Obtidos = redutora do CMV 
Descontos Incondicionais Concedidos = redutora da Receita de Vendas 
Descontos Condicionais (financeiros): ocorrem no momento da liquidação de uma dívida ou do 
recebimento de um direito, fato posterior à compra ou à venda. O desconto financeiro só ocorre 
mediante condição imposta ao devedor (geralmente quitação antes da data do vencimento). São 
reconhecidos como receita (obtidos) ou despesa financeira (concedidos). 
Do exposto, percebe-se que o desconto descrito na questão é um desconto condicional ou 
financeiro e, portanto, a empresa NÃO deve deduzir o valor da receita bruta. Observe que a 
condição nesse caso é que os seus clientes paguem suas parcelas com até dez dias de antecipação. 
Gabarito: Errado 
2.1.4. Receita Líquida 
8. (CESPE/Consultor do Executivo/Ciências Contábeis/SEFAZ-ES/2010) Julgue o item a seguir, 
acerca da forma de apresentação da demonstração do resultado do exercício pelas 
companhias. 
O valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das vendas e serviços 
os valores das deduções das vendas, dos abatimentos e dos impostos. 
Comentários 
Mais uma questão em que o simples conhecimento da estrutura da DRE resolve o nosso problema. 
Estruturando a DRE até a receita líquida, temos: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei nº 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
Gabarito: Certo 
9. (CESPE/Especialista em Regulação de Aviação Civil/2012) No exercício da atividade de 
registro e controle do patrimônio, o contabilista depara-se com uma série de eventos que 
suscitam o registro por meio de lançamentos típicos. A respeito desse assunto, julgue o item 
subsequente. 
A receita líquida é calculada pela subtração das despesas operacionais na receita bruta. 
Comentários 
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A receita líquida é calculada pela subtração das deduções da receita bruta, que podem ser: 
impostos incidentes sobre a venda, vendas canceladas, vendas devolvidas, descontos 
incondicionais, etc. Para fixar, observe a estrutura da DRE: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei nº 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
Gabarito: Errado 
10. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Com base nas disposições da Lei n.º 
6.404/1976 e suas alterações, julgue o próximo item, relativo à DRE. 
Considere que a empresa Core S.A. tenha gerado, no período, receita bruta de vendas de R$ 
1.500, despesa de salários de R$ 100, despesa de depreciação de R$ 50, custo das mercadorias 
vendidas de R$ 675, despesa de ICMS de R$ 200, despesa de COFINS de R$ 50 e vendas 
canceladas de R$ 100. Nessa situação hipotética, o valor da apuração da receita líquida dessa 
empresa, no período, será superior a R$ 1.100. 
Comentários 
Elaborando a DRE, temos: 
Receita Bruta de Vendas 1.500 
(-) Vendas canceladas (100) 
(-) ICMS (200) 
(-) COFINS (50) 
(=) Receita Líquida de Vendas 1.150 
Observação: As despesas de depreciação e de salários são despesas operacionais e aparecem 
posteriormente à receita líquida de vendas. Mais uma vez faz-se necessário que o candidato saiba 
a estrutura da DRE. 
Gabarito: Certo 
2.1.5. Lucro Bruto 
11. (CESPE/AUFC/TCU/2015) Situação hipotética: As seguintes informações constam da 
demonstração do resultado do exercício da empresa XYZ S.A. referente ao exercício de 2014. 
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Assertiva: De acordo com esses dados, ao final do exercício de 2014, o lucro bruto apurado pela 
companhia foi superior a R$ 1.000.000,00 e o resultado anterior aos tributos sobre o lucro 
correspondeu a um prejuízo superior a R$ 200.000,00. 
