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Demonstração do Resultado do Exercício

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Demonstração do Resultado do Exercício
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) possui duas formas de apresentá-la, 
uma de acordo com a Lei n. 6.404/1976 e outra de acordo com os pronunciamentos contá-
beis. É uma demonstração que vai trazer o resultado do exercício.O resultado do exercício 
de forma direta é pegar as receitas e diminuir as despesas da empresa de acordo com o 
regime de competência. Por isso, a DRE apresenta o resultado econômico da empresa, e 
não o resultado financeiro relacionado ao caixa. Quem apresenta o resultado financeiro é a 
demonstração dos fluxos de caixa.
Essa é uma demonstração dinâmica. No balanço, há uma demonstração estática, ou seja, 
uma foto da empresa em um determinado momento. Já na DRE, os contadores e as empre-
sas apresentam o resultado com base nas receitas e despesas que ela teve ao longo do 
período. Ao final do exercício social, ela apresentará o resultado do exercício e, depois, trans-
formá-lo em uma demonstração para que os usuários das informações contábeis, quando for 
buscar informação junto à empresa, já tenham uma demonstração, e possam identificar, por 
exemplo, que a empresa ela teve lucro ou prejuízo.
Nesse sentido, essas contas são chamadas contas de resultado, que são as receitas e 
despesas. Além disso, elas são temporárias, pois são encerradas no final do exercício para 
que, após o confronto de receita e despesa, obtenha-se um resultado. Nesse caso, se a 
receita for maior que a despesa, haverá lucro, mas, se a receita foi menor do que a despesa, 
haverá prejuízo. O saldo será transferido para o patrimônio líquido. Se forem lucros, vai ficar 
positivo, natureza credora. Já se for prejuízos, ficará retificando o patrimônio líquido.
O fato de apresentar uma demonstração é para que os investidores, credores e usuários 
das demonstrações contábeis possam analisar a lucratividade da empresa não somente em 
termos de lucro líquido, mas também verificar qual resultado da empresa com mercadorias. 
Às vezes, a empresa consegue ter um resultado bom com as mercadorias, mas tem uma 
lucratividade baixa, porque as suas despesas operacionais são altas.
Segundo a Lei n. 6.404/1976, Seção V, Art. 187, incisos I a VII:
A Demonstração do Exercício discriminará:
• A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os 
impostos; 
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Demonstração do Resultado do Exercício
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• A receita liquida da vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e 
o lucro bruto;
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as des-
pesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
• O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, 
mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistên-
cia ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;
• O lucro ou prejuízo liquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Se for empresa comercial, o comprador vai apresentar a DRE na sua visão de vendedor, 
mas, nesse caso, está se observando os abatimentos que foram concedidos pela empresa 
e não obtidos, ou seja, relacionado à venda das mercadorias. É preciso diferenciar o que 
é imposto sobre venda e o que o imposto sobre o lucro. Se vende algo, incide imposto, 
mas apenas incide imposto sobre o lucro, por exemplo, o Imposto de Renda, se a empresa 
teve lucro.
Se o resultado operacional bruto for positivo é lucro bruto, enquanto, se for negativo, 
é prejuízo bruto. É importante ressaltar que o resultado do exercício antes do Imposto 
sobre a Renda e a provisão para o imposto corresponderia ao resultado antes dos tributos 
sobre o lucro.
No § 1º do Art. 187 da Lei das S/A, temos ainda que:
• Na determinação do resultado do exercício serão computados:
– As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua reali-
zação em moeda; e
– Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a 
essas receitas e rendimentos.
A DRE utiliza o regime de competência. Logo as receitas e despesas devem ser incluí-
das na DRE de acordo com o regime de competência, ou seja, conforme o fato gerador da 
receita e da despesa, independentemente se recebeu, no caso da receita, ou se pagou, no 
caso da despesa.
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Demonstração do Resultado do Exercício
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Tem-se uma receita ganho realizada de um serviço quando a empresa presta um serviço 
e, da venda de mercadorias, quando a empresa transfere a mercadoria que, normalmente, é 
com a entrega da mercadoria. Já a despesa é quando ocorre o fato gerador, que dependerá, 
por exemplo, se ele contratou uma pessoa para trabalhar na sua empresa. O fato gerador é 
um mês, logo, no final do mês, ele contabiliza a despesa segundo o regime de competência.
Na grande parte, em caso de empresas comerciais, que são sociedades anônimas mer-
cantis, existe o objetivo de vender mercadorias. Quando a empresa tem uma despesa, essa 
sempre está ligada a obtenção de uma receita. Sendo assim, deve-se confrontar as receitas 
e as despesas e, com isso, as despesas vão sendo contabilizadas à medida que as receitas 
forem sendo contabilizadas. Por isso, que, quando a empresa vende mercadorias, contabi-
liza-se a venda do produto, dá-se baixa no estoque, que é uma despesa no custo de merca-
dorias vendidas, e se contabiliza as despesas tributárias daquela venda.
O Art. 187, § 1º, da Lei das S/A trata sobre o regime de competência, bem como do regis-
tro das receitas e despesas correlatas. DRE de acordo com a Lei n. 6.404/1976:
1 Receita Bruta das Vendas e Serviços (ou Vendas Brutas)
2 (-) Deduções da Receita Bruta 
(-) Devoluções de vendas e vendas canceladas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) Abatimentos concedidos
(-) Tributos incidentes sobre vendas e serviços
3 = Receita Operacional Líquida (Receita Líquida ou Vendas Líquidas)
4 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e dos Serviços Prestados (CSP)
5 = Resultado Operacional Bruto (Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto)
6 (-) Despesas Operacionais
(-) Despesas com vendas (ou despesas comerciais)
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras
(-) Outras despesas operacionais
7 + Outras receitas operacionais
8 = Resultado Operacional Líquido (Lucro ou Prejuízo Operacional)
9 (-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
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10 + Outras receitas (antigas receitas não operacionais)
11 = Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL
(-) Despesa com provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
12 (-) Despesa com provisão para Imposto de Renda (IR)
13 = Resultado após o IR e CSLL (ou Resultado antes das participações)
14 (-) Participações:
(-) de debêntures
(-) de empregados
(-) de administradores
(-) de partes beneficiárias
(-) de instituições de assistência ou previdência de empregados
15 = Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício
A Receita Bruta das Vendas e Serviços seria o valor das empresas comerciais e das 
empresas prestadoras de serviço, que vem da mercadoria, ou seja, se foi vendida uma mer-
cadoria por R$ 100, a receita bruta será R$ 100, se umserviço foi prestado por R$ 80, a 
receita bruta será de R$ 80.
Devoluções de vendas e vendas canceladas são aquelas situações em que o cliente que 
adquiriu devolve uma venda ou cancela a venda. Assim a empresa vai reduzir, para que não 
tenha um lucro relacionado a uma receita que, na verdade, foi devolvida. No caso do serviço, 
não exista a devolução, apenas os serviços cancelados.
Os descontos incondicionais concedidos, na visão do vendedor, é o desconto concedido 
no momento da venda, sem nenhuma condição. Ele é uma dedução da receita bruta de 
vendas e também é chamado de desconto comercial concedido. Já os abatimentos conce-
didos seriam os casos em que a empresa concede um abatimento para o seu cliente para 
evitar a devolução do produto. O abatimento também é uma dedução da receita bruta de 
vendas. Além disso, os tributos incidentes sobre vendas e serviços, sendo esses o ICMS, 
PIS/Pasep, Cofins e ISS. Lembrando que ICMS e ISS são impostos, enquanto, PIS/Pasep e 
Cofinssão contribuições.
No direito tributário, existem os tributos e as várias espécies tributárias. Tem a Teoria 
Tripartite de acordo com CTN (Código Tributário Nacional) e a Teoria Pentapartite a partir 
da Constituição Federal. Sobre isso, dentro dos tributos há os impostos, taxas e contribui-
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Demonstração do Resultado do Exercício
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ções. Vale lembrar que o ICMS é o imposto sobre a circulação de mercadorias e presta-
ção de alguns serviços, que seria comunicação e o transporte interestadual e intermunici-
pal. O PIS/Pasep e Cofins também vai incidir sobre as operações comerciais, industriais e 
também dependendo dos serviços. O ISS incide sobre os serviços, exceto aquele do ICMS, 
por exemplo, quando se contrata o serviço de um contabilista, ele terá que pagar o ISS por 
ser empresa prestadora de serviço.
Lembrando, ICMS, PIS/Pasep e Cofins são impostos por dentro, já o IPI é imposto por 
fora. Vale ressalta que o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é válido apenas para 
a indústria. Se a empresa vendeu com IPI, poderia haver faturamento bruto, menos o IPI 
sobre faturamento, resultando na receita bruta de vendas. Isto é, a receita bruta não inclui o 
IPI quando for indústria. Por exemplo, se vendeu a mercadoria por R$ 100 mil e teve 10% de 
IPI, o faturamento bruto será R$ 110 mil, o IPI sobre faturamento é 10% e a receita bruta é 
apenas R$ 100 mil. 
