Buscar

AULA 04 - LEGISLAÇÃO ESTADUAL (LEI 053-2001)

Prévia do material em texto

Livro Eletrônico
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito
Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 1 
62 
 
1. Regime Disciplinar ......................................................................................................... 2 
1.1. Os Deveres dos Servidores .......................................................................................................... 2 
1.2. As Proibições aos Servidores ...................................................................................................... 4 
1.3. A Acumulação de Cargos ............................................................................................................ 6 
1.4. As Responsabilidades dos Servidores ......................................................................................... 8 
1.5. As Penas Disciplinares .............................................................................................................. 11 
1.5.1. REPREENSÃO ......................................................................................................................... 12 
1.5.2. SUSPENSÃO ........................................................................................................................... 13 
1.5.3. CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA E DA DISPONIBILIDADE .................................................... 14 
1.5.4. DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO .............................................................................. 14 
1.5.5. DEMISSÃO ............................................................................................................................. 15 
1.6. A Prescrição da Punibilidade .................................................................................................... 21 
2. Resumo da Aula ........................................................................................................... 23 
3. Questões...................................................................................................................... 30 
3.1. Questões Comentadas ............................................................................................................. 30 
3.2. Lista de Questões ..................................................................................................................... 51 
3.3. Gabarito ................................................................................................................................... 61 
4. Considerações Finais .................................................................................................... 62 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
1095179
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 2 
62 
1. REGIME DISCIPLINAR 
 
Caro aluno, nesta aula finalizaremos a nossa análise sobre o Estatuto dos Servidores Públicos de 
Roraima, estudando um dos temas bastante cobrados em provas de concursos: o Regime 
Disciplinar. 
O regime disciplinar a que estão submetidos os servidores públicos do Estado de Roraima está 
tratado nos arts. 109 ao 136 da Lei Complementar RR nº 53/2001. 
Esses artigos versam sobre os deveres, as proibições, as responsabilidades e as penas disciplinares 
previstas para esses servidores públicos. 
Vamos primeiramente conhecer os deveres dos servidores! E aqui já te adianto: tem que 
memorizá-los todos mesmo, não só para a prova, mas e, principalmente, para o seu promissor 
cotidiano como futuro servidor público do Estado de Roraima! 
 
1.1. OS DEVERES DOS SERVIDORES 
 
De acordo com o art. 109 do Estatuto, são deveres fundamentais do servidor público do Estado de 
Roraima: 
 
 
 
 ser assíduo e pontual ao serviço; 
 tratar com urbanidade as pessoas; 
 exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao 
cargo ou função; 
 ser leal às instituições a que servir; 
 observar as normas legais e regulamentares; 
 cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais*; 
 manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
 atender com presteza: 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 3 
62 
 ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as 
protegidas por sigilo; 
 à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de 
situações de interesse pessoal; 
 às requisições para a defesa da Fazenda Pública; 
 levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver 
conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo; 
 zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio 
público; 
 guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
 representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
 
Sobre esse último dever, cabe destacar que a representação deverá ser encaminhada pela via 
hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-
se ao representando ampla defesa. 
*Merece também destaque o dever de obediência. 
Como a administração pública é estruturada hierarquicamente, os servidores têm o dever de 
cumprir as ordens emanadas de seus superiores. Tal dever é decorrência natural do poder 
hierárquico. Entretanto, a Lei RR nº 53/2001 estabelece uma importante ressalva: a hipótese de a 
ordem ser manifestamente ilegal. 
No caso de receber uma ordem manifestamente ilegal, ou seja, uma ordem cuja ilegalidade seja 
indiscutível, o servidor tem que se abster de cumpri-la. Mas não é só isso! Ao mesmo tempo, surge 
para o servidor o dever de representar contra o seu superior que emitiu a ordem manifestamente 
ilegal. 
Por outras palavras, não pode o servidor simplesmente deixar de cumprir a ordem 
manifestamente ilegal e nada mais fazer; ao deixar de cumprir a ordem, o servidor tem, 
simultaneamente, o dever de representar contra quem a emitiu. Tranquilo? 
Agora, atenção: 
 
 
 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 4 
62 
 
 
 
 Será considerado como coautor o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou 
representação a respeito de irregularidades no serviço ou de falta cometida por 
servidor seu subordinado, deixar de tomar as providências necessárias a sua 
apuração. 
 
 
Dito isto, vamos às proibições! 
 
1.2. AS PROIBIÇÕES AOS SERVIDORES 
 
As proibições estão enumeradas no art. 110 do Estatuto. Diferentemente dos deveres, que 
possuem um caráter genérico, as proibições são determinações específicas que, uma vez 
infringidas, acarretam para o servidor penalidades determinadas. Vale dizer, a lei estabelece para 
cada infração e a uma de suas proibições uma certa penalidade. 
Pois bem, em seu art. 110, a Lei RR nº 53/2001 nos ensina que ao servidor é proibido: 
 
 
 
 ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe 
imediato; 
 retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou 
objeto da repartição; 
 recusar fé a documentos públicos; 
 opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução 
de serviço; 
 promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista)Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 5 
62 
 cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o 
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional, 
sindical ou a partido político; 
 recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; 
 exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas 
em lei ou regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos 
de chefia e as comissões legais; 
 celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o 
Estado, por si ou como representante de outrem; 
 manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, 
companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
 valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
 participar da gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, salvo 
a participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em 
que o Estado detenha, direta ou indiretamente, participação do capital social, sendo-
lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; 
 atuar como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando 
se trata de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo 
grau, e de cônjuge ou companheiro; 
 receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de 
suas atribuições; 
 aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 proceder de forma desidiosa; 
 utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades 
particulares ou políticas; 
 cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em 
situações de emergência e transitórias; 
 exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou 
função e com o horário de trabalho. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 6 
62 
 
 
O desrespeito a essas proibições, como já dissemos, leva à aplicação de uma sanção na esfera 
administrativa, respeitado, obviamente, o direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório. 
O Estatuto dos Servidores Públicos de Roraima chama essas sanções de penas disciplinares e elas 
serão estudadas ainda nesta aula. Antes de conhecê-las, entretanto, precisamos ver as regras 
sobre a acumulação de cargos e a responsabilidades dos servidores. 
Vamos lá! 
 