Comentários 
Efetuando os cálculos, temos: 
Receita Operacional Bruta 4.196.300,00 
(-) devoluções e cancelamento de vendas (76.300,00) 
(-) desconto de abatimentos de vendas (7.300,00) 
(-) impostos sobre vendas (479.300,00) 
(=) Receita Operacional Líquida 3.633.400,00 
(-) Custo do Produto Vendido (2.678.380,00) 
(=) Resultado Operacional Bruto 955.020,00 
(-) Despesas Comerciais (150.340,00) 
(-) Despesas Administrativas (209.190,00) 
(-) Despesas Financeiras (921.580,00) 
(+) Receitas Financeiras 144.300,00 
(=) Resultado Operacional Líquido (181.790) 
(+) Outras Receitas 0,00 
(-) Outras Despesas 0,00 
(=) Resultado antes do IR e CSLL (181.790) 
Gabarito: Errado 
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12. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TJ-SE/2014) Considerando-se os dados 
apresentados na tabela abaixo, relativos a uma empresa comercial, é correto afirmar que a 
demonstração do resultado do período apresentará lucro bruto superior a R$ 300.000,00. 
 
Comentários 
Trata-se de uma típica questão de cálculo da DRE. Pessoal, é de suma importância o conhecimento 
da estrutura da DRE. Sem esse conhecimento fica inviável resolvermos as questões. Efetuando o 
cálculo, temos: 
Faturamento 543.200 
(-) IPI no faturamento (27.000) 
(=) Receita Operacional Bruta 516.200 
(-) Devolução de vendas (10.800) 
(-) ICMS s/ vendas (43.400) 
(-) Abatimento de vendas (5.500) 
(=) Receita Operacional Líquida 456.500 
(-) CMV* (131.500) 
(=) Lucro Bruto 325.000 
* Cálculo do CMV 
CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final 
CMV = 32.000 + (100.000 + 20.000 - 14.000) - 6.500 
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CMV = 131.500 
Logo, é correto afirmar que a demonstração do resultado do período apresentará lucro bruto 
superior a R$ 300.000,00, pois R$ 325.000,00 é maior que R$ 300.000,00. 
Gabarito: Certo 
13. (CESPE/Consultor do Executivo/Ciências Contábeis/SEFAZ-ES/2010) Julgue o item a 
seguir, acerca da forma de apresentação da demonstração do resultado do exercício pelas 
companhias. 
O valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor do custo das mercadorias e 
serviços do valor da receita líquida do período. 
Comentários 
Observe que o simples conhecimento da estrutura da DRE resolve o nosso problema. Estruturando 
a DRE até o lucro bruto, temos: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
Logo, podemos afirmar que o valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor 
do custo das mercadorias e serviços do valor da receita líquida do período. 
Gabarito: Certo 
14. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Com base nas disposições da Lei n.º 
6.404/1976 e suas alterações, julgue o próximo item, relativo à DRE. 
O lucro bruto é o resultado da receita bruta das vendas deduzidas as devoluções, os 
cancelamentos, os abatimentos, os impostos sobre vendas e o custo das mercadorias vendidas. 
Comentários 
Para fixar! O item apenas descreve a estrutura da DRE até o lucro bruto. 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei nº 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
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(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
Veja que essa recente questão aplicada pelo CESPE segue a mesma lógica da questão anterior. 
Gabarito: Certo 
15. (CESPE/Analista Contábil/MEC/2014) Lucro bruto é a diferença entre a receita de vendas 
líquida e o custo dos produtos e mercadorias vendidos e(ou) dos serviços prestados. Lucro 
líquido operacional é o valor do lucro antes de computados os resultados não operacionais e as 
despesas financeiras. 
