Hipotireoidismo: sintomas e complicações

@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Hipotireoidismo Quadro clínico em que o individuo apresenta redução dos hormônios tireoidianos, com consequente redução da taxa metabólica do organismo. O acúmulo de proteoglicanos ( liberado por fibroblastos por conta do aumento do TSH), atraem agua para os tecidos ( são hidrofílicos ) gerando um edema característico, duro, chamado de mixedema . O paciente pode apresentar fácies mixedematosas, macroglossia, rouquidão ( por acúmulo nas cordas vocais ). O paciente se apresenta com intolerância ao frio, com produz calor corporal suficiente , deprimido, sonolento , com reflexos tendinosos hipoativos.

Edema de membros inferiores por diminuição do controle cardiovascular ( Diminuição do tônus adrenérgico, consequente diminuição da densidade de receptores, com tendência a bradicardia e baixa contratilidade miocárdica ). A diminuição de receptores B2 , acabam por fazer vasoconstricção periférica, assim a pressão arterial diastólica se da aumentada e pelo baixo debito cardíaco a sistólica se da diminuída, gerando pressões arteriais convergentes. Risco cardiovascular aumenta por maior pressão diastólica e menor metabolização de lipídeos ( aumento do colesterol ). Pacientes em uso de estatinas podem sofrer mais com as miopatias, além do fármaco, o hipotireoidismo aumenta a deposição de fibratos no músculo, podendo cursar com rabdomiólise.

Os pacientes por terem diminuição do metabolismo e consequente diminuição do consumo energético, a produção de glicose diminui e o individuo pode cursar com hipoglicemia no jejum. A redução da taxa de filtração glomerular resulta em acumulo de líquidos favorecendo mais o edema e poder dar hiponatremia dilucional. Alterações no trato gastrointestinal incluem redução do peristaltismo com diminuição da absorção de nutrientes, como vitamina B12 ( Cobalamina), podendo levar a anemia macrocítica. Se sangramento menstrual aumentado pode cursar com microcítica por perda de ferro. Paradoxalmente pode cursar com amenorreia, galactorreia e infertilidade, pois o TRH pode estimular a hipófise a liberar prolactina, inibindo o eixo FSH/LH.

Algumas manifestações peculiares: Coloração alaranjada da pele -> O T3 ajuda no metabolismo da vitamina A ( retinol (animal) , provitamina A (vegetal )), transformando betacaroteno em retinol. Assim na falta de T3 ocorre acúmulo de betacaroteno dando essa coloração à pele.

A causa mais comum de hipotireoidismo é por Tireoidite de Hashimoto ( 90%) , sendo essa por citotoxicidade celular, causando agressão e destruição da glândula ( de inicio pode haver aumento da produção dos hormônios pela inflamação da tireoide, mas depois a glândula é destruída). Tem risco de desenvolver linfoma, mas a conduta é a mesma em identificar. Pode haver anticorpos positivos contra a glândula (anticorpo tireoide peroxidase (TPOAc); Anticorpo tireoglobulina (TgAc); mas a lesão em si é por mecanismo celular. Auto anticorpos positivos não definem a doença, geralmente o TPOAc está alto. Eventualmente o paciente pode apresentar lesão central , assim o FSH estará diminuído, reduzindo o estimulo à glândula tireoide e consequente T3/T4 baixos ou o TSH pode estar normal mas sem o feedback positivo da glândula periférica.

Hipotireoidismo: sintomas e complicações

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