1.3. A ACUMULAÇÃO DE CARGOS 
 
Você que já estudou o Direito Constitucional sabe que a nossa Constituição Federal de 1988 é 
muito clara ao assim dispor, em seu art. 37, inciso XVI: 
 
CF/88: 
Art. 37 (...) 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
 
Pois bem, em seu art. 111, o Estatuto dos Servidores Públicos Civis de Roraima reforça o 
dispositivo constitucional ao estabelecer que, é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos, excetuadas as hipóteses previstas em dispositivos constitucionais. 
A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, empresas e 
fundações públicas, sociedades de economia mista mantidas pelo Poder Público Estadual. 
 
A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada a comprovação da 
compatibilidade de horários. 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 7 
62 
 
 
 
 O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão (a não ser que seja 
de forma interina), nem participar remuneradamente, de mais de um órgão de 
deliberação coletiva. 
 
 
Mas atenção! 
O disposto acima não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de 
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e 
controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que o Estado direta ou 
indiretamente detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser 
legislação específica. 
O servidor vinculado ao regime do desta lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando 
investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, 
salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um 
deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidas. 
 
 
 
 
 Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento do cargo efetivo 
com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas 
remunerações forem acumuláveis na atividade. 
 
 
Sigamos agora com as regras a respeito das responsabilidades dos servidores, um verdadeiro caso 
de amor das bancas! 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 8 
62 
1.4. AS RESPONSABILIDADES DOS SERVIDORES 
 
Caro aluno, estamos diante de um assunto muito, mas muito cobrado em provas e que você deve 
também memorizar ao máximo suas disposições. 
De acordo com o art. 114 do Estatuto, o servidor responde civil (indenização por danos 
patrimoniais ou morais), penal (sanções penais) e administrativamente (penalidades disciplinares) 
pelo exercício irregular de suas atribuições. 
E aí, você precisa separar o joio do trigo sobre cada uma dessas responsabilidades! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada em parcelas 
cujo valor não exceda 10% da remuneração ou provento, na falta de outros bens que assegurem a 
execução do debito pela via judicial. 
 
 
 
 Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda 
Estadual, em ação regressiva. 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 9 
62 
 
Deixa eu te explicar melhor! 
A responsabilidade civil de agentes públicos é do tipo subjetiva, por culpa comum, isto é, eles só 
respondem pelos danos que causarem, por ação ou por omissão, se o Estado provar que houve 
culpa ou dolo (intenção) do servidor. A ação do Estado contra o agente público é denominada ação 
regressiva. 
A ação dita regressiva é sempre uma segunda ação. A primeira ação é movida contra o Estado pela 
pessoa que sofreu o dano. Só depois que for condenado, com trânsito em julgado, nessa primeira 
ação, a indenizar a pessoa que sofreu o dano, é que o Estado, visando a obter o ressarcimento do 
valor que foi condenado a indenizar, passa a ter ação (regressiva) contra o agente público que 
ocasionou o dano. 
Na ação regressiva, o Estado terá que provar que houve culpa ou dolo do agente e, só se conseguir 
provar, será reconhecida a responsabilidade civil do agente perante o Estado. 
Entendido?Sim, professor, mas aí te pergunto: e se o servidor vier a falecer? Está livre de responder perante o 
Estado?! 
Ele sim, mas seus sucessores não! Segundo o que estabelece o §3º do art. 114: 
 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, 
até o limite do valor da herança recebida. 
 
Bom, e sobre a responsabilidade penal, cabe lembrar que ela decorre da prática de atos (ou 
decorre de omissões) definidos em lei como crimes ou contravenções. 
Anota aí mais duas regrinhas boas de prova, que as bancas adoram!! 
 
 
 
 As sanções CIVIS, PENAIS e ADMINISTRATIVAS poderão acumular-se, sendo 
independentes entre si. 
 A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato OU sua autoria. 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 10 
62 
 
Atente-se para o fato de que a segunda informação trata-se de regra geral. Como se pode ver, 
quando a órbita penal está envolvida, é possível ocorrer exceção à regra de independência das 
esferas de responsabilidade, dependendo do conteúdo da sentença penal. 
Assim, na hipótese de um mesmo fato estar tipificado em uma lei penal como crime (ou 
contravenção), enquadrar-se em uma lei administrativa como infração disciplinar e, além disso, 
causar dano patrimonial ou moral a terceiro (responsabilidade civil), a condenação criminal do 
servidor por esse fato, uma vez transitada em julgado, interfere nas órbitas administrativa e cível, 
implicando o reconhecimento automático da responsabilidade do servidor, por esse fato, nessas 
duas esferas. 
A absolvição penal pela negativa de autoria ou pela inexistência do fato também interfere nas 
esferas administrativa e penal (art. 119). Isso porque, se a jurisdição criminal, em que a apreciação 
das provas é muito mais ampla, categoricamente afirma que não foi o agente o autor do fato a ele 
imputado, ou quer nem sequer aconteceu aquele fato, não há como sustentar o contrário nas 
outras esferas. 
Assim, na hipótese de absolvição criminal pela negativa de autoria OU inexistência do fato, 
mesmo que o servidor já tenha sido condenado nas outras esferas pelo mesmo fato - os processos 
de apuração das responsabilidades podem correr separada e independentemente em cada esfera -
, a condenação será desfeita. Se o servidor tiver sido demitido em razão do processo 
administrativo que imputou autoria daquele fato, deverá ser reintegrado por força da sentença 
penal transitada em julgado que o absolva pela negativa de autoria OU pela inexistência do fato. 
Já a absolvição criminal por mera insuficiência de provas, ou por ausência de tipicidade ou de 
culpabilidade penal, ou por qualquer outro motivo, não interfere nas demais esferas! 
Em suma, nosso ordenamento jurídico admite as responsabilidades civil e administrativa com base 
em menos elementos do que os necessários para acarretar a responsabilidade penal. Logo, é 
perfeitamente possível, pelo mesmo fato, um agente público ser condenado administrativamente 
(por exemplo, sofrendo demissão), ser condenado na esfera cível e ser absolvido na esfera penal 
(por exemplo, por insuficiência de provas). 
Em uma situação como essa, mesmo com a absolvição penal, as condenações nas outras esferas 
serão integralmente mantidas, sem sofrerem qualquer interferência da esfera penal. A absolvição 
penal só interfere nas esferas administrativas e cível, relativamente a um determinado fato 
imputado ao agente público, quando a sentença pena absolutória afirma que tal fato não existiu 
ou não foi do agente público a autoria. 
Fechemos nossa aula com o estudo das Penas Disciplinares! 
 