Na prática, a própria legislação do Imposto de Renda, recomenda que não se calcule o 
IPI sobre o faturamento da empresa. Nessa situação, a empresa reconhece a receita pelo 
valor da receita bruta sem, debita o valor recebendo, se foi à vista ou o dinheiro, no seu 
ativo e credita em uma conta de IPI a recolher, que é o procedimento da empresa repassar o 
dinheiro para o ente federativo responsável pela arrecadação do IPI, que é a União. O ICMS 
é de competência dos estados, enquanto, o ISS é de competência dos municípios. Já PIS e 
Cofins são contribuições do governo federal.
O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) se for de inventário permanente, a cada venda 
a empresa já dá baixa no estoque, ou seja, já terá o CMV ou Custo dos Serviços Prestados 
(CSP). Os Custos das Mercadorias Vendidas são para empresas comerciais e mercantis, 
que compram e revendem. Já os Custos dos Serviços Prestados são para empresas presta-
doras de serviço. Enquanto, os Custos dos Produtos Vendidos (CPV) são para as indústrias.
Quando for do inventário periódico, deve-se seguir a fórmula de CMV = Estoque Inicial + 
Compras Líquidas - Estoque Final. Com isso, chega-se ao Resultado Operacional Bruto, que 
é Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto, que também é chamado de Resultado com Mercadorias.
Depois existem as Despesas Operacionais que são divididas por função de acordo com 
o departamento. As Despesas com vendas ou despesas comerciais são todas as despesas 
relacionadas ao setor de venda. Por exemplo, se teve comissão e salário de vendedores, 
estará nesse item, bem como se houver um veículo que entrega mercadorias da empresa, a 
depreciação desse veículo estará dentro de despesa com venda.
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As Despesas Gerais e Administrativas são aquelas ligadas à atividade do dia a dia da 
empresa, por exemplo, resmas de papel, secretária da empresa, aluguel do prédio. Por outro 
lado, as Despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras não são apenas os juros, é 
a despesa quando a empresa pega empréstimo com juros, o desconto condicional concedido 
que é um desconto financeiro, sendo esse é um tipo de despesa financeira. Vale destacar 
que desconto condicional é diferente de desconto incondicional. O desconto incondicional é 
dedução da receita bruta e o desconto condicional é uma despesa operacional e um subtipo 
do tipo despesa financeira.
Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL (Contribuição Sobre o Lucro Líquido), 
nesse caso, se tem o resultado antes dos tributos sobre o lucro. Os tributos sobre o lucro são 
o Imposto de Renda e a CSLL, um é imposto e, o outro, é contribuição, respectivamente.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Francisco Feliphe da Luz Araújo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Demonstração do Resultado do Exercício II
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO II
1 Receita Bruta das Vendas e Serviços (ou Vendas Brutas)
2 (-) Deduções da Receita Bruta
(-) Devoluções de vendas e vendas canceladas
(-) Descontos incondicionais concedidos
(-) Abatimentos concedidos
(-) Tributos incidentes sobre vendas e serviços
3 = Receita Operacional Líquida (Receita Líquida ou Vendas Líquidas)
4 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e dos Serviços Prestados (CSP)
5 = Resultado Operacional Bruto (Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto)
6 (-) Despesas Operacionais
(-) Despesas com vendas (ou despesas comerciais)
(-) Despesas gerais e administrativas
(-) Despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras
(-) Outras despesas operacionais
7 + Outras receitas operacionais
8 = Resultado Operacional Líquido (Lucro ou Prejuízo Operacional)
9 (-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
10 + Outras receitas (antigas receitas não operacionais)
11 = Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL
(-) Despesa com provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
12 (-) Despesa com provisão para Imposto de Renda (IR)
13 = Resultado após o IR e CSLL (ou Resultado antes das participações)
14 (-) Participações:
(-) de debêntures
(-) de empregados
(-) de administradores
(-) de partes beneficiárias
(-) de instituições de assistência ou previdência de empregados
15 = Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício
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Demonstração do Resultado do Exercício II
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Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), há a Teoria Tripartite dos tributos em impos-
tos, taxas e contribuições de melhoria. Já a Constituição Federal e a maior parte da doutrina 
consideram esses itens mais as contribuições especiais e o empréstimo compulsório.
PEGADINHA DA BANCA
Não são deduções da Receita Bruta o desconto financeiro concedido, o frete com vendas 
e as comissões sobre vendas. O desconto financeiro concedidoé um tipo de despe-
sa financeira e operacional. Além disso, frete com vendas está relacionado ao setor de 
vendas, ou seja, é uma despesa operacional. Enquanto, comissões sobre vendas são 
despesas de vendas.
Em questões que se pedir a Receita Líquida, o Lucro Bruto, e tiver um desconto finan-
ceiro concedido, não se subtrair para encontrar o produto. Já se for desconto incondicio-
nal concedido ou desconto comercial é preciso diminuir, pois se trata de uma dedução da 
Receita Bruta.
A Receita Bruta é a base de cálculo dos tributos sobre a venda, retirando o IPI.Sendo que 
no caso do ICMS, se for indústria e fez uma venda para consumidor final ou para a empresa 
que vai usar o consumidor ativo imobilizado, o IPI integra a base de cálculo dos tributos. 
Lembrando que se, no caso de empresa comercial, em regra, houver mais dispositivos será 
preciso diminuir os descontos incondicionais e as devoluções de vendas.
Se for empresa de prestação de serviço, não terá o ICMS, apenas o ISS. Enquanto, no 
caso de empresa comercial, terá o ICMS, mas não o ISS. Outro ponto a ressaltar é que o 
abatimento sobre vendas não seria uma dedução para o cálculo dos tributos, porque o des-
conto comercial incondicional concedido é concedido no momento da venda, sem nenhuma 
condição. Logo, ele é deduzido do cálculo do tributo, enquanto, os abatimentos correspon-
dem a um momento posterior, para evitar a devolução do produto. Segundo a legislação, a 
regra é que ele não deduz na base de cálculo dos tributos. Apesar de que, há algum tempo, 
houve uma questão que ESAF diminuiu também.
O lucro líquido por ação é o último item, nessa situação, se a empresa teve lucro líquido, 
seria pegar o lucro do exercício e dividir pelo total de ações da empresa. Lembrando que o 
capital social da empresa é dividido em ações. Sendo assim, supondo que a empresa tem 
um capital social de R$ 100 mil, correspondente a 10 mil ações a R$ 10. Logo, se ela teve 
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Demonstração do Resultado do Exercício II
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lucro de R$ 1 milhão, o lucro líquido por ação será de R$ 1 milhão dividido pelas 10 mil ações, 
resultando em um lucro de R$ 100 por ação. Dessa forma, o investidor já poderá observar 
através das demonstrações que a empresa é boa e lucrativa.
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/EBSERH/2018) O imposto sobre produtos in-
dustrializados integra a receita bruta apurada na demonstração do resultado do exercício. 
COMENTÁRIO
A Receita Bruta não integra o IPI, se tiver será no Faturamento Bruto. Lembrando que o 
IPI é imposto por fora, ou seja, fica fora no valor da Receita Bruta.
AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES
A Lei n. 6.404/1976 sofreu alterações ao longo do tempo, principalmente, com a Lei n. 
11.638/2007, que foi justamente o processo de convergência da contabilidade brasileira às 
normas internacionais de contabilidade. Depois, houve alteração com a Medida Provisória 
449/2008, que foi convertida na Lei n. 11.941/2009. Na sequência, mais uma alteração com 
a Lei n. 12.973/2014, que trouxe um dispositivo novo relacionado à Receita Bruta de Vendas.
De acordo com a Lei n. 12.973/2014, o Art. 12, § 1º, do Decreto-Lei n. 1.598/1977 passou 
a vigorar com a seguinte redação:
§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de:
I – devoluções e vendas canceladas;
II – descontos concedidos incondicionalmente;
III – tributos sobre ela incidentes; e
IV – valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inc. VIII do caput do Art. 183 da 
Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.
Essa é uma legislação fiscal e não contábil, ou seja, para a contabilidade, não é necessá-
rio deduzir o ajuste a valor presente. Sendo assim, ele não entra na demonstração do resul-
tado do exercício, só ocorre se alguma questão mencionar. 
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Segundo a Lei n. 6.404/1976, seria a Receita Bruta menos as devoluções, os abatimen-
tos, descontos incondicionais e os tributos sobre a venda. A Lei n. 12.973/2014 é voltada 
mais para a legislação fiscal, enquanto a contábil está ligada a legislação comercial. De 
acordo com o texto de 2014, seria a Receita Bruta menos as devoluções, os abatimentos, 
os descontos incondicionais, os tributos e o ajuste a valor presente. É importante frisar que o 
ajuste a valor presente é retirar do valor da Receita Bruta o que está incluído além de juros, 
que quando for de longo prazo, direitos e obrigações, obrigatoriamente, devem ser ajusta-
dos a valor presente. Já quando for de curto prazo, deve ser ajustados somente quando 
houver efeito relevante.
