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BELO HORIZONTE / BRASIL
CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO 
PÚBLICO UFMG 2018
CARGO BIBLIOTECÁRIO
Associação dos Bibliotecários
de Minas Gerais - ABMG
1
 
 
 
1 
 
© 2018 Jorge Santa Anna 
 Maria Elizabeth de Oliveira Costa 
 2018 Associação dos Bibliotecários de Minas Gerais - ABMG 
 
 
ORGANIZAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO: Jorge Santa Anna e Maria Elizabeth de Oliveira Costa 
PROFESSORES COLABORADORES: Elisângela Cristina Aganette, Flávia Ferreira Abreu, Graciane Bruzinga Borges, Jorge 
Santa Anna, Maria Elizabeth de Oliveira Costa e Mayara Silva Gonçalves. 
DEMAIS PROFESSORES MINISTRANTES DAS AULAS: Filipi Soares, Janete Fernandes, Maria de Fátima Pinto Coelho, 
Maria Helena Santos e Vilma Carvalho de Souza 
 
NORMALIZAÇÃO BIBLIOGRÁFICA E REVISÃO TEXTUAL: Jorge Santa Anna 
MONTAGEM DA CAPA: Graciane Bruzinga Borges 
 
 
 
ASSOCIAÇÃO DOS BIBLIOTECÁRIOS DE MINAS GERAIS - ABMG 
Presidente: Maria Elizabeth de Oliveira Costa 
Vice: Cleide Fernandes 
Demais membros: Andrea Brandão, Edcleyton Bruno Fernandes da Silva, Graciane Silva Bruzinga Borges, Jorge Santa Anna, 
Maria Cleia Borges e Taciane Gomes Rodrigues 
Gestão 2018/2020 
 
 
ABMG 
 
 
 
 
Dados Internacionais de da Catalogação na Publicação – CIP 
C977 
 
 Curso Preparatório para Concurso Público na área de Biblioteconomia : Material didático 
instrumental / Jorge Santa Anna, Maria Elizabeth de Oliveira Costa (Org.). Belo Horizonte: ABMG, 
2018. 
 165 f. 
 
 
 Inclui Referências 
 
 ISBN 978-85-85259-00-6 
 
 
 1. Bibliotecas Universitárias. 2. Gestão de Bibliotecas. 3. Concurso Público Bibliotecário. I. 
Costa, Maria Elizabeth de Oliveira. II. Santa Anna, Jorge. III. Título. 
 
 
 
 CDD : 020 
 
 
 
 
2 
 
JORGE SANTA ANNA 
MARIA ELIZABETH DE OLIVEIRA COSTA (ORG.) 
 
 
 
 
CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO 
PÚBLICO NA ÁREA DE BIBLIOTECONOMIA: 
MATERIAL DIDÁTICO E INSTRUMENTAL 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
ABMG 
2018 
 
 
 
 
 
3 
 
APRESENTAÇÃO DA OBRA 
 
Esta obra caracteriza-se como a compilação das onze aulas realizadas ao longo do Curso 
“Preparatório para Concurso Público da UFMG – Cargo Bibliotecário”, curso promovido pela Associação 
dos Bibliotecários de Minas Gerais (ABMG), no primeiro semestre do ano de 2018. Por contemplar 
assuntos variados direcionados à prática pedagógica, visando ao ensino-aprendizagem para fins de 
aprovação em um certame, o presente trabalho manifesta-se como um material didático/instrumental, o 
qual poderá servir de base na organização de estudos futuros dos bibliotecários que desejam ingressar-se 
na carreira dos concursos públicos. 
Nosso sentimento é de extrema gratidão, e, ao mesmo tempo, dever cumprido, haja vista o 
sucesso alcançado com o curso, o qual obteve um total de 30 alunos participantes, distribuídos em duas 
turmas, e a colaboração de 11 docentes e bibliotecários especializados e conhecedores dos assuntos 
contemplados nas aulas. Assim, ao mesmo tempo em que a ABMG fortalece-se na oferta de cursos a 
profissionais, também cumpre o seu papel social, nesse momento, quando tornamos o material didático-
instrumental de domínio público, de modo que possa auxiliar profissionais, estudantes e/ou 
pesquisadores em outros contextos e circunstâncias. 
A decisão da ABMG em publicitar este material reforça o compromisso social/profissional da 
associação em prol do fortalecimento da classe bibliotecária, no intuito de que a área dos concursos 
públicos possa ser ocupada pelos bibliotecários que optarem por esse segmento de atuação no mercado 
de trabalho. Mesmo cientes de que este material não contemplará, na totalidade, os conteúdos 
abordados nos concursos de outras instituições, percebemos que muitas bibliografias aqui resumidas 
estão consagradas como clássicas, visto que têm sido adotadas pelas principais bancas examinadoras, nos 
mais diferenciados concursos realizados no Brasil, na área de Biblioteconomia/Ciência da Informação. 
Portanto, essa constatação fortalece a nossa percepção a respeito da utilidade e do valor que esta 
obra poderá assumir para os bibliotecários concurseiros e para estudantes interessados nos temas aqui 
abordados. Esperamos que o uso da obra - embora direcionada à preparação para concursos públicos - 
não seja limitado a esse fim, unicamente, mas que possa servir como material de consulta, de apoio, de 
orientação, dentre outras finalidades, junto ao diferentes públicos, seja em contextos acadêmicos e/ou 
profissionais. 
Considerando o contexto em que foi gerado, o presente trabalho está focado nos estudos para 
concursos públicos, sem, contudo, perder sua contribuição em outras ocasições. Com vista a atender os 
objetivos estabelecidos no plano do Curso “Preparatório para Concurso Público da UFMG – Cargo 
Bibliotecário”, conforme consta no apêndice A, tanto as aulas, quanto o material aqui apresentado, estão 
 
4 
 
em consonância com os conteúdos programáticos e a bibliografia do concurso da UFMG, de 2018, como 
demonstrado no anexo A. 
No entanto, salientamos que nossa intenção, ao elaborar essa coletânea de aulas, não se 
restringe, tão somente, ao aspecto tecnicista que permeia os estudos para concursos públicos. Também 
nos instiga o desejo de que, a partir da sistematização dos conteúdos aqui refletidos e das estratégias de 
ensino-aprendizagem, novas provocações possam ser despertadas acerca de se melhorar continuamente 
a prática pedagógica, com base na interação entre alunos e professor e do papel do docente na mediação 
do conhecimento socializado e no despertar da motivação provocada nos alunos. 
No que se refere à organização dos conteúdos abordados nas aulas e, agora sumarizados neste 
trabalho, reforçamos que, embora a intenção fosse atender, ao máximo, o crivo da padronização, 
optamos por respeitar a forma de organização, o estilo de escrita, dentre outras especificidades adotadas 
por cada professor, na condução de suas aulas. Assim, ajustes de normalização e diagramação textual 
foram realizados, na medida do possível, respeitando-se, essencialmente, o estilo adotado pelo docente. 
Nesse contexto, são apresentados, ao longo dos capítulos (dez aulas diluídas em quatro módulos e 
uma aula final de revisão geral dos módulos), assuntos que permeiam o fazer bibliotecário na 
universidade, desde aspectos de gestão, perpassando pelas práticas de formação e tratamento das 
coleções, até estudos de uso e usuários da informação. Ademais, à medida que os assuntos vão sendo 
discorridos, com base nas bibliografias do concurso, são apresentadas diversas questões objetivas, as 
quais já foram contempladas em outros concursos no país, de modo a treinar/preparar o aluno para o 
modelo provável de questão a ser cobrada nos certames. 
Não poderíamos deixar de agradecer os diversos personagens envolvidos na organização e no 
apoio do “Preparatório para Concurso Público da UFMG – Cargo Bibliotecário”, especialmente os 
membros da atual Diretoria da ABMG (gestão 2018/2021). Também agradecemos os professores e 
bibliotecários que conduziram as aulas, e, principalmente, aos seis professores que contribuíram na 
elaboração deste material didático. 
Por fim, nosso desejo é que este material possa atender as necessidades específicas de 
diferenciados públicos, contribuindo, de alguma forma, para a evolução do bibliotecário e o alcance dos 
objetivos que esse profissional almeja. Desejamos boas leituras e uso efetivo deste material e nos 
colocamos à disposição para quaisquer críticas e considerações, no intuito de viabilizar a melhoria dos 
próximos cursos e treinamentos que a ABMG pretende oferecer no futuro. 
 