Comentários 
A primeira parte da questão está certa, pois realmente o lucro bruto é calculado pela diferença 
entre a receita de vendas líquida (receita operacional líquida) e o CMV/CSP. Porém, a segunda 
parte da questão está errada. Observe novamente a estrutura da DRE: 
Demonstração do Resultado do Exercício (Lei n. 6.404/76) 
Faturamento Bruto 
(-) IPI faturado 
(=) Receita Operacional Bruta 
(-) devoluções e vendas canceladas 
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais 
(-) impostos e contribuições sobre as vendas e serviços (ICMS, ISS, Cofins, PIS/Pasep) 
(=) Receita Operacional Líquida 
(-) Custo da Mercadoria Vendida e dos Serviços Prestados 
(=) Resultado Operacional Bruto 
(-) Despesas Operacionais 
- Despesas com vendas 
- Despesas gerais e administrativas 
- Despesas financeiras 
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- Resultado negativo de equivalência patrimonial 
- Variações monetárias passivas 
(+) Receitas Operacionais 
+ Receitas financeiras 
+ Resultado positivo de equivalência patrimonial 
+ Variações monetárias ativas 
+ Receitas de aluguel 
+ Dividendos recebidos (investimentos avaliados pelo custo) 
(=) Resultado Operacional Líquido 
Veja que no cálculo do resultado operacional líquido (lucro líquido operacional) entram as 
despesas financeiras. Quanto aos resultados não operacionais no decorrer da aula trataremos com 
maiores detalhes. Por ora saiba que não há mais a segregação em operacional e não operacional. 
Gabarito: Errado 
16. (CESPE/Contador/Polícia Federal/2014) O lucro bruto evidenciado na demonstração do 
resultado do exercício, representado pela diferença entre a receita líquida de vendas e o custo 
das mercadorias vendidas, é um exemplo da aplicação da simultaneidade da confrontação de 
receitas e de despesas correlatas, a qual se constitui como um pressuposto do princípio da 
competência. 
Comentários 
Conforme já sabemos, o lucro bruto de fato é evidenciado na DRE por meio da diferença entre a 
receita líquida de vendas e o CMV. Além disso, o regime de competência pressupõe a 
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. 
Gabarito: Certo 
A partir da tabela abaixo, julgue os itens que se seguem, com base na legislação societária e nos 
critérios de elaboração da DRE. 
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17. (CESPE/Técnico Contabilidade/Suframa/2014) O lucro bruto da empresa é superior a R$ 
750 milhões. 
Comentários 
Elaborando a DRE, temos: 
Receita de Vendas 1.879,40 
(-) Tributos sobre Vendas (300,00) 
(=) Receita Líquida 1.579,40 
(-) CMV (820,00) 
(=) Resultado Bruto 759,40 
Percebe-se que houve um lucro bruto de R$ 759,4 milhões, portanto, maior que R$ 750 milhões. 
Gabarito: Certo 
18. (CESPE/Técnico Contabilidade/Suframa/2014) Considere que a tributação sobre o lucro 
represente 40% do lucro contábil da empresa. Nesse caso, o valor do tributo será superior a 
R$ 190 milhões. 
Comentários 
Receita de Vendas 1.879,40 
(-) Tributos sobre Vendas (300,00) 
(=) Receita Líquida 1.579,40 
(-) CMV (820,00) 
(=) Resultado Bruto 759,40 
(-) Despesas Operacionais 
Despesas Com Vendas (180,00) 
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Despesas Administrativas (125,00) 
Despesas Financeiras (124,50) 
(+) Receitas Operacionais 
Receitas Financeiras 93,00 
(+/-) Outras Receitas/Despesas 
Ganhos de Capital 5,00 
Receita Equivalência Patrimonial 35,00 
(=) Resultado Antes do IR/CSLL 462,90 
(-) Tributação sobre o Lucro (40%) 185,16 
(=) Resultado Antes das Participações 277,74 
(-) Participações 0,00 
(=) Lucro Líquido do Exercício 277,74 
Observe que o valor do tributo é inferior a R$ 190 milhões. 
Gabarito: Errado 
19. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/TCU/2013) Em relação à apuração de 
resultados, controle de estoque e custo das vendas, julgue o próximo item. 
Determinada empresa comercial levantou, ao final do mês, os saldos contábeis apresentados a 
seguir, cujos valores estão em reais. Nesse caso, o custo da mercadoria vendida no mês é superior 
a R$ 4.300 e o lucro bruto é inferior a R$ 3.000. 
 
Comentários 
Primeiramente, vamos calcular o valor do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): 
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CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas – Estoque Final 
CMV = 1.000 + (5.000 – 100 – 300) – 1.000 
CMV = 4.600,00 
Logo, o CMV é maior que R$ 4.300,00. Até aqui o item está certo. 