• É preciso reiterar que esta regra só é válida para a legislação fiscal, uma vez que 
a legislação comercial não reconhece o ajuste a valor presente como dedução da 
receita bruta de venda. Pegadinha;
• O ajuste a valor presente deve ocorrer no reconhecimento inicial dos ativos e passi-
vos. No nosso caso, no momento da venda.
Exemplo:
01/02/X0
Venda a prazo = 60.000,00
Venda à vista = 50.000,00
AVP
Juros = 10.000,00
Contábil: 01/02/X0
D – Clientes = 60.000,00
C – Receita Financeira a Apropriar = 10.000,00
C – Receita = 50.000,00
Resultado: RBV = 50.000,00
Ativo
Clientes = 60.000,00
Receita Financeira a Apropriar = 10.000,00
60.000,00 - 10.000,00 = 50.000,00 
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Fiscal: 01/02/X0
D – Clientes = 60.000,00
C – Receita = 60.000,00
D – Despesas AVP = 10.000,00
C – Receita Financeira a Apropriar = 10.000,00
Resultado
RBV – Deduções da Receita Bruta
60.000,00 – 10.000,00 = 50.000,00
Obs.: a Receita Financeira a Apropriar também pode ser chamada de Ajuste a Valor Pre-
sente sobre Clientes, conta patrimonial retificadora.
É preciso lembrar que a parte de ajuste a valor presente sobre clientes, sendo uma des-
pesa, é apenas para a legislação fiscal, e não faça para legislação contábil. A probabilidade 
de cair em uma prova contábil é quase zero. Porém, para a Receita Federal, talvez, poderia 
tem maior probabilidade de cair em prova.
DESPESAS OPERACIONAIS
A Lei n. 6.404/1976 utiliza a classificação da despesa operacional de acordo coma função 
da despesa, ou seja, a empresa tem vários departamentos, possuindo várias despesas. Para 
que a DRE não seja muito grande, já que deve-se considerar despesa com depreciação, des-
pesa com comissões, despesa com material de consumo, despesa com salários, defesa com 
obrigações tributárias, etc. Sendo assim, a lei reúne as despesas de acordo com o setor, por 
isso, que utiliza o método da função da despesa.
Despesas com vendas (ou despesas comerciais) 
Seriam as despesas do setor de vendas ou comercial. Ex.: despesas com frete sobre 
vendas, despesas de depreciação dos veículos no setor de venda, despesa com comissões 
sobre vendas, despesa com EPCLD, despesa com salários, etc.
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Despesas financeiras
Está relacionada a contratação está certo de operações de crédito e afins. Lembrando 
que a lei define que as despesas financeiras serão apresentadas já deduzidas das receitas 
financeiras. Ex.: despesas com juros ou juros passivos, o desconto financeiro concedido, 
variações cambiais passivas e tudo o que estiver ligado às operações de crédito. Nas Recei-
tas Financeiras estão inclusos os juros ativos, que seriam as receitas de juros, os descontos 
financeiros obtidos, variações cambiais ativas, etc.
Despesas gerais e administrativasSão gastos relacionados à gestão administrativa da empresa. Ex.: despesa com salários 
do pessoal do administrativo, honorário da diretoria, despesa com aluguel, energia, água, etc. 
Outras despesas operacionais
São despesas que não estão relacionadas a despesas com vendas, administrativas ou 
gerais. Ex.: perda com equivalência patrimonial, relacionado a investimentos, e despesa com 
ajuste do estoque ao valor de mercado.
GABARITO
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO III
Lembrando que, até certo tempo, a DRE era dividida em resultado operacional e não ope-
racional. Entretanto, com a convergência da contabilidade brasileira para as normas inter-
nacionais de contabilidade, foi extinta a questão de operacional e não operacional. Ou seja, 
hoje, segundo os pronunciamentos contábeis, tudo é operacional e há uma divisão entre 
continuado e descontinuado. O continuado seria a apresentação da DRE da forma como ela 
é feita até chegar ao Lucro Líquido.
OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS
São receitas que, apesar de não serem classificadas como receita bruta ou financeira, 
representam outras formas de receita da atividade empresarial.
As outras receitas operacionais são as receitas que não são receita bruta decorrente da 
atividade da empresa. Supondo que a empresa é um comércio que vende roupas, por exem-
plo, a receita bruta será a partir da venda das roupas. Já a receita financeira, por exemplo, 
a empresa tinha dinheiro sobrando e fez uma aplicação financeira para ganhar rendimento 
ao longo do tempo. Mas essa empresa comprou um imóvel e decidiu alugar, essa não cor-
responde à atividade da empresa e também não é uma aplicação financeira. Porém, é um 
rendimento que ela terá de forma frequente a cada mês a mês. Logo, como essa receita é 
frequente e mensal, será um tipo de outras receitas operacionais.
De acordo com a Lei n. 6.404/1976, elas são usuais e ocorrem com frequência. Caso a 
empresa venda o seu imobilizado, como não é algo que ela faz frequentemente, não será 
outras receitas operacionais se tiver um ganho. Ex.: receita de aluguel, receita de dividendos, 
receita de equivalência patrimonial, etc. Outro ponto relevante é que, geralmente, é frequente 
ser uma receita mensal, mas o mais importante é ter uma frequência. No caso de venda de 
imobilizado, a empresa que compra imobilizado, não tem intenção de vender, pode até ser que 
se a empresa tenham muitos equipamentos, a cada ano venda uma, mas a intenção não é 
fazer isso de forma frequente, logo, é algo residual e não pode ser outras receitas operacionais. 
Todavia, por exemplo, receitas de dividendos é uma receita que a empresa recebe por 
aplicar dinheiro em outras empresas. Geralmente, ocorrem uma, duas ou três vezes no ano, 
mas isso não significa que ela não é outra receita operacional. O que faz dela um tipo de 
outra receita operacional é porque ela é frequente ao longo dos anos.
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Nesse caso, depois de alcançar a Receita Bruta menos as deduções, Receita Líquida 
menos o CMV, se for pelo sistema de inventário permanente, já será contabilizado. Enquanto, 
se for pelo periódico, utiliza a fórmula CMV = Estoque Inicial + Compras Líquidas - Estoque 
Final. Logo, se resultado no Lucro Bruto que, se for positivo diminui-se as despesas operacio-
nais. Lembrando que as despesas financeiras deduzem as receitas financeiras e também terá 
a soma das outras receitas operacionais, chegando ao lucro operacional líquido, que pode 
ser lucro ou prejuízo. Depois, diminuem-se as outras despesas e somam-se outras receitas.
Vale lembrar que, antigamente, esses itens eram chamados de despesas não operacio-
nais para as outras despesas e receitas não operacionais para as outras receitas, porém, 
essa nomenclatura não existe mais. Basicamente, serão classificados nesse grupo, segundo 
a Lei n. 6.404/1976, de acordo com os pronunciamentos contábeis não existe essa divisão, 
são todas operacionais. Nesse sentindo, são classificadas as receitas e despesas ou receitas 
que a empresa tenha, mas que não são usuais e não ocorram com frequência.
Por exemplo, a venda de um mobilizado, se a empresa tem ganho ou perda, será um item 
de outras receitas ou outras despesas. Entretanto, vale lembrar que, de acordo com a dou-
trina, os pronunciamentos contábeis e o manual de contabilidade das sociedades por ações, 
que é a consolidação dos grandes doutrinadores do Brasil, tem que ser seguido, pelo fato de 
a Lei n. 6.404/1976 estar desatualizada, quando a empresa tem ganho ou perda na venda de 
mobilizado seria outras receitas operacionais se for ganho e, se for perda, outras despesas 
operacionais. Isso deve-se ao fato de que como não existe mais a divisão entre operacional e 
não operacional, hoje, é tudo é operacional é como se outras receitas fosse um tipo de outras 
receitas operacionais.
OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS
A Lei n. 11.941/2009 modificou o texto do inc. IV, Art. 187, da Lei n. 6.404/1976, excluindo 
da estrutura da DRE a expressão receitas e despesas não operacionais, que passaram a ser 
denominadas, respectivamente, de outras receitas e outras despesas.
Essa modificação na Lei n. 6.404/1976 tem apenas reflexos contábeis, sem alterar o 
direto a compensação admitido na legislação do Imposto de Renda (IR). 
Basicamente, a lei mudou a nomenclatura. Ou seja, a Lei n. 11.941/2009 é a norma legal 
que alterou o item receitas e despesas não operacionais para outras receitas e outras des-
pesas. Ressaltando que ela alterou apenas o nome, porém todas as classificações dos itens, 
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inclusive considerando a legislação fiscal e a legislação do Imposto de Renda, que ainda traz 
as nomenclaturas não operacionais, continuam as mesmas.
