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Resenha o Banquete, Platão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG 
FACULDADE DE D IREITO – CURSO DE D IREITO 
Funda mentos da Filosofia 
 
Prof. Dr. Lobato, Anderson O. C. alobato@furg.br 
 
Rio Grande, 12 de agosto de 2021 1 
R E S E N HA 
IDENTIFICAÇÃO 
Matrícula e nome completo :150037 , Sophie Beckert Dias Maia Peixoto 
Tema: “O Banquete” de Platão 
Turma: B, noite 
 
A narrativa aposta na obra literária, O banquete, elucida uma reunião em comemoração 
à Agaton, por ter ganho um concurso de tragédia. Tal encontro se discorre em sua casa e entre 
seus convidados estão Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Sócrates, Alcíades. No 
decurso da celebração, inicia-se um diálogo filosófico, todavia torna-se uma disputa dentre 
quais dos integrantes ostenta do melhor discurso sobre Eros, Deus do amor. 
A conversação filosófica iniciou-se com Fedro, que defendia a ideia de Eros ser um dos 
Deuses mais antigos e veneráveis logo, ele estabelece a razão da existência de tudo que há de 
melhor no mundo. Ademais, sua fala retrata o amor como algo absoluto e idealizado que, por 
conseguinte guia o homem às virtudes e felicidade. De fato, o homem numa sociedade cercada 
de amor, amantes e amados, estaria vivendo em uma civilização utópica pois, nestas condições 
o melhor de todos e as suas virtudes como, a justiça, a sensatez, a coragem e a sabedoria se 
superariam a fim da perfeição e harmonia. 
Em seguida é proferido o discurso de Pausânias, que discorda e crítica a falta de 
assertividade de Fedro. O geógrafo alega que havia dois Eros e que ambos simbolizariam o 
amor, estes eram a etérea e a pandêmia. O primeiro retrata um amor celestial, inteligível, onde 
o amor continua independente do plano que se encontra e instiga o cuidado para o bem e à 
excelência do bem- amado, a forma mais bela de amar. O segundo é referente ao amor carnal, 
vulgar que procura o prazer este Eros valoriza o corpo, o contato, e ainda afirma que os homens 
buscam este segundo amor acima de qualquer outra coisa. Todavia é essencial que o ato de 
amar seja um complemento do amor celestial e não independente, visto que é efêmero portanto, 
sozinho não oferece completo primor para os amados. Assim sendo é imprescindível para que 
o amor perdure deve-se satisfazer, seus propósitos tanto no plano terrestre quanto no espiritual. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG 
FACULDADE DE D IREITO – CURSO DE D IREITO 
Funda mentos da Filosofia 
 
Prof. Dr. Lobato, Anderson O. C. alobato@furg.br 
 
Rio Grande, 12 de agosto de 2021 2 
O terceiro orador é Erixímaco, era médico, assim com uma visão mais naturalista. Para 
ele, o amor vai além das almas, este confere a harmonia aos corpos. Exprime o amor assim 
como Pausânias, segmentado em duas partes, sempre contrárias como, bom e o ruim, a saúde e 
a doença, frio contra calor, sempre contextualizando com a natureza orgânica e com a medicina. 
Entretanto, arremata a ideia de que necessita-se uma harmonia, principalmente entre as 
necessidades física e espiritual pois, com extremos disfuncionais e desequilibrados haverá 
danos, logo não haverá Eros, o amor. Em vista disso, é notório que o elogio do Doutor é 
primordial para todos pois, é necessária uma constância, porquanto tudo de mais faz mal e tudo 
de menos não é suficiente, isto posto é essencial que haja harmonia entre os opostos, como por 
exemplo na ciência, onde as cargas negativas e positivas se atraem, é uma lei natural que 
envolve a harmonia entre os corpos, e assim devem ser as relações entre os contrários, sempre 
se completando. 
Aristófanes é o quarto a apresentar suas ideias, o dramaturgo inicia sua prosa com uma 
história, ela relata que nos primórdios havia três gêneros, o feminino, masculino e o andrógino, 
ambos os três eram independentes e autossuficientes, até o momento em que Zeus, por achar 
que seriam uma ameaça, os partiu ao meio. Então, estariam predestinados a infelicidade e 
agonia por não serem autossuficientes, a carência desse sentimento de integridade e a 
persistência de reconstitui-lo é o que designamos amor. Desse modo, pode-se afirmar que 
durante a vida, somos ensinados para “o amor”, que encontrar nossa alma gêmea, casar-se, criar 
uma vida em torno disso constituíra a felicidade eternar, no entanto é válido que este sentimento 
de contentamento, de sentir-se completo só será genuíno se houver amor próprio, uma 
autossuficiência de ambos os amados. 
 
