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Conceito SOAP – Registro de saúde orientado por problemas. Objetivos da aula: • Saber que o registro médico orientado por problemas (RMOP) tem sido empregado em diversos sistemas de atenção primária à saúde (APS) em todo o mundo. • Diante da multiprofissionalidade que caracteriza as equipes de APS no Brasil, pode-se denominá-lo registro de saúde orientado por problemas (ReSOAP). • Compreender que o aprendizado e a utilização do ReSOAP é um dos caminhos na busca de ser um bom profissional para o trabalho em equipe na APS. • O registro em prontuário é critério de avaliação da qualidade de um serviço de saúde. • Entender que o registro pelo SOAP na APS deve refletir todos os seus atributos, em especial a longitudinalidade. • Saber elaborar um SOAP e utilizá-lo como ferramenta de raciocínio clínico na prática médica. Observações: • Antigamente era chamado de resgistro médico, mas como a equipe de saúde também tem acesso, o nome foi modificado. • Ferramenta utilizada na atenção primária, que permite uma melhor organização das informações. Introdução • Importante saber que sempre em uma consulta médica o paciente vai trazer suas informações pessoas sobre a sua vida e a sua doença. • O paciente sempre traz algumas angustias, anseios e expectativas. • Devemos traduzir as informações que o paciente traz, e a partir do momento que processamos as informações conseguimos elaborar as hipóteses diagnósticas. • Esse processo exige competência, conhecimento, habilidade e atitudes. O registro orientado por problemas atua nas três esferas da competencia. • O SOAP lembra os três pilares principais da consulta. • Importante traduzir as informações que os pacientes trazem para ver como eu posso aplicar ela. • Não é somente um médico sozinho que resolve o que vai ser feito com o paciente, deve ser sempre um acordo com o paciente. • Quando se fala em tomadas de decisão (se refere uma via de mão dupla), refere-se em plano terapêutico. E essa decisão sempre será compartilhada com o paciente. • Importante sempre atribuir o atributo da longitudinalidade, que representa a continuidade do cuidado. Assim, o mais importante não é só compreender a “foto” do momento, mas sim entender o filme. • As informações presentes no prontuário devem estar organizadas e o paciente tem direito de ver ele. • O prontuário serve para organizar a nossa conduta médica referente o paciente. SOAP – Registro de saúde orientado por problema Saúde da família – Aula 2 • O SOAP é uma forma mais estruturada e organizada para registrar o cuidado longitudinal. • O SOAP é uma forma complexa de cuidado. • Deve haver uma confiança mutua entre o médico e o paciente. Isso facilita a aderência do cuidado e a condução do caso apresenta um maior sucesso. • A equipe de saúde deve dar uma resposta adequada ao paciente. Pois representa uma responsabilidade complexa do cuidado. • Não se deve tratar a família isolada do paciente, pois ela que vai a ajudar esse indivíduo. • A família do paciente deve ser orientada para ajudar nesse cuidado do doente, com o processo de responsabilização. Exemplo: paciente diabético – necessita de uma alimentação balanceada e a família deve ajudar o paciente nisso, para que haja um sucesso no tratamento. • Temos que ter uma corresponsabilização do cuidado da família com o paciente. • Paciente sempre deve buscar a fonte de cuidado que é a unidade de saúde. Conseguimos esse processo através da confiança que o paciente vai ter com a equipe de saúde. • É importante acompanhar a população que está adscrita no território – processo de longitudinalidade. Vantagens do processo de longitudinalidade: • Possibilita que sejam feitas mais ações de prevenção à saúde, que se refere desde ações de promoção à saúde até a educação. • Conseguimos possibilitar um atendimento mais precoce ao paciente e adequado. Descobrir doenças de forma mais precoce. • Temos a possibilidade de prevenir certas doenças com