Agora, vamos calcular o valor do Lucro Bruto: 
Venda de Mercadorias 9.200,00 
(-) Devolução de vendas (400,00) 
(-) ICMS sobre vendas (1.500,00) 
(=) Venda líquida 7.300,00 
(-) CMV (4.600,00) 
(=) Lucro bruto 2.700,00 
Logo, o lucro brutorealmente é menor que R$ 3.000,00 
Lembre-se que ICMS a recolher (obrigação/passivo) e ICMS a recuperar (direito/ativo) são contas 
patrimoniais e, portanto, não entram no cômputo do resultado do exercício. 
Gabarito: Certo 
2.1.6. Despesas Operacionais e Financeiras 
20. (CESPE/Contador/DPU/2016) Os juros pagos a titular, sócios ou acionistas, a título de 
remuneração do capital próprio, poderão ser deduzidos na demonstração do resultado do 
exercício, sendo seu cálculo realizado sobre as contas do patrimônio líquido ajustado e 
limitado à variação, pro rata dia, da taxa de juros de longo prazo (TJLP). 
Comentários 
Os Juros sobre o Capital Próprio (JCP) são debitados em Despesas Financeiras, reduzindo o lucro 
a ser tributado. O cálculo dessa remuneração toma por base a Taxa de Juros de Longo Prazo 
(TJLP). 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
A TJLP representa, parcialmente, a correção monetária do capital próprio, sendo 
este um fator positivo, mas a possibilidade de pagá-lo aos sócios pode representar, 
na verdade, uma devolução do próprio capital. 
O Manual FIPECAFI destaca, ainda, que: 
A contabilização desses JCP como Despesas Financeiras, implica graves prejuízos à 
comparabilidade das demonstrações contábeis, já que, como esses juros são 
facultativos, algumas empresas os contabilizam e outras não. Além disso, a 
comparabilidade fica ainda mais prejudicada com a limitação de seu valor à metade 
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do lucro do período ajustado ou à metade dos saldos iniciais de Reservas de Lucros, 
fazendo com que algumas empresas não possam considerá-los em sua integralidade. 
Gabarito: Certo 
2.1.7. Outras receitas/Outras despesas 
21. (CESPE/Analista/Contabilidade/MPU/2013) Se uma empresa vender um ativo imobilizado, 
ela deverá reconhecer seu resultado — ganho ou perda — como resultado não operacional. 
Comentários 
A questão trata sobre o grupo “outras receitas/outras despesas” da DRE. 
Outras Receitas e Outras Despesas 
Compreendem os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados 
nos grupos investimentos, imobilizado e intangível. Refere-se às antigas “Receitas Não 
Operacionais” e “Despesas Não Operacionais”. 
Nesse ponto, vale destacar o seguinte: 
Não há mais na Demonstração do Resultado do Exercício a expressão “resultados não 
operacionais”. Segundo o Manual FIPECAFI, 
A antiga classificação entre Resultado Operacional e Não Operacional não existe 
nas normas internacionais e nem mesmo mais na Lei das Sociedades por Ações; 
assim, deixou de existir no Brasil, passando a existir a segregação entre Resultados 
de Operações Continuadas e Resultados de Operações Descontinuadas. O art. 187 
da Lei das Sociedades por Ações que antes abordava o "lucro ou prejuízo 
operacional, as receitas e despesas não operacionais", com a nova redação dada 
pela Lei nº 11.941/09, trata apenas do "lucro ou prejuízo operacional, outras 
receitas e outras despesas". 
[..] 
No entanto, para fins tributários, a segregação entre Resultado Operacional e Não 
Operacional continua a existir, em função de várias figuras fiscais, como lucro de 
exploração e outras. 
Portanto, os ganhos e perdas decorrentes das baixas de bens ou de direitos classificados nos 
grupos investimentos, imobilizado e intangível atualmente devem ser considerados como “outras 
receitas/outras despesas”. Do exposto, percebe-se que o item está errado. 