 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 11 
62 
 
1.5. AS PENAS DISCIPLINARES 
 
As penas disciplinares aplicáveis no âmbito do serviço público estadual de Roraima aos seus 
servidores públicos estão enumeradas no art. 120 da Lei RR nº 53/2001. De acordo com esse 
dispositivo, são penas disciplinares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na aplicação das penalidades serão consideradas: 
 a natureza e a gravidade da infração cometida; 
 os danos que dela provierem para o serviço público; 
 as circunstâncias agravantes ou atenuantes; e 
 os antecedentes funcionais do servidor. 
 
ͻ ADVERTÊNCIA 
ͻ SUSPENSÃO 
ͻ CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA OU DE DISPONIBILIDADE 
ͻ DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO 
ͻ DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO COMISSIONADA 
ͻ DEMISSÃO 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 12 
62 
Aqui cabe uma importante reflexão! 
Primeiro de tudo, para a aplicação de qualquer penalidade deve sempre, sem exceção alguma, ser 
assegurado ao servidor o direito constitucional ao contraditório e à ampla defesa (CF, art. 5º, LV). 
Em segundo, a aplicação de sanções disciplinares é, tradicionalmente, apontada pela doutrina 
como hipótese de exercício do poder discricionário. Deve-se atentar que, embora exista alguma 
discricionariedade na graduação das sanções, a margem de liberdade da administração é bastante 
reduzida, especialmente no que concerne à aplicação da penalidade mais grave, a demissão. 
De qualquer forma, concedendo alguma possibilidade de valoração à autoridade competente para 
a aplicação da penalidade, o art. 121 da Lei RR nº 53/2001 estabelece que, na sua aplicação, sejam 
consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida e os danos que dela provierem para o 
serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. 
Embora possa existir alguma discricionariedade na graduação de uma pena disciplinar, ou no 
enquadramento de determinada conduta como infração administrativa "A" ou a infração 
administrativa "B", certo é que nenhuma discricionariedade existe quanto ao dever de punir 
quem comprovadamente tenha praticado uma infração disciplinar. 
Em outras palavras, quando a administração constata que um servidor público, ou um particular 
que com ela possua vinculação jurídica específica, praticou infração administrativa, ela é obrigada 
a puni-lo; não há discricionariedade quanto a punir ou não alguém que comprovadamente tenha 
cometido uma infração disciplinar. O que pode existir é discricionariedade na graduação da pena 
disciplinar, ou mesmo no enquadramento da conduta como infração sujeita a uma ou outra 
penalidade dentre as previstas na lei, mas não há discricionariedade quanto ao dever de punir o 
infrator. 
 
O ato de imposição da penalidade deverá mencionar sempre o fundamento legal e a 
causa da sanção disciplinar. 
 
Vamos ver agora como o Estatuto trata cada uma dessas penalidades! 
 
 1.5.1. REPREENSÃO 
 
A advertência será aplicada por escrito nos casos de inobservância de dever funcional previsto em 
lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave, e 
nos casos de violação das seguintes proibições (art. 110, incisos I a VIII e XI): 
 ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 13 
62 
 retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
 recusar fé a documentospúblicos; 
 opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 
 promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
 cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional, sindical ou a 
partido político; 
 recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; 
 exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei ou 
regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as comissões 
legais; 
 valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da 
dignidade da função pública; 
 
 1.5.2. SUSPENSÃO 
 
A pena de suspensão será aplicada em caso: 
 de reincidência das faltas punidas com advertência; e 
 de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de 
demissão. 
Sobre essa pena, duas informações boas de prova: 
 
 
 
 A pena de suspensão não poderá exceder de 90 dias 
 Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente, 
recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade 
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 14 
62 
 
Existe a possibilidade - e aqui se trata de decisão francamente discricionária - de a administração 
converter a penalidade de suspensão em multa, pois, segundo o art. 123, §2º, quando houver 
conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base 
de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em 
serviço. 
E atenção: 
Falando nisso, os registros funcionais de multa serão automaticamente cancelados após 05 anos, 
desde que neste período o servidor não tenha praticado nenhuma nova infração. O cancelamento 
do desse registro não gerará nenhum direito para fins de concessão ou revisão de vantagens. 
Já as penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso 
de 03 e 05 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, 
praticado nova infração disciplinar. 
 
O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. 
 
 
 1.5.3. CASSAÇÃO DA APOSENTADORIA E DA DISPONIBILIDADE 
 
Essa é bem simples! 
Segundo o art. 128 do Estatuto, será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que 
houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. 
 
 1.5.4. DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO 
 
Na administração pública, há servidores comissionados que não são ocupantes de cargos efetivos, 
ou seja, são pessoas de fora do serviço público, que são chamadas para ocupar determinado cargo 
de confiança de livre nomeação e exoneração. 
Se essas pessoas praticarem determinadas condutas proibidas, elas podem ser penalizadas com a 
destituição do cargo em comissão, e não com a demissão, pois a demissão é pena aplicável apenas 
a servidor ocupante de cargo efetivo. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
==10b60b==
 
 
 
 
 
 15 
62 
 Em seu art. 129, portanto, o Estatuto nos ensina que a destituição de cargo em comissão exercido 
por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de 
suspensão e de demissão. 
Nesses casos, a exoneração desse servidor será convertida em destituição de cargo em comissão. 
 
1.5.5. DEMISSÃO 
 
Se tem uma pena que você precisa memorizar a incidência dela, essa é a demissão! 
 
De acordo com o art. 126 do Estatuto dos Servidores Públicos de Roraima, será aplicada a pena de 
demissão nos casos de: 
 
 
 
 crime contra a administração pública; 
 abandono do cargo; 
Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias 
consecutivos. 
 inassiduidade habitual; 
Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias, 
interpoladamente, durante o período de doze meses. 
 improbidade administrativa; 
 incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
 insubordinação grave em serviço; 
 ofensa física, em serviço a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria 
ou de outrem; 
 aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
 lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 16 
62 
 corrupção; 
 transgressão das seguintes proibições (art. 110, XII a XIX): 
 valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da 
dignidade da função pública; 
 participar da gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, salvo a 
participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que o Estado 
detenha, direta ou indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
 atuar como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se trata de 
benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
 receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições; 
 aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 proceder de forma desidiosa; 
 utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares ou 
políticas; 
 acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
 
 
E aí, sobre essa penalidade e a de destituição de cargo em comissão, o Estatuto nos traz três regras 
importantes e boas de prova em seus arts. 130 e 131. 
Preste bastante atenção! 
 