as consultas diárias e orientações. • Devemos passar confiança para o paciente, assim ele vai aderir com maior facilidade o tratamento. • Podemos diminuir os custos totais, visto que o paciente ele vai usar a porta de entrada à saúde ao invés de ter que ir a um hospital. Estrutura do SOAP • O SOAP é um registro dentro do prontuário, facilitando a organização. • Cada letra dessa sigla apresenta um significado diferente. • Não substitui o prontuário, pois ele está dentro dele. • Importante saber que o SOAP seja objetiva e pratica para a próxima vez que o paciente vier na UBS. Facilita saber qual será a conduta médica. • Significado da sigla SOAP: ➢ O S representa a síntese – motivo que o paciente buscou a ajuda médica – sintoma (s), diagnósticos relatados. Envolve também a história familiar, social e passada. Além disso, colocamos o contexto do paciente. ➢ O O representa questões objetivas observadas no paciente. Além disso, entra dados de exames clínicos, exame complementar e achados físicos, sinais vitais. ➢ O A representa a impressão do médico sobre o caso, são os problemas incluem desde fatos, dados relevantes e sintomas até diagnostico. E temos a lista de problemas do paciente presente. ➢ O P representa o planejamento de manejo elaborado para o paciente, isso deve ser realizado junto com ele. Vamos ter nesse caso orientações, medicações e procedimentos. Observação: quando o paciente chega novamente na UBS e diz que está tomando um remédio, mas não sabe qual é. Posso saber visualizando a parte P do SOAP para saber. Lista de problemas| Condições principais (LP) • Pode-se considerar que existem pelo menos duas LPs no prontuário: - Uma que se pode chamar de principal, que serve de capa do prontuário individual, na qual são colocados os problemas de grande relevância; - E outra que faz parte do registro de cada consulta realizada, sendo representada pela letra A do SOAP. • Além destas, pode-se incluir a LP secundária (de menor relevância) e a LP resolvida (correspondendo aos antecedentes pessoais da anamnese hospitalar). • A LP principal é peça-chave do ReSOAP e deve ficar em local visível, é a parte mais importante do prontuário na APS. • A LP deve funcionar como um índice dos conteúdos da história clínica de cada pessoa. Serve como resumo da situação de saúde e deve incluir somente aspectos que constam nos registros dos encontros. Observações: • A lista de problemas vai ser de acordo com o que paciente tem. • Temos duas listas de problemas. Lembrete: Lista de problemas | Condições principais (LP) - Em geral, os aspectos mais importantes são: • Doenças relevantes. • Doenças ligadas a remissões ou recorrências (p. ex., úlcera péptica). • Doenças ligadas a complicações (p. ex., neoplasias). • Intervenções cirúrgicas maiores. • Doenças que a pessoa possa tender a ocultar (p. ex., infecções sexualmente transmissíveis). • Doenças que requerem tratamento médico contínuo. • Doenças com necessidade de vigilância contínua (p. ex., insuficiência renal – causas principais: diabetes e hipertensão). • Doenças que condicionam a escolha terapêutica (p. ex., alergias, úlcera péptica). • Doenças que afetam as funções da pessoa (p. ex., cegueira, surdez). • Problemas sociais: Estrutura familiar disfuncional; Violência familiar; Relação interpessoal perturbada; Desajuste social grave; Problemas ocupacionais; Acontecimentos vitais (crises naturais ou acidentais). - A LP principal é dinâmica. Os problemas podem passar de principais a secundários, e vice-versa, ou a resolvidos. Aplicabilidade do SOAP Abordagem familiar no proceso de trabalho na APS: conhecendo a familiaUNASUS – universidade aberta do SUS. • A família do Sr. José Clemente Sr. José Clemente, 66 anos de idade, hipertenso, teve um AVC. Casado com Dona Inácia, 63 anos. O casal tem dois filhos: Pedro (28 anos-etilista?) e César (30 anos-tabagista). Moram todos na mesma residência. Sr. Clemente tem ótima relação com amigos e irmãos da igreja. Mas a relação