Gabarito: Errado 
2.1.8. Provisão para o Imposto de Renda 
22. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-ES/2011) Em relação ao encerramento do 
exercício social e às normas legais aplicáveis à contabilidade, julgue o próximo item. 
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Se determinada empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão para o imposto de 
renda somente deverá ser constituída após o pagamento das participações estatutárias. 
Comentários 
Pessoal, essa questão o candidato resolvia apenas lembrando a estrutura da DRE. A Provisão para 
o Imposto de Renda é calculada antes das participações estatutárias. 
Gabarito: Errado 
2.1.9. Participações Estatutárias 
23. (CESPE/Auditor Estadual/Controle Externo/TCM-BA/2018) Conforme o disposto na Lei n. 
6.404/1976, a participação de empregados no resultado líquido da empresa será efetivada se 
houver 
a) saldo positivo após a dedução de prejuízos e imposto sobre a renda. 
b) constituição de reserva de lucros anterior à referida participação. 
c) proposta de distribuição de resultado líquido do exercício. 
d) constituição de reserva de legal anteriormente à referida participação. 
e) constituição de reserva para contingências anteriormente à referida participação. 
Comentários 
Nos termos da Lei n. 6.404/76, 
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os 
prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. 
Gabarito: A 
24. (CESPE/Auditor Estadual/Controle Externo/TCM-BA/2018) A empresa Catex S.A., quando 
da finalização de seu resultado ao final do ano, apresentava lucro de R$ 288.500, antes do 
imposto sobre a renda, o qual seria de R$ 43.275. Na empresa, há acordo de participação nos 
resultados para empregados e diretores nos percentuais de 10% e 5%, respectivamente. 
Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto na Lei n. 6.404/1976, o valor total a ser 
distribuído aos diretores é igual a 
a) R$ 11.035,13. 
b) R$ 14.425,00. 
c) R$ 12.261,25. 
d) R$ 24.522,50. 
e) R$ 28.850,00. 
Comentários 
Efetuando os cálculos, temos: 
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Resultado antes do IR/CSLL 288.500,00 
(-) IR/CSLL (43.275,00) 
(=) Lucro antes das participações 245.225,00 
(-) Participação Empregados (10%) (24.522,50) 
(=) Base cálculo part. Adm. 220.702,50 
(-) Participação Administradores* (5%) 11. 035,13 
*Administradores = Diretores 
Gabarito: A 
25. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/ABIN/2018) De acordo com dispositivos da Lei n. 
6.404/1976 e de legislação complementar, julgue o item a seguir. 
Para fins de apuração da base de cálculo das participações estatutárias, o prejuízo acumulado e a 
provisão para o imposto de renda são deduzidos do resultado do exercício. Obrigatoriamente, a 
absorção do prejuízo deverá obedecer à seguinte ordem: lucros acumulados, reserva legal e 
reserva de lucros. 
Comentários 
A ordem para compensação está errada. Nos termos da Lei n. 6.404/76, 
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os 
prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. 
Parágrafo único. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros 
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem. 
 Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros 
(artigo 189, parágrafo único); 
Assim, temos a seguinte ordem para absorção do prejuízo: 
1º) Lucros Acumulados 
2º) Reservas de Lucros 
3º) Reserva Legal 
4º) Reserva de Capital 
Gabarito: Errado 
26. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-ES/2011) Em relação ao encerramento do 
exercício social e às normas legais aplicáveis à contabilidade, julgue o próximo item. 
A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o lucro eventualmente 
apurado será distribuído, mas inclui as participações de debêntures, empregados, administradores 
e partes beneficiárias. 
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Comentários 
A DRE de fato não abrange a forma como o lucro eventualmente apurado será distribuído, pois é 
a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) que evidencia a destinação do lucro 
líquido. Ademais, segundo a Lei nº 6.404/76, 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
VI − as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, 
mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou 
previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; 
Gabarito: Certo 
27. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) Em relação às 
demonstrações contábeis, julgue o item com base na Lei nº 6.404/1976 e suas alterações. 
