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ESTUDO DE CASO

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Caso 1 – COLISÃO NA ROTATÓRIA
Joana, esteticista, e Gilberto, baterista, aguardavam uma oportunidade para atravessar, no cruzamento mal sinalizado de duas importantes avenidas. De repente, quatro veículos envolvem-se em violenta colisão. Os danos materiais parecem elevados.
Dois motoristas, os principais envolvidos, Pedro e Silvio, iniciam áspera discussão, enquanto os outros dois limitam-se a conversar, aparentando calmo, e a observar atentamente os danos menores em seus veículos.
Joana e Gilberto, que presenciaram os fatos, são arrolados como testemunhas. A discussão evoluiu para agressão física; Pedro agrediu Sílvio com violência; este, semiconsciente, foi hospitalizado com ferimentos na face e suspeita de traumatismo craniano. Populares impediram a fuga de Pedro enquanto aguardavam a chegada da polícia. 
Em seu depoimento, Joana descreveu que Pedro entrou no cruzamento em alta velocidade, de maneira irresponsável, atingindo a lateral do carro de Sílvio, que freou abruptamente. Um terceiro motorista colidiu com a traseira do carro de Sílvio; o quarto motorista, contra a traseira do veículo de Pedro. Os veículos de Sílvio e Pedro ficaram severamente danificados. Também, segundo ela, Sílvio desceu do veículo proferindo palavras de baixo calão para Pedro. 
Gilberto apresentou depoimento bastante diferente do de Joana; segundo ele, Sílvio, que vinha pela faixa da direita, invadiu a faixa central, pela qual transitava Pedro, de maneira inesperada, sem sinalizar, não dando tempo a ele de frear o veículo ou desviar para a faixa à sua esquerda. Isso, no seu entendimento, tria provocado a colisão inevitável.
Joana e Gilberto presenciaram o mesmo fato, porém relataram de modo diferente. 
Caso 2 – ENTRE TAPAS E BEIJOS
Celso e Marilda, casados há 12 anos, viviam em aparente harmonia; porém, há cerca de um mês, passaram a discutir em altos brados, sendo observaram alguns vizinhos.
Residindo na cobertura de luxuoso edifício, tornaram-se alvo da observação de vizinhos; estes perceberam que Marilda passou a circular. Mesmo no interior do condomínio, sempre usando óculos escuro, o que nunca tinha sido de seu costume.
Os vizinhos relataram que as discussões pareciam aumentar e, ocasionalmente, ouviam-se sons de objetos arremessados.
O recepcionista do edifício contou que o sr. Celso parecia “um tanto estranho” e que chegou perguntar para o condômino “se estava tudo bem”, ao que respondeu, evasivamente, que sim.
Os dois filhos pequenos do casal não mais foram vistos, nas áreas de lazer, brincando com outras crianças, embora isso fosse comum até duas semanas atrás. 
Algum tempo depois o sr Celso deu entrada no pronto Socorro, apresentando um profundo corte sobre o supercilio direito; segundo ele, tropeçara na escada interna do apartamento, que conduziria a área aberta de lazer, teria caído e batido a cabeça no degrau.
A situação precipitou-se quando, alguns dias depois, os vizinhos foram obrigados a intervir, alarmados pelos gritos que julgaram ser Marilda durante a madrugada. Acionaram o interfone, e o silencio se fez. 
Na semana seguinte, os advogados de ambos reuniram-se para tratar da separação litigiosa, com muito sofrimento para o casal e seus familiares. Tanto os pais de Celso quanto os de Marilda demonstraram absoluta convicção em afirmar que o filho ou a filha sempre suportou o gênio difícil do outro cônjuge, já desde o tempo do namoro.
Os familiares não hesitaram em dar exemplos de como o outro cônjuge adotava comportamentos provocativos e não perdia oportunidade de humilhar o(a) parceiro (a) nas eventuais reuniões de família. As coisas não haviam se precipitado antes porque “meu filho (ou minha filha) sempre foi muito paciente” disseram os familiares. Ah, sim, havia o amor pelas crianças...
Caso 3 – LUCIANA: ENCONTRO COM A VIOLÊNCIA
Luciana, jovem de 17 anos, estudante, voltava da escola para casa, à noite, no trajeto habitual que a levava a transitar por um trecho mal iluminado, próximo à vários terrenos baldios, com muitas árvores e mato ato, margeando o pequeno riacho em torno do qual o bairro distante se desenvolveu. 
Tais circunstância propiciaram ação de três homens que estavam próximos ao local. Eles cercaram e dominaram, deferindo-lhes um soco no olho e tapando-lhe a boca. Assim, maltratada e imobilizada, Luciana viu-se arrastada para o matagal. 
Ali, foi estuprada pelos três, repetidas vezes, enquanto todos passavam as mãos em seu corpo, mantendo-a imobilizada e emudecida pela própria calcinha, violentamente arrancada e enfiada em sua boca, quase até asfixiá-la. 
Após breve confabulação, os três decidiram não matá-la e fugiram do local, de posse dos escassos bens da vítima: alguns trocados, passes escolares e o relógio barato adquirido na feira livre do bairro.
Luciana permaneceu um tempo, que lhe parecia infinito, deitada sobre o chão imundo, onde os três urinaram antes de se evadir, sentindo mais nojo do que dor. Deve ter perdido os sentidos, pois de repente, viu-se só. Arrastou-se com dificuldade, ente a vegetação, até que conseguiu se orientar. Levantou-se e, tremendo e chorando, buscou o caminho de casa. Com muita vergonha, relatou o ocorrido para mãe o padrasto. 
Enquanto a mãe consolava-a, o padrasto não deixou de recriminá-la por seus “modos”. “Sempre achei que ainda ia acontecer alguma desgraça”, afirmou. A mãe, entretanto, fez questão de leva-la à delegacia do bairro para prestar queixa. 
A ocorrência foi comunicada à policia civil, seguindo-se o suplício de se submeter ao exame de corpo de delito.
Nos próximos meses, Luciana permaneceu em casa, recuperando-se pouco a pouco da provação. Perdeu o emprego e não conseguiu retomar as aulas naquele ano...Tinha vergonha de encarar os colegas de trabalho e de escola. Passou a evitar conhecidos e parentes.
Algum tempo depois, a polícia logrou êxito na prisão dos suspeitos, os quais forma identificados, submetidos a julgamento, sentenciados e condenados.
Durante o julgamento, a advogada de defesa dos criminosos colocou em dúvida o depoimento de Luciana, questionando a gravidade dos fatos, alegando que a vítima não soube precisar quantas vezes foi estuprada por cada um dos elementos.

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