Regra nº 01: 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão implica a indisponibilidade dos bens 
e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível, nos seguintes casos 
(art. 126, incisos IV, VIII, X e XI do art. 126): 
 improbidade administrativa; 
 aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; 
 corrupção. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 17 
62 
Regra nº 02: 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão incompatibiliza o ex-servidor para 
nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo de 05 anos, se ele infringir as 
seguintes proibições (art. 110, incisos XII e XIV): 
 celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, 
com o Estado, por si ou como representante de outrem; 
 atuar como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo 
quando se trata de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o 
segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
Regra nº 03: (a pior delas!) 
Não poderáretornar ao serviço público estadual o servidor que for demitido ou 
destituído do cargo em comissão pelos seguintes motivos (art. 126, incisos I, IV, VIII, X e 
XI): 
 crime contra a administração pública; 
 improbidade administrativa; 
 aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; e 
 corrupção. 
 
Memorize bem as regrinhas acima, ok? São muito boas de prova! 
Bom, e sobre a acumulação ilegal de cargos, o Estatuto prevê um rito para apuração do fato e 
aplicação da penalidade de demissão. 
E como é esse rito, professor? 
É o seguinte 
 
 Rito Sumário p/ Apuração de Acumulação Ilegal de Cargos 
 
Bom, detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a 
autoridade competente notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para 
apresentar opção no prazo improrrogável de 10 dias, contados da data da ciência e, na hipótese 
de omissão, adotará procedimento sumário para sua apuração e regularização imediata, cujo 
processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 18 
62 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A indicação da autoria dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela 
descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos 
ou entidades de vinculação das datas de ingresso do horário de trabalho e do correspondente 
regime jurídico. 
A comissão lavrará, até 03 dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em 
que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a 
citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de 
05 dias, apresentar defesa escrita, assegurando-lhe vista do processo na repartição, observado o 
disposto nos arts. 157 e 158. 
 
Art. 157. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado 
no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio 
conhecido, para apresentar defesa. 
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será quinze dias a partir da última 
publicação do edital. 
Art. 158. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no 
prazo legal. 
§ 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a 
defesa. 
§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um 
servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo 
nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
1º - instauração, com a publicação do ato que 
constituir a comissão, a ser composta por 02 
servidores ESTÁVEIS, e simultaneamente 
indicar a autoria e a materialidade da 
transgressão objeto da apuração; 
2º - instrução sumária, que 
compreende indiciação, 
defesa e relatório; 
3º - julgamento. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 19 
62 
Pois bem, apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à 
responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a 
licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à 
autoridade instauradora, para julgamento. 
No prazo de 05 dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua 
decisão, aplicando-se, quando for o caso, as penalidades de demissão ou de cassação da 
aposentadoria e da disponibilidade. 
 
 
 
 A opção por um dos cargos pelo servidor até o último dia de prazo para defesa 
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido 
de exoneração do outro cargo. 
 
 
Do contrário, caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de 
demissão (para o servidor ocupante de cargo efetivo), destituição (para o servidor não ocupante 
de cargo efetivo) ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, 
empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou 
entidades de vinculação serão comunicados. 
 
 
 
 
 O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido a esse 
RITO SUMÁRIO não excederá 30 dias, contados da data de publicação do ato que 
constituir a comissão, admitidos a sua prorrogação por até 15 dias, quando as 
circunstâncias o exigirem. 
 
 
Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o 
procedimento sumário acima descrito, observando-se especialmente que: 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 20 
62 
 
 
 a indicação da materialidade dar-se-á: 
 na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência 
intencional do servidor ao serviço superior a 30 dias; 
 no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa 
justificada, por período igual ou superior a 60 dias interpoladamente, durante o período 
de doze meses. 
 após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à 
inocência ou à responsabilidade do servidor, em que: 
 resumirá as peças principais dos autos; 
 indicará o respectivo dispositivo legal; 
 opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao 
serviço superior a trinta dias; e 
 remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento. 
 
Ok, professor, mas entendi as regras até aqui estudadas sobre as penalidades. No entanto, me veio 
uma dúvida: quem tem competência para aplicá-las aos servidores infratores? 
Excelente pergunta! E quem nos responde é o próprio Estatuto em seu art. 135! 
De acordo com esse dispositivo, as penalidades disciplinares serão aplicadas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 21 
62 
 
Tenho séria desconfiança de que as regras de competência acima serão cobradas em sua prova... 
Bom, mas assim como o direito de petição, o direito de o Estado punir alguém não é infinito, ou 
seja, o Estado não pode exercer o direito de punibilidade quando bem entender ou quando lhe der 
na telha. Há também um prazo prescricional para a punibilidade e é o que estudaremos no tópico a 
seguir. 
 
1.6. A PRESCRIÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
Vamos direito ao assunto, pois aqui temos mais uma regrinha boa de prova! 
Em seu art. 136, a Lei Complementar RR nº 53/2001 estabelece que a ação disciplinar prescreverá: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como eu disse, com a prescrição da ação disciplinar, a administração não mais poderá aplicar ao 
servidor a correspondente penalidade. 
E anote aí: 
 
O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 2262 
 
Mas, atenção! Os prazos de prescrição previstos na Lei Penal aplicam-se às infrações disciplinares 
capituladas como crime, ou seja, para crimes previstos no Código Penal Brasileiro, vale os prazos 
de prescrição do próprio Código Penal, e não estes que acabamos de estudar, ok? 
Cabe ressaltar ainda que a abertura de sindicância ou a instauração de processo administrativo 
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. 
Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia que cessar a 
interrupção. 
Ou seja, com a interrupção do prazo prescricional, se desconsiderará todo o período já 
transcorrido até a data da interrupção, isto é, quando cessar a causa de interrupção - se isso 
acontecer -, a contagem recomeçará do zero. 
Exemplo: suponhamos que faltasse 1 ano para a punibilidade de 2 anos (por conta de uma 
suspensão, por exemplo) prescrever e que nessa data em que fez 1 ano houve abertura de 
sindicância para apuração daquela infração disciplinar. A partir da data do fim dessa sindicância, o 
prazo prescricional começa a correr do zero, ou seja, mais 2 anos de prescrição. 
Beleza? 
Bom, é isso! 
Finalizamos o estudo do Estatuto dos Servidores Públicos de Roraima! 
Professor, mas e a parte referente ao Processo Administrativo Disciplinar (PAD) não será 
abordada? 
Será sim, mas como você também terá que estudar o Estatuto da PC-RR e nele há também regras 
para o PAD, semelhantes ao desse Estatuto que estudamos, a experiência de provas nos mostra 
que a banca tenderá a cobrar o PAD do Estatuto da PC-RR, ok? 
Você o estudará com o aprofundamento necessário nas aulas do Prof. Paulo Guimarães sobre o 
Estatuto. Beleza? 
Vamos agora praticar ao resumo da aula e em seguida ao exercício do aprendizado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 23 
62 
2. RESUMO DA AULA 
 
