Prévia do material em texto
HISTOLOGIA AAS CORAÇÃO CHAGÁSICO Fase aguda - sintomas aparentes como febre prolongada, dor de cabeça, fraqueza intensa, porém são sintomas leves, difíceis de diagnosticar a patologia. Fase crônica - não apresenta sintomas, caracteriza-se por problemas cardíacos como insuficiência. Pode evoluir para miocardite aguda, caso não diagnosticada chega a miocardite crônica fibrosante = dano miocárdico progressivo, cardiomegalia irreversível. CARACTERÍSTICAS NA LÂMINA HISTOLÓGICA - FASE AGUDA - ninho de amastigotas na fibra muscular cardíaca, ocorre um recrutamento de células de defesa ao redor do ninho. Gera um processo inflamatório, para destruir esse sítio, ocorre, portanto, um aumento de tecido conjuntivo no intuito de regenerar esse tecido. - FASE CRÔNICA - esse processo inflamatório a longo prazo e sem tratamento decorrente da destruição dos ninhos causa fibrose, afasta suas fibras e endurece o tecido, compromete o subendocárdio, causando assim, prejuízo na condução das fibras de purkinje, e ao afastar as fibras causa prejuízo no sincício cardíaco, portanto, gerando insuficiência cardíaca. Presença de hipertrofia compensatória = miocardiopatia hipertrófica. HISTOLOGIA AAS Miocardite chagásica crônica. São característicos a extensa fibrose do miocárdio e o infiltrado inflamatório crônico inespecífico, composto por linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Há também intensa hipertrofia vicariante das fibras miocárdicas, para compensar as que sofreram necrose após parasitismo pelo T. cruzi . Nesta fase da doença não se observam ninhos de amastigotas, característicos da fase aguda (ver lâmina A. 319 ). Com métodos imunohistoquímicos e procura cuidadosa é possível demonstrar algumas amastigotas isoladas. Supõe-se esses parasitas, bem como o processo autoimune, sejam responsáveis pela continuidade do processo inflamatório na doença de Chagas crônica Miocardite crônica chagásica com trombos parietais no átrio D e ventrículo E. Infartos pulmonares pós-embólicos. Este paciente era portador de miocardite chagásica crônica, na qual o coração sofre dilatação global de todas as câmaras, tomando contorno arredondado, que lembra uma moringa. Isto se deve à insuficiência cardíaca, causada pela destruição de grande número de miocardiócitos pelo T. cruzi, ou diretamente (na fase aguda) ou por reações imunológicas (na fase crônica). É também característica da doença o afinamento do miocárdio na ponta do VE, acompanhado por fibrose. A hipocontratilidade do miocárdio gera lentificação de fluxo e favorece trombose nas câmaras cardíacas. Chama a atenção um volumoso trombo parietal no VE, que se estende desde a valva mitral até a ponta, medindo 9 x 4 cm. No verso da peça, no átrio D também se observam trombos. Presumivelmente, parte destes se destacou, causando embolia pulmonar múltipla, como demonstrado na peça de pulmão. Os êmbolos ocluiram ramos da A. pulmonar, causando infartos com o típico formato em cunha. O ápice do triângulo corresponde ao vaso ocluído. Obs. O material branco que recobre o coração é um artefato decorrente de plastificação mal sucedida. Não é possível eliminá-lo. Apesar do aspecto http://anatpat.unicamp.br/lamcard12.html HISTOLOGIA AAS desagradável, a peça é altamente expressiva e por isso foi conservada na coleção. MIOCÁRDIO NORMAL Notar miocardiócitos de diâmetro normal, arranjados em feixes paralelos. Há pouco tecido conjuntivo no interstício. CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA Miocardiócitos hipertróficos, dispostos em várias direções. Fibrose intersticial. Fotos respectivamente nos mesmos aumentos. HISTOLOGIA AAS ALTERAÇÕES NO SISTEMA DIGESTÓRIO HISTOLOGIA AAS ATEROSCLEROSE A aterosclerose é a causa mais comum de trombose de importância clínica, sendo responsável pelo infarto do miocárdio e grande parte dos infartos cerebrais, entre outros. O mecanismo pelo qual a aterosclerose causa trombose é através de lesão do endotélio vascular, o que propicia agregação de plaquetas sobre o colágeno subendotelial (um dos elementos da tríade de Virchow). A aterosclerose é o espessamento da camada íntima de uma artéria. Esta camada normalmente se restringe ao endotélio, sendo portanto finíssima. Porém, na aterosclerose, a íntima pode ficar mais espessa que a própria camada média. O espessamento consiste de tecido fibroso denso e geralmente contém fibras musculares lisas (aqui não demonstradas). Leva a redução variável do diâmetro da luz, até obliteração. O espessamento pode ser difuso ou localizado, formando placas. Estas são chamadas placas de aterosclerose, placas ateromatosas ou ateromas. Na íntima espessada e nas placas é comum a deposição de lipídios, inclusive cristais de colesterol. Os lípides têm cor amarela e consistência mole, por isso o centro da placa frequentemente tem aspecto de papa, que origina o nome da lesão ( atheros = papa em grego). Também é comum calcificação, que no corte aparece como material amorfo de cor roxa. Se a calcificação for extensa, dá consistência quebradiça à artéria, lembrando casca de ovo. trombos em três fases: recente, em organização e recanalização. Assim que se forma, o trombo é constituído apenas por células do sangue e fibrina. A fibrina forma grumos e/ou filamentos róseos dispostos em várias direções entre as hemácias. Após algum tempo, células provenientes da parede vascular invadem o trombo. São células endoteliais e células conjuntivas totipotentes, que se distribuem entre a fibrina e as hemácias e são notadas pelos seus núcleos (praticamente não se observa citoplasma). As hemácias nesta fase já estão em grande parte hemolisadas e seu número parece menor que no trombo recente. As células se organizam para formar capilares neoformados, que em parte confluem em outros de maior calibre. Este processo, chamado recanalização, porém, é abortivo na grande maioria dos casos, pois em geral não há reconstituição da luz original do vaso. O processo de organização dos trombos é semelhante em artérias e veias. HISTOLOGIA AAS Trombos em várias fases de evoluçãoTROMBO RECENTE : Apenas fibrina e hemácias HISTOLOGIA AAS HISTOLOGIA AAS TROMBO EM ORGANIZAÇÃO : Células da parede do vaso invadem o trombo HISTOLOGIA AAS TROMBO RECANALIZADO: Organização produz capilares neoformados HISTOLOGIA AAS REFERÊNCIA: http://anatpat.unicamp.br/lamdc6.html