A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros itens, as participações 
de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de 
instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de 
empregados, que não se caracterizem como despesa. 
Comentários 
Segundo o art. 187, VI da Lei n. 6.404/76, 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, 
mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou 
previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; 
Gabarito: Certo 
28. (CESPE/Contador/Polícia Federal/2014) Os prejuízos acumulados e a provisão para o 
imposto sobre a renda constituída no exercício devem ser deduzidos do resultado do exercício 
para fins de cálculo das participações estatutárias de empregados. 
Comentários 
Segundo o art. 189 da Lei 6.404/1976, 
Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os 
prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. 
Gabarito: Certo 
29. (CESPE/Analista Administrativo/Contábil/PREVIC/2011) A elaboração dos demonstrativos 
contábeis obedece a regras estabelecidas nas normas legais e técnicas. Acerca desse assunto, 
julgue o item subsequente. 
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Quando há previsão no estatuto de determinada companhia para a participação dos empregados 
no lucro apurado, essa participação deve ser paga obrigatoriamente antes das parcelas relativas 
a administradores e partes beneficiárias. 
Comentários 
Segundo a Lei n. 6.404/76, 
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias 
serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem 
depois de deduzida a participação anteriormente calculada. 
Pessoal, quando existe previsão no estatuto de determinada entidade para a participação dos 
empregados no lucro apurado, essa participação deve ser paga obrigatoriamente antes das 
parcelas relativas a administradores e partes beneficiárias, tendo em vista o disposto acima. 
Gabarito: Certo 
30. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPU/2010) O estatuto social de determinada empresa 
define que administradores, debenturistas, empregados e partes beneficiárias têm direito, 
cada um, a 10% do lucro do exercício. 
Em determinado exercício, o lucro da empresa, após os descontos de imposto de renda e 
contribuição social, foi de R$ 485.000,00, e o prejuízo acumulado, de R$ 155.000,00. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, é correto afirmar que o valor da 
participação dos administradores é R$ 26.730,00. 
Comentários 
Efetuando o cálculo, temos: 
Lucro Antes das Participações 485.000,00 
(-) Prejuízo Acumulado (155.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Debenturistas 330.000,00 
(-) Participação dos debenturistas (10%) (33.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Empregados 297.000,00 
(-) Participação dos Empregados (10%) (29.700,00) 
(=) Base de Cálculo dos Administradores 267.300,00 
(-) Participação dos Administradores (10%) (26.730,00) 
(=) Base de Cálculo das Partes Beneficiárias 240.570,00 
(-) Participação das Partes Beneficiárias (10%) (24.057,00) 
Lembre-se da ordem à DEAPF 
Debêntures 
Empregados 
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Administradores 
Partes Beneficiárias 
Contribuição p/ Fundos Assistência e Previdência Social dos empregados 
Gabarito: Certo 
31. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) Com base nas disposições da Lei n.º 
6.404/1976 e suas alterações, julgue o próximo item, relativo à DRE. 
Se uma entidade distribuir lucros aos empregados e administradores, antes de apurar o lucro 
líquido do exercício, será necessário deduzir as participações de empregados e administradores, 
sucessivamente e nessa ordem. 
Comentários 
Trata-se do entendimento disposto no art. 190 da Lei nº 6.404/76: 
Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias 
serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem 
depois de deduzida a participação anteriormente calculada. 
Gabarito: Certo 
32. (CESPE/Analista/Controle Interno/MPU/2010) O estatuto social de determinada empresa 
define que administradores, debenturistas, empregados e partes beneficiárias têm direito, 
cada um, a 10% do lucro do exercício. Em determinado exercício, o lucro da empresa, após 
os descontos de imposto de renda e contribuição social, foi de R$ 485.000,00, e o prejuízo 
acumulado, de R$ 155.000,00. 
Considerando a situação hipotética acima apresentada, é correto afirmar que o valor da 
participação dos debenturistas é R$ 33.000,00. 
