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TUTORIA 4 - ARTE DE CUIDAR

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ARIELY MESANINI 
TUTORIA 4 – ARTE DE CUIDAR 
 
Puericultura 
DEFINIÇÃO 
É a consulta médica periódica e sistêmica de uma criança saudável em geral, tendo como foco a prevenção 
e educação em saúde, e não o tratamento de doenças. Dessa forma, procura entender a criança como parte 
de uma comunidade, o vínculo com a família que essa criança está inserida. 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIAS PARA INTERAÇÃO 
➔ Ter empatia 
➔ Chamar as pessoas pelos nomes 
➔ Não usar jargão médico 
➔ Valorizar preocupações dos pais e pacientes 
➔ Dar informações claras 
➔ Criar uma parceria com a família 
 
CONSULTA - AVALIA E MONITORA 
➔ Anamnese 
➔ Queixas 
➔ Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor 
➔ Alimentação e comportamento alimentar 
➔ Antecedentes familiares 
➔ Antecedentes de parto e neonatais 
➔ Aleitamento materno 
➔ Função auditiva e visual 
➔ Saúde bucal 
➔ Monitoração do crescimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
FASES 
➔ Lactante: 0 a 2 anos 
➔ Pré-escolar: 2 a 4 anos 
➔ Escolar: 5 a 10 anos 
➔ Adolescente: 11 a 19 anos (OMS) 
 
FREQUÊNCIA DAS CONSULTAS 
➔ Na 1ª ou 2ª semana de vida 
➔ Mensal até 6 meses 
➔ Trimestral até 2 anos 
➔ Semestral até 5 anos 
➔ Anual até 19 anos 
 
➔ Sono (horários que acorda, dorme) 
➔ Sexualidade 
➔ Desempenho escolar (identificar transtorno de 
hiperatividade) 
➔ Atividade física 
➔ Exposição a mídia 
➔ Condições do meio ambiente 
➔ Estado vacinal 
➔ Cuidados domiciliares dispensados à criança 
➔ Diurese e hábitos intestinais 
 
Bright futures, projeto feito em 1990, com uma iniciativa 
dos US, dedicada a principio de que toda a criança 
merece ser saudável, e que a saúde ideal envolve uma 
relação de confiança entre o pediatra, criança, família e 
comunidade como parceiros na pratica da saúde. 
Baseia-se em uma conexão vertical que envolve todos 
os profissionais da área da saúde e uma conexão 
horizontal, com programas comunitários de creches, 
associações de bairro. 
EXAME FÍSICO 
Este exame causa estresse nas crianças por isso 
é importante tentar explicar como funcionará para 
assim, ter uma interação com a criança. 
➔ Completo 
➔ Antropometria (peso; comprimento/altura; 
perímetro cefálico) 
➔ Medida da pressão arterial 
 
DIAGNÓSTICOS DE NORMALIDADE 
➔ Crescimento 
➔ Estado nutricional 
➔ Vacinação 
➔ Alimentação (se está adequada ou 
inadequada) 
➔ Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) 
➔ Ambiente físico e emocional (levantando em 
consideração comportamentos de risco, 
exposições a drogas, etc) 
 
ARIELY MESANINI 
Avaliação do crescimento 
INTRODUÇÃO 
O acompanhamento do peso, da altura (comprimento) e do perímetro cefálico (este nos 3 primeiros anos de 
vida) pode orientar o pediatra sobre as condições de saúde de seu paciente, do mesmo modo quando a 
mãe (ou cuidador) apresenta alguma queixa ou não. Esta é uma ferramenta para detectar precocemente a 
desnutrição, mas também alertar sobre outros agravos que estar afetando o crescimento da criança. 
Tornando assim, parte da rotina do atendimento à criança, que visa três aspectos: 
• Detectar precocemente o que está afetando o crescimento do paciente para interferir e obter a sua 
recuperação; 
• Identificar as variações da normalidade, tranquilizar a criança e a família, evitando possíveis 
intervenções prejudiciais; 
• Identificar problemas que não podem ser curados, mas que possam ser minimizados, e prover apoio 
ao paciente e à família ao lidar com as dificuldades 
A avaliação feita pelo pediatra é realizada através de comparações, mas em curvas de crescimento. E não 
com um irmão ou primo da família, como a os próprios antes costumam fazer. 
 