com a esposa é conflituosa, com os filhos e vizinhos é frágil. Tipo família: mononuclear (pai, mãe e filhos). Observação: • Sempre importante analisar o genograma e o ecomapa. Descrição da Família Cadastro domiciliar • Família número: 101 • Microárea: 2 (n=5) / 5 X 750=3750 pessoas • Endereço: Viela 33 • Densidade demográfica: alta (densamente povoado) • ACS: Marcos – vínculo (?) • Saneamento básico: precário. • Água de abastecimento público: sim. • Renda da família: 2 salários mínimos. (+ 2.200,00) • Casa com 2 quartos, 1 banheiro, 1 sala, copa, cozinha. Cadastro individual • José Clemente - 66 anos, ensino médio, AVC isquêmico, membro paralisado, HAS, úlcera região sacral; desnutrido -dentadura inferior danificada; • Esposa Inácia - 63 anos, escolaridade básica, sintomatologia álgica na coluna, esgotamento mental, despreparada para prestar os cuidados ao esposo; • 2 filhos – tabagista / etilista (?) Como funciona um prontuário • Fazemos um cadastro que vai para um sistema de informações isso no computador. Mas ainda temos o prontuário físico. • Temos o prontuário familiar e dentro um individual. • O prontuário eletrônico é uma raridade, pois poucos locais apresentam esse tipo de sistema. O QUE É O PEC? • Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) do Sistema e SUS Atenção Básica é um software onde todas as informações clínicas e administrativas do paciente ficam armazenadas, no contexto da UBS. • O principal objetivo informatizar o fluxo de atendimento do cidadão realizado pelos profissionais de saúde. • O PEC é uma solução gratuita, desenvolvida e disponibilizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, capaz de otimizar o fluxo de atendimento das UBS, além de apoiar o processo de coordenação do cuidado do cidadão realizado pelas Equipes de Atenção Básica. Observação: esse prontuário não é uma realidade para todo o país, mas facilitaria a transferência d informações. Exemplo de um prontuário eletrônico: Cada letra apresenta uma parte para escrever sobre o paciente. Resumo sobre SOAP • Subjetivo- queixas dos pacientes, informações fornecidas pelos familiares, acompanhantes. • Objetivo- achados do exame físico e dos exames complementares. • Avaliação- conclusões sobre a situação do paciente, pensamentos relativos ao diagnóstico. • Plano- exames a serem solicitados, medicamentos, orientações, plano terapêutico (pactuações). Retomando a história do paciente Narrativa do paciente com a médica - Bom dia, Sr. Clemente – cumprimenta a médica. - Bom dia. Quem sabe a senhora me ajuda, doutora? Estou muito desanimado desde que tive o derrame. Tem hora que eu acho que era melhor eu ter morrido. Sempre fui muito ativo, mas agora não faço nada... Quando estava no hospital, tive tantos problemas... Peguei uma pneumonia na UTI, tiveram que me amarrar. Daí abriu uma ferida fedida nas costas que até hoje me incomoda... a minha dentadura quebrou na queda do AVC, e por isso não consigo comer direito, estou sem dentes até hoje. - O que o senhor gostaria muito de voltar a fazer no seu dia-a-dia? - Principalmente ir à igreja. Eu era muito ativo na igreja e tinha muitos companheiros lá. Agora, de vez em quando, eles vão lá em casa, mas não é a mesma coisa. - E quanto às coisas básicas? Para o banho, o senhor precisa de ajuda? Os filhos lhe ajudam? - Inácia, me ajuda a esfregar os lugares que eu não alcanço, mas não é todo dia que quer ajudar. Meus filhos? Cada um quer saber só da sua vida. Um está bebendo muito ultimamente, anda meio amalucado, meio desligado e está deixando de ir trabalhar uma porção de dias .... Por onde anda eu não tenho ideia .... Eu como sozinho, só a carne que eu não consigo cortar, mas a Inácia já coloca no meu prato cortado. Para ir ao banheiro, mesmo à noite, eu me levanto sozinho, vou na minha velocidade, apoiando nos móveis da casa. Bebo pouca água para não ter de ir ao banheiro toda hora. Mas teve uma noite que estava tudo escuro, eu tropecei no tapete e caí. Além