São deveres fundamentais do servidor público do Estado de Roraima: 
 ser assíduo e pontual ao serviço; 
 tratar com urbanidade as pessoas; 
 exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo ou 
função; 
 ser leal às instituições a que servir; 
 observar as normas legais e regulamentares; 
 cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais*; 
 manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
 atender com presteza: 
 ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por 
sigilo; 
 à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de 
situações de interesse pessoal; 
 às requisições para a defesa da Fazenda Pública; 
 levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver conhecimento, no 
órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo; 
 zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio público; 
 guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
 representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 
 Será considerado como coautor o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou 
representação a respeito de irregularidades no serviço ou de falta cometida por servidor seu 
subordinado, deixar de tomar as providências necessárias a sua apuração. 
 
Ao servidor é proibido: 
 ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
 retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da 
repartição; 
 recusar fé a documentos públicos; 
 opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de 
serviço; 
 promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 24 
62 
 cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de 
atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional, sindical ou 
a partido político; 
 recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; 
 exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei 
ou regulamento como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as 
comissões legais; 
 celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o 
Estado, por si ou como representante de outrem; 
 manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou 
parente até o segundo grau civil; 
 valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da 
dignidade da função pública; 
 participar da gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, salvo a 
participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que o 
Estado detenha, direta ou indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado 
exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
 atuar como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se trata 
de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge 
ou companheiro; 
 receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas 
atribuições; 
 aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 proceder de forma desidiosa; 
 utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares ou 
políticas; 
 cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de 
emergência e transitórias; 
 exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e 
com o horário de trabalho. 
 
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, excetuadas as hipóteses previstas em dispositivos 
constitucionais. 
A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, empresas e fundações 
públicas, sociedades de economia mista mantidas pelo Poder Público Estadual. 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 25 
62 
A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada a comprovação da 
compatibilidade de horários. 
 
 O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão (a não ser que seja de forma 
interina), nem participar remuneradamente, de mais de um órgão de deliberação coletiva. 
 
 Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento do cargo efetivo com 
proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações 
forem acumuláveis na atividade. 
 
O servidor responde civil (indenização por danos patrimoniais ou morais), penal (sanções penais) e 
administrativamente (penalidades disciplinares) pelo exercício irregular de suas atribuições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Estadual, 
em ação regressiva. 
 
 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o 
limite do valor da herança recebida. 
 
 As sanções CIVIS, PENAIS e ADMINISTRATIVAS poderão acumular-se, sendo independentes 
entre si. 
 A responsabilidade administrativado servidor será afastada no caso de absolvição criminal 
que negue a existência do fato OU sua autoria. 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 26 
62 
As penas disciplinares aplicáveis no âmbito do serviço público estadual de Roraima aos seus servidores 
públicos estão enumeradas no art. 120 da Lei RR nº 53/2001. De acordo com esse dispositivo, são penas 
disciplinares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Na aplicação das penalidades serão consideradas: 
 a natureza e a gravidade da infração cometida; 
 os danos que dela provierem para o serviço público; 
 as circunstâncias agravantes ou atenuantes; e 
 os antecedentes funcionais do servidor. 
 
 
O ato de imposição da penalidade deverá mencionar sempre o fundamento legal e a causa da 
sanção disciplinar. 
 
A advertência será aplicada por escrito nos casos de inobservância de dever funcional previsto em lei, 
regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave, e nos casos de 
violação das seguintes proibições (art. 110, incisos I a VIII e XI): 
 ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; 
 retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; 
 recusar fé a documentos públicos; 
 opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; 
 promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
 cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que 
seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se à associação profissional, sindical ou a partido 
político; 
 recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 27 
62 
 exercer ou permitir que subordinado seu exerça atribuições diferentes das definidas em lei ou regulamento 
como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de chefia e as comissões legais; 
 valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da 
função pública; 
 
A pena de suspensão será aplicada em caso: 
 de reincidência das faltas punidas com advertência; e 
 de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão. 
 
 A pena de suspensão não poderá exceder de 90 dias 
 Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a 
ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os 
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. 
 
Já as penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 03 e 
05 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova 
infração disciplinar. 
 
O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. 
 
Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta 
punível com a demissão. 
 
Em seu art. 129, portanto, o Estatuto nos ensina que a destituição de cargo em comissão exercido por não 
ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de 
demissão. 
 
Será aplicada a pena de demissão nos casos de: 
 crime contra a administração pública; 
 abandono do cargo; 
Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos. 
 inassiduidade habitual; 
Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias, interpoladamente, 
durante o período de doze meses. 
 improbidade administrativa; 
 incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 28 
62 
 insubordinação grave em serviço; 
 ofensa física, em serviço a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de 
outrem; 
 aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
 lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; 
 corrupção; 
 transgressão das seguintes proibições (art. 110, XII a XIX): 
 valer-se do cargo ou função para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da 
função pública; 
 participar da gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, salvo a participação nos 
conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que o Estado detenha, direta ou 
indiretamente, participação do capital social, sendo-lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade 
de acionista, cotista ou comanditário; 
 atuar como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se trata de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; 
 receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
 aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 proceder de forma desidiosa; 
 utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares ou políticas; 
 acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
 
Regra nº 01: 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão implica a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível, nos seguintes casos (art. 126, 
incisos IV, VIII, X e XI do art. 126): 
 improbidade administrativa; 
 aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; 
 corrupção. 
Regra nº 02: 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão incompatibiliza o ex-servidor para nova 
investidura em cargo público estadual, pelo prazo de 05 anos, se ele infringir as seguintes 
proibições (art. 110, incisos XII e XIV): 
 celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou civil de caráter oneroso, com o 
Estado, por si ou como representante de outrem; 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 29 
62 
 atuar como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se 
trata de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de 
cônjuge ou companheiro; 
Regra nº 03: (a pior delas!) 
Não poderá retornar ao serviço público estadual o servidor que for demitido ou destituído do 
cargo em comissão pelos seguintes motivos (art. 126, incisos I, IV, VIII, X e XI): 
 crime contra a administração pública; 
 improbidade administrativa; 
 aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio estadual; e 
 corrupção. 
 