Nossos agradecimentos e até os próximos cursos! 
Belo Horizonte, 04 de julho de 2018. 
Jorge Santa Anna e MariaElizabeth de Oliveira Costa (organizadores) 
 
5 
 
Para início de conversa... Algumas reflexões! 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO I - A BIBLIOTECA NO CONTEXTO DA UNIVERSIDADE ......................................... 11 
AULA I: A BIBLIOTECA E A UNIVERSIDADE ................................................................................................... 12 
1 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: FUNÇÕES, OBJETIVOS, ESTRUTURA E RECURSOS ..................................... 12 
1.1 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: FUNÇÕES ................................................................................................... 13 
1.2 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: OBJETIVOS ................................................................................................ 14 
1.3 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: ESTRUTURA E RECURSOS .......................................................................... 15 
1.4 GESTÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ................................................................................................ 15 
1.5 PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO ..................................................................................... 15 
1.6 PLANEJAMENTO NA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ................................................................................... 16 
1.7 ORGANIZAÇÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ..................................................................................... 17 
1.8 AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ........................................................................................... 17 
1.9 DIREÇÃO E CONTROLE DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ......................................................................... 18 
1.10 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ........................................................................................................................ 18 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 20 
 
MÓDULO II - O ACERVO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA ................................................. 21 
AULA II: FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E PRESERVAÇÃO DE COLEÇÕES .............................. 22 
2 FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E PRESERVAÇÃO DE COLEÇÕES.......................................... 23 
2.1 A PERSPECTIVA SISTÊMICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES – MODELO DE EVANS ............ 23 
2.2 POLÍTICAS, ROTINAS E PROCESSOS ......................................................................................................... 25 
2.2.1 Política de Desenvolvimento de Coleções .......................................................................................... 25 
2.3 AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES ....................................................................................................................... 25 
2.4 CONSERVAÇÃO, PRESERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE COLEÇÕES ........................................................... 25 
2.5 SELEÇÃO DE COLEÇÕES ............................................................................................................................ 26 
2.6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .......................................................................................................................... 28 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 30 
AULA III: FONTES DE INFORMAÇÃO E BIBLIOTECAS DIGITAIS .................................................................... 31 
3 FONTES DE INFORMAÇÃO ......................................................................................................................... 32 
3.1 A CIÊNCIA, O SISTEMA DE COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA E A LITERATURA CIENTÍFICA ............................ 32 
3.1.1 Tipologias de fontes de informação .................................................................................................... 32 
 
 
7 
 
3.2 ORGANIZAÇÕES COMO FONTES DE INFORMAÇÃO ................................................................................. 33 
3.3 PESQUISA EM ANDAMENTO .................................................................................................................... 33 
3.4 ENCONTROS CIENTÍFICOS ........................................................................................................................ 34 
3.5 PERIÓDICOS CIENTÍFICOS ........................................................................................................................ 35 
3.6 LITERATUZA CINZENTA ............................................................................................................................ 36 
3.7 RELATÓRIOS TÉCNICOS ............................................................................................................................ 36 
3.8 PUBLICAÇÕES GOVERNAMENTAIS .......................................................................................................... 36 
3.9 TESES E DISSERTAÇÕES ............................................................................................................................ 37 
3.10 OBRAS DE REFERÊNCIA .......................................................................................................................... 37 
3.11 NORMAS TÉCNICAS................................................................................................................................ 37 
3.12 PATENTES ............................................................................................................................................... 37 
3.13 ÍNDICES DE CITAÇÃO .............................................................................................................................. 37 
3.14 A INTERNET ............................................................................................................................................ 37 
3.15 BIBLIOTECAS DIGITAIS ........................................................................................................................... 38 
3.15.1 Conceitos e características ................................................................................................................ 38 
3.15.2 Dimensões da BD ............................................................................................................................... 38 
3.15.3 Bibliotecas digitais e web semântica ................................................................................................ 39 
3.15.4 Gestão de coleções na biblioteca digital ........................................................................................... 40 
3.16 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – BIBLIOTECAS DIGITAIS ................................................................................ 42 
3.17 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – FONTES DE INFORMAÇÃO .......................................................................... 44 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 45 
AULA IV: O PERIÓDICO CIENTÍFICO, OPEN ARCHIVES E RECURSOS INFORMACIONAIS ............................. 46 
4 O PERIÓDICO CIENTÍFICO ........................................................................................................................... 47 
4.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ................................................................................................................. 47 
4.2 OPEN ARCHIVES ....................................................................................................................................... 48 
4.3 OS REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS ......................................................................................................... 49 
4.4 RECURSOS INFORMACIONAIS: REPOSITÓRIOS DIGITAIS .........................................................................49 
4.5 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .......................................................................................................................... 52 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 53 
 
MÓDULO III - ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO EM SUPORTES 
VARIADOS .......................................................................................................................... 54 
AULA V: SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS – SISTEMA PERGAMUM ......................... 55 
 
8 
 
5 SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO DE BIBLIOTECAS: SISTEMA PERGAMUM ....................................... 56 
5.1 QUESTÕES CONTEXTUAIS ........................................................................................................................ 56 
5.2 PERGAMUM: GÊNESE E DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 56 
5.3 COMPOSIÇÃO/ESTRUTURA DO PERGAMUM .......................................................................................... 57 
5.4 FORMAÇÃO DA REDE PERGAMUM: A CATALOGAÇÃO COOPERATIVA EM EVIDÊNCIA .......................... 57 
5.6 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ................................................................................................................... 58 
5.7 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ................................................................................................................... 59 
5.8 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .......................................................................................................................... 60 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 62 
AULA VI: REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA DA INFORMAÇÃO – SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO CDD E CDU ... 63 
6 REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA DA INFORMAÇÃO ....................................................................................... 63 
6.1 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................................. 64 
6.1.1 Sistema de classificações bibliográficas .............................................................................................. 65 
6.1.2 Classificação Decimal de Dewey - CDD ............................................................................................... 66 
6.2 CONSIDERAÇÕES ...................................................................................................................................... 68 
6.3 A CLASSIFICAÇÃO DECIMAL UNIVERSAL - CDU ........................................................................................ 68 
6.4 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ................................................................................................................... 70 
6.5 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ................................................................................................................... 71 
6.6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .......................................................................................................................... 72 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 74 
AULA VII: REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA DA INFORMAÇÃO - INDEXAÇÃO .................................................. 75 
7 ANÁLISE DE ASSUNTO ................................................................................................................................ 76 
7.1 INDEXAÇÃO: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E LINGUAGENS................................................................. 76 
7.2 INDEXAÇÃO AUTOMÁTICA ...................................................................................................................... 79 
7.3 O PROCESSO DE TRATAMENTO TEMÁTICO ............................................................................................. 83 
7.4 A LEITURA DO TEXTO PELO INDEXADOR ................................................................................................. 84 
7.5 EXTRAÇÃO DE CONCEITOS ....................................................................................................................... 85 
7.6 DETERMINAÇÃO DA ATINÊNCIA .............................................................................................................. 85 
7.7 LINGUAGENS DOCUMENTÁRIAS.............................................................................................................. 86 
7.7.1 Classificação das linguagens documentárias ...................................................................................... 89 
7.7.2 Sistema Nocional ................................................................................................................................. 90 
7.7.3 Relações Linguísticas e Documentação ............................................................................................... 91 
7.8 POLÍTICA DE INDEXAÇÃO ......................................................................................................................... 93 
 
9 
 
7.9 ELEMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO ................................................................................. 93 
7.10 RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO ......................................................................................................... 97 
7.11 WEB E INDEXAÇÃO AUTOMÁTICA ......................................................................................................... 97 
7.12 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ........................................................................................................................ 99 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................... 101 
AULA VIII: REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA DA INFORMAÇÃO - CATALOGAÇÃO ....................................... 102 
8 REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: REFLEXÕES INICIAIS .............................................................................. 103 
8.1 CATALOGAÇÃO: HISTORICIDADE ........................................................................................................... 103 
8.2 O NASCIMENTO DA CATALOGAÇÃO COOPERATIVA ............................................................................. 104 
8.3 A AUTOMATIZAÇÃO DAS BIBLIOTECAS: A CONVERSÃO RETROSPECTIVA ............................................ 105 
8.4 VAMOS EXERCITAR? .............................................................................................................................. 106 
8.5 CATALOGAÇÃO DE DIFERENTES MATERAIS: AACR2 .............................................................................. 108 
8.5.1 Estrutura do Código de Catalogação Anglo-Americano e formas de descrição .............................. 108 
8.6 VAMOS EXERCITAR? .............................................................................................................................. 109 
8.7 METADADOS NO ÂMAGO DA CATALOGAÇÃO ...................................................................................... 110 
8.8 REQUISITOS FUNCIONAIS PARA REGISTROS BIBLIOGRÁFICOS (FRBR) .................................................. 111 
8.9 MACHINE READABLE CATALOGUING – CATALOGAÇÃO LEGÍVEL POR COMPUTADOR (MARC) ........... 112 
8.10 RESOURCE DESCRIPTION AND ACCES (RDA) ....................................................................................... 114 
8.11 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ............................................................................................................... 114 
8.12 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................................... 115 
 
MÓDULO IV - ESTUDOSDE USUÁRIOS E USO DA INFORMAÇÃO .................................... 118 
AULA IX: COMPETÊNCIA INFORMACIONAL, COMUT E NORMAS BIBLIOGRÁFICAS ................................. 119 
9 COMPETÊNCIA INFORMACIONAL ............................................................................................................ 120 
9.1 PROGRAMA DE COMUTAÇÃO BIBLIOGRÁFICA – COMUT ..................................................................... 122 
9.2 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ................................................................................................................. 123 
9.3 NORMAS DE TRABALHOS E PUBLICAÇÕES ............................................................................................ 125 
9.3.1 NBR 14724 .......................................................................................................................................... 125 
9.3.2 NBR 10520 .......................................................................................................................................... 125 
9.3.3 NBR 6023 ............................................................................................................................................ 125 
9.4 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ................................................................................................................. 126 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................... 127 
 