disso, um gosto ruim na boca me incomoda. - Não se preocupe, vou encaminhá-lo para avaliação com a equipe de saúde bucal. - Grato, doutora. Trouxe aqui a caixa do remédio que tomo: todo dia de manhã A médica verifica que é hidroclorotiazida - 25 mg. -O senhor costuma beber cerveja? -Não bebo nem fumo doutora. Vou lhe mostrar uns exames que fiz mês passado. A médica verifica que o eletrocardiograma e exames laboratoriais estão dentro da faixa de normalidade. LDL foi próximo a 120 mg/dl nos dois últimos exames. Creatinina subiu de 1,2 para 1,5 e a ureia resultou em 65 em ambos os exames. - Sr. Clemente, vou examinar o senhor, ok? O exame físico revela cintura abdominal 118 cm, pressão arterial de 160 X 110 mmHg, estando o paciente descorado ++/++++, hidratado e emagrecido. Exame torácico, abdominal e de extremidades sem alteração, salvo um edema ++/++++ no membro paralisado. No dorso, observa uma úlcera em região sacral, irregular, com 3 cm em seu maior diâmetro, com fundo com secreção amarelo-esverdeada e malcheirosa. A letra S do SOAP: foi colocado tudo que o médico percebeu de importante sobre o problema do paciente. • Desânimo, desmotivação, más recordações do período internação devido contenção, ferida nas costas, ressente-se da falta de interação com os amigos da igreja, dependência da esposa para tarefas cotidianas. • Nega tabagismo e etilismo. • Dificuldade de alimentação – dentadura quebrada. • Pouca ligação com filhos. A letra O do SOAP: • LDL próximo a 120 mg/dl nos 2 últimos exames. Creatinina subiu de 1,2 para 1,5 e a ureia resultou em 65 em ambos os exames. Cintura abdominal 118 cm, PA 160 X 110 mmHg, descorado ++/++++, hidratado e emagrecido. Exame torácico, abdominal e de extremidades sem alteração, salvo um edema ++/++++ no membro paralisado. Úlcera em região sacral, irregular, 3 cm, secreção amarelo-esverdeada e malcheirosa. Glicemia sem alterações. A letra A do SOAP: • Declínio funcional. Paciente desmotivado, dependente. Desnutrido, descorado, hemiparesia (sequela AVC), úlcera por pressão sem cuidado adequado, infectada. Idoso, hipertenso, em uso de HCTZ – 25mg, colesterol aumentado (120 mg/dl) e circunferência abdominal aumentada (maior que 100 cm). A letra P do SOAP: • Capacitar esposa para fazer curativos úlcera por pressão; • Prescrever antibioticoterapia (amoxicilina 500 mg 1 de 8/8 h 10 dias) para úlcera por pressão; • Ampliar frequência de VD (orientar disposição mobílias da casa/tapetes - quedas), verificar rede de apoio (levá-lo à igreja), acionar NASF-AB (nutricionista, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional); • Acompanhar função renal; • Orientar sobre redução de sal e aumentar ingesta de líquido; • Agendar consulta com equipe de Saúde Bucal; • Incentivar autonomia e autocuidado; • Verificar com filhos possibilidade de um cuidador para evitar sobrecarga da esposa; • Manter medicações; • Agendar consulta retorno em 15 dias. Observação: O P é super importante, pois vai ser o local no qual vamos planejar algo para o paciente e orientar ele. Não deve ser proposto somente a terapia medicamentosa, devemos ampliar as orientações. Registro no e-SUS – todos profissionais podem usá-los. • O CIAP 2 está relacionadocom a questão primaria. Motivo da consulta e queixa principal. • O CID-10 vamos ter informações de morbimortalidade. • São meios que se complementam. Representação do CIAP-2 Classificação internacional de Atenção Primaria – Segunda Edição – CIAP 2 • Classificar questões relacionadas às PESSOAS e não a doenças. • Classificar não só os problemas diagnosticados pelos profissionais, mas os motivos da consulta e as respostas propostas pela equipe seguindo a sistematização SOAP. • Evidencia os motivos de procura (sofrimento ou enfermidade) pelo serviço de saúde, mesmo que não sejam doenças objetivamente evidenciadas por qualquer tipo de exame (clinico, sangue ou imagem). • O CIAP está organizado em 17 capítulos e 7 componentes. Os capítulos têm referência com