De acordo com o Manual de Contabilidade Societária (2ª Edição), a partir da edição da 
Lei n. 11.941/2009, o Art. 187 da Lei das Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/1976) deixou 
de prever a segregação dos resultados em operacionais e não operacionais. A partir do 
exercício de 2008, os normativos fazem referência apenas à segregação das atividades 
em continuadas e descontinuadas.
Assim, passam a ser reconhecidas como outras receitas e despesas operacionais os 
ganhos ou perdas que decorram de transações que não constituíam as atividades ordinárias 
de uma entidade. Em outras palavras, o conceito de lucro operacional engloba os resultados 
das atividades principais e acessórias, e essas outras receitas e despesas operacionais são 
atividades acessórias do objeto da empresa.
Atividade continuada seriam as atividades normais da empresa do dia a dia e atividade 
descontinuada seria quando a empresa, por exemplo, deixa de exercer uma determinada ati-
vidade dentro da sua estrutura ou fora de algum estado ou município. Supondo que a pessoa 
tenha uma empresa de transporte público com sede em várias cidades do país. Porém, ele 
decide não operar mais na cidade ou no estado do Rio de Janeiro, logo, ele descontinuou 
uma atividade naquela localidade, resultando em operações descontinuadas.Por exemplo, em uma empresa que vende roupas, atividade principal é vender roupas. Se 
a empresa está alugando um imóvel para obter rendimentos e sua atividade acessória.Apesar 
de a Lei n. 6.404/1976 ainda trazer as antigas nomenclaturas, segundo o manual r as normas 
internacionais de contabilidade, como não há mais divisão entre operacionais e não operacio-
nais, outras receitas e outras despesas seria um tipo de outras receitas operacionais, no caso 
de outras receitas, e outras despesas seria um tipo de outras despesas operacionais. 
Por exemplo, na DRE, a classificação da receita na venda de um ativo imobilizado, 
segundo a Lei n. 6.404/1976, seria outras receitas e, conforme os pronunciamentos contá-
beis, seria outras receitas operacionais. Sendo assim, outras receitas é um tipo de outras 
receitas operacionais, logo, só terá outras receitas operacionais.
DIRETO DO CONCURSO
1. (FCC/CONTADOR/AFAP/2019) A empresa Inovação S.A. comercializa fertilizantes e re-
gistrou em sua contabilidade ganho com a venda de máquinas e equipamentos no valor 
de R$1.000.000,00,à vista. Esse valor deve ser contabilizado como:
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a. ganho não operacional.
b. receita diferida operacional.
c. receita de vendas.
d. receitas extraordinárias.
e. outras receitas operacionais.
COMENTÁRIO
A venda de máquinas e equipamentos é uma atividade acessória. Receitas de vendas 
vêm das atividades normais da empresa. Além disso, a nomenclatura não operacional 
não existe mais. Segundo a Lei n. 6.404/1976, a venda de máquinas e equipamentos se-
ria outras receitas e, considerando as normas internacionais de contabilidade, é um tipo 
de outras receitas operacionais.
RESULTADO ANTES DO IR E DA CSLL
Se chegou ao resultado operacional líquido, que pode ser lucro ou prejuízo, somou-se 
as outras receitas e diminuiu as outras despesas, alcançando o resultado antes dos tributos 
sobre o lucro, que a Lei n. 6.404/1976 chama de resultado antes do Imposto de Renda e da 
CSLL, que é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Lembrando que em relação ao 
Imposto de Renda, existe de pessoa física e pessoa jurídica. 
Nesse caso, o foco é o Imposto de Renda pessoa jurídica. O ICMS e PIS/Cofins são 
tributos sobre venda, isto é, se vendeu é preciso pagar o tributo, independentemente se 
teve lucro. Até porque o ônus do tributo sobre o consumo ICMS, por exemplo, quem paga 
é um consumidor. A empresa é mera recolhedora daquele tributo. Porque, suponde que se 
comprou uma camisa por R$ 100, já está incluso o ICMS, por exemplo, de R$ 20. Logo, a 
empresa ficará com R$ 80 e R$ 20 deve repassar para o público, pois apropriação indébita é 
crime, ou seja, se apropriar de dinheiro que, na verdade, o contribuinte já pagou.
Os tributos sobre o lucro, a empresa apenas pagará se ela tiver lucro no período a partir 
do confronto entre receitas e em despesas. Nos cálculos, em geral, já se apresenta uma alí-
quota única para os dois, até porque eles têm a mesma base de cálculo. No caso da CSLL, 
é uma alíquota considerando que são empresas grandes e apuradas pelo lucro real, pois no 
lucro presumido e simples é menor. Ou seja, CSLL é uma alíquota de 9% e do Imposto de 
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Renda é uma alíquota de 15% limitada a R$ 20 mil mensais. Se houver excedente, terá um 
adicional de 10% além dos 15%.
IMPOSTO DE RENDA
Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), a base de cálculo do Imposto de Renda 
e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido é o montante real, arbitrado ou presumido.
A empresa pode ser tributada sobre o lucro real, sendo esse a receita menos as despe-
sas, para grande empresas. Já lucro presumido é uma presunção, direcionado para empre-
sas que são relativamente médias/grandes. Para facilitar o cálculo dos tributos, o fisco define 
que não é preciso pegar todas suas receitas menos as despesas, logo, se faz uma presunção 
de quanto será o lucro a partir de percentuais. Por exemplo, para prestadora de serviço é de 
32%, se teve um faturamento de R$ 1 milhão ao invés de pegar receita menos despesas e 
calcular o lucro aplicando a alíquota, se pega o faturamento de R$ 1 milhão multiplica-se por 
32%, resultando R$ 320 mil. Há também as alíquotas de 16% e 8%, mas, em geral, não é 
aplicada em provas de contabilidade. 
O lucro arbitrário arbitrar algo, é quando a empresa não tem os dados ou os dados estão 
fraudados, existe algo que não traz a realidade. Além disso, há um sistema simplificado 
que é o Simples Nacional, que é uma forma das pequenas empresas em nível federal, até 
R$ 4.800.000,00, pagarem o tributo unificado de todos os itens, sendo um regime tributário 
de simplificação. Mas o foco é nas empresas do lucro real, porque essas empresas é que 
apuram o seu imposto com base na DRE.
Algumas atividades são obrigadas a ser lucro real, como bancos e seguradoras. Já se 
o lucro presumido for acima de R$ 78 milhões, terá que ser lucro real, mas se a receita for 
menor que esse valor, poderá ser lucro presumido. Por exemplo, se for um comércio, geral-
mente, a alíquota é 8%. Se teve R$ 1 milhão de faturamento, é preciso multiplicar o 8% pelo 
R$ 1 milhão que resultará em R$ 80 mil e, depois, deve multiplicar pela alíquota do Imposto 
de Renda e da CSLL, logo, há uma presunção de que o lucro líquido da empresa para cálculo 
do imposto é um percentual do faturamento. 
Lucro:
• Real: BC, IR e CSLL = Lucro ajustado pelas adições, exclusões e compensações 
do RIR/2018;
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• Presumido: Forma simplificada para cálculo do IR e CSLL. RB ≤ R$ 78.000.000,00;
• Arbitrado: BC, IR e CSLL, apurada pela autoridade fiscal quando a escrituração pos-
suir fraudes, vícios ou omissões.
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O foco é nas empresas do Lucro Real, porque a DRE irá servir de base para que a 
empresa encontre a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido, sendo essa chamada de lucro real. Vale lembrar que a contabilidade visa 
atender os aspectos contábeis. Até 2007 e 2008, a contabilidade era feita mais voltada para 
atender o fisco, mas isso prejudicava a qualidade das informações do patrimônio da empresa 
e a tomada de decisões pelos usuários das demonstrações contábeis. Diante disso, houve 
uma modernização em busca de atender para contabilidade os aspectos contábeis. Já para 
atender fisco, ou seja, os órgãos tributários, se necessário, caso a contabilidade não atenda 
as necessidades, em livros auxiliares, para que isso não prejudique a contabilidade, ou seja, 
as informações que estão dispostas.
Apesar de haver a DRE, o cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido será feito em um livro parte, chamado de Lalur, ou seja, o Livro de Apura-
ção do Lucro Real. A situação ocorre dessa forma, pois, para o fisco, nem toda despesa 
que a empresacolocou é dedutível para fins de cálculo de tributos, a despesa pode dimi-
nuir o resultado contábil, mas o resultado fiscal não aceita. Entretanto, para a fiscalização 
isso não é dedutível para fins de Imposto de Renda. Ou seja, ele pode estar no resultado 
como despesa, mas o correto seria ele tirar o pró-labore, isto é, tirar um valor mensal do 
seu trabalho e com o dinheiro pessoal comprar a joia. Resumindo, essa se caracteriza por 
uma despesa não dedutível e, diante disso, é preciso adicionar esse valor ao cálculo do 
Imposto de Renda e da contribuição social. É possível também ter receitas não tributáveis, 
ou seja, aumentou o resultado contábil, mas isso não é tributado. Nesse caso, se faz uma 
exclusão, ou seja, é feito a parte. 