As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão,Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 30 
62 
3. QUESTÕES 
 
3.1. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/8ª - 2010] 
O servidor público que deixa de cumprir as ordens legais de seus superiores, infringe o dever 
de 
(A) conduta ética. 
(B) eficiência. 
(C) obediência. 
(D) lealdade. 
(E) fidelidade. 
Comentário: 
Em nossa aula, reservamos espaço especial para tratar dessa conduta. Vimos que é dever do 
servidor público de Roraima cumprir as ordens superiores, representando quando forem 
manifestamente ilegais (art. 109, VI). Assim, se desrespeitar esse dever, o servidor infringe o dever 
de obediência. 
Gabarito: Letra "C" 
2. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/22ª - 2010 - Adapt.] 
Estabelece a Lei Complementar RR nº 53/2001 que a punibilidade prescreverá, quanto às 
infrações punidas com advertência, cassação da disponibilidade, demissão e suspensão, 
respectivamente, em: 
(A) 180 dias; 05 anos; 05 anos e 02 anos. 
(B) 180 dias; 05 anos; 02 anos e 05 anos. 
(C) 02 anos; 180 dias; 05 anos e 02 anos. 
(D) 02 anos; 05 anos; 180 dias e 05 anos. 
(E) 05 anos; 02 anos; 02 anos e 180 dias. 
Comentário: 
Em seu art. 136, a Lei RR nº 53/2001 estabelece que a ação disciplinar prescreverá: 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 31 
62 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: Letra "A" 
3. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/12ª - 2010 - Adapt.] 
De acordo com a Lei RR nº 53/2001, é dever do servidor público 
I. Atender com presteza ao público em geral, prestando todas as informações requeridas. 
II. Cumprir as ordens superiores, ainda que manifestamente ilegais. 
III. Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver 
conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo. 
Está incorreto o que se afirma em: 
(A) I e II 
(B) II, apenas 
(C) II e III 
(D) I, apenas 
(E) I, II e III 
Comentário: 
Item I - Errado! De fato, o servidor deve atender com presteza ao público em geral, prestando 
informações requeridas, mas não todas elas! São ressalvas dessa regra as informações protegidas 
por sigilo (art. 109, VIII, "a"). 
Item II - Errado, também! É dever do servidor cumprir as ordens superiores, mas exceto as ainda 
que manifestamente ilegais (art. 109, VI). 
Item III - Ah, agora sim! É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior as 
irregularidades de que tiver conhecimento, no órgão em que servir, em razão das atribuições do 
seu cargo (art. 109, IX). 
Logo, está incorreto o que se afirma em I e II. 
Gabarito: Letra "A" 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 32 
62 
4. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/9ª - 2010 - Adapt.] 
Dentre as penalidades previstas na Lei Complementar nº 53/2001, do Estado de Roraima, 
NÃO se inclui a 
(A) repreensão. 
(B) demissão. 
(C) suspensão. 
(D) aposentadoria compulsória. 
(E) destituição de cargo em comissão. 
Comentário: 
As penas disciplinares aplicáveis no âmbito do Estado de Roraima aos servidores públicos estaduais 
estão enumeradas no art. 120 da Lei Complementar Estadual nº 53/2001. De acordo com esse 
dispositivo, são penas disciplinares: 
 
 
 
 
 
 
 
Logo, dentre as penalidades previstas na Lei RR nº 53/2001, NÃO se inclui a aposentadoria 
compulsória. 
Gabarito: Letra "D" 
5. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRF/4ª - 2010 - Adapt.] 
NÃO configura dever do servidor público do Estado de Roraima, previsto em Lei: 
(A) zelar pela economia do material que lhe for confiado e pela conservação do patrimônio 
público. 
(B) tratar com urbanidade as pessoas. 
(C) cumprir as ordens superiores, ainda quando manifestamente ilegais. 
(D) exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao cargo 
ou função. 
(E) atender com presteza ao público em à expedição de certidões requeridas para defesa de 
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 33 
62 
Comentário: 
Item A - Certo. É dever do servidor público estadual zelar pela economia do material que lhe for 
confiado e pela conservação do patrimônio público (art. 109, X). 
Item B - Certo. É sim dever do servidor público de Roraima tratar com urbanidade as pessoas (art. 
109, II). 
Item C - O servidor público deve cumprir as ordens superiores, mas não as manifestamente ilegais 
(art. 109, VI). 
Item D - Certo. Exercer com zelo e dedicação as atribuições legais e regulamentares inerentes ao 
cargo ou função é dever sim do servidor da AL/MS (art. 109, III). 
Item E - Certo. É dever do servidor público estadual atender com presteza ao público em à 
expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal (art. 109, VIII, "b"). 
Gabarito: Letra "C" 
6. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
Quanto às penalidades aplicáveis aos funcionários públicos no âmbito do regime disciplinar 
da Lei Complementar nº 53/01, do Estado de Roraima, julgue os itens a seguir. 
Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes 
ou atenuantes e os antecedentes funcionais. 
Comentário: 
Certinha a questão! Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas: 
 a natureza e a gravidade da infração; 
 os danos que dela provierem para o serviço público; 
 as circunstâncias agravantes ou atenuantes; e 
 os antecedentes funcionais do servidor. 
Gabarito: Certo 
7. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de 
violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, 
não podendo exceder de 60 (sessenta) dias. 
Comentário: 
Errado! De acordo com o art. 123 do Estatuto, a suspensão será aplicada em caso de reincidência 
das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem 
infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 dias. 
Gabarito: Errado 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 34 
62 
8. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
A punibilidade prescreverá em 3 (três) anos, quanto à suspensão e em 180 (cento e oitenta) 
dias, quanto à advertência. 
Comentário: 
Essa você deve ter respondido num piscar de olhos!! 
Em seu art. 136, a Lei RR nº 53/2001 estabelece que a ação disciplinar prescreverá: 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: Errado 
9. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
As penalidades disciplinares serão aplicadas pelo chefe da repartição e outras autoridades na 
forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de 
suspensão de até 30 (trinta) dias. 
Comentário: 
Certíssima! De acordo com o art. 135 do Estatuto dos Servidores de Roraima, são competentes 
para aplicar as penas disciplinares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: Certo 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
LegislaçãoEstadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 35 
62 
10. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
Quanto ao regime disciplinar do servidor público do Estado de Roraima, julgue os itens a 
seguir: 
A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, 
até a decisão final proferida por autoridade competente. 
Comentário: 
Perfeito! De acordo com o art. 136, §3º, a abertura de sindicância ou a instauração de processo 
administrativo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade 
competente. 
Gabarito: Certo 
11. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
Quanto ao regime disciplinar do servidor público do Estado de Roraima, julgue os itens a 
seguir: 
 A penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por 
cento) por dia do vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em 
serviço. 
Comentário: 
Certíssimo! 
Segundo o art. 123, §2º, quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão 
poderá ser convertida em multa, na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando 
o servidor obrigado a permanecer em serviço. 
Gabarito: Certo 
12. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
A Ação disciplinar prevista na Lei RR nº 53/2001, prescreverá, dentre outras hipóteses, em 
(A) 24 (vinte e quatro) meses, quanto às infrações puníveis com demissão. 
(B) 90 (noventa) dias, quanto à advertência. 
(C) 2 (dois) anos, quanto à suspensão. 
(D) 03 (três) anos, quanto às infrações puníveis com cassação de aposentadoria. 
(E) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à disponibilidade. 
Comentário: 
Deixa eu te dar uma dica: as bancas têm um verdadeiro caso de amor com os prazos prescricionais 
relativos à punibilidade do servidor infrator, ok? Revise bastante o tópico, pois acho que lhe será 
cobrado em sua prova! 
E para reforçar, em seu art. 136 a Lei RR nº 53/2001 estabelece que a ação disciplinar prescreverá: 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 36 
62 
 