10 
 
AULA X: USUÁRIOS, PRODUTOS, SERVIÇOS, NECESSIDADES E USOS ....................................................... 128 
10 DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO ........................................................................................................ 129 
10.1 O PAPEL DO PROFISSIONAL NA DISSEMINAÇÃO ................................................................................. 129 
10.2 SERVIÇO DE REFERÊNCIA ..................................................................................................................... 130 
10.3 SERVIÇO DE REFERÊNCIA PRESENCIAL ................................................................................................ 131 
10.4 SERVIÇO DE REFERÊNCIA VIRTUAL ...................................................................................................... 131 
10.5 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ............................................................................................................... 132 
10.6 USUÁRIOS: NECESSIDADES E ESTUDOS ............................................................................................... 133 
10.7 MODALIDADES DE SERVIÇOS DE REFERÊNCIA .................................................................................... 134 
10.8 A QUESTÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS ........................................................................................... 134 
10.9 VAMOS EXERCITAR JUNTOS? ............................................................................................................... 136 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................... 138 
 
ENCERRAMENTO ............................................................................................................. 139 
AULA XI: REVISÃO FINAL DO CURSO .......................................................................................................... 139 
11.1 A BIBLIOTECA E A UNIVERSIDADE – AULA I ......................................................................................... 139 
11.2 O ACERVO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA – AULA II ......................................................................... 141 
11.3 FONTES DE INFORMAÇÃO – AULA III ................................................................................................... 142 
11.4 PERIÓDICOS CIENTÍFICOS, OPEN ARCHIVES E REPOSITÓRIOS – AULA IV ............................................ 145 
11.5 SISTEMA PERGAMUM – AULA V .......................................................................................................... 146 
11.6 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: CDD E CDU – AULA VI ......................................................................... 147 
11.7 REPRESENTAÇÃO DESCRITIVA: AACR2 – AULA VII .............................................................................. 148 
11.8 REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA – AULA VIII ............................................................................................ 151 
11.9 COMPETÊNCIA INFORMACIONAL, COMUT E NBRs – AULA IX ............................................................ 152 
11.10 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO – AULA X ............................................................................................. 154 
 
ANEXO A – BIBLIOGRAFIA DO CONCURSO ................................................................................................. 156 
APÊNDICE A – PLANO GERAL DO CURSO ................................................................................................... 160 
APÊNDICE B – EQUIPE PARTICIPANTE NA ELABORAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO ................................. 164 
 
 
 
 
 
11 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
A BIBLIOTECA NO CONTEXTO 
DA UNIVERSIDADE 
 
 
AULA I: A biblioteca e a universidade 
 
12 
 
AULA I: A biblioteca e a universidade 
 
Docente responsável: Maria Elizabeth de Oliveira Costa 
Bibliotecária da Escola Ciência da Informação da UFMG. Presidente da ABMG, gestão 2018/2021. 
Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Organização do Conhecimento. Tem 
experiência na área de Biblioteca Universitária e Educação a Distância, tendo ocupado cargo de gestão do 
Sistema de Bibliotecas da UFMG, por duas vezes. 
 
 
CONTEÚDOS DA AULA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: FUNÇÕES, OBJETIVOS, ESTRUTURA E RECURSOS 
 
As bibliotecas são como organizações, as quais convergem um conjunto de elementos que 
interligados produzem trabalho (MACIEL; MENDONÇA, 2006). 
 
13 
 
No caso das bibliotecas universitárias (BUs), elas manifestam-se como dependentes da sociedade 
e de instituições a que estão vinculadas, devendo acompanhar as mudanças relativas ao campo do 
conhecimento e da educação (LEITÃO, 2005). 
As BUs são empresas e, como tal, constituídas por um conjunto de funções responsáveis, que vão 
desde a localização, organização até a recuperação da informação para os usuários que delas necessitam 
(VERGUEIRO; MIRANDA, 2007). 
A sua estrutura organizacional está formada por departamentos denominados de divisões e 
seções. A cada departamento cabe a responsabilidade pelo desenvolvimento de algum produto e/ou 
serviço, formando uma cadeia até a sua execução final (VERGUEIRO; MIRANDA, 2007). 
 A tríade das Bus A BU do futuro 
 
Fonte: adaptado de Cunha (2000). 
As mudanças ocorridas na sociedade atual promoveram a redefinição dos produtos e serviços 
prestados pela BU. A oferta diversificada de materiais, em diferentes formatos e suporte, despertou o 
nascimento de uma unidade com novas concepções e estruturas, consolidando um processo evolutivo 
das bibliotecas, desde a era tradicional, até o nascimento da biblioteca digital e virtual, conforme figura 2. 
 
Fonte: Cunha (2000). 
Segundo Cunha (2000), manifestam-se novos cenários para as BUs: do professor ao aprendiz. Isso 
provoca implicações variadas no contexto das Bus, tais como: a redistribuição do pessoal da biblioteca, 
com um maior quantitativo voltado para o atendimento ao usuário, na terceirização de serviços e na 
oferta cada vez maior de serviços educacionais a distância. 
O autor citado menciona quatro principais mudanças nas bibliotecas, com a chegada das 
tecnologias digitais e com os impasses do mercado globalizado. Dentre elas, citam-se: 1 - mudanças 
estruturais (ênfaseno atendimento, terceirização dos outros serviços); 2 - no financiamento (consórcios 
visando à redução de custos); 3 - nos serviços (balcão de referência eletrônico, suporte a programas de 
ensino à distância, agentes inteligentes); 4 - quanto aos públicos (o atendimento à demanda reprimida 
por ensino superior implicará diversidade de clientela). 
 
1.1 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: FUNÇÕES 
 
 
 
14 
 
De acordo com Maciel e Mendonça (2006), as bibliotecas são consideradas organizações. Isso 
porque, de modo geral, semelhantes às demais organizações inseridas nos mais diversos ramos do 
mercado, elas convergem um conjunto de elementos que interligados produzem trabalho. 
A divisão das atividades tem sido uma realidade constante, principalmente em grandes 
bibliotecas, que demandem um fluxo mais intenso de materiais informacionais, o que requer a divisão 
organizacional. Segundo Maciel e Mendonça (2006), as atividades básicas dos bibliotecários contemplam 
quatro grandes funções que são: função de desenvolvimento da coleção, função organização das 
coleções, função dinamização das coleções e funções gerenciais (figura 3). 
 
Segundo descrito por Maciele e Mendonça (2006), a primeira função corresponde à “porta de 
entrada” da biblioteca, ou seja, a função Formação e Desenvolvimento da Coleção (FDC) contempla os 
procedimentos administrativos de aquisição de materiais que incorporarão o acervo, contatos com 
fornecedores, pagamentos e conferências de notas fiscais e demais documentos gerados nas transações. 
A segunda função representa o setor onde se realizam as atividades de processamento técnico, ou 
seja, após ser adquirido, o material é catalogado, indexado e classificado, conforme regras de 
representação existente na biblioteca. Após isso, o livro pode ser inserido na estante, passando a fazer 
parte do sistema. 
A terceira função compreende os serviços de referências, ou seja, o atendimento ao usuário, 
objetivando encontrar uma obra no acervo. É nessa seção que a biblioteca realiza as atividades de 
controle do acervo e a assistência prestada ao usuário, seja no manuseio do sistema, do acervo ou da 
disponibilização de materiais para empréstimo. 
A quarta função diz respeito às atividades de monitoramento, ou seja, contempla a atividade de 
administrar todas as demais seções, realizando ajustes necessários e intervindo nas atividades e nos 
colaboradores no sentido de conduzi-los com o intuito de atingir a essência nas atividades realizadas. 
Importante entender, segundo Maciel e Mendonça (2006), que essas funções são 
complementares, ou seja, uma depende da outra, não podendo se desenvolverem de forma isolada. À 
medida que os materiais chegam à unidade, inicia-se um constante e contínuo fluxo ou processo de 
trabalho que permite a preparação do item a fim de que seja incorporado ao acervo a fim de poder ser 
recuperado no momento da busca. 
 
1.2 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: OBJETIVOS 
 
Os objetivos das bibliotecas, de um modo geral, visam a contribuir para a disseminação da 
informação, transmissão de conhecimento, e ser o centro cultural de uma determinada comunidade 
15 
 
(MACIEL; MENDONÇA, 2006). Ainda, segundo essas autoras, o objetivo da biblioteca varia conforme sua 
comunidade de usuários e seus propósitos. 
 
