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Izabelle Santana Turma XXIV REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO Sistemas de regulação: ∙ Sistema neurogênico: voluntário, involuntário e reflexo; ∙ Sistema de quimiorreceptores: centrais e periféricos. Os movimentos respiratórios consistem em um processo cíclico em que o ar atua, por meio das vias respiratórias, para dentro e para fora do pulmão; No entanto, apesar de parecer um processo relativamente simples, uma rede neural de extrema complexidade é responsável por promover os movimentos respiratórios. BULBO E PONTE – alojam o centro da respiração. O centro respiratório se compõe por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral. ∙ Estruturas supra contínuas não são necessárias para o controle respiratório. ∙ Respiração apnêustica – pausa de respiração no final da inspiração; ∙ Grupo respiratório dorsal – inspiração; ∙ Grupo respiratório ventral – expiração; ∙ Centro pneumotáxico – diminui o tempo de respiração, aumenta a frequência. O sistema nervoso ajusta a ventilação às necessidades do corpo, de modo que as pressões parciais de O2 e CO2 no sangue arterial pouco se alteram; mesmo durante exercícios extenuantes. 1. Neurônios respiratórios no bulbo controlam a inspiração e a expiração; 2. O padrão rítmico da respiração se origina de uma rede de neurônios que disparam espontaneamente; 3. Os neurônios da ponte influenciam a frequência e a profundidade da ventilação; 4. A ventilação está sujeita a modulação por vários fatores químicos e mecânicos e por centros encefálicos superiores. FUNÇÕES DE CONTROLE RESPIRATÓRIO ∙ Gerais – ventilação alveolar suficiente para manter normal a concentração dos gases no sangue; ∙ Adaptativas – mudanças do meio ou da atividade metabólica (ex. altitude, exercício); ∙ Integrativas – com atividades não respiratórias tais como fala e deglutição. ∙ Envio de sinais através do nervo frênico. Izabelle Santana Turma XXIV REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO A regulação da respiração é feita através de dois sistemas: ∙ Sistema Neurogênico; ∙ Sistema Quimiorreceptores. I. SISTEMA NEUROGÊNICO A regulação neurogênica tem 3 tipos de controle: 1. Controle Involuntário; 2. Controle Voluntário; 3. Controle Reflexo. 1. Controle Involuntário O controle automático da respiração depende de estruturas bulbares e pontinas. ∙ Tronco cerebral; ∙ Interneurônios; ∙ Intercostais; ∙ Diafragma. 1.1. Grupo Respiratório Dorsal do Bulbo (GRDB) ∙ Núcleo do trato solitário; ∙ Contém neurônios inspiratórios involuntários (diafragma e intercostais externos); ∙ Ação: emissão de sinais repetitivos de potenciais de ação inspiratórios. ∙ Potencial em rampa – começa fraco e vai aumentando. Vantagem: promove uma respiração constante, sem alterações bruscas. Emite sinais respiratórios via nervo frênico (e vago). ∙ Apresentam vários disparos durante uma única inspiração. Padrão em Rampa Durante a inspiração de 2 segundos – volume corrente (500 ml). ∙ 10 a 12 ciclos respiratórios por minuto. A rampa mantém uniforme o volume inspirado e expirado. Além de evitar alterações bruscas. Característica exclusiva desse centro respiratório (através do nervo frênico). Izabelle Santana Turma XXIV 1.2. Grupo Respiratório Ventral do Bulbo (GRVB) Núcleos ambíguo e retroambíguo. Contém neurônios inspiratórios e expiratórios (inspiração ou expiração forçada). ∙ Ação: são ativados quando necessita de maior ventilação. ∙ Estimulam o nervo frênico; ∙ Esse grupo permanece inativo durante a respiração normal. Os neurônios são ativados quando queremos forçar a inspiração (inspirar mais), mandam “informação” também para o Grupo Respiratório Dorsal. A expiração natural é controlada pelo relaxamento do grupo dorsal. 1.3. Centro Pneumotáxico Dorsal da Ponte (CPDP) Núcleo parabraquial da ponte superior. ∙ Ação: controla a frequência respiratória. Transmite sinais para a área inspiratória, controlando a duração da fase de enchimento do ciclo pulmonar. Limita a rampa da inspiração, para cessar a inspiração e começar a expiração. Quando ele está muito ativado, diminui a rampa e faz com que se tenha mais inspirações por minuto, mesmo que curtas, aumentando a frequência respiratória. Se ele deixar de funcionar (devido ao centro seguinte), faz com que a rampa seja mais longa, a inspiração fica longa, diminuindo as inspirações por minuto junto com a frequência respiratória. Sinal pneumotáxico intenso – frequência respiratória de 30 a 40 movimentos por minuto. Sinal pneumotáxico débil – pode reduzir a frequência para 3 a 5 movimentos por minuto. Izabelle Santana Turma XXIV 1.4. Centro Apnêustico Ventral da Ponte (CAVP) ∙ Bloqueia o centro pneumotáxico, faz com que ele não iniba a rampa da inspiração, e assim ela pode ser maior, aumentando a duração da inspiração. ∙ Controle da profundidade da inspiração – suspiro. 