IMPOSTO DE RENDA
De acordo com o Art. 258 do RIR/2018, o lucro real é o lucro líquido do período de apura-
ção ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este 
Regulamento. Segundo o Art. 259 do RIR/2018, o lucro líquido do período de apuração é a 
soma algébrica do lucro operacional, das demais receitas e despesas, e das participações. 
Baseado nesta definição, o lucro líquido do período é o mesmo que o Lucro antes do IR e 
da CSLL (LAIR).
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O regulamento define que despesa não dedutível para fins de Imposto de Renda, mas 
pode ser inserida no seu resultado contábil. Com isso, observa-se que há um resultado con-
tábil para a contabilidade e a empresa terá um resultado fiscal para apuração do imposto. 
Vale lembrar que Lair é o Lucro Antes do Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido.
• Cálculo do Lucro Real (base de cálculo IR e CSLL):
Lucro Real = LAIR + Adições - Exclusões - Compensações
Nesse sentido, adição seria uma despesa que o regulamento do Imposto de Renda con-
sidera não dedutível. Por exemplo, a despesa da joia citada anteriormente. Já as exclusões 
seriam receitas que não são tributáveis. Enquanto as compensações, já percebendo que as 
empresas podem ter prejuízos, correspondem a compensação de até 30% do prejuízo fiscal. 
Lembrando que existe o prejuízo contábil, que é o prejuízo acumulado e fica no patrimônio 
líquido. Também há o prejuízo fiscal, apresentado Livro de Apuração do Lucro Real.
Adições
Correspondem às despesas não dedutíveis para cálculo dos tributos. São despesas 
que embora sejam registradas normalmente, a legislação do Imposto de Renda não as aceita 
como redutoras da base de cálculo do imposto, devendo ser tributadas.
Exemplos: despesas com perdas estimadas para devedores duvidosos, despesas com 
perdas estimadas para ajuste ao valor de mercado, despesas com multas, despesas de equi-
valência patrimonial etc.
A adição diminui o resultado contábil na DRE, mas o regulamento do Imposto de Renda 
não aceita como dedução, logo, é preciso adicionar o lucro antes do Imposto de Renda para 
encontrar a base de cálculo dos tributos sobre o lucro. Quando a despesa estimada, vai para 
DRE, mas não é dedução para a base de cálculo do imposto, ou seja, é preciso adicionar. 
Quando no futuro, aquela perda for concretizada, se atender aos critérios, será necessário 
excluí-la da base cálculo do período em que ela foi efetiva. Se a empresa recebeu uma multa 
é porque ela fez algo de errado. Por se tratar de uma penalidade, não pode ser deduzida para 
fins de Imposto de Renda da empresa. 
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Exclusões
Em regra, correspondem às receitas não tributáveis. São receitas que embora contabili-
zadas normalmente, aumentando o lucro contábil, a legislação do Imposto de Renda as con-
sidera fora do alcance da tributação.
Exemplos: Receita de perdas estimadas para devedores duvidosos, receita de perdas 
estimadas para ajuste ao valor de mercado, receita de equivalência patrimonial etc. É pos-
sível ter como uma exclusão uma despesa efetiva. Nesse caso, a reversão não é tributável.
Existem duas exclusões que as bancas cobram nas suas provas:
• Despesa com Participação de Debenturistas;
• Despesa com Participação de empregados.
As participações de empregados e de debenturistas também são deduzidas (exclusões) 
da base de cálculo do IR, conforme autoriza a legislação do imposto de renda. As participa-
ções vêm após a dedução das despesas com o Imposto de Renda e Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido. Como elas podem ser deduzidas para cálculo do Imposto de Renda, 
é preciso excluir.
Compensações
Representam os prejuízos fiscais de exercícios anteriores que poderão ser compensa-
dos nos períodos subsequentes, se a empresa apurar um Lucro Real.
• O valor máximo a ser compensado dos prejuízos fiscais é 30% do Lucro Real antes 
da compensação;
• Compensação máxima = 30% x (LAIR + Adições - Exclusões)
Os prejuízos fiscais estão presentes no Lalur, e não está na contabilidade. Além disso, o 
prejuízo fiscal é diferente de prejuízo contábil. O prejuízo contábil é menos o PL, da retifica-
dora do PL. 
Por exemplo, a empresa tinha um prejuízo fiscal de 10, quando fez os 30% de 100, se 
ficar 30, valerá o 10, por que é menor. Supondo que seja 30% de 10, o resultado será 3, logo, 
só será possível compensar 3, até atingir o limite.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (PROFESSOR FELIPHE ARAÚJO/INÉDITA) A empresa Aprovados S/A demonstrou, no 
exercício de 20X1, os valores que seguem:
Lucro bruto R$ 180.000,00
• Lucro operacional R$ 152.000,00
• Outras Receitas R$ 15.000,00
• Outras Despesas R$ 55.000,00
• Participação de Administradores R$ 8.000,00
• Participação de Debenturistas R$ 5.000,00
• Participação de Empregados R$ 7.000,00
A tributação do lucro dessa empresa à alíquota de 30% para Imposto de Renda e Contri-
buição Social Sobre o Lucro Líquido, conjuntamente, vai aumentar o passivo no valor de:
a. R$ 25.000,00
b. R$ 26.100,00
c. R$ 27.000,00
d. R$ 28.200,00
e. R$ 30.000,00
COMENTÁRIO
Para a contabilização das despesas normais é preciso debitar as despesas com vendas, 
se foi à vista, credita caixa, e, se foi a prazo, credita contas a pagar.
LB: 180.000
= Lucro Operacional: 152.000
(-) Outras Despesas: (55.000)
+ Outras Receitas: 15.000
LAIR: 112.000
(-) IR e CSLL: (30.000)
= Lucro após IR e CSLL: 82.000 
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Exclusões
5.000 + 7.000 = 12.000
Como não tem prejuízo fiscal, não serão feitas compensações. Se tivesse, poderia com-
pensar 30% no máximo de R$ 100 mil, que é R$ 100 mil menos R$ 12 mil. Lembrando 
que se ele ultrapassasse o valor do prejuízo fiscal, só iria até o valor do prejuízo fiscal.
LALUR
Lucro Real (Base de cálculo do Imposto de Renda e CSLL)
112.000 - 12.000 = 100.000
IR e CSLL = 100.000. 30% = 30.000
O lançamento pessoal aumenta o passivo, pois se debita uma despesa, podendo ser 
despesa tributária, despesa com imposto ou despesa com IR e CSLL, além de creditar IR 
e CSLL a pagar no valor de R$ 30 mil. 
PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS
As participações estatutárias serão determinadas com base nos lucros que remanesce-
rem, depois de deduzida a participação anteriormente calculada, obedecendo rigorosa-
mente a seguinte ordem:
• Participação de Debêntures;
• Participação de Empregados;
• Participação de Administradores;
• Participação de Partes Beneficiárias;
• Participação de Instituições/Fundos de Assistência de Empregados.
Quando a empresa está precisando de recursos, ela emite debêntures para captar recur-sos no mercado, sendo de debêntures é um misto de empréstimo com a ação, mas ele não é 
ação, por isso, ele é uma dívida no passivo. Ou seja, quando a empresa emite esses títulos 
surge uma dívida a pagar. A vantagem das debêntures é que elas podem capitar o dinheiro 
juntamente no mercado, não precisa ter uma instituição financeira no meio.
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Além disso, a remuneração para essa captação de recursos pode ser com base em juros, 
mas também pode ser com base em participação no lucro. É devido a isso que, algumas 
empresas, dão participação para os empregados nos seus lucros, buscando motivar o traba-
lhador.Ressaltando que diretor é administrador e não debênture.
Partes beneficiárias estão relacionadas a pessoas que prestaram relevantes serviços 
para a entidade e, agora, adquiriram parte no capital da empresa, por meio de partes bene-
ficiárias, sendo essa uma conta do patrimônio líquido, isto é, uma reserva de capital. Os ins-
titutos de fundos de assistência de empregados, por exemplo, sabe-se que o teto do INSS 
é um valor é R$ 6 mil, aproximadamente, mas o empregado tem um salário de R$ 10 mil. 
Nessa situação, a empresa complementa a Previdência para o empregado por fora.
Para calcular a participação de debêntures é o Lucro após o Imposto de Renda e a CSLL 
menos prejuízos acumulados, se houver, sendo esse um prejuízo contábil. Depois se multi-
plica pelo percentual de participação. Quando for calcular a próxima, pegasse o resultado de 
Lucro após o Imposto de Renda e a CSLL menos prejuízos acumulados e diminui a participa-
ção de debêntures, porque uma participação é deduzida da participação da outra. E, por fim, 
multiplica-se pelo percentual de participação. 
Cálculo das participações:
• Cada participação calculada diminui a base de cálculo da participação posterior;
• Prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo das participações;
• DEAPI (Debêntures, Empregados, Administradores, Partes Beneficiárias e Institui-
ções/Fundos de Assistência de Empregados).