1.3 BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA: ESTRUTURA E RECURSOS 
 
As bibliotecas universitárias são contempladas por recursos materiais, recursos financeiros e 
recursos humanos. Esses recursos viabilizam a manutenção e ampliação da infraestrutura, que, através da 
gestão dos recursos e com infraestrutura adequada será obtida a qualidade dos serviços prestados pela 
comunidade usuária. Por fim, a BU realiza avaliação de desempenho, de modo a monitorar e melhorar 
continuamente os produtos e serviços que oferece à comunidade acadêmica (LEITÃO, 2005). 
Os desafios por que passam as BUs, na Sociedade do Conhecimento, fazem com que essas 
unidades assumam novas competências. Assim, as BUs deixam de ser apenas repositório de informações 
e passam a trabalhar com políticas que focam a satisfação do usuário e a contribuição das suas ações na 
melhoria dos processos e dos resultados de formação dos alunos. Portanto, constituem-se em setores 
estratégicos engajados na dinâmica institucional que precisam submeter-se aos processos avaliativos com 
fins de melhoria contínua e de assegurar a qualidade dos seus serviços (LUBISCO, 2011). 
 
1.4 GESTÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA 
 
A gestão da BU em tempos de mudança precisa considerar diferentes aspectos, que são: 1 - a 
responsabilidade dos envolvidos com suas funções; 2 - o trabalho em equipe; 3 – a gestão adequada de 
recursos financeiros e humanos; 4 – a integração entre todos os envolvidos: alunos, funcionários e 
comunidade; 5 – a administração do tempo e da inovação (LEITÃO, 2005). 
A relação entre biblioteca e universidade precisa considerar os seguintes aspectos, a saber: 1 – 
armazenamento de documentos que apoiam, historiam e estimulam o saber; 2 - acompanhamento dos 
rumos tomados pelo conhecimento; 3 - estreitamento dos laços com seus usuários; 4 - gestão de toda 
espécie de recursos que essas atividades envolvem (LEITÃO, 2005). 
De igual forma, as unidades documentárias, como em qualquer empresa, devem ser geridas tendo 
como foco: 
1 - o atendimento das necessidades de seus usuários; 
2 - na identificação de requisitos de qualidade do produto ou serviço; 
3 - no estabelecimento de um planejamento para que esse padrão seja atingido; 
4 – na busca pela melhoria contínua, em todos os seus aspectos, visando à satisfação dos seus 
clientes e à eficácia da organização (LUBISCO, 2011). 
As bibliotecas estão ligadas as funções gerenciais de cunho administrativo e essas são 
responsáveis pela ativação de todas as funções meio ou fim e pelo seu direcionamento e ajuste às metas 
e objetivos do sistema. Funções estas que tratam-se de planejamento, organização, direção e controle 
necessários para conduzir com sucesso uma organização (MACIEL; MENDONÇA, 2006). 
 
1.5 PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO E AVALIAÇÃO 
 
As bibliotecas universitárias não são organizações autônomas, e sim organizações dependentes de 
uma organização maior - a Universidade, portanto sujeitas a receberem influências externas e internas 
do ambiente que as cercam (MACIEL; MENDONÇA, 2006). 
Assim, o gestor precisa conhecer as teorias administrativas, e inseri-las no cotidiano das unidades, 
considerando as contingências do mercado. Portanto, é preciso considerar, no processo de gestão, 
especificamente na função gerencial, a importância do planejamento, da organização e da avaliação 
(MACIEL; MENDONÇA, 2006). 
O planejamento, a organização e a avaliação, em conjunto com a direção e o controle, são 
elementos que sustentam a função gerencial das bibliotecas. Esses elementos são oriundos da Escola 
16 
 
Clássica da Administração e devem estar inseridos no cotidiano do bibliotecário gestor. Os elementos que 
sustentam a função gerencial da biblioteca podem ser visualizados na figura 4. 
 
Fonte: adaptado de Maciel e Mendonça (2006). 
 
1.6 PLANEJAMENTO NA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA 
 
O planejamento é a preparação das ações que podem vir a ocorrer. Um bom planejamento está 
preparado para ter soluções para todos os tipos de ações que podem acontecer, sejam boas ou ruins 
(MACIEL; MENDONÇA, 2006). Não é um acontecimento, mas um processo contínuo, permanente e 
dinâmico, que fixa os objetivos, define linhas de ação, detalha as etapas para atingi-los e prevê os 
recursos necessários à consecução desses objetivos (ALMEIDA, 2005). 
De acordo com Almeida (2005), o planejamento é oposto de improvisação e opera 
economicamente, pois: 
 Reduz custos, pela ênfase em operações eficientes e compatíveis com as condições existentes; 
 Substitui atividades fragmentárias e não coordenadas por um esforço de grupo; 
 Substitui o fluxo desigual de trabalho por um uniforme; 
 Substitui julgamentos bruscos e irrefletidos por decisões premeditadas; 
 Trazsegurança e favorece a produtividade; 
 Faz o tempo trabalhar a seu favor; 
 Possibilita o monitoramento das ações. 
O planejamento em bibliotecas precisa ser sustentado por instrumentos específicos, resumidos 
por Almeida em sete instrumentos, tais como: 
 Plano: linha de ação preestabelecida; 
 Objetivos: situação futura esperada; 
 Metas: resultados a serem atingidos; 
 Políticas: guias de raciocínio que orientam a decisão e ação; 
 Regras: procedimentos que orientam ações; 
 Programas: complexos de metas, políticas, procedimentos, regras, passos e recursos; 
 Projetos: menores unidades dentro do planejamento. 
 
A autora supracitada menciona que existem três tipos de planejamento a serem realizados pelas 
organizações, considerando os níveis hierárquicos em que são desenvolvidos. O planejamento estratégico 
é aquele desenvolvido pela alta administração; o planejamento intermediário é executado pelo nível 
intermediário da empresa, com a presença dos chefes das equipes de trabalho; por sua vez, o 
planejamento operacional corresponde à parte prática e é realizado pelos membros das equipes, no nível 
operacional da instituição. Em bibliotecas, segundo Almeida (2005), o planejamento ocorre nos níveis 
intermediário e operacional. 
O planejamento em bibliotecas manifesta-se de forma processual, permeado por cinco diferentes 
etapas que se retroalimentam e se interagem constantemente, à medida que as atividades vão sendo 
desenvolvidas (ALMEIDA, 2005). A figura 5 ilustra as cinco etapas integradas e a etapa da avaliação, a qual 
permeia todas as demais etapas ao longo da execução do planejamento. 
17 
 
 
Fonte: adaptado de Almeida (2005). 
Almeida (2005) ensina que para o planejamento de serviços de informação, o bibliotecário precisa 
conhecer bem: 1 - as fontes de informação na área; 2 - os serviços existentes; 3 - seus usuários; 4 - os não-
usuários. 
 
1.7 ORGANIZAÇÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA 
 
A organização é a função de organizar, ou seja, a organização estabelece a estrutura para o uso de 
todos os recursos existentes para que tenham um bom desempenho em suas atividades. Para se 
organizar é preciso primeiramente planejar. Tendo-se o planejamento podemos criar a maneira de fazer 
ele funcionar (MACIEL; MENDONÇA, 2006). 
A organização como elemento da gestão organizacional estabelece os planos de ação ou os 
procedimentos práticos a serem adotados, para que o que foi estabelecido no planejamento seja 
efetivamente concretizado (MACIEL; MENDONÇA, 2005). 
A organização diz respeito à função desempenhada pela alta administração em consonância com 
os gestores das equipes de trabalho, de modo que os planos de ação possam ser gerados e devidamente 
cumpridos pelas equipes de trabalho (MACIEL; MENDONÇA, 2006). 
 
 
1.8 AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA 
 
Dentro do pressuposto da busca da melhoria contínua, a avaliação assume um papel primordial, 
como valiosa ferramenta de auxílio ao planejamento e à gestão, fornecendo elementos para subsidiar as 
decisões institucionais (LUBISCO, 2011). 
A avaliação integra os ciclos de melhoria contínua das organizações, constituindo-se em etapa 
posterior à execução do planejamento, atuando como meio de comparar os resultados alcançados com as 
metas estabelecidas e fornecendo elementos para as ações corretivas, quando necessárias, ou para a 
manutenção do padrão obtido (LUBISCO, 2011). 
A avaliação é uma etapa ou processo do planejamento, a qual permite aferir o sucesso na 
implementação do plano e traçar novos objetivos e metas (ALMEIDA, 2005). 
Na prática, a avaliação das bibliotecas universitárias brasileiras vem há algum tempo atrelada às 
avaliações oficiais do Ministério da Educação, nas quais a biblioteca é vista, parcialmente, como um dos 
recursos de infraestrutura do processo ensino-aprendizagem (LUBISCO, 2011). 
Avaliação é o ato de atribuir valor, julgar mérito e relevância, medir o grau de eficiência e eficácia 
e o impacto causado pelas ações, políticas, programas e projetos informacionais (ALMEIDA, 2005). 
A avaliação ocorre como parte do processo de planejamento e tomada de decisões e permite a 
revisão de objetivos, metas, ações, estratégias etc., de modo a conferir subsídios para o planejamento e 
mudanças (ALMEIDA, 2005). 
18 
 
A avaliação deve determinar o que mudar em um serviço de informação e como mudar, auxiliando 
o bibliotecário a fazer mudanças internas (rotinas, atividades, serviços) ou externas (relação com o 
ambiente externo). Deve sempre partir de um problema identificado, de modo a propor melhorias e 
buscar mudanças organizacionais, em prol do alcance de objetivos (ALMEIDA, 2005). 
A avaliação pode ser realizada por meio das medidas de desempenho, determinadas pelos 
conceitos de eficácia e eficiência. Uma organização eficaz é aquela que cumpre seus objetivos. Já 
eficiência denota que a organização aplica, de modo produtivo, seus recursos (LUBISCO, 2011). 
No que se refere aos tipos de avaliação a serem realizadas no planejamento bibliotecário, Almeida 
(2005) enumera as seguintes classificações: 
1 – Quanto à abordagem metodológica: 1.1 Avaliação quantitativa: análise estatística, mensuração e 
quantificação; 1.2 Qualitativa: metodologias oriundas da Sociologia, Antropologia e na História Oral, 
tendo sua ênfase nos processos e agentes; 1.3 Pluralista: mensura e também qualifica decisões, 
processos, resultados e impactos sociais; 
2 – Quanto aos avaliadores: 2.1 interna; 2.2 externa; 
3 – Quanto ao momento: 3.1 marco-zero (diagnóstico); 3.2 ex-ante; 3.3 avaliação de processo; 3.4 
avaliação de resultados (ALMEIDA, 2005). 
 