O quinto a profetizar sobre Eros é Agaton, inicia seu discurso criticando os outros 
oradores pois, de acordo com ele, estes não deram tamanha magnitude ao Deus do amor. 
Continua seu elogio afirmando quem é Eros e seus impactos, ele é um dos deuses mais jovens, 
belos, mais supremo e virtuoso, nada nem ninguém consegue destruir o amor. Além disso, o 
Deus, prioriza os seres com as “melhores” e mais puras almas a fim de receber o amor 
verdadeiro e ainda, inclui em sua fala que há o desejo, principalmente do inalcançável e das 
atitudes que temos ao tentar satisfaze-los. Em vista disso, depreende-se que as atitudes como, 
altruísmo, gentileza são fundamentais para alcançar o tão almejado final feliz e que o desejo 
pode ser algo temerário pois, para o satisfazer os indivíduos se tornam inconsequentes. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG 
FACULDADE DE D IREITO – CURSO DE D IREITO 
Funda mentos da Filosofia 
 
Prof. Dr. Lobato, Anderson O. C. alobato@furg.br 
 
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 O sucessor da conversação foi Sócrates, após escutar todos os discursos parte para suas 
observações sobre o Amor, praticando a maiêutica. Ele funda suas reflexões, num diálogo 
ocorrido com Diotima, de Mantinéia, sobre o amor, as revelações obtidas por Sócrates 
decorreram-se após a análise do relato de Diotima sobre Eros, ela retrata que o Deus era filho 
de Poros, riqueza e de Penia, pobreza à vista disso, Eros é posto num intermédio, não é feio 
nem belo é o equilíbrio, que caracteriza o amor como o interposto entre Deuses e os Homens. 
Ainda, afirma assim como Agaton, que o amor é a carência, só ama aquilo que você não tem e 
deseja muito, não é perfeito, sempre será tentado a obter ainda mais, não há um final pois 
quando acredita-se ter alcançado o ideal, na verdade não era e por isso haverá um desejo eterno 
que nunca será suprido. Em consideração a isso reitera-se que é a realidade do anseio para 
realizar e satisfazer vossa carência, sempre será necessário buscar mais e o melhor mesmo que 
cíclico é essencial para agregar e evoluir cada vez mais como pessoas. 
 
Logo em seguida chega, levemente embriagado, Alcíbiades que enaltece Sócrates no 
lugar de Eros. Constata que as palavras de Sócrates são como músicas, caracterizando-o como 
um flautista, que ao ouvir suas palavras qualquer um fica surpreso, empolgado. 
 
Assim, se finda a noite de grandes emoções e diálogos. 
 
Ao meu ver, o discurso mais impactante foi o de Aristófanes, pois o mito supracitado, 
exprime a vossa realidade, após a divisão dos seres, e a constância em busca de suas metades e 
que só com elas poderemos viver sem anseios e angustias, negando o amor próprio. Neste 
contexto, a pressão em busca de uma alma gêmea e a aflição de não nos autos suprir gera a 
ignorância, uma vez que fomos ensinados que em determinado momento iremos necessitar de 
alguém para nos acrescer, diante o meu juízo é algo errôneo, e que devemos nos amar antes de 
quere nos envolver com outra pessoa. Um relacionamento não se dá cinquenta por cento de 
cada amante mas, cem por cento de cada um em razão de que os amados devem ser um 
complemento na vida um do outro e não uma parte faltante. 
 
O livro, traz ideias sobre o amor que todos nós passamos ou passaremos um dia, 
concordo com todas pois, é a inquietação de cada um, é sobre a procura da felicidade e do amor 
de diferentes pessoas, em determinado contexto. Cada problematização, cada elogio ao Deus 
Eros, foi de certa maneiraessencial para compreender que o amor sempre se decorre mesmo 
 
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Funda mentos da Filosofia 
 
Prof. Dr. Lobato, Anderson O. C. alobato@furg.br 
 
Rio Grande, 12 de agosto de 2021 4 
que, seja amando depois da vida, seja se amando, seja no prazer carnal ou até mesmo no das 
ideias, seja criando limites ao amor para não haver excessos ou escassez, seja buscando nosso 
oposto, seja procurando a beleza e genuinidade em nossos amados, seja viver no ciclo de querer 
sempre mais para nos completar e por fim, que o amor seja de todos os jeitos, formas e maneiras 
distintas, amar é belo e sempre será.

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