 
 
 
 
 
 
Gabarito: Letra "C" 
13. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
Quanto às penalidades disciplinares previstas na Lei Complementar nº 53/01, do Estado de 
Roraima, julgue o item a seguir. 
O prazo de prescrição da ação disciplinar começa a correr da data em que o autor se tornou 
conhecido, não se interrompendo pela abertura de sindicância, mas apenas pela instauração 
de processo disciplinar. 
Comentário: 
Cheinho de erros o item! Lembre-se (art. 136, §1º): 
 
E mais: o §3º do art. 136 nos diz que a abertura de sindicância ou a instauração de processo 
administrativo disciplinar interrompe sim o curso prescricional. 
Gabarito: Errado 
14. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/22ª - 2010 - Adapt.] 
No âmbito da responsabilidade do Servidor Público Civil do Estado de Roraima, estabelece a 
Lei Complementar nº 53/2001, além de outras hipóteses, que 
(A) em se tratando de dano causado a terceiros, não responderá o servidor perante a 
Fazenda Pública, em ação regressiva. 
(B) a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e ex-cônjuges e contra eles será 
executada, até o limite de 50% do valor da partilha ou da herança recebida. 
(C) as sanções civis, penais e administrativas são inacumuláveis, embora independentes entre 
si. 
(D) a responsabilidade administrativa do servidor não poderá ser afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 37 
62 
(E) a responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que 
importe em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
Comentário: 
Item A - É o contrário! Em se tratando de dano causado a terceiros, não responderá sim o servidor 
perante a Fazenda Pública, em ação regressiva (art. 115, §2º). (Errado) 
Item B - Erradíssimo! De acordo com o que aqui estudamos (art. 115, §3º): 
 
 
 
(Errado) 
Item C - Errado! As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo 
independentes entre si (art. 118). (Errado) 
Item D - A responsabilidade administrativa do servidor não poderá sim ser afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria (art. 119). (Errado) 
Item E - Exatamente! Revisando um de nossos esqueminhas da aula: 
 
 
 
 
 
 
 
