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CIF: A Cistite Idiopática Felina (CIF) é uma doença crônica, inflamatória, com apresentação clínica de micção dolorosa, ausência de infecção bacteriana e de etiopatogenia ainda não definida. Etiologia: apesar dos inúmeros avanços científicos que ocorreram nos últimos anos, a etiologia e fisiopatologia da CIF ainda não são totalmente conhecidas. Atualmente, a hipótese mais aceita refere tratar-se de uma doença multifactorial, de carácter neurogênico, uma vez que os animais afetados demonstram uma acrescida e inusual sensibilidade ao estresse e a mudanças instituídas no seu meio ambiente. Manifestações clínicas: periúria; polaciúria; hematúria; estrangúria; disúria; tentativas múltiplas e prolongadas de urinar com vocalização e agitação; lambedura compulsiva das zonas perineal/inguinal e, alopécia perineal bilateral auto-infligida Diagnóstico: Sendo a CIF um diagnóstico de exclusão, é necessária a realização de múltiplos exames que permitam descartar os restantes diagnósticos diferenciais para se poder afirmar tratar-se desta síndrome. ● anamnese completa e detalhada constitui um passo fundamental no seu diagnóstico (devem por isso ser questionadas alterações ambientais, conflitos recentes bem como o temperamento do felino) ● uretrocistografia de duplo contraste e cistoscopia, são particularmente importantes como meio de diagnóstico nos indivíduos com mais de 10 anos de idade, nos quais a hipótese de CIF é menos comum e também, nos casos recorrentes, em que os sinais clínicos permanecem após instituição terapêutica ● exames laboratoriais ● urinálise ● cultura Tratamento:o tratamento tem como finalidade diminuir a gravidade e frequência dos sinais clínicos e não há cura, já que não há etiologia definida. É importante que o tutor compreenda a doença e realize as alterações recomendadas, por isso também é importante uma boa relação entre ele e o veterinário/equipe. ● alteração da dieta ● aumento da ingestão hídrica ● farmacoterapia ● enriquecimento ambiental ● cuidados com a caixa de areia FONTE: https://www.redalyc.org/pdf/636/63649051001.pdf https://www.redalyc.org/pdf/636/63649051001.pdf DTUIF: A doença do trato urinário inferior de felinos (DTUIF), também conhecida como síndrome urológica felina, representa um conjunto de alterações patológicas que podem afetar a bexiga e/ou a uretra e os ureteres de gatos. Representa uma afecção rotineira na clínica veterinária e consiste em um processo inflamatório idiopático, ou seja, não possui uma causa específica e envolve vários fatores predisponentes, podendo acarretar em obstrução parcial ou total e causar uretropatias ou vesiculopatias. Etiologia: pode ter várias causas: infecções bacterianas, fúngicas e parasitárias, ou ainda serem consequência de anormalidades anatômicas, presença de urólitos e tampões uretrais, tumores, causas traumáticas, neurogênicas ou iatrogênicas. Manifestações clínicas: Variam se o animal está obstruído ou não: hematúria, disúria, polaciúria, estrangúria, periuria, agressividade. Se houver obstrução e não for avaliada dentro de 36/48h, os sinais podem incluir: anorexia, vômito, fraqueza, desidratação, depressão, estupor, hipotermia, acidose com hiperventilação, bradicardia ou morte súbita. Diagnóstico: anamnese e exame clínico bem detalhado, pode apresentar dor na palpação abdominal, exames radiográficos e ultrassonográficos, exames laboratoriais (hemograma e bioquímico), urinálise, urocultura. Tratamento : varia se for a primeira vez ou recidiva, se está obstruído ou não e o estado clínico geral. Cada caso deve ser avaliado isoladamente para instituir a terapia adequada. ● Gatos não obstruídos: manejo ambiental, redução do estresse, alterações alimentares, aumento da ingestão hídrica e intervenção medicamentosa. A Acupuntura pode ser utilizada como um complemento. ● Gatos obstruídos: desobstrução uretral, fluidoterapia e restabelecimento do fluxo urinário ou uretrostomia. FONTES: Lima, SANTOS, Renato, D. e ALESSI, Antonio Carlos. Patologia Veterinária, 2ª edição. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2016. LENZI, Natalia Z., Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos , Porto Alegre - RS. 2015 https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2017/06/TCC-DTUIF-IMP RESSAO.docx-1.pdf acesso em 27/08/2021 BÍSCARO, Isabella S., Doença do Trato Urinário Inferior dos Felinos: Aspectos etiológicos e abordagens terapêuticas, Varginha, MG, 2021 http://repositorio.unis.edu.br/bitstream/prefix/1845/1/Isabella%20Scotini%20B%c3% adscaro.pdf https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2017/06/TCC-DTUIF-IMPRESSAO.docx-1.pdf https://www.equalisveterinaria.com.br/wp-content/uploads/2017/06/TCC-DTUIF-IMPRESSAO.docx-1.pdf http://repositorio.unis.edu.br/bitstream/prefix/1845/1/Isabella%20Scotini%20B%c3%adscaro.pdf http://repositorio.unis.edu.br/bitstream/prefix/1845/1/Isabella%20Scotini%20B%c3%adscaro.pdf Urolitíase: Quando a urina se torna supersaturada com sais dissolvidos, estes podem precipitar-se para formar cristais. Se estes cristais não forem excretados, podem agregar-se em concreções sólidas, conhecidas então como cálculos. A urolitíase é uma das principais causas de formações de cálculos no trato urinário dos animais domésticos e refere-se ao fato de haver cálculos ou urólitos nos rins, ureter, bexiga ou uretra. Etiologia: Como fatores predisponentes são citados a ocorrência de infecções do trato urinário, variações no pH urinário, fatores hereditários, tipo de dieta e pouca ingestão de água. Predisposições familiares ou raciais, associadas a defeitos congênitos ou lesões adquiridas podem favorecer a formação de cálculos urinários em cães. O gênero do animal também é um fator a ser avaliado, sendo que os machos apresentam uma uretra longa com diâmetro pequeno, o que facilita a obstrução por pequenos cálculos. Já as fêmeas apresentam uretra mais curta e com maior diâmetro, fator que pode facilitar a formação de cálculos únicos e grandes na bexiga. Manifestações clínicas: variam conforme localização, tamanho e quantidade de urólitos. Os animais podem permanecer assintomáticos. Sinais mais comuns são: polaciúria, disúria e hematúria. Diagnóstico: anamnese, exame físico, achados laboratoriais, exames de imagem, urinálise, cultura urinária. Tratamento: Conhecer a composição do urólito é importante, já que os métodos modernos de detecção, tratamento e prevenção são baseados principalmente nessas informações. O tratamento poderá ser: manejo dietético, aumento da ingestão hídrica, antibioticoterapia, uretrostomia de emergência, nefrostomia, pielolitotomia. FONTE: RICK Gabriel W. et al, Urolitíase em cães e gatos, RS, 2017 https://www.pubvet.com.br/artigo/3927/urolitiacutease-em-catildees-e-gatos acesso em 27/08/2021 https://www.pubvet.com.br/artigo/3927/urolitiacutease-em-catildees-e-gatos
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