DIRETO DO CONCURSO
2. (AOCP/FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS/ISS/CARIACICA/2020) Uma empresa apre-
sentou as seguintes informações extraídas do Departamento de Contabilidade:
Resultado do Exercício antes das Participações Societárias R$ 400.000,00
Prejuízos Acumulados R$ 50.000,00
Distribuição das Participações Societárias, conforme previsto no Estatuto Social da empresa:
Participações das Debêntures 10%
Participações dos Empregados 10%
Participações dos Administradores 10%
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Participações das Partes Beneficiárias 10%
Participações dos Fundos de Assistência 10%
Com base nessas informações, nos termos da Lei n. 6.404/1976 e suas alterações, as 
Participações dos Fundos de Assistência apresentarão um valor de:
a. R$ 22.963,50.
b. R$ 25.515,00.
c. R$ 35.000,00.
d. R$ 40.000,00.
COMENTÁRIO
400.000 – 50.000 = 350.000 (Base de cálculo das participações)
Debêntures:
350.000 . 10 = 35.000
 100
Empregados:
(350.000 – 35.000) . 10
 100
315.000 . 10 = 31.500 
100
Administradores:
(315.000 - 31.500). 10
 100
218.500 . 10 = 28.350
 100
Partes Beneficiárias:
35m
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Demonstração do Resultado do Exercício IV
CONTABILIDADE
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(218.500 - 28.350) . 10
 100
255.150 . 10 = 25.515
 100
Fundos de Assistência:
(255.150 - 25.515) . 10
 100
229.635 . 10= 22.962,50
 100 
GABARITO
1. e
2. a
40m
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Demonstração do Resultado do Exercício V
CONTABILIDADE
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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA (2020) - DEMONSTRAÇÃO 
DO RESULTADO DO EXERCÍCIO V
RELEMBRANDO
O resultado líquido do exercício pode ser positivo (lucro) ou negativo (prejuízo).
A Lei n. 6.404 estabelece que nessa demonstração do resultado do exercício é preciso 
apresentar o lucro líquido por ação.
LUCRO OU PREJUÍZO LÍQUIDO POR AÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
Trata-se de uma divisão do lucro líquido pela quantidade de ações que a empresa emitiu.
LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO POR AÇÃO= LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
 TOTAL DE AÇÕES NO MERCADO
Obs.: o lucro líquido do exercício é o resultado no final do exercício.
O total de ações corresponde às ações em circulação da empresa. Logo, no cálculo, são 
excluídas as ações em tesouraria e a parcela do capital que falta integralizar/realizar.
O PULO DO GATO
Geralmente, as questões acerca desse tópico pedem que se calcule o lucro líquido por 
ação ou outro item. São questões que já trazem alguns dados. Assim, deve-se apurar 
o lucro e, em seguida, fazer o respectivo cálculo. Não é comum que esse tópico seja 
cobrado, porém, é importante estudá-lo, porque pode ser um diferencial em relação aos 
demais candidatos caso o assunto seja abordado em uma prova.
ATENÇÃO
Só o capital líquido (as ações em circulação) é considerado. É importante recordar que há 
uma exclusão das ações em tesouraria (caso a empresa possua – em conta retificadora 
do PL) e do capital a ser integralizado.
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Demonstração do Resultado do Exercício V
CONTABILIDADE
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RESULTADO DO PERÍODO
RELEMBRANDO
O resultado do período pode ser positivo (lucro, as receitas são maiores que as despesas 
(utilizando o regime de competência)) ou negativo (prejuízo, as receitas são menores que 
as despesas).
De acordo com a Lei n. 6.404, além de apresentar a demonstração do resultado do exer-
cício na estrutura, a empresa também deve apurar o resultado por meio de razonete.
Para encerrar as contas de resultado (contas transitórias) pode-se fazer a transferência 
de todos os saldos para conta, ação que é chamada de apuração do resultado do exercício 
(ARE) ou de resultado do exercício. 
Obs.: o razonete do ARE é feito no Livro Razão.
ARE
Saldo Devedor
 
Prejuízo
Saldo Credor
 
Lucro
No final do exercício, o saldo do ARE é encerrado e transferido para o patrimônio 
líquido (PL).
Se for lucro:
 – Debitar o ARE;
 – Creditar conta de lucros acumulados (aumenta o PL – conta normal);
Se for prejuízo:
 – Debitar prejuízos acumulados (diminui o PL – conta retificadora do PL);
 – Creditar o ARE;
Existe a possibilidade de utilizar uma conta só para lucro e outra para prejuízo (neste 
exemplo, considerando que não há saldo anterior). Porém alguns autores apresentam a 
opção de utilizar a conta “lucros ou prejuízos acumulados”.
5m
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Demonstração do Resultado do Exercício V
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LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Saldo Devedor
 
Prejuízo acumulado
Saldo Credor
 
Lucro acumulado
Segundo a Lei 6.404, é proibido que a empresa retenha lucros acumulados no seu 
balanço. Isso significa que ao final do período, quando se elabora o balanço patrimonial, não 
é permitido ter a conta “lucros acumulados” ou saldo positivo na conta “lucros ou prejuízos 
acumulados” (saldo credor).É importante observar que essa regra não se aplica para todas 
as empresas, é valida apenas para as sociedades anônimas. Uma empresa sociedade ili-
mitada pode ter saldo positivo na conta “lucros ou prejuízos acumulados”, por exemplo. 
S/A → 31/12/2008 → Não pode apresentar lucros acumulados
 (em conta específica ou em saldo positivo credor)
A ideia central é que a empresa S/A deve distribuir todo o seu lucro (ou constituir reser-
vas), assim, é preciso seguir o que a lei estabelece na apresentação de seu balanço.
Nas sociedades anônimas, a conta é temporária, por meio dela realizam-se o recebi-
mento do saldo do resultado do exercício (quando positivo) e as respectivas distribuições. 
Posteriormente, essa conta deve ficar zerada ou ter saldo negativo.
DESTINAÇÃO DO LUCRO
As formas de destinação do lucro são:
• Compensar prejuízos;
Exemplo: Se o lucro de uma empresa for 100 e os prejuízos contábeis acumulados 
forem 20, esse valor é compensado e 80 vai para a conta lucros acumulados.
• Constituir reservas de lucros;
• Aumentar o capital social;
Debita Lucros Acumulados (diminui PL)
Credita Capital Social (aumenta PL)
• Distribuir dividendos;
Na DRE, o resultado final é transferido, ou seja, é feito o encerramento das contas do resul-
tado (despesa – encerra com crédito e debita no ARE/ receita – debita a receita e credita no ARE). 
10m
15m
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Demonstração do Resultado do Exercício V
CONTABILIDADE
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Ao apurar o resultado, o saldo vai para o patrimônio líquido (lucros ou prejuízos acumu-
lados) e, posteriormente, são feitas as destinações do lucro.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. (PROFESSOR FELIPHE ARAÚJO/INÉDITA) A empresa Aprovados, de Teresina, no Es-
tado do Piauí, tem um capital social de R$ 240.000,00, formado por 30.000 ações ordi-
nárias, que dão a seus donos direitos iguais. No exercício de 20X1, a empresa finalizou, 
corretamente, a sua demonstração de resultado do exercício com os seguintes valores:
• Lucro líquido antes do Imposto de Renda 186.000,00
• Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 31.500,00
• Participações Estatutárias sobre o Lucro 10.500,00
Como se sabe, a última linha dessa demonstração de lucros deverá indicar o montante 
do lucro por ação do capital social que, neste caso, será no valor de
a. R$ 6,20.
b. R$ 5,15.
c. R$ 4,80.
d. R$ 1,67.
e. R$ 8,00.
RESOLUÇÃO
A questão pede que se calcule o lucro líquido por ação.
LAIR 186.000
(-) IR e CSLL (-) 31.500
= LOIR 154.500
Obs.: LOIR é Lucro depois do Imposto de Renda/antes das Participações.
Em seguida, é necessário subtrair as Participações Estatutárias
LOIR 154.500
(-) Part.E (-)10.500
= Lucro Líquido 144.000
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Demonstração do Resultado do Exercício V
CONTABILIDADE
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Em seguida, calcula-se o Lucro por Ação dividindo o Lucro Líquido pela quantidade de ações:
144.000 = 144.000 = 144 = 4,8 = 4,80
30.000 30.000 30
Obs.: se houver ações em tesouraria ou capital a integralizar, a questão deve informar. Se 
o enunciado não mencionar, subentende-se que tudo foi integralizado. 
DRE SEGUNDO O CPC 26 (R1)
ATENÇÃO
Uma forma de DRE não invalida a outra. Tratam-se de formas de estruturação por meio 
das quais os pronunciamentos são trazidos. Nesses pronunciamentos, denomina-se de-
monstração do resultado do período.