ANTROPOMETRIA 
 
 
 
Peso: pode ser aferido na balança, deitando o bebê nela. 
Esta balança vai até os 25 kg e geralmente é utilizada pelas 
crianças até os 2 anos, ou até ela conseguir ficar em cima 
dela. As crianças maiores, utilizam a balança vertical. 
 
Comprimento/estatura: é medida com o bebê deitado 
com a regua antropometrica, importante que os pais ajude 
a segurar o bebê, para que se possa conseguir uma 
medida correta. Já a altura, em geral é medida em pé a 
partir dos 2 anos, e é normal voce perder 2 cm quando 
começa a medir sua altura em pé, e a posição é com os 
pés paralelos ao chão enconstado no equipamento, 
retificar a cabeça com um olhar reto, paralelo ao chão. 
 
Perímetro cefalico: é medido da proeminencia occipital 
até a linha da glabela. Ele é medido a partir de 24 horas 
depois do nascimento até os 6 primeiros dias. E é jogado 
na curva que contem idade gestacional, para correlacionar 
se o tamanho está normal. Considera microcefalia se for 
abaixo de Z -2 e microcefalia grave se for abaixo de Z -3, 
associada ao zika vírus. Este deve ser avaliado ao longo 
dos dois primeiros anos, e comparado com o grafico de 
peso e estatura, pois a cabeça deve acompanhar o 
crescimento, pois se tiver uma assenção ou redução do 
perimetro cefalico em mais de duas consultas que não é 
acompanhada por alteração ou aumento ou diminuição, 
pode se ter a macro ou microcefalia. 
 
ARIELY MESANINI 
FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO 
Peso de nascimento em média 3,300g, crianças nascidas com peso menor que 2,500g são denominadas 
de baixo peso, e entre 2,500g a 2,000g de peso insuficiente. O pico de velocidade de ganho de peso no 
período intrauterino acontece no último trimestre. 
➔ Perde 10% na 1ª semana de vida 
➔ Recupera peso de nascimento com 10 dias 
Comprimento ao nascer mede em torno 50 cm os meninos e a meninas 49 cm, com variação de +/- 2 cm. 
O tamanho ao nascer pode indicar se um comprometimento ocorreu no final da gestação ou durante o 
período mais prolongado. O pico da velocidade de crescimento em comprimento durante o período 
intrauterino acontece no 2° trimestre. 
O crescimento intrauterino é mais dependente das condições nutricionais, de saúde e do tamanho da mãe 
do que do seu potencial genético. Durante os dois primeiros anos de vida, a curva de crescimento pode 
mudar de canal mudando de percentis, em um fenômeno denominado canalização. Assim, lactentes que se 
encontram em percentis mais baixos da curva, mas que têm um potencial genético para serem mais altos, 
fazem uma recuperação logo a partir das primeiras semanas de vida em direção a percentis mais altos, e 
os com potencial genético para serem mais baixos iniciam a mudança de canal a partir dos 6 meses. 
O crescimento pós natal é dividido em 3 fases: 
1. Uma fase de crescimento rápido, mas também de desaceleração rápida que vai dos 2,5 anos até os 
3 anos; 
2. Uma fase de crescimento mais estável com uma desaceleração lenta, que vai até o início da 
puberdade; 
3. Fase puberal com o estirão caracterizado por um crescimento rápido até atingir o pico, com 
desaceleração posterior até atingir a altura adulta. 
Em algumas crianças, é observado um pequeno estirão entre 7 e 8 anos de idade, denominado estirão do 
meio da infância. 
 
 
 
 
 
Durante a infância, tanto a menina quanto o menino crescem de forma bastante semelhante, mas, durante 
a puberdade, as meninas apresentam o estirão em média 2 anos antes que os meninos, e com isso param 
de crescer mais cedo. Durante o estirão puberal, o pico de velocidade de crescimento das meninas é de 8,5 
cm/ano, e o dos meninos de 9,5 cm/ano. Essa diferença no pico de velocidade, mais o aspecto de que os 
meninos crescem por pelo menos mais 2 anos, explicam a diferença média das alturas entre os homens e 
as mulheres em 13 cm. Esse é o valor utilizado para se calcular o alvo parental. 
Ao avaliar se a criança está crescendo bem ou não, é importante considerar a velocidade de crescimento 
do que a altura atual. Avaliado por meio de um gráfico de curvas, e se as medidas registradas 
acompanharem a inclinação das curvas, é sugestivo que a criança está crescendo bem. 
 
