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Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 Massa: 1.000 – 1.500g Porcentagem da massa corporal: Adulto: 2 – 5% Recém-nascido: 4 – 5% Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 Quantidade no fígado humano: 50.000 – 100.000 O lóbulo é construído em torno de uma veia central: veia central -> veias hepáticas -> veia cava Da veia central irradiam placas celulares, cada uma dessas tem a espessura de duas células hepáticas e entre as células adjacentes temos os canalículos biliares, que drenam para os ductos biliares nos septos fibrosos que separam os lóbulos Nesses septos existem pequenas vênulas portais que recebem sangue do trato gastrointestina l pela veia porta: veia porta -> vênulas -> sinusoides hepáticos -> veia central No septo também temos arteríolas hepáticas que levam sangue arterial para tecidos septais entre lóbulos adjacentes e muitas delas diretamente para o sinusoide Os sinusoides venosos são revestidos por: células endoteliais típicas e células de Kupffer (células reticuloendoteliais- macrófagos residentes capazes de fagocitar bactérias e outras matérias estranhas no sangue dos sinusoides). O endotélio tem poros grandes (fenestrações) Abaixo do revestimento endotelial temos o espaço de Disse, que se conecta com vasos linfáticos nos septos interlobulares drenando as substâncias vindas do plasma para esse espaço. Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 ❖ Metabolismo: carboidratos, ptns, gorduras, hormônios, e produtos químicos estranhos ❖ Síntese ❖ Degradação ❖ Armazenamento: vitaminas e ferro ❖ Desintoxicação ❖ Excreção ❖ Filtração e armazenagem de sangue Formação de fatores de coagulação “Regula o metabolismo dos carboidratos, das gorduras e das proteínas.” Dos carboidratos ✓ Manutenção da glicemia (): Armazenamento de glicogênio Conversão da galactose e frutose. Gliconeogênese Formação de compostos a partir de produtos intermediários Glicogenólise – quebra do glicogênio por ele armazenado Gliconeogênese – síntese de novas moléculas de glicose a partir da gordura, ácidos graxos (radical acetil) Glicogênese – síntese de glicogênio O armazenamento de glicogênio permite que o fígado tire excessos de glicose do sangue, guarde e quando necessário, situações de hipoglicemia, a libere na corrente sanguínea novamente = função tampão da glicose Em casos de hipoglicemia também ocorre o processo de gliconeogênese, no qual grandes quantidades de aminoácidos e de glicerol dos triglicerídeos são convertidos em glicose. Dos lipídeos ✓ Absorção de colesterol: Síntese de sais biliares Síntese de lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) ✓Síntese de lipídeos: Colesterol Fosfolipídeos Ácidos graxos Lipoproteínas ✓ β-oxidação de ácidos graxos (armazenados no tecido adiposo, usados como reserve de energia) Manutenção do metabolismo energético de órgãos não-hepáticos ✓ Síntese de Gordura a partir de PTNS e carboidratos Gordura radicais acetil acetil-CoA A acetil-CoA pode entrar no ciclo de Krebs e liberar energia. O fígado não utiliza toda a acetil-CoA formada então ela é convertida em ácido acetoacético, muito solúvel, que passa pelos hepatócitos para o líquido extracelular sendo levado para ser absorvido em outros tecidos corporais, que por sua vez reconverterão o ácido em acetil-CoA e usaram do modo habitual. 80% do colesterol sintetizado no fígado é convertido em sais biliares o restante é levado por lipoproteínas para o corpo todo. O mesmo ocorre com os fosfolipídeos, no corpo ambos serão usados para formar membranas, estruturas intracelularese múltiplas substâncias químicas Das proteínas Desaminação dos aminoácidos Formação de ureia a partir da remoção da amônia de líquidos corporais Formação de ptns plasmáticas Interconversões entre os diversos aminoácidos e síntese de outros compostos a partir deles ✓ Síntese de todos os aminoácidos não-essenciais ✓ Síntese das proteínas plasmáticas Glicerol Ácidos graxos Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 ✓ Catabolismo proteico – para usar os AA para síntese de outras substâncias ou C para síntese de novas moléculas A desaminação é necessária antes que os AAs possam ser usados como energia, ou convertidos em carboidratos ou lipídeos. Grande quantidade de amônia é formada pela desaminação e quantidades adicionais são formadas no instestino por bactérias e logo são absorvidas para o sangue. Se o fígado não formar ureia a [] de ureia se eleva = coma hepático = morte Quase todas as ptns plasmáticas são formadas pelo fígado, exceto parte das gamaglobulinas. Sua produção pode chegar a 15 a 