2. Controle Voluntário As estruturas supra-pontinas estão envolvidas no controle voluntário da respiração: ∙ Córtex cerebral e outros centros superiores (Sistema Límbico); ∙ Trato córtico-espinal; ∙ A ativação do córtex sensorial e motor produz aumento da respiração; ∙ Ativação das regiões como córtex fronto-orbital inibe a respiração; A influência dessas informações corticais sobre os grupos respiratórios pontinos e bulbares é que permite ajustes voluntários da respiração, por exemplo, prender voluntariamente a respiração por alguns segundos ou ainda, controlar a respiração durante o canto ou durante a utilização de instrumentos de sopro. 3. Controle Reflexo ∙ Receptores de Estiramento (RE); Localização: camadas musculares lisas das paredes dos bronquíolos e brônquios de todo o pulmão. Ação: enviam sinais através no nervo vago até Grupo Respiratório Dorsal quando os pulmões sofrem estiramento excessivo. Importância: Reflexo Hering Breuer. Ele é ativado quando o volume corrente aumenta e ultrapassa cerca de 1,5 I. É um mecanismo protetor destinado a impedir o excesso de insuflação pulmonar, em lugar de ser um componente importante do controle normal da ventilação. ∙ Receptores de Irritantes (RI) Localização: entre as células epiteliais das vias aéreas. Sensíveis a gases irritantes, materiais particulados e mediadores da resposta imune (espirro, tosse, entre outros). ∙ Importância: intoxicações respiratórias. ∙ O acúmulo de muco, substâncias inaladas, como poeira ou substâncias nocivas do fumo, estimulam receptores irritativos pulmonares localizados nos bronquíolos que promovem a constrição reflexa das vias aéreas. Izabelle Santana Turma XXIV II. SISTEMA QUIMIORRECEPTOR Para que o sistema de controle da respiração opere adequadamente, as PO2 e PCO2 no plasma são monitoradas continuamente por receptores especializados, denominados quimiorreceptores. (1) Quimiorreceptores centrais; (2) Quimiorreceptores periféricos. 1. Quimiorreceptores Centrais Área Quimiossensível. Localização: Se encontra bilateralmente apenas 0,2 mm da superfície ventral do bulbo. ∙ Sensíveis primariamente ao aumento do PCO2 e a queda do pH (líquor). ∙ O H+ exerce controle indireto, primeiramente precisa haver aumento do CO2. 1. O CO2 que se dilui no fluido cérebro espinal. 2. O H+ é o responsável pela estimulação dos quimiorreceptores centrais – ajuste ventilatório e ao mesmo tempo, estimulam a RVLM levando a um aumento da atividade nervosa simpática e aumento de PA. ∙ Sensível a elevadas pressões parciais de CO2, esse aumento leva a mais CO2 difundido do plasma para o líquor, se junta ao H2O, forma H2CO2 que se dissocia em H+ no líquor, ativando sinalizadores. Ativa o n. frênico, para contrair diafragma e intercostais. ∙ CO2 no sangue regula a ventilação principalmente pelo seu efeito sobre o pH do LCR; ∙ A hiperventilação resultante reduz uma PCO2 no sangue e portanto, no LCR; 2. Quimiorreceptores PeriféricosLocalização: Corpos Carotídeos e Corpos Aórticos. ∙ Detectam principalmente alterações na PO2. ∙ Os quimiorreceptores periféricos estão expostos ao sangue arterial. ∙ Depois sensíveis a queda do pH e ao aumento da PCO2. Izabelle Santana Turma XXIV EXERCÍCIO FÍSICO A ventilação alveolar no atleta saudável costuma aumentar quase que proporcionalmente à elevação no nível do metabolismo de O2. A PO2, a PCO2 e o pH arteriais permanecem exatamente normais. ∙ Durante o exercício não há alteração na PCO2 arterial; ∙ A ventilação pulmonar aumenta instantaneamente no início do exercício. O que causa a respiração intensa no exercício físico? Acredita-se que o encéfalo, durante a transmissão de impulsos nervosos para os músculos participantes da atividade física, transmita ao mesmo tempo impulsos colaterais para o tronco cerebral, para estimular o centro respiratório.
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