1.9 DIREÇÃO E CONTROLE DA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA 
 
Na função gerencial, também têm-se os seguintes elementos: a direção e o controle. 
A direção caracteriza-se pelo acompanhamento do desenvolvimento das atividades. A direção 
designa as atividades, e as acompanha, de seu início ao final. É o gerenciamento da execução das 
atividades. 
O controle representa a verificação dos resultados. É a análise de como foram feitas as demais 
funções da biblioteca. No contexto da biblioteca, o controle poderá avaliar a execução tanto de conjuntos 
de atividades ou elas individualmente (MACIEL; MENDONÇA, 2006). 
 
1.10 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 1: Vistas como organizações, as bibliotecas possuem funções gerenciais ou administrativas, 
que podem ser definidas como: 
A) relacionadas com a formação, desenvolvimento e organização das coleções para fins de acesso e 
utilização; 
B) responsáveis pela ativação de todas as funções meio ou fim e pelo seu direcionamento e ajuste aos 
objetivos e metas do sistema; 
C) relacionadas com o atendimento aos usuários reais e virtuais e a decorrente dinamização do uso das 
coleções; 
D) de natureza social e legal, implicando o relacionamento do gerente com representantes da 
organização, com os subordinados e com indivíduos ou grupos externos à empresa. 
 
Questão 2: Em se tratando de administrar as unidades de informação, com vistas a satisfazer mais 
facilmente as necessidades dos usuários, uma estratégia que deve ser evidenciada é a de: 
A) conservação; 
B) preservação; 
C) cooperação; 
D) depósito legal; 
E) Indexação. 
 
Questão 3: A biblioteca universitária tem objetivo específico relacionado aos objetivos da instituição à 
qual está vinculada. O objetivo específico dela, portanto, é: 
19 
 
A) apoiar os programas de ensino, pesquisa e extensão; 
B) apoiar os programas de ensino oficial; 
C) democratizar a informação para a comunidade local; 
D) apoiar os objetivos e metas da instituição mantenedora. 
 
Questão 4: Considere as afirmativas abaixo sobre Planejamento: 
I. É o oposto da improvisação; 
II. Não é um processo contínuo, mas um acontecimento; 
III. Faz acontecer; 
IV. Compensa incertezas, mas não mudanças. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
a) I e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
Questão 5: O planejamento é um processo dinâmico e intera- tivo, que pode ser divididoem várias 
fases. Assim, 
a) o processo de planejamento inicia-se pela elaboração do plano; 
b) o diagnóstico é a última fase do planejamento; 
c) as formas de acompanhamento e controle estão relacionadas à elaboração do diagnóstico; 
d) a definição de metas e prioridades é posterior à elaboração do plano, precedendo o diagnóstico; 
e) a elaboração do plano é precedida pela análise dos dados e informações obtidos. 
 
Questão 6: Considere: 
I. O planejamento operacional decide "o que fazer" e "como fazer"; 
II. O planejamento global é a combinação de todos os planos existentes na organização; 
III. O planejamento é um processo linear; 
IV. O planejamento em bibliotecas e unidades de informação localiza-se, frequentemente, nos níveis 
estratégico e intermediário; 
V. O planejamento de longo prazo, em função de seu horizonte temporal mais amplo, é mais qualitativo 
que quantitativo. 
Está correto o que consta APENAS em: 
a) I, II e V. 
b) I, IV e V. 
c) I, II e IV. 
d) I, II e III. 
e) II, IV e V. 
 
Questão 7: Quanto à avaliação de serviços e produtos, sob a ótica da qualidade, oferecidos em 
unidades de informação, é correto afirmar: 
a) Avaliação se faz necessária quando se deseja definir propósitos, delimitar objeto, valorar a qualidade 
do programa em sua totalidade ou em algumas de suas variáveis e elementos; 
b) Há vários critérios que podem ser adotados para avaliar serviços bibliotecários, dentre eles pode-se 
citar: atendimento, especificações dos dados coletados, relações dos dados com outros serviços; 
c) A avaliação tem por objetivo verificar possíveis falhas nos serviços prestados e, a partir daí, traçar ações 
para sua correção e consequentemente para sua desativação seqüencial; 
d) Avaliação é um processo mediante o qual se colhe e interpreta-se, formal e sistematicamente, a 
informação pertinente sobre suas atividades, permitindo produzir juízos de valor e tomada de decisão. 
20 
 
 
Questão 8: A fase final do processo administrativo é o controle. À medida que a organização caminha 
na realização de seus objetivos, os gerentes devem: 
a) definir novas metas, buscando maximizar o investimento financeiro da organização; 
b) aprimorar os mecanismos de controle e definição de responsabilidades, de maneira a evitar 
retrocessos e substituição de funcionários inadequados; 
c) ampliar os objetivos anteriormente definidos, de forma a adequá-los ao novo momento institucional; 
d) rever as funções e a cadeia escalar, incorporando novas especializações e habilidades do capital 
intelectual; 
e) monitorar o progresso para se assegurar de que a empresa se comporta de modo a realmente alcançá-
los no período programado. 
 
Questão 9: Uma biblioteca universitária “do futuro” terá de confrontar sua função, recursos e política 
tradicionais com novas formas possíveis, decorrentes de mudanças tecnológicas, sociais e da própria 
universidade. Alguns aspectos, contudo, serão cruciais para se construir uma nova biblioteca 
universitária. Os principais aspectos que influenciarão nessa mudança são relativos: 
A) ao financiamento, à organização da informação, ao ensino à distância e ao acervo; 
B) à estrutura, ao financiamento, ao público e aos serviços e produtos; 
C) ao público, à tecnologia, ao acervo informacional e à organização do acervo; 
D) à tecnologia, à biblioteca digital, às instalações físicas e à organização do acervo. 
 
Questão 10: Consiste no planejamento, na organização, no desenvolvimento, na coordenação e no 
controle de técnicas capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo em 
que a organização representa o meio que permite às pessoas que com ela colaboram alcançar os 
objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho. Trata-se: 
A. da administração de recursos humanos. 
B. do setor de recursos humanos. 
C. do processo de seleção e recrutamento de pessoal. 
D. da análise de cargos. 
E. da gestão estratégica do capital humano. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, M. C. B. Planejamento de bibliotecas e serviços de informação. 2. ed. Brasília: Briquet de 
Lemos, 2005. 
 
CUNHA, M. B. Construindo o futuro: a biblioteca universitária em 2010. Ciência da Informação, v. 29, n. 1, 
2009. 
 
LEITÃO, B. J. M. Avaliação qualitativa e quantitativa numa biblioteca universitária. Rio de Janeiro: 
Interciência, 2005. 
 
LUBISCO, N. M. L. (Org.). Biblioteca universitária: elementos para o olanejamento, avaliação e gestão. 
Salvador: EDUFBA, 2011. 
 
MACIEL, A. C.; MENDONÇA, M. A. R. Bibliotecas como organizações. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. 
 
VERGUEIRO, V.; MIRANDA, A. C. D. (Org.). Administração de unidades de informação. Rio Grande: FURG, 
2007. 
21 
 
MÓDULO II 
 
 
 
O ACERVO DA BIBLIOTECA 
UNIVERSITÁRIA 
 
AULA II: Formação, desenvolvimento, gestão e preservação de 
coleções 
 
AULA III: Fontes de informação e Bibliotecas Digitais 
 
AULA IV: O periódico científico, Open Archives e Recursos 
informacionais
 
22 
 
AULA II: Formação, desenvolvimento, 
gestão e preservação de coleções 
 
 
Docente responsável: Jorge Santa Anna 
Bibliotecário atuante no ramo da Consultoria e Metodologia de Trabalhos Científicos. Professor de 
Metodologia de Pesquisa e aulas particulares de Biblioteconomia e áreas correlatas. Mestrando do 
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Organização do Conhecimento, da UFMG. Atua há mais de oito 
anos na Normalização Bibliográfica, com vasta produção bibliográfica publicada em periódicos científicos. 
Membro do comitê editorial da Revista Pró-Discente. 
 