50g de ptns por dia Para a produção de aminoácidos não essenciais, um cetoácido com composição quase idêntica ao aminoácido é formado e então uma amina é transferiada através da transaminação de um aminoácido disponível para o cetoácido para tomar lugar do ocigênio ceto. Hormônios: ✓ Esteróides – lipídicos Cortisol Estrogênio Aldosterona ✓ Tiroxina ✓ Adrenalina e noradrenalina ✓ Hormônios peptídicos Fármacos: ✓ Sulfonamidas ✓ Penicilina ✓ Ampicilina ✓ Eritromicina Capacidade normal: 450 mL (10% volume sanguíneo) Capacidade aumentada: 500 – 1000 mL ✓ Hemoglobina ✓ Ferro: ferritina – os hepatócitos contêm grandes quantidades de da ptn apoferritina que se combina, reversivelmente, com o ferro. Ferro + Apoferritina = Ferritina Quando o nível de ferro nos líquidos corporais abaixa a ferritina libera seu ferro, esse sistema atua como tampão do ferro sanguíneo e como armazenamento do ferro ✓ Vitaminas: A, em maior quantidade, mas também B12 e D O fígado possui dois níveis de defesa para remoção e destoxificação das substâncias que chegam a ele pela circulação porta 1. Físico ✓ Células de Kupffer = fagócitos importantes para o material em partículas vindos do sangue porta 80 – 90% dos macrófagos de sistema retículo- endotelial 2. Bioquímico Os hepatócitos possuem grande variedade de enzimas que metabolizam e modificam as toxinas endógenas e as exógenas, para que os produtos resultantes dessas ações sejam mais solúveis em água e menos suscetíveis à reabsorção intestinal. Essas metabolizações podem ser: ➢ Reações de fase 1: oxidação, hidroxilação e outras catalisadas pelo citrocomo P-450 ➢ Reações de fase 2: conjulgam os produtos com outras moléculas como glicurônico, sulfato, Extra, disponível em líquidos corporais Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 aminoácidos ou glutationa, a fi m de promover sua excreção. Posição estratégica ( próximo a estômago, intestinos e baço) para receber não apenas os nutrientes absorvidos, mas também as moléculas absorvidas que são potencialmente nocivas, como os fármacos e as toxinas bacterianas. “Transforma e armazena substâncias extraídas do sangue, propiciando o retorno destas substâncias à circulação, degrada várias substâncias endógenas e exógenas ou as excreta na bile.” Funções da bile: ❖ Dos ácidos biliares: ➢ Emulsificação de gorduras, que transformam suas partículas grandes em diminutas, cuja superfícies são atacadas pela lipase pancreática ➢ Ajudam na absorção dos produtos finais da digestão das gorduras através da membrana da mucosa intestinal ❖ Como meio de excreção: Colesterol Bilirrubina – produto Secreção Primária – secretadas pelos hepatócitos: -Ácidos biliares primários (cólico e quenodesoxicólico) – 67% -Fosfolipídeos – 22% -Colesterol – 4% -Bilirrubina – 0,3% -Proteínas – 4,5% -Solução isotônica – Na+, K+, Cl- e HCO3 A secreção primária vai para os canalículos biliares em direção aos septos interlobulares, até chegarem aos ductos terminais, fluindo para ductos cada vez maiores até o ducto hepático e o biliar comum. Dali, vai direto para o duodeno ou é armazenada na vesícula biliar.Nesse caminho ela é acrescentada de uma segunda secreção: Secundária – estimulada pela secretina - solução aquosa de ións sódio e bicabornato Produção e armazenamento da bile ❖ Produção (colerese): 900 mL/dia ✓ Período interdigestivo: 50% da bile hepática é armazenada na vesícula biliar ✓ Período digestivo: 500 mL de bile (hepática e vesicular) no duodeno. ❖ Armazenamento: ✓ Local: vesícula biliar ✓ Capacidade: 15 – 50 mL ❖ Condensação: ✓ Local: vesícula biliar ✓ Capacidade: 5 – 10X ❖ Estímulos para secreção Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 Alimentos, principalmente gordurosos, no trato digestivo levam ao esvaziamento da vesícula que se dá por contrações da parede e relaxamento do esfíncter de Oddi, que controla a entrada do ducto biliar comum no duodeno. ✓ Hormônios: Secretina: efeito colerético (maior produção de bile) Colecistocinina: efeito colagogo (maior liberação de bile no duodeno) ✓ Ácidos biliares reabsorvidos O precursor dos sais biliares é o colesterol, produzido nos hepatócitos ou vindo da dieta. Ação bacteriana no cólon -> Ácidos biliares secundários): Ácido ursodesoxicólico, desoxicólico e litocólico Passagem pelos hepatócitos: São conjugados com glicina/taurina = ➢ Ácidos biliares terciários (conjugados com aminoácidos – taurina e glicina): Permanecem no lúmen do intestino até que sejam absorvidos, ativamente, no íleo terminal, por ação do transportador apical de sais biliares dependente de sódio (ASBT). Os ácidos biliares conjugados que escapam dessa etapa de