(Certo) 
Gabarito: Letra "E" 
15. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/22ª - 2010 - Adapt.] 
Quanto à acumulação de cargos, a Lei RR nº 53/2001, estabelece que 
(A) a proibição de acumular estende-se apenas a cargos e não empregos ou funções em 
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista mantidas 
pelo Poder Público Estadual. 
(B) o servidor que acumular licitamente dois ou mais cargos em comissão, quando investido 
em cargo efetivo, ficará afastado de ambos os cargos, ainda que houver compatibilidade de 
horário. 
(C) em qualquer hipótese é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 38 
62 
(D) se considera acumulação proibida a percepção de proventos de aposentadoria, mesmo 
quando resultantes de cargos legalmente acumuláveis. 
(E) a acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da 
compatibilidade de horários. 
Comentário: 
Item A - Errado! De acordo com o art. 176, §1º, do Estatuto dos Servidores de Roraima, a proibição 
de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, empresas e fundações 
públicas, sociedades de economia mista mantidas pelo Poder Público Estadual. 
Item B - Errado, e muita atenção! O servidor vinculado ao regime do Estatuto, que acumular 
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará 
afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de 
horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou 
entidades envolvidas (art. 113). 
Item C - Em qualquer hipótese não! Em seu art. 111, o Estatuto dos Servidores Públicos de Roraima 
reforça o dispositivo constitucional ao estabelecer que, é vedada a acumulação remunerada de 
cargos públicos, excetuadas as hipóteses previstas em dispositivos constitucionais. Ou seja: se 
houver obediência aos ditames constitucionais, mais especialmente aos do art. 37, inciso XVI, da 
CF/88, será possível a acumulação de cargos públicos pelos servidores estaduais. 
Item D - Não foi bem isso que estudamos! Considera-se acumulação proibida a percepção de 
vencimento do cargo efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que 
decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade (art. 111, §3º). 
Item E - Verdade! É o que a CF/88 estabelece e o que ratifica a Lei RR nº 53/2001 em seu art. 112, 
§2º: a acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade 
de horários. (Certo) 
Gabarito: Letra "E" 
16. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/8ª - 2010 - Adapt.] 
Nos termos da Lei RR nº 53/2001, a prática de determinado ato considerado irregular por 
servidor público em face de suas atribuições, implica na 
(A) inafastabilidade da responsabilidadeadministrativa do servidor no caso de absolvição 
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
(B) responsabilização administrativa, que resulta de atos omissivos ou comissivos, praticados 
no desempenho do cargo ou função. 
(C) inaplicabilidade das sanções civis, penais e administrativas cumulativamente, por serem 
independentes entre si. 
(D) não responsabilização do servidor perante a Fazenda Estadual, em ação regressiva, 
tratando- se de dano causado a terceiros. 
Comentário: 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 39 
62 
Item A - Errado, pois a absolvição criminal afasta a responsabilidade civil ou administrativa se 
negar a existência do fato ou afastar o servidor acusado da respectiva autoria (art. 119). 
Item B - Certa, pois a responsabilização administrativa resulta, de fato, de atos omissivos ou 
comissivos, praticados no desempenho do cargo ou função (art. 117). 
Item C - Nada a ver uma coisa com a outra! Já vimos aqui que as sanções civis, penais e 
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si (art. 184). 
Item D - É o contrário! A prática de determinado ato considerado irregular por servidor público em 
face de suas atribuições, implica sim na responsabilização do servidor perante a Fazenda Estadual, 
em ação regressiva, tratando-se de dano causado a terceiros (art. 115, §3º). 
Gabarito: Letra "B" 
17. [FCC - ADVOGADO - METRÔ/SP - 2010 - Adapt.] 
Em tema de responsabilidade dos servidores públicos do Estado de Roraima, julgue os itens a 
seguir: 
Praticando conduta que configure infração administrativa, que acarrete dano à Administração 
e seja tipificada como crime, o servidor público estará sujeito às consequências civis, 
administrativas e penais, pois têm elas fundamento e natureza diversos. 
Comentário: 
Certinha e resume bem o que aqui estudamos a respeito das responsabilidades dos servidores 
públicos do Estado de Roraima: praticando conduta que configure infração administrativa, que 
acarrete dano à Administração e seja tipificada como crime, o servidor público estará sujeito às 
consequências civis, administrativas e penais, pois têm elas fundamento e natureza diversos. 
Gabarito: Certo 
18. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/9ª - 2010 - Adapt.] 
Sobre as responsabilidades do servidor público previstas na Lei RR nº 53/2001, é INCORRETO 
afirmar: 
(A) A obrigação de reparar o dano causado pelo servidor não se estende aos seus sucessores 
hereditários. 
(B) As sanções penais, civis e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes 
entre si. 
(C) O servidor responde perante a Fazenda Estadual, em ação regressiva, por danos causados 
a terceiros. 
(D) A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, 
nessa qualidade. 
(E) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal 
que negue a existência do fato ou sua autoria. 
Comentário: 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 40 
62 
Veja como o assunto é um dos preferidos das bancas! Aos itens: 
Item A - Errado, pois o Estatuto estabelece que a obrigação de reparar o dano estende-se aos 
sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida (art. 115, §3º). 
Item B - Opa, certinho! Como você já está cansado de saber, as sanções penais, civis e 
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. 
Item C - Também correto! O servidor responde perante a Fazenda Estadual, em ação regressiva, 
por danos causados a terceiros (art. 115, §2º). 
Item D - Certo! É o que o Estatuto nos diz em seu famosíssimo art. 115, §3º: a responsabilidade 
penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa qualidade. 
Item E - Verdade e já batemos demais nessa tecla aqui! A responsabilidade administrativa do 
servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria 
(art. 119). 
Gabarito: Letra "B" 
19. [FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRT/9ª - 2010 - Adapt.] 
Sobre a acumulação prevista na Lei Complementar RR nº 53/2001, é correto afirmar: 
(A) Considera-se acumulação proibida a percepção conjunta de proventos de aposentadoria, 
salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na 
atividade. 
(B) A proibição de acumular não se estende a cargos, empregos e funções em autarquias, 
empresas e fundações públicas, sociedades de economia mista mantidas pelo Poder Público 
Estadual. 
(C) O servidor poderá participar remuneradamente de mais de um órgão de deliberação 
coletiva. 
(D) A acumulação de cargos, sendo lícita, não fica condicionada à comprovação da 
compatibilidade de horários. 
(E) É permitida a acumulação de dois cargos em comissão ou função de confiança. 
Comentário: 
Item A - Verdade! De acordo com o art. 111, §3º, considera-se acumulação proibida a percepção 
de vencimento do cargo efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que 
decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade. (Certo) 
Item B - A proibição de acumular não se estende a cargos, empregos e funções em autarquias, 
empresas e fundações públicas, sociedades de economia mista mantidas pelo Poder Público 
Estadual (art. 111, §1º). (Errado) 
Itens C e E - Errados! Lembre-se de mais dos nossos quadros-destaque (art. 112): 
 
 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 41 
62 
 
 
 
 
(Errado) 
Item D - Oh, meu Deus... É claro que a acumulação de cargos, sendo lícita, não fica sim 
condicionada à comprovação da compatibilidade de horários (art. 111, §2º). (Errado) 
Gabarito: Letra "A" 
20. [FFC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - TRE/AM - 2010 - Adapt.] 
Quanto à responsabilidade civil do servidor público do Estado de Roraima é correto que: 
(A) Decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao 
erário ou a terceiros. 
(B) A obrigação de reparar o dano não se estende aos sucessores. 
(C) As sanções civis, penais e administrativas não poderão cumular-se, sendo incompatíveis 
entre si. 
(D) A responsabilidade civil e administrativa do servidor não será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
(E) Tratando-se de dano causado a terceiros, não responderá o servidor perante a Fazenda 
Estadual, ainda que em ação regressiva. 
Comentário: 
Item A - Exatamente, e não nos custa ver de novo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Item B - Errado, pois a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será 
executada, até o limite do valor da herança recebida. 
Item C - Errado. As sanções civis, penais e administrativas não poderão cumular-se, sendo 
independentes incompatíveis entre si. 
Marcos Girão, Paulo Guimarães, Marcus Santos
Aula 04
Legislação Estadual p/ PC-RR (Escrivão, Agente e Perito Papiloscopista) Com Videoaulas - Pós Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
01523793201 - GIULIA BRUNA TORQUATO BEZERRA
 
 
 
 
 
 42 
62 
Item D - Errado. A responsabilidade civil e administrativa do servidor não será afastada no caso de 
absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
Item E - Errado. Tratando-se de dano causado a terceiros, não responderá o servidor perante a 
Fazenda Estadual, ainda que em ação regressiva. 
Gabarito: Letra "A" 
21. [FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - TRT/8ª - 2010 - Adapt.] 
Nos termos do Estatuto do Servidor

Continue navegando

Outros materiais