CONTEÚDOS DA AULA 
ASSUNTOS 
1 – Formação, 
desenvolvimento, 
gestão e preservação 
de coleções;
1.1 – Políticas, rotinas 
e processos.
VERGUEIRO, W. Seleção de materiais 
de informação: princípios e técnicas. 
Brasília: Briquet de Lemos, 2010.
WEITZEL, S. R. Elaboração de uma 
política de desenvolvimento de 
coleções em bibliotecas universitárias: 
Rio de Janeiro: Interciência, 2013.
MOTTAR, R.; CARVALHO, M. C.; 
FERNANDES, C. A. A preservação de 
acervos de bibliotecas e sua 
importância na atualidade: a ótica dos 
bibliotecários da UFMG, Informação e 
sociedade, João Pessoa, v. 15, n. 1, 
2005. Periódico
 
 
23 
 
2 FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, GESTÃO E PRESERVAÇÃO DE COLEÇÕES 
 
A formação e desenvolvimento de coleções é um processo comumente realizado em bibliotecas, 
embora não tenha o destaque e valor como acontece com outras atividades bibliotecárias (VERGUEIRO, 
2010; WEITZEL, 2013). 
A prática de formar e desenvolver coleções data dos primórdios (bibliófilos), mas a atividade 
tornou-se científica a partir da década de 1979, sendo incorporada aos currículos acadêmicos 
(VERGUEIRO, 2010; WEITZEL, 2013). 
O desenvolvimento de coleções é visto por uma perspectiva que indica as atividades (etapas) do 
processo como essenciais e ainda afirmam que cada uma das etapas não deve ser executada de forma 
isolada, isto é, precisam ser consideradas como subsistemas – partes de um todo. Trata-se de uma 
atividade processual, integrada e sistêmica, tendo como modelo principal de estudo, o modelo sistêmico 
e integrado formulado pelo bibliotecário norte-americano, Edgard Evans, na década de 1970, conforme 
demonstrado na figura abaixo: 
 
 
2.1 A PERSPECTIVA SISTÊMICA PARA O DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES – MODELO DE EVANS 
A perspectiva sistêmica atribuída ao desenvolvimento de coleções recebe características 
adicionais importantes para o processo e política, isto é, o processo é visto como cíclico, ininterrupto e 
contínuo (VERGUEIRO, 2010; WEITZEL, 2013). 
Essas características revelam que o processo deve ser uma atividade rotineira e contínua da 
biblioteca, executada por bibliotecários. Só assim o desenvolvimento de coleções garante sua efetividade. 
ETAPAS DO MODELO DE EVANS 
1 - estudo da comunidade; 
2 - política de seleção; 
3 - seleção; 
4 - aquisição; 
5 - desbaste, incluindo descarte; 
6 - avaliação da coleção (VERGUEIRO, 2010; WEITZEL, 2013). 
O processo de desenvolvimento de coleções, na abordagem sistêmica, é aquele queidentifica 
pontos fortes e fracos de uma coleção em relação às necessidades dos usuários, que visa corrigir as 
fraquezas e que requer constante avaliação dos recursos da biblioteca e, ainda, o estudo das 
necessidades dos usuários, o que servirá de base para o planejamento das mudanças que deverão ser 
realizadas. A integração das etapas do Modelo de Evans é apresentada na figura, a seguir: 
24 
 
1 - Formação, desenvolvimento, gestão e 
preservação de coleções 
ETAPAS DO MODELO DE EVANS
Estudo da 
comunidade
Política de 
seleção
Seleção
Aquisição Desbastamen
to Avaliação
(VERGUEIRO, 2010; WEITZEL, 2013)
 
Processo de desenvolvimento de coleções deve ser caracterizado como um processo heterogêneo, 
uma vez que ele não se define da mesma forma em todas as bibliotecas, isto é, o processo se define de 
um modo específico a partir do tipo, missão e funções de cada biblioteca (VERGUEIRO, 2010; WEITZEL, 
2013). 
A analogia do guarda-chuva pode ser útil para explicar conceitualmente a relação entre o processo 
e política de desenvolvimento de coleções com suas respectivas etapas, bem como a relação da 
interdependência entre elas. Cada etapa é formada por seu respectivo processo e política, e juntas, 
formam o conceito de Desenvolvimento de Coleções (WEITZEL, 2013, p. 20-21). 
O Desenvolvimento de coleções, segundo a metáfora do guarda-chuva de Simone Weitzel (2013), 
contempla as seguintes etapas: 
• 1 - Estudo da comunidade: é uma investigação de primeira mão, uma análise e coordenação dos 
aspectos econômicos, sociais e de outros aspectos inter-relacionados de um grupo selecionado. 
Um trabalho de pesquisa junto à comunidade, que exige equipe qualificada (WEITZEL, 2013, p. 
27). 
• 2 - Política de seleção: é um instrumento de trabalho primariamente destinado a dar suporte às 
decisões de seleção e deve informar: a identificação dos responsáveis de seleção; os critérios 
utilizados no processo; os instrumentos auxiliares; as políticas específicas; os documentos 
correlatos (WEITZEL, 2013). 
• 3 - Seleção: é o “processo de tomada de decisão título a título” (FIGUEIREDO, 1998, p. 84). 
Aquisição “é o processo que implementa as decisões tomadas no processo de seleção” 
(FIGUEIREDO, 1998, p. 84-85) (MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 20). 
• Aquisição: etapa considerada como o processo operacional da seleção. Diz respeito ao momento 
em que os materiais são devidamente adquiridos pela instituição, incluindo as modalidades de 
aquisição, o contato com fornecedores, os primeiros registros de identificação dos itens, além de 
uma série de procedimentos administrativos (VERGUEIRO, 2010) 
• 5 - Política de aquisição deve reunir os seguintes elementos: “responsabilidade pela atividade; 
definição das prioridades da aquisição; determinação de fontes de financiamento e captação de 
recursos; estabelecimento de diretrizes para alocação dos recursos; detalhamento dos 
procedimentos e rotinas para compra, doação e permuta; definição dos instrumentos auxiliares 
aplicáveis para aquisição; orientações para a escolha dos fornecedores; definir os critérios para o 
registro das diferentes coleções para fins de identificação de patrimônio; descrição da participação 
da biblioteca em planos ou programas de aquisição cooperativa; adoção de programas para o 
controle e acompanhamento dos processos de aquisição” (WEITZEL, 2013, p. 51-56). 
• 6 – Desbastamento: é o ajuste do acervo às necessidades da comunidade e à missão institucional. 
A implementação de suas ações trazem como consequência a renovação de espaços para o 
armazenamento, contribuindo ainda mais para melhorar o acesso dos usuários ao material. 
Importante considerar outro conceito de desbastamento e a relação com descarte, que é: 
desbastamento consiste na retirada de documentos pouco utilizados pelos usuários, de uma coleção de 
uso frequente para outros locais – os depósitos especialmente criados para abrigar este material de 
25 
 
consultas eventuais. Já o descarte, consiste na retirada definitiva do material do acervo da biblioteca, com 
a correspondente baixa nos arquivos de registro da mesma (MACIEL; MENDONÇA, 2006, p. 25). 
• 7 - Política de desbastamento: deve considerar quatro elementos “responsabilidade pelo 
processo; critérios; métodos; aspectos legais e administrativos” (WEITZEL, 2013, p. 68). 
A política de desbastamento tem como principal função a definição de critérios que conduziram o 
processo de desbastamento, incluindo o descarte. Portanto, é importante estabelecer os responsáveis 
pelo processo, os métodos que serão aplicados e ainda atentar para os aspectos legais e administrativos. 
 Slote (1997 apud WEITZEL, 2013, p. 71), ao falar a respeito dos métodos para o desbastamento, 
enumera estes métodos e afirma que eles devem ser baseados na avaliação sistemática de coleções, 
principalmente levando em conta os dados que ilustram a baixa circulação de materiais e o próprio 
desbastamento contínuo. 
• 8 – Avaliação: Avaliação “é, efetivamente, uma avaliação dos seus métodos de seleção” 
(FIGUEIREDO, 1998, p, 97-98). 
• 9 – Política de avaliação: deve considerar três elementos: “quem será o responsável pelo 
processo; definição de padrões e critérios e metodologias; métodos a serem empregados” 
(WEITZEL, 2013, p. 61) 
 
2.2 POLÍTICAS, ROTINAS E PROCESSOS 
 
2.2.1 Política de desenvolvimento de coleções 
 
Na visão de Weitzel (2013), uma política de desenvolvimento de coleções, no âmbito das 
bibliotecas universitárias, deve ser conduzida/formalizada em obediência a doze passos, conforme 
descritos no quadro a seguir: 
 
 
2.3 AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES 
No que tange à avaliação, ela consolida-se como resultado concreto, o qual possibilita a 
identificação das obras que apresentam um tempo médio aceitável ou não sem uso, denominado por 
Slote (1997) de ‘tempo de estante’, bem como a busca de uma alternativa para estimular o uso, caso a 
obra ainda seja de relevância, ou desbastá-la (WEITZEL, 2013, p. 65). 
A avaliação permite a segurança na tomada de decisões e ainda pode melhorar o direcionamento 
da formação e desenvolvimento de coleções, trazendo benefícios para os usuários e para a própria 
biblioteca. 
Qualquer avaliação a que a biblioteca seja submetida deve se preocupar em determinar em que 
medida ela desempenha com êxito essa função de interface (LANCASTER, 1996 apud WEITZEL, 2013, p. 
56). 
 