captação são desconjugados por enzimas bacterianas do cólon, e as formas não conjugadas resultantes são reabsorvidas, passivamente, através do epitélio colônico, porque elas não têm mais carga Pela circulação êntero-hepática, os ácidos biliares conjugados que foram reabsorvidos ativamente passam no sangue porta de volta para os hepatócitos, onde são captados, de modo eficiente, pelos transportadores basolaterais que podem ser dependentes ou independentes de Na+ Ação detergente = diminui a tensão superficial das partículas, permite que a agitação no trato gastrointestinal as quebre em partículas pequenas Ajudam na absorção: de ácidos graxos, monoglicerídeos, colesterol e outros lipídios. Isso ocorre através da formação de micelas. Essas são complexos bem pequenos formados com esses lipídios, que são então carregados nessa forma até a parede intestinal onde são absorvidos Ácido cólico Ácidos quenodesoxicólico ácidos biliares glico ou tauroconjugados Colesterol Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 “A secreção e reabsorção dos sais biliares pelos hepatócitos, nos canalículos biliares, são mediados por diversos transportadores.” ± 94% dos sais são reabsorvidos Metade por difusão, nas porções iniciais do intestino delgado, e a outra metade por transporte ativo no íleo distal. Os sais entram no sangue porta e voltam para o fígado Passam pelos sinusoides e são reabsorvidos pelos hepatócitos e secretados de novo na bile Essa circulação é feita cerca de 17 vezes até os sais serem excretados nas fezes Etapas dos processamentos dos sais biliares: ✓ Absorção através da membrana baso-lateral ✓ Transporte intracelular ✓ Modificações químicas ou degradação ✓ Secreção nos canalículos biliares através da membrana apical Transporte através da membrana: Reabsorção através da membrana basolateral ✓ Por difusão passiva: sais biliares não conjugados (não ligados a AA) ✓ Por cotransporte com Na+ (NTCP): Sais biliares não conjugados, esteróides neutros (progesterona), fármacos ✓ Por cotransporte com Cl- OATP-1: ácidos biliares OATP-2: protaglandinas e tromboxanas Absorção de bilirrubina: ✓ Por cotransporte com Cl- : OATP (proteína presente na membrana basolateral) Mecanismo eletroneutro Transporte eletrogênico (bilitranslocase) Transporte de cátions: ✓ Sistema tipo I (OCT1): para cátions pequenos ✓ Sistema tipo II: para cátions grandes Secreção através da membrana apical para os canalículos biliares ✓ Por transporte ativo primário: BSEP (bile-salt export pump = bomba de exportação de sais biliares) -> ácidos biliares A secreção da solução de ácidos biliares, princiaplemnte, mas também de fosfatidilcolina e colesterol desencadeia o movimento de água e eletrólitos através das junções fechadas que unem os hepatócitos formando assim a bile canalicular. Secreção de ânions orgânicos: ✓ Por transporte eletrogênico e dependente de ATP: MRP2 (multi-drug resistance-associated protein 2): secreta na bile ácidos biliares sulfonados, diglucoronato de bilirrubina e glicuronidados Secreção de cátions: MDR1 - cátions orgânicos MDR3 - fosfolipídeos Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 Duda Caetano – UNIFESO Turma 102 Cálculos Biliares No processo de secreção dos sais biliares, cerca de 1 a 2 gramas de colesterol são removidos do plasma sanguíneo e secretados na bile todos os dias. O colesterol é, quase completamente, insolúvel em água, mas os sais biliares e a lecitina na bile se combinam, fisicamente, com o colesterol, formando micelas ultramicroscópicas em solução coloidal. Quando a bile se concentra na vesícula biliar, os sais biliares e a lecitina se concentram, proporcionalmente, ao colesterol, o que mantém o colesterol em solução. Sob condições anormais, o colesterol pode se precipitar na vesícula biliar, resultando na formação de cálculos biliares de colesterol. A quantidade de colesterol na bile é determinada, em parte, pela quantidade de gorduras que a pessoa ingere porque as células hepáticas sintetizam colesterol, como um dos produtos do metabolismo das gorduras no corpo. Por essa razão, pessoas que ingerem dieta rica em gorduras, durante período de anos, tendem a desenvolver cálculos biliares. A inflamação do epitélio vesicular, por infecções por exemplo, altera a capacidade de absorção da vesícula, permitindo que ela absorva água e sais minerais, porém não o colesterol permitindo da mesma forma o aumento da sua [ ]. O colesterol passa a precipitar, primeiro, formando pequenos cristais, na superfície da mucosa inflamada que, então, crescem para formar os grandes cálculos biliares.
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