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Pós Graduação em Direito Empresarial Gestão de Passivo Tributário RUBENS KINDLMANN FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Contatos Professor Rubens Kindlmann @kindlmann rubens@kindlmann.com.br FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 O Crédito Tributário O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza da obrigação principal O crédito tributário é o nome que se dá à formalização da obrigação tributária principal depois que esta se torna líquida, certa e exigível por meio do lançamento FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 É forma de constituição do Crédito “... o crédito tributário não surge com o fato gerador. Ele é constituído com o lançamento" (1ª T., REsp 250.306/DF, rel. Min. Garcia Vieira, DJU 01.08.2000, p. 208). Hipótese de Incidência + Fato Gerador = Obrigação Tributária Obrigação Tributária + Lançamento do CT = Crédito Tributário FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento Art. 142, CTN Ato Privativo da Autoridade Administrativa É a forma como se constitui o crédito tributário (via ato administrativo) Verifica a ocorrência do Fato Gerador Determina a matéria tributável Calcula o montante devido Identifica o sujeito passivo Se o caso, propõe a aplicação da penalidade (quando é o caso de aplicação de multa) É ato vinculado e obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Competência Privativa da Autoridade Com a prerrogativa de fiscalização, arrecadação e cobrança do tributo, o ente público (Receita Federal, no caso dos tributos Federais, por exemplo) é quem tem a competência FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento com atividade vinculada e obrigatória Art. 142, Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. Não comporta discricionariedade. É atividade plenamente vinculada e que não pode ser obstada nem por meio de liminar, uma vez que é o lançamento que interrompe a decadência. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 O lançamento e a data do Fato Gerador Art. 144, CTN Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 O lançamento pode ser alterado? Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por Declaração Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. § 1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, só é admissível mediante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado o lançamento. § 2º Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por Declaração Tanto o contribuinte como o Fisco concorrem para tal lançamento. O início do lançamento se dá pela entrega, pelo contribuinte, de declaração. Baseado na informação prestada pelo contribuinte, o Fisco realiza o cálculo do tributo devido. A constituição do crédito se dá por parte do Fisco, após as informações prestadas pelo contribuinte. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por Declaração Art. 147, CTN Implica na prestação das informações pelo contribuinte ao Fisco. Sem essas informações a Administração desconhece, a princípio, a ocorrência do Fato Gerador. Após a ciência dada pelo sujeito passivo é que a Administração publica calcula o valor do tributo tornando-o exigível O Contribuinte noticia ter praticado o Fato Gerador e o valor da Base de Cálculo. Somente então é que a fazenda pública tem condição de apurar o valor do tributo FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento Direto ou de ofício Art. 149, CTN Nessa modalidade, o sujeito passivo não participa do ato de lançamento. O sujeito ativo é quem toma as atitudes de realizar o lançamento, verificando a ocorrência do FG, identificando o sujeito passivo, calculando o valor do tributo devido e, assim, constituindo o crédito mediante notificação ao sujeito passivo. Se dará nas hipóteses previstas em lei ou quando o sujeito passivo não cumprir obrigações acessórias referentes a tributos sujeitos ao lançamento por homologação ou por declaração. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por homologação Art. 150, CTN Ocorre quando a legislação atribui ao Sujeito Passivo o dever de antecipar o pagamento, sem exame prévio da autoridade administrativa devendo, ainda, levar informações à Autoridade Administrativa que pode, homologar ou não a informação prestada O pagamento antecipado + homologação = extinção do crédito tributário FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. (...) § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Lançamento por homologação Art. 150, CTN FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por homologação Obrigação Acessória Pagamento FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por arbitramento Art. 148, CTN Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por arbitramento “(...) o arbitramento não constitui uma modalidade de lançamento, mas uma técnica, um critério substitutivo que a legislação permite, excepcionalmente, quando o contribuinte não cumpre com seus deveres de manter a contabilidade em ordem e em dia e de apresentar as declarações obrigatórias por lei. (...)” (TRF 4a R., 1a T., AC 2002.04.01014827-6/RS, Rel. Juiz Wellington de Almeida, j. em 29/6/2005, DJ de 20/7/2005,p. 392) FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por arbitramento O pressuposto para que a autoridade fiscal se valha do arbitramento é a omissão do sujeito passivo, recusa ou sonegação de informação ou a irregularidade das declarações ou documentos que devem ser utilizados para o cálculo do tributo. O fisco deve buscar sempre aproximar-se da realidade econômica da matéria tributável, valendo-se dos meios de pesquisa ao seu alcance. Somentequando restarem eliminadas todas as possibilidades de descoberta direta da base real do tributo, legitima-se a aferição indireta. (TRF4ª Região. APELAÇÃO CÍVEL Nº 2006.72.15.000601-6/SC. RELATOR: Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK. 02.06.2010) FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Lançamento por arbitramento TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO SOBRE SERVIÇO. ISS. LANÇAMENTO REALIZADO POR ARBITRAMENTO. ART. 148 DO CTN. CONTEXTO FÁTICO- PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. (...) . 3. Acrescente-se que a apuração do valor da base de cálculo do imposto pode ser feita por arbitramento nos termos do artigo 148 do CTN quando for certa a ocorrência do fato imponível e a declaração do contribuinte não mereça fé, em relação ao valor ou preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos registrados. Nesse caso, a Fazenda Pública fica autorizada a proceder ao arbitramento mediante processo administrativo-fiscal regular, assegurados o contraditório e a ampla defesa. (...). (REsp 1816701/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/06/2019, DJe 01/07/2019) FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Arbitramento como forma de evitar evasão fiscal RECURSO ESPECIAL. DIREITO PENAL. LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE. DELITO CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ART. 1º, I, DA LEI N. 8.137/1990. RECEITA FEDERAL. LESÃO EVIDENCIADA. NÃO APRESENTAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS - DCTF. OMISSÃO DE INFORMAÇÕES ÀS AUTORIDADES FAZENDÁRIAS EVIDENCIADA. SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS. ALÍQUOTAS DE PIS E COFINS REDUZIDAS INDEVIDAMENTE. PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL - PIS. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DE SEGURIDADE SOCIAL - COFINS. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA ATENDIDOS. AUTORIA E MATERIALIDADE. EXISTÊNCIA. 1. A questão suscitada no recurso especial é de índole estritamente jurídica e cinge-se a estabelecer se a omissão na entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários - DCTF - consubstancia conduta apta a firmar a tipicidade do crime do art. 1º, I, da Lei n. 8.137/1990. FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 2. A conduta omissiva de não prestar declaração ao Fisco com o fim de obter a redução ou supressão de tributo, quando atinge o resultado almejado, consubstancia crime de sonegação fiscal, na modalidade do inciso I do art. 1º da Lei n. 8.137/1990. 3. A constituição do crédito tributário, por vezes, depende de uma obrigação acessória do contribuinte, como a declaração do fato gerador da obrigação tributária (lançamento por declaração). Se o contribuinte não realiza tal ato com vistas a não pagar o tributo devido ou a reduzir o seu valor, comete o mesmo crime daquele que presta informação incompleta. 4. A circunstância de o Fisco dispor de outros meios para constituir o crédito tributário, ante a omissão do contribuinte em declarar o fato gerador, não afasta a tipicidade da conduta; o arbitramento efetivado é uma medida adotada pela Receita Federal para reparar a evasão decorrente da omissão e uma evidência de que a conduta omissiva foi apta a gerar a supressão ou, ao menos, a redução do tributo na apuração. (REsp 1637117/SP, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 07/03/2017, DJe 13/03/2017) FELIPE MENDES DIAS - 03391759151 Contatos Professor Rubens Kindlmann @kindlmann rubens@kindlmann.com.br FELIPE MENDES DIAS - 03391759151
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