 
2.4 CONSERVAÇÃO, PRESERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE COLEÇÕES 
 
26 
 
Além das etapas indicadas, a literatura especializada em coleções indica outros elementos e 
aspectos que podem ser considerados correlatos e possuem uma relevância para a formação e 
desenvolvimento de coleções, como: 1 - a conservação (medidas ou ações direcionadas a preservar ou 
restauração dos documentos); 2 - a preservação (medidas ou ações que visam proteger, preservar e 
manter a longevidade dos documentos); 3 - o compartilhamento de recursos; 4 - os direitos autorais; 5 - 
o armazenamento, entre outros (WEITZEL, 2013). 
Em diversas partes do mundo, é possível perceber estágios avançados de degradação de acervos, 
tendo, como causas principais os fatores climáticos, dotação orçamentária insuficiente, locais 
inadequados de armazenamento, utilização de materiais não tratados e de técnicas superadas nos 
reparos e restauração, mas, também e, em grande parte, causados pela negligência na manipulação e 
falta de pessoal especializado na área (CARVALHO; MOTTA; FERNANDES, 2005). 
Há um baixo nível de sensibilização e conscientização por parte de profissionais da informação e 
de usuários acerca do valor social do patrimônio documental mantido pelas bibliotecas (CARVALHO; 
MOTTA; FERNANDES, 2005). 
 Contudo, para que se evitem distorções graves em investigações desse tipo, é necessário 
contextualizar o olhar do indivíduo para os bens culturais do seu tempo colocando o valor atribuído a tais 
bens como inter-relacionado a outras percepções (ou falta de) culturais e sociais (CARVALHO; MOTTA; 
FERNANDES, 2005). 
Há diferenças entreos termos preservação, conservação e restauração caracterizados, cada um, 
como: 
PRESERVAÇÃO: tem um sentido abrangente, incluindo todas as considerações administrativas baseadas 
em políticas estabelecidas que devem prever desde o projeto de edificações e instalações, até a seleção, 
aquisição, acondicionamento e armazenamento dos materiais informacionais, assim como o treinamento 
de usuários e de pessoal administrativo; 
CONSERVAÇÃO: implica em técnicas e práticas específicas relativas à proteção de materiais de diferentes 
formatos e natureza física (papel, tecido, couro, registros magnéticos) contra danos, deterioração e 
decomposição; 
RESTAURAÇÃO: compreendam-se as intervenções técnicas sobre os componentes materiais de um 
documento já deteriorado, praticadas por especialistas em laboratório. 
Estudo realizado por Carvalho, Motta e Fernandes, em 2005, no âmago do Sistema de Bibliotecas 
da UFMG, detectou que, na percepção dos bibliotecários entrevistados: 1 - a maior parte dos 
bibliotecários participantes da pesquisa se mostrou hesitante entre a pretensa obrigação de fazer eles 
próprios, os reparos de conservação; 2 - o papel gerencial de estabelecer e fiscalizar a aplicação de 
políticas de preservação de acervos, de planejar e desenvolver programas de educação de usuários e de 
funcionários, além de alocar recursos para a preservação; 3 - Reconhecem a universidade como lugar de 
produção e de manutenção do patrimônio cultural de um país, mas contraditoriamente, não estão 
suficientemente preparados como gerentes do acervo documental da Instituição. 
Além disso, o estudo mencionado descreveu as principais práticas realizadas no SB da UFMG, que 
são: 1 - limpeza dos documentos e estantes: apenas três informantes declararam no questionário ser 
esta uma prática em suas bibliotecas; 2 - reparos gerais: mais da metade dos informantes apontou os 
pequenos reparos em documentos como a prática mais frequente nas suas bibliotecas; 3 - encadernação: 
executada na própria unidade foi apontada por dois informantes; 4 - educação/treinamento de 
usuários/funcionários: apenas cinco respondentes apontem a educação de usuários como ação de 
preservação praticada em suas bibliotecas (CARVALHO; MOTTA; FERNANDES, 2005). 
 
 
2.5 SELEÇÃO DE COLEÇÕES 
 
 Descrevendo com mais detalhes a fase da seleção, é preciso considerar a importância da etapa de 
seleção para qualquer biblioteca e aqui ela pode ser indicada como uma das etapas que mais 
27 
 
complementam a avaliação e o desbastamento em bibliotecas especializadas, uma vez que essas etapas 
encontram-se diretamente relacionadas, pois indicam o que deve entrar, permanecer, ser remanejado e 
ser descartado do acervo. Afinal, a seleção é uma tomada de decisão que requer planejamento, é a 
escolha de materiais que corresponde à necessidade informacional dos usuários da biblioteca 
(VERGUEIRO, 2010). 
Há um momento em que a decisão está nas mãos do bibliotecário, sobretudo quando da 
incorporação de quaisquer itens no acervo, considerando a sistematização do item no conjunto 
bibliográfico, quanto à satisfação das demandas institucionais e dos usuários (VERGUEIRO, 2010). 
A seleção deve ser norteada por critérios pré-estabelecidos, para que o acervo possa ser 
desenvolvido de forma racional, equilibrada e atenda as demandas. Para isso: 
1 - o bibliotecário conhece, ou deveria conhecer, o acervo sob sua responsabilidade, sabendo 
melhor do que ninguém em que aspectos ele está fraco, em que aspectos ele está forte, em que aspectos 
ele atingiu um estágio ideal de desenvolvimento; 
2) - o bibliotecário conhece, ou deveria conhecer, o usuário cujas necessidades informacionais 
tem por obrigação procurar atender, sabendo avaliar objetivamente suas demandas e diferenciando as 
que têm características mais duradouras, ligadas a necessidades reais, das que são ditadas por tendências 
esporádicas, influência dos meios de comunicação de massa ou de modismo (VERGUEIRO, 2010). 
A função decisória do bibliotecário manifesta-se - individualmente (responsável pela seleção); e - 
coletivamente (coordenador da comissão de seleção). A comissão de seleção pode ser designada da 
seguinte forma: - comissão deliberativa de seleção (bibliotecário participa como membro ou 
coordenador); - comissão consultiva de seleção (visa a assessorar o responsável pela seleção); - o 
bibliotecário faz a seleção dos materiais. Uma das maiores críticas no que tange à conduta do 
bibliotecário é a de que nem sempre esse profissional conhece aquelas realidades (a coleção e a 
comunidade usuária) (VERGUEIRO, 2010). 
A objetividade constitui uma meta sempre almejada na seleção, de modo que não haja o risco de 
surgir acusações de favoritismo ou ineficácia por parte dos usuários que, porventura, não se sintam 
satisfeitos com os materiais selecionados (VERGUEIRO, 2010). 
A fim de evitar isso, o bibliotecário deve demonstrar que os materiais foram selecionados segundo 
parâmetros objetivos de qualidade ou de necessidade. Daí a importância das políticas devidamente 
elaboradas e utilizadas no processo de seleção (VERGUEIRO, 2010). 
Considerações gerais que influenciam a seleção – Critérios gerais. São critérios pré-determinados 
segundo razões objetivas: 1 - o assunto (área de cobertura da coleção <=> estudo de comunidade); 2 - o 
usuário; 3 - o documento (em si, sua relação com os demais itens da coleção <=> avaliação da coleção); 4 
- o preço; 5 - outras questões complementares: material mais suscetível a furto, vandalismo ou 
mutilações; assuntos polêmicos; qualidade do material (VERGUEIRO, 2010). 
Por sua vez, são considerações específicas que influenciam a seleção – Critérios específicos: 1 - 
Segundo o conteúdo: autoridade; precisão; imparcialidade; atualidade; cobertura/tratamento; 2 - 
Segundo a adequação ao usuário: conveniência; idioma; relevância/interesse; estilo; 3 - Segundo os 
aspectos adicionais: características físicas do documento; aspectos especiais; contribuição potencial; 
custo (VERGUEIRO, 2010). 
Existem mecanismos para identificação, avaliação e registro da Organização e do Processo de 
Seleção. Esses mecanismos podem ser: 1 - formulários para indicação e seleção de títulos (sujeito da 
indicação e o material indicado); 2 - instrumentos auxiliares da seleção: catálogos e listas de editoras, 
dentre outros materiais para acesso às fontes; 3 - política de seleção: contempla os critérios e demais 
diretrizes que determinam as ações (VERGUEIRO, 2010). 
Destaca-se, no processo de seleção as chamadas Listas de desiderada, demanda reprimida e 
sugestões, os quais são instrumentos quase sinônimos, pois se referem a materiais que a biblioteca está 
considerando incorporar ao acervo. A lista de desiderata é a lista de materiais que a biblioteca deseja 
adquirir, a maioria dos itens já selecionados; a Demanda reprimida manifesta-se como uma expressão 
pouco simpática, indica títulos procurados pelos usuários e não possuídos pela biblioteca, mas também 
28 
 