Segundo o item 82 do CPC 26 (R1), além dos itens requeridos em outros Pronuncia-
mentos do CPC, a demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as 
seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais:
Obs.: o próprio pronunciamento estabelece que se trata de uma sugestão e que a legisla-
ção deve ser seguida (no Brasil, Lei 6.404).
ATENÇÃO
Na prática, as empresas têm utilizado os pronunciamentos contábeis. As duas maneiras 
podem ser cobradas em concurso, algo que, em alguns casos, pode gerar divergências.
(a) receitas;
(a.a.) ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo custo 
amortizado;
(b) custos de financiamento (juros);
(c) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método da 
equivalência patrimonial;
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Demonstração do Resultado do Exercício V
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Obs.: existe a receita de equivalência patrimonial, a qual vai para o resultado aumentando; 
e a despesa de equivalência patrimonial, a qual vai diminuindo.
(d) tributos sobre o lucro;
(e.a.) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver Pronunciamento Téc-
nico CPC 31);
ATENÇÃO
Esse pronunciamento trata do ativo não circulante mantido para venda e das operações 
descontinuadas. Geralmente, os concursos para cargos de auditor ou contador cobram 
mais esse ponto. Porém, concursos para cargos de analista da Receita e na Polícia Fe-
deral costumam aprofundar menos o assunto das operações descontinuadas.
(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão deste 
Pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas:
(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos;
(ii) lucro bruto;
(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas 
operacionais;
(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
Obs.: é importante ter atenção sobre esse tópico.
(v) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(vi) resultado líquido do período.
COMPARAÇÃO ENTRE A ESTRUTURA DA DRE DE ACORDO COM O CPC 26 
(R1) E A LEI N. 6.404/1976
Obs.: na Lei, há um Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido. Nos pronunciamentos, há um Lucro antes dos Tributos sobre o Lucro 
(Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). 
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Demonstração do Resultado do Exercício V
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Na essência, as duas formas apresentam o mesmo resultado, porém com algumas alte-
rações nas estruturas.
Lei n. 6.404/76 CPC 26 (R1)
Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração do Resultado do Período
Receita Bruta -
(-) Deduções da Receita Bruta -
= Receita Líquida = Receitas
(-) CMV, CPV ou CSP (-) CMV, CPV ou CSP
= Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto = Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto
(-) Despesas com vendas (ou comerciais) (-) Despesas com vendas (ou comerciais)
(-) Despesas gerais e administrativas (-) Despesas gerais e administrativas
(-) Despesas financeiras (-) Outras despesas operacionais
+ Receitas financeiras + Outras receitas operacionais
(-) Outras despesas operacionais (+/-) Resultado da equivalência patrimonial
+ Outras receitas operacionais -
= Lucro ou Prejuízo Operacional = Resultado antes das receitas e despesas financeiras
Na Lei 6.404, a DRE inicia-se com a Receita Bruta, são diminuídas as Deduções para 
chegar à Receita Líquida.
Deduções de Receita Bruta são as devoluções de vendas ou vendas canceladas, os ser-
viços cancelados, descontos incondicionais devolvidos (comerciais), os abatimentos conce-
didos, os tributos sobre a venda (ICMS, PIS, COFINS e, no caso dos serviços, o ICSS).
Obs.: em tese, a receita bruta não inclui o IPI (imposto sobre produto industrializado).
No CPC 26 (R1), a DRE é iniciada com Receitas (Receita Líquida). É importante observar 
que o cálculo das devoluções e de itens continua sendo feito, porém à parte.
Em seguida, o procedimento é igual para as duas formas.
A partir do Custo das mercadorias vendidas (CMV - empresa comercial), custo dos pro-
dutos vendidos (CPV - empresa industrial) e custo dos serviços prestados (CSP -empresa 
prestadora de serviço), ocorre o ResultadoOperacional Bruto, que pode ser Lucro quando for 
positivo ou Prejuízo quando for negativo.
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Demonstração do Resultado do Exercício V
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São iguais também as Despesas com vendas (ou comerciais) e as Despesas gerais e 
administrativas.
ATENÇÃO
A Lei n. 6.404 é muito antiga, precisa ser alterada. Em consequência disso, os examina-
dores têm interpretado a lei no sentido dos pronunciamentos contábeis.
Na Lei n. 6.404, as Despesas e Receitas financeiras são colocadas junto com Outras 
Despesas e Receitas operacionais, procedimento que está correto (inclusive fazendo a dedu-
ção). Nos pronunciamentos, isso não acontece, pois as Outras despesas operacionais e as 
Outras receitas operacionais são colocadas antes.
Chega-se, então, ao (+ receita/- despesa) Resultado de equivalência patrimonial. 
O próximo ponto é o Resultado Operacional Líquido. De acordo com a Lei 6.404, é o 
Lucro ou Prejuízo Operacional. Nos pronunciamentos, trata-se do Resultado antes das recei-
tas e despesas financeiras (tópico (iv) citado acima).
Lei n. 6.404/76 CPC 26 (R1)
(-) Outras despesas (-) Despesas financeiras
+ Outras receitas + Receitas financeiras
= Lucro ou Prejuízo antes do IR e CSLL = resultado antes dos tributos sobre o lucro
(-) Provisão para IR e CSLL (-) Tributos sobre o lucro
(-) Participações Estatutárias sobre o lucro (-) Participações Estatutárias sobre o lucro
- = Resultado das operações continuadas
- (+/-) resultado das operações descontinuadas
= Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício = Resultado Líquido do Período
= Lucro ou Prejuízo por ação -
ATENÇÃO
Nos pronunciamentos contábeis, não há mais a divisão entre operacional e não operacio-
nal, na verdade, é continuada e descontinuada. Na Lei 6.404, essa divisão também não 
ocorre, pois tudo passou a ser operacional. O que era não operacional tornou-se:
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Demonstração do Resultado do Exercício V
CONTABILIDADE
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• despesas não operacionais → outras despesas
• receitas não operacionais → outras receitas
Um exemplo de outras receitas é o lucro na venda de uma ativo imobilizado.
Outras despesas e outras receitas são um tipo de receitas operacionais e de despe-
sas operacionais.
Assim, na Lei 6.404, houve uma divisão daquilo que é frequente e não frequente (se não 
é regular, será outras receitas e outras despesas). No pronunciamento, tal divisão não é 
trazida, pois é como se tudo fosse colocado dentro de outras receitas e outras despesas 
operacionais.
Na Lei n. 6.404, chega-se ao Lucro ou Prejuízo antes do Imposto de Renda e da Contri-
buição Social sobre o Lucro Líquido.
No caso do pronunciamento, existe uma diferença. Observa-se que há (-) Despesas 
financeiras e + Receitas financeiras.
Obs.: despesa financeira não é só despesa com juros, ela inclui também os descontos 
condicionais/financeiros concedidos e a variação monetária/cambial passiva.
No pronunciamento, chega-se, então, ao Resultado antes dos tributos sobre o lucro (igual 
ao que é descrito na lei).
A Provisão para o IR e CSLL é equivalente aos Tributos sobre o lucro.
As Participações Estatutárias sobre o lucro (a lei ainda apresenta divisões) são equiva-
lentes às Participações Estatutárias sobre o lucro.
Na Lei n. 6.404, o Lucro ou Prejuízo do Exercício é o Lucro ou Prejuízo por ação.
Nos pronunciamentos, há o Resultado das operações continuadas que são somadas ou 
subtraídas das operações descontinuadas para chegar ao Resultado Líquido do Período.
GABARITO
1. c
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Demonstração do Resultado do Exercício VI
CONTABILIDADE
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO VI
OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
As Operações Descontinuadas são a última diferença que ocorre entre as duas 
formas de DRE.
ATENÇÃO
Nas questões de prova, tal valor será apresentado, líquido ou algo do resultado das 
operações descontinuadas, menos alguma despesa ou tributo para conseguir efetivar 
a venda.
Na Lei n. 6.404, o Resultado das operações descontinuadas está localizado entre Outras 
receitas e Outras despesas.
Exemplo: uma empresa de ônibus atua em todas as capitais do país. A empresa decide 
descontinuar o serviço em Aracaju, no estado de Sergipe. Apesar de ser uma empresa nacio-
nal, em regra, cada estabelecimento tem um CNPJ específico. A partir dessa decisão são 
vendidos todos os bens (maquinário, prédio, entre outros). Essa venda tem um custo. Se 
tudo for vendido por 1 milhão e houver um gasto de 100.000, 900.000 fica líquido. Esse é o 
Resultado das operações descontinuadas que seria colocado na DRE, ou seja, é o resulto 
decorrente da descontinuação que uma empresa faz de uma determinada atividade dentro 
dela ou em uma determinada área geográfica no país.
As operações descontinuadas se referem aos ativos a serem baixados por fim de vida 
útil, às unidades de produção (ou de serviço) que serão vendidas, entre outros.
Conforme CPC 31, operação descontinuada é um componente da entidade que tenha 
sido baixado ou esteja classificado como mantido para venda e:
(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de 
operações;
Obs.: exemplo de linha separada de negócios → a empresa Coca-Cola produz cervejas, 
sucos e água, mas decide parar de produzir sucos.