sistemas orgânicos. Capítulos do CIAP 2 • GERAL E INESPECÍFICO – A • SANGUE, SISTEMA HEMATOPOIÉTICO, LINFÁTICO E BAÇO - B • DIGESTIVO – D • OLHO – F • OUVIDO – H • CIRCULATÓRIO – K • MÚSCULO-ESQUELÉTICO – L • NEUROLÓGICO – N • PSICOLÓGICO – P • RESPIRATÓRIO – R • PELE – S • ENDÓCRINO/METABÓLICO E NUTRICIONAL – T • URINÁRIO – U • GRAVIDEZ, PARTO E PLANEJAMENTO FAMILIAR – W • ENITAL FEMININO – X • GENITAL MASCULINO – Y • PROBLEMAS SOCIAIS – Z Componentes 1. Sintomas 2. Exames diagnósticos: Triagem prevenção 3. Resultado de exames 4. Administrativos 5. Encaminhamentos e outros motivos 6. Diagnósticos. Agravos. Representação do app: Resumindo • Não registrar informações duvidosas, incorretas ou exageradas. • Objetivo: criar um registro do encontro com a pessoa que procurou o médico. • Esse registro serve para comunicar para o próprio médico ou para um colega o que foi feito e o que se pensou fazer sobre a situação da pessoa atendida. • O registro também mostra o progresso que uma pessoa está tendo ou não em relação ao seu cuidado. • É importante ter em mente, ao escrever no prontuário, que outros lerão as anotações buscando informações específicas. O formato SOAP existe para tornar mais fácil e prático encontrar essas informações. • O SOAP objetiva desenvolver um registro exato, breve e claro, contribuindo, assim, para um raciocínio e uma tomada de decisões com qualidade. Ao finalizar o SOAP, ele deve perguntar-se: ●Minhas anotações sobre o caso estão exatas e verdadeiras? ●Existe um modo de tornar minhas anotações mais concisas? ●Estou comunicando o caso da pessoa corretamente? Questionários sobre o consumo de álcool • O consumo do álcool deve ser abordado na consulta de forma respeitosa, tentando estabelecer vínculo e uma relação de confiança com o usuário. • Questionários foram criados para orientar as perguntas e são capazes de detectar o uso abusivo e estabelecer critérios para o padrão do consumo: • O CAGE é um questionário curto, utilizado como triagem. Sua sigla é composta por palavras-chave de cada pergunta do teste e duas ou mais respostas positivas indicam uso abusivo do álcool. • O AUDIT (teste para identificação de problemas relacionados ao uso de álcool), criado pela OMS nos anos 1980, é um questionário longo. É composto por 10 perguntas que avaliam o padrão de consumo nos últimos 12 meses. • Para a organização do atendimento, utilizar o CAGE para a detecção do uso abusivo e, em um segundo encontro, aplicar o AUDIT para definir o padrão do consumo recente e pactuar intervenções • Uma ou duas respostas positivas é possível pensar no uso abusivo de álcool. AUDIT (SCORE) < 8: CONSUMO DE BAIXO RISCO OU ABSTÊMIOS 8 – 15: RISCO MODERADO 16 – 19: RISCO ALTO ≥ 20: RISCO MUITO ALTO / DEPENDÊNCIA Concluindo • Existem poucas regras rígidas na elaboração do SOAP, mas algumas são essenciais: • No A do SOAP, deve ser realizada uma LP atualizada a cada consulta, independentemente da colocação ou não desses problemas na LP principal. O A deve servir como instrumento de trabalho do médico, e este pode colocar nele todas as informações que considera significativas para sua tomada de decisão. • A sequência SOAP apresentada é a clássica, mas há situações em que ela pode ser alterada. Por exemplo, no caso de pessoa que retorna para avaliação sem necessidade de fazer um novo exame, podem-se utilizar apenas os itens S, A e P. • Em geral, na revisão do prontuário, os profissionais acessam a LP principal, o P e o A das últimas consultas, e, se têm alguma dúvida, verificam no S e no O. Referências • GUSSO, G.; LOPES, J.M.C.(Orgs). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. Plataforma Minha Biblioteca (Acervo Virtual). Cap.49. • DEMARZO, M.M.P. et al. Prática Clínica na ESF – organização e registro. Unasus - UNIFESP.Disponível em https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_vir tual/esf/2/ unidades_conteudos/unidade15m/unidade 15m.pdf
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