Comentários 
 Lucro Antes das Participações 485.000,00 
(-) Prejuízo Acumulado 155.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Debenturistas 330.000,00 
(-) Participação dos debenturistas (10%) (33.000,00) 
(=) Base de Cálculo dos Empregados 297.000,00 
(-) Participação dos Empregados (10%) (29.700,00) 
(=) Base de Cálculo dos Administradores 267.300,00 
(-) Participação dos Administradores (10%) (26.730,00) 
(=) Base de Cálculo das Partes Beneficiárias 240.570,00 
(-) Participação das Partes Beneficiárias (10%) (24.057,00) 
Gabarito: Certo 
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2.1.10. Questões que exigem conhecimentos dos Pronunciamentos Contábeis 
33. (CESPE/Analista Judiciário/Contabilidade/STM/2018) Tendo como referência a legislação 
societária e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue o item a 
seguir, relativo à elaboração de demonstrações contábeis. 
Na demonstração de resultado, apesar de a legislação societária induzir a apresentação da 
despesa por função, ela também poderá ser apresentada de acordo com a sua natureza. 
Comentários 
Segundo o CPC 26, 
As despesas devem ser subclassificadas a fim de destacar componentes do 
desempenho que possam diferir em termos de frequência, potencial de ganho ou 
de perda e previsibilidade. Essa análise dever ser proporcionada em uma das duas 
formas descritas a seguir, obedecidas as disposições legais. 
A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são 
agregadas na demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por 
exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios 
aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias 
funções dentro da entidade. Esse método pode ser simples de aplicar porque não 
são necessárias alocações de gastos a classificações funcionais. 
A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do “custo dos 
produtose serviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua 
função como parte do custo dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, 
das despesas de distribuição ou das atividades administrativas. No mínimo, a 
entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços vendidos segundo esse 
método separadamente das outras despesas. Esse método pode proporcionar 
informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por 
natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias 
e envolver considerável julgamento. 
Atualmente, por força da Lei n. 6.404/76, as empresas utilizam o método da função da despesa 
(funcional). 
Gabarito: Certo 
34. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/2018) De acordo com as normas contidas nas 
legislações de contabilidade aplicáveis às demonstrações contábeis, julgue o item que se 
segue. 
Na demonstração de resultado do exercício (DRE), as despesas devem ser subclassificadas. A 
escolha da classificação dos gastos pela função da despesa ou pelos gastos por natureza está 
baseada na capacidade de o método proporcionar informação mais confiável e mais relevante à 
entidade, cumpridas as determinações legais. 
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Comentários 
Trata-se de exigência do item 105 do CPC 26, senão vejamos: 
A escolha entre o método da função das despesas e o método da natureza das 
despesas depende de fatores históricos e setoriais e da natureza da entidade. 
Ambos os métodos proporcionam uma indicação das despesas que podem variar, 
direta ou indiretamente, com o nível de vendas ou de produção da entidade. Dado 
que cada método de apresentação tem seu mérito conforme as características de 
diferentes tipos de entidade, este Pronunciamento Técnico estabelece que cabe à 
administração eleger o método de apresentação mais relevante e confiável, 
atendidas as exigências legais. Entretanto, dado que a informação sobre a natureza 
das despesas é útil ao prever os futuros fluxos de caixa, é exigida divulgação 
adicional quando for usada a classificação com base no método da função das 
despesas. 
Gabarito: Certo 
35. (CESPE/Analista/Contabilidade/MPU/2013) A respeito da demonstração do resultado do 
exercício (DRE), conforme normatização contábil em vigor, julgue os seguintes itens. 
As sociedades anônimas de capital aberto devem iniciar a apresentação da DRE pela receita 
líquida. 
Comentários 
Observe que quando a banca fala “conforme normatização contábil em vigor”, devemos 
considerar na resolução os Pronunciamentos do CPC. Assim, de acordo com o CPC 26, 
82. A demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes 
rubricas, obedecidas também as determinações legais: 
(a) receitas; 
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; 
(c) lucro bruto; 
[...] 