pode referir-se aos indicados pelos usuários; por fim, a lista de sugestões é a lista sugerida por usuários, a 
qual ainda será levada para análise da comissão. Essas regras nem sempre são aplicadas em todas as 
bibliotecas (VERGUEIRO, 2010). 
No que se refere às funções dos instrumentos auxiliares da seleção, destacam-se que eles: 
ampliam o conhecimento de bibliotecários e usuários sobre os materiais de informação correntes; 
possibilitam a identificação e complementação de falhas no acervo; proporcionam juízos avaliativos dos 
materiais disponíveis. Existem tipologias de instrumentos auxiliares da seleção, que são: Catálogos de 
Editores, Folhetos etc., Resenhas, Bibliografias e listas de livros recomendado (VERGUEIRO, 2010). 
No processo de seleção, devido à sua complexidade, é de suma importância estabelecer, também, 
uma política específica de seleção. A importância do documento formal de política de seleção é: 1 - 
administrativa: continuidade dos critérios além da presença física de um bibliotecário;2 - comunicativa: 
relações públicas entre a biblioteca e os usuários (VERGUEIRO, 2010). 
A política representa o instrumento de resistência e gerência de conflitos em torno da coleção. É 
composta pelos elementos: a identificação dos responsáveis pela seleção; os critérios adotados no 
processo; os instrumentos auxiliares; as políticas específicas; os documentos correlatos (VEGUEIRO, 
2010). 
 
 
2.6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 1 - O processo que implica o remanejamento de unidades do acervo para outros locais 
controlados, como parte das atividades de formação e desenvolvimento de coleções, é denominado: 
A) descarte. b) preservação. c) conservação. d) desbastamento. e) disseminação. 
 
Questão 2 - O desenvolvimento de coleções é, acima de tudo, um trabalho de planejamento que exige 
comprometimento com metodologias. Avalie as afirmativas e assinale a alternativa INCORRETA com 
relação ao desenvolvimento de coleções: 
a) Efetuar o processo de compra dos materiais é uma das atribuições básicas do trabalho de aquisição 
para a biblioteca. 
b) O processo do desenvolvimento de coleções é centrado no bibliotecário e apresenta as seguintes fases: 
estudo da comunidade, políticas de seleção, seleção, aquisição, desbastamento, avaliação da coleção. 
c) Entre os muitos instrumentos auxiliares à seleção, disponíveis aos bibliotecários, podemos destacar: 
catálogos de editores, resenhas, bibliografias e livros recomendados. 
d) O bibliotecário norte-americano Edward Evans, autor do modelo do processo sobre desenvolvimento 
de coleções, salienta que o processo é descontínuo e possui começo/fim bem definidos. 
e) As metodologias quantitativas, qualitativas e fatores de uso, classificadas por Lancaster, podem ser 
utilizadas no processo de avaliação da coleção. 
 
Questão 3 - Aquisição é: 
A. a atividade especializada que, junto com a doação, constitui o processo de desenvolvimento de 
coleções. 
B. a administração dos recursos da biblioteca por meio dos procedimentos de levantamento, seleção e 
compra de materiais. 
C. o procedimento de compra de materiais, direta ou por licitação pública, de acordo com as normas da 
instituição. 
D. a etapa administrativa do desenvolvimento de coleções realizada por meio da compra, doação e/ou 
permuta de materiais. 
E. a política de desenvolvimento de coleções que avalia a necessidade de compra de materiais para o 
acervo. 
 
29 
 
Questão 4 - Desenvolvimento de coleções é: 
 A) um processo linear, com atividades regulares que busca criar mecanismos para o financiamento de 
materiais informacionais. 
B) um processo sistêmico, seguindo um único padrão para todas as bibliotecas ou unidades de 
informação. 
C) um processo cíclico, ininterrupto e com atividades regulares e contínuas, levando-se em conta a 
especificidade de cada biblioteca ou unidade de informação. 
D) um delineamento das seguintes etapas: estudo da comunidade, seleção, aquisição e 
acondicionamento do material bibliográfico no contexto particular das bibliotecas ou unidades de 
informação. 
E) um plano de trabalho, entretanto, o desenvolvimento de coleções não é caracterizado como atividade 
rotineira nas bibliotecas. 
 
Questão 5 - Os processos de retirada de títulos ou partes da coleção para outros locais menos acessíveis e 
de retirada para fins de doação, correspondem, respectivamente, às atividades de 
 (A) preservação e remanejamento. 
(B) desbastamento e seleção. 
(C) descarte e preservação. 
(D) seleção negativa e desbastamento. 
(E) remanejamento e seleção negativa. 
 
Questão 6 - Um documento de política de seleção deve ter como componentes: 
(A) identificação dos responsáveis pela seleção de materiais, critérios utilizados no processo de aquisição 
e políticas específicas de conservação e preservação. 
(B) critérios utilizados no processo, instrumentos auxiliares, políticas específicas para tombamento e 
documentos correlatos. 
(C) identificação dos responsáveis pela seleção de materiais, critérios utilizados no processo, 
instrumentos auxiliares, políticas específicas para seleção e documentos correlatos. 
(D) critérios utilizados no processo, instrumentos auxiliares, políticas específicas de conservação e 
preservação e documentos relacionados à aquisição das obras. 
(E) identificação dos responsáveis pela aquisição de materiais, instrumentos auxiliares, políticas 
específicas de conservação e preservação e documentos relacionados à aquisição das obras. 
 
Questão 7 - O desenvolvimento de coleções na biblioteca deve incluir: 
(A) política da seleção, alocação de recursos e planejamento de compartilhamento, avaliação de coleções 
para descarte, desbastamento e armazenagem em depósitos. 
(B) avaliação da coleção atual para descarte, desbaste ou armazenagem em depósitos e distinção entre os 
procedimentos financeiros, de aquisição e processamento técnico. 
(C) alocação de recursos, reavaliação de coleções, descarte, armazenagem em depósitos, distinção clara 
entre os procedimentos de aquisição e catalogação. 
(D) análise de recursos de aquisição cooperativa, avaliação das necessidades dos usuários, reavaliação dos 
formatos e processos de tratamento do material adquirido. 
(E) pesquisa sobre práticas de doação, permuta, seleção e aquisição, reavaliação das aquisições 
efetuadas, análise das práticas de formas de pesquisa e recuperação do material. 
 
Questão 8 - Quanto à seleção de documentos eletrônicos, é correto afirmar que 
(A) devem ser considerados aspectos de conteúdo de acordo com parâmetros de assunto definidos, 
facilidade de acesso, compatibilidade, suporte e custo. 
(B) em termos de acesso, os documentos devem apresentar mecanismos de busca complexos que 
permitam atingir resultados mais completos. 
30 
 
(C) para documentos de acesso aberto, deve-se verificar a autorização do fornecedor para acesso em 
rede local e número de usuários. 
(D) por serem recursos de interesse para os usuários nativos digitais, podem ter critérios de avaliação que 
flexibilizem os padrões de qualidade da coleção. 
(E) as considerações de conteúdo devem ser diferentes daquelas feitas para documentos impressos, na 
medida em que se trata de outro suporte físico. 
 
Questão 9 - Segundo Weitzel (2006), “[…] o bibliotecário selecionador deve investir em um trabalho de 
prospecção de materiais de interesse para a biblioteca. […] Para que este trabalho de prospecção alcance 
seu objetivo, é necessário definir quais são as fontes de informação que servirão de instrumentos 
auxiliares”. Nesse trecho, o termo trabalho de prospecção refere-se a uma atividade da etapa do 
processo de desenvolvimento de coleções denominada: 
a) seleção. 
b) aquisição. 
c) estudo da comunidade. 
d) desbastamento e descarte. 
 
Questão 10 - Para a elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções, Weitzel (2013) 
apresenta elementos sob a forma de doze passos. Abaixo são citados alguns desses elementos. Numere-
os na sequência em que os autores que trabalham com política e desenvolvimento de coleções 
recomendam. 
• ( ) Avaliação da política 
• ( ) Descrever a política de seleção 
• ( ) Perfil da comunidade 
• ( ) Descrever o processo e a política de aquisição 
• ( ) Perfil das coleções 
• ( ) Identificação da missão e objetivos institucionais 
• Qual a sequência recomendada? 
a) 6, 2, 5, 4, 1, 3 b) 6, 4, 2, 5, 3, 1 c) 4, 6, 2, 3, 1, 5 d) 4, 5, 1, 3, 2, 6 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
VERGUEIRO, W. Seleção de materiais de informação: princípios e técnicas. Brasília: Briquet de Lemos, 
2010. 
 
WEITZEL, S. R. Elaboração de uma política de desenvolvimento de coleções em bibliotecas 
universitárias. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2013. 
 
MOTTAR, R.; CARVALHO, M. C.; FERNANDES, C. A. A preservação de acervos de bibliotecas e sua 
importância na atualidade: a ótica dos bibliotecários da UFMG, Informação e sociedade, João Pessoa, v. 
15, n. 1, 2005. 
 
 
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AULA III: Fontes de Informação e 
Bibliotecas Digitais 
 
 
Docente responsável: Jorge

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