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Demonstração do Resultado do Exercício VI
CONTABILIDADE
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(b) é parte integrante de um único plano coordenado para vender uma importante linha 
separada de negócios ou área geográfica de operações; ou
Obs.: exemplo → a empresa Coca-Cola, ao decidir descontinuar a produção de suco, re-
solve vender essa linha de negócios. 
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo de revenda.
Obs.: controlada é uma empresa que foi comprada por outra. Há empresas que fazem tal 
compra com o único objetivo de revendê-las.
Deste modo, a companhia deve evidenciar (item 33, CPC 31):
(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:
(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e
(ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração 
pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de ativos ou de grupo de 
ativos (s) mantidos para venda que constituam a operação descontinuada.
A empresa pode ter lucro na operação descontinuada. Supondo que fez a venda por 1 
milhão, pagou imposto de 100.000 e gastou mais 50.000 para concretizar a venda, então 
850.000 ficará positivo. A empresa também pode ter prejuízo, dessa forma, haverá um mon-
tante único negativo.
ATENÇÃO
Esse tópico é pouco cobrado em provas. Geralmente, as questões já apresentam os valores, 
inclusive os que se referem ao resultado das operações descontinuadas (valores líquidos).
CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA DE ACORDO COM O CPC 26 (R1)
ATENÇÃO
Os pronunciamentos contábeis têm duas formas de classificação da despesa. Trata-se de 
um assunto específico, que não está na Lei n. 6.404, e que tem sido muito cobrado nas 
5m
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Demonstração do Resultado do Exercício VI
CONTABILIDADEA
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provas.
Método da natureza da despesa
A despesa é reconhecida no resultado de acordo com a sua denominação, sua essên-
cia. Exemplo: despesa com energia, despesa com água, despesa com comissões, despesa 
com depreciação.
Método da função da despesa
A empresa reúne várias despesas por natureza de acordo com as funções em seus 
departamentos. 
Exemplo: a despesa com energia e a despesa com comissões ocorreram no setor de 
vendas. Então, de acordo com a função, é apresentada a despesa com vendas em que estão 
somadas (energia + vendas) para dar um valor único.
Pode-se detalhar em notas explicativas que aquela despesa se refere a vários itens; pois, 
na prática, as demonstrações contábeis precisam ser apresentadas de forma objetiva.
Exemplo: classificação das despesas de uma determinada empresa:
Natureza
Despesa com energia 100
Despesa com salários 50
Despesa com comissões 80
Despesa com depreciação 70
Despesa com consumo de materiais de expediente 30
Obs.: as despesas por natureza estão agrupadas nas funções.
Neste exemplo, estão agrupadas despesas energia + comissões na função vendas, des-
pesas salários + depreciação + consumo materiais de expediente na função administrativa.
Função
Vendas → (-) despesa c/ vendas 180
Administrativo → despesa administrativa 150
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Demonstração do Resultado do Exercício VI
CONTABILIDADE
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O pronunciamento estabelece que qualquer um dos modelos pode ser usado. Mas a Lei 
n. 6.404 induz à utilização da despesa por função, pois é uma forma mais concisa de fazer a 
demonstração do resultado.
ATENÇÃO
A apresentação da despesa por função também pode ser chamada de “custo dos produ-
tos e serviços vendidos”.
O método por função pode apresentar informações mais relevantes aos usuários, pois 
elas estão mais resumidas. Porém, podem acontecer julgamentos arbitrários, pois determi-
nados gastos não estão detalhados.
Exemplo: ao analisar uma demonstração contábil de uma empresa para fazer investi-
mentos, um investidor não precisaria saber cada despesa, ele poderia observar as despesas 
do setor de vendas e avaliar se está equilibrado. Por outro lado, se o investidor percebe uma 
despesa administrativa muito alta, ele precisaria de mais detalhes para entender se há algum 
problema com as despesas daquele setor.
ATENÇÃO
A diferença entre os dois métodos é muito cobrada em provas, as questões costumam 
ser objetivas. 
DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ABIN/ 2018) Na demonstração de resul-
tado do exercício (DRE), as despesas devem ser subclassificadas. A escolha da classi-
ficação dos gastos pela função da despesa ou pelos gastos por natureza está baseada 
na capacidade de o método proporcionar informação mais confiável e mais relevante à 
entidade, cumpridas as determinações legais.
15m
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Demonstração do Resultado do Exercício VI
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COMENTÁRIO
De acordo com o pronunciamento, é possível utilizar qualquer um dos métodos. O ob-
jetivo sempre deve ser proporcionar a informação mais confiável e relevante para a 
empresa sem deixar de atender às medidas legais.
GABARITO
1. C
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QUESTÕES – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – FCC E FGV
CONTABILIDADE
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QUESTÕES – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – FCC 
E FGV
DIRETO DO CONCURSO
1. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-GO/2018) Em 01/12/2016 a empresa Rapidinha S.A. 
adquiriu a prazo, por R$ 2.070.000,00, um lote de mercadorias para revenda. O prazo 
de pagamento era superior a 12 meses da data da compra e a taxa de juros praticada 
pelo fornecedor, para suas vendas a prazo, era 0,8% ao mês que equivale a 15% no 
prazo concedido à empresa compradora. A empresa Rapidinha S.A. pagou, adicional-
mente, os seguintes encargos para dispor das mercadorias em condições de venda:
– R$ 80.000,00 de transporte para trazer a mercadoria da fábrica do fornecedor até 
seu depósito.
– R$ 10.000,00 de seguro para o transporte das mercadorias até seu depósito. Sabe-
-se que nos diversos gastos efetuados pela empresa para dispor das mercadorias 
estavam incluídos os seguintes impostos:
– R$ 10.000,00 de impostos não recuperáveis − R$ 290.000,00 de impostos 
recuperáveis
A empresa Rapidinha S.A. não tinha estoque de mercadorias antes desta compra 
e, em dezembro de 2016, vendeu 80% destas mercadorias pelo valor bruto de R$ 
3.000.000,00. Sabendo-se que os impostos incidentes sobre estas vendas totalizaram 
R$ 450.000,00, o impacto total no resultado de 2016 decorrente da compra das merca-
dorias e da venda de parte do lote comprado foi, em reais,
a. 894.000,00.
b. 1.054.000,00.
c. 1.255.600,00.
d. 1.270.000,00.
e. 1.327.600,00.
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QUESTÕES – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – FCC E FGV
CONTABILIDADE
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
COMENTÁRIO
Se houve uma compra e uma dívida superior a 12 meses essa compra é a longo prazo. 
Nesse aspecto, seja direito ou obrigação, a empresa é obrigada a ajustar o valor presente, 
separando o valor à vista da compra do valor dos juros que serão apropriados como des-
pesa, segundo o regime de competência.
O prazo de pagamento era superior a 12 meses da data da compra e a taxa de juros prati-
cada pelo fornecedor, para suas vendas a prazo, era 0,8% ao mês que equivale a 15% no 
prazo concedido à empresa compradora.
A empresa compra mercadorias e esses gastos que ela tem para colocar o ativo em condi-
ções de venda serão incluídos no custo de aquisição desse estoque.
Se já estavam incluídos os impostos é preciso retirar os recuperáveis, pois está dentro do 
valor gasto, principalmente na compra da mercadoria.
O imposto é sobre venda e não sobre lucro (os impostos incidentes sobre estas vendas 
totalizaram R$ 450.000,00).
Há uma receita de R$ 3.000.000,00, uma despesa de impostos de R$ 450.000,00 e é ne-
cessário encontrar duas despesas que não estão descritas. 
A primeira despesa é o custo das mercadorias vendidas, para encontrar esse custo, que é 
80% do estoque é necessário encontrar primeiro o valor do estoque.
É preciso contabilizar o estoque pelo valor à vista da compra a prazo, que é o valor pre-
sente (VP).
VP = R$ 2.070.000,00 / (1+ 0,15)¹ = 2.070.000,00 / 1.15 = 2.070.00000 / 115 = 1.800.000
– 15% é a mesma coisa que 0,15;
– ¹ taxa de juros do período.
5m
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QUESTÕES – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – FCC E FGV
CONTABILIDADE
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
Estoque
VP = 2.070.00 2.070.000 207.000000
 (1+0,15)1 1.15 115
= = = 1.800 ( + )
207.000.000
- 115
- 920
 920
 0
1 115
1.800.000
94
1.800.000 é o valor a vista da compra. Ainda é necessário adicionar e subtrair os valores 
que são ou de pagamento de frete ou de tributos a recuperar.
O saldo de estoque será:
1.800.000 + 80.000 + 10.000 = 1.890.000
1.890.000 – 290.000 = 1600.000
O valor do estoque será de 1600.000. 
A receita bruta de vendas é de R$ 3.000.000,00 menos os impostos sobre vendas.
3.000.000,00 (RBV) – 450.000,00 (IMP) = 2.550.000,00 (RLV)
80/100

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