O item (a) acima descrito refere-se à receita líquida e não à receita bruta. De acordo com o CPC 
30 – Receitas, para fins de divulgação na Demonstração do Resultado do Exercício, a receita inclui 
somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela entidade 
quando originários de suas próprias atividades. As quantias cobradas por conta de terceiros – 
tais como tributos sobre vendas, tributos sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado 
não são benefícios econômicos que fluam para a entidade e não resultam em aumento do 
patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita. 
Gilmar Possati
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A divulgação da receita na Demonstração do Resultado do Exercício deve ser feita a partir das 
receitas conforme conceituadas nesta Norma. A entidade deve fazer uso de outras contas de 
controle interno, como “Receita Bruta Tributável”, para fins fiscais e outros. 
Em suma: 
Lei das S.As (Lei 6404/76): inicia a DRE a partir da Receita Bruta, demonstrando as deduções de 
vendas para chegar na receita líquida. 
CPC 26: já inicia da Receita Líquida. Na prática, observa-se que as empresas estão publicando 
suas Demonstrações do Resultado iniciando da receita líquida, conforme modelo preconizado no 
CPC 26. 
Gabarito: Certo 
36. (CESPE/Técnico em Contabilidade/FUB/2014) De acordo com os pronunciamentos 
técnicos do CPC, julgue o item seguinte, relativo à apresentação das demonstrações 
contábeis. 
A demonstração do resultado do exercício (DRE) inicia-se pela receita líquida de vendas e não 
apresenta a receita bruta e as deduções da receita. 
Comentários 
Para fixar! Observe que a questão se refere ao CPC e, conforme estudamos, a estrutura da DRE 
segundo o CPC é diferente daquela prevista pela legislação societária. Lembre-se que enquanto 
a Lei n. 6.404/76 inicia a DRE a partir da Receita Bruta, o CPC 26 já inicia da Receita Líquida. 
Gabarito: Certo 
37. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) A elaboração da 
demonstração do resultado do exercício pelo método funcional não exime a empresa da 
divulgação adicional de informações das despesas segundo sua natureza. 
Comentários 
Trata-se de exigência do disposto no CPC 26, senão vejamos: 
104. As entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação 
adicional sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de 
amortização e as despesas com benefícios aos empregados. 
Gabarito: Certo 
38. (CESPE/Técnico Judiciário/Contabilidade/TRE-ES/2011) Acerca de demonstração do 
resultado do exercício, julgue o item a seguir. 
Entre as circunstâncias que possibilitam a exclusão de determinados itens dos resultados líquidos 
do período, incluem-se a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis. 
Comentários 
Pessoal, a questão exige conhecimentos do disposto no CPC 26, senão vejamos: 
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89. Alguns Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC 
especificam circunstâncias em que determinados itens podem ser excluídos dos 
resultados líquidos do período. O Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas 
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro trata de duas dessas 
circunstâncias, a saber: a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas 
contábeis. Outros Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC 
requerem ou permitem que outros resultados abrangentes que se enquadram na 
definição de receitas e despesas da Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro sejam excluídos do resultado líquido. 
Cabe destacar que todos os itens de receitas e despesas devem ser reconhecidos nos períodos a 
que se referirem no resulto do período a menos que um ou mais Pronunciamentos Técnicos, 
Interpretações e Orientações do CPC requeiram ou permitam procedimento diverso. Exemplo 
dessa situação é justamente o disposto acima. 
Gabarito: Certo 
39. (CESPE/Contador/CADE/2014) Mesmo que a empresa sofra efeitos de várias atividades, 
transações e outros eventos que se distingam em termos de frequência, potencial de ganho 
ou perda e previsibilidade, a divulgação dos componentes do desempenho não ocorrerá na 
demonstração do resultado do exercício (DRE), visto que a sua estrutura não permite alteração 
das nomenclaturas e da ordem prevista em pronunciamento técnico próprio. 
Comentários 
Segundo o CPC 26, 
85. Outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na 
demonstração do resultado abrangente e na demonstração do resultado do período 
quando tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenho da 
entidade. 
86. Em função dos efeitos das várias atividades, transações e outros

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