TIPOS DE CRESCIMENTO 
É extremamente importante saber em quais momentos da vida teremos esses 2 tipos de crescimento.A criança cresce em torno 
de 25 cm, sendo 15 cm no 
primeiro semestre e 10 cm 
no segundo 
Cresce de 10 a 12 cm O crescimento é entre 5 e 7 cm 
por ano, de forma oscilante, 
mas com ligeiro decréscimo. 
1° ANO 2° ANO 3° ANO 
ARIELY MESANINI 
Crescimento por Hiperplasia: temos uma pequena célula, e essa célula irá se multiplicar em várias outras 
células do mesmo tamanho, mesma forma. Portanto, há uma multiplicação no número de células. É um 
processo definitivo. 
Crescimento por Hipertrofia: É o crescimento em tamanho, temos uma célula que aumenta de tamanho; 
É modificável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os órgãos não crescem no mesmo tempo, nem na mesma velocidade. Existem 4 tipos de crescimento em 
nosso organismo: 
 
1º: Padrão Neurológico (SNC e SNP): Cresce muito nos primeiros anos de vida, principalmente nos 
2 ou 3 primeiros anos de vida e atinge o tamanho de um adulto muito rapidamente. Depois ele cresce 
bem lento em torno dos 4 a 6 anos, até se tornar um adulto; Ocorre no cérebro, medula, sistema 
nervoso. 
 
2º: Padrão Genital: Durante a infância inteira desenvolve pouco ou quase nada e de repente, por 
volta dos 12 anos de idade, começa a desenvolver muito rápido até chegar no tamanho do adulto. 
Ocorre com órgãos genitais, e de reprodução. 
 
3º: Padrão Geral: Temos um período de crescimento rápido nos 2 primeiros anos de vida, depois 
lentifica e na adolescência tem um outro período de crescimento muito rápido. A maioria dos órgãos 
seguem esse padrão, caracterizado pelos 2 estirões de crescimento. Ocorre com fígado, pulmão, 
coração, músculos esqueléticos, tecido adiposo, etc; 
 
4º Padrão Linfoide: ocorre um crescimento muito rápido nos primeiros anos de vida e por volta dos 
4 anos, atinge o tamanho de um órgão adulto, continua crescendo até dobrar o tamanho e depois, 
lentamente diminui até chegar o tamanho do órgão de um adulto novamente. Ocorre com amígdalas, 
adenoide, baço, timo. 
 
A criança quando nasce não possui imunidade, apenas o que ela recebeu intraútero de sua mãe. Esses 
órgãos linfoides começam a se desenvolver na primeira infância. Devido a isso, crianças irão ter os órgãos 
linfoides imaturos, e estarão mais propensas às doenças do que adulto. Por isso quando palpamos uma 
criança, observamos que ela tem a amígdala muito grande, porém elas não precisam ser retiradas. Nós só 
podemos retirar as amígdalas de uma criança caso isso esteja afetando o grau de crescimento, ou seja, a 
obstrução é tão importante que prejudica a oxigenação tecidual, que a criança até começa a ter o 
crescimento desacelerado. Indicado também para crianças que fazem apneia obstrutiva do sono (que 
propicia risco de morte súbita, obesidade, etc). Ou quando pode levar a malformações na arcada dentária 
ou ossos da face; 
 
 
 
➔ O tecido celular subcutâneo cresce por hiperplasia 
intraútero, no 1º ano de vida e na adolescência. (ou seja, 
nos dois períodos de “estirão” de crescimento). 
➔ Uma criança que nasce e engorda muito no primeiro ano 
de vida, irá engordar por HIPERPLASIA. Por isso devemos 
tomar cuidado para o bebê não ganhar peso de forma 
aumentada, pois ele estará acumulando um tipo de 
gordura que não irá mais perder. Pois este tipo de gordura 
que se desenvolveu por hiperplasia, não conseguiremos 
eliminar na academia, fazendo dietas. Apenas a cirurgia 
irá eliminá-la. 
➔ A cada 10 anos de vida, nosso corpo muda, pois a 
intensidade calórica diminui, porém, continuamos 
ingerindo as mesmas quantidades de alimentos. 
 
➔ Devemos vigiar um bebê gordinho, pois 
ele será um adulto obeso 
➔ Se os 2 pais forem obesos, esse bebê 
tem 80% de chance de ser obeso 
mórbido na vida adulta 
➔ Por isso a grande importância de vigiar a 
obesidade, pois ela se trata de uma 
doença crônica muito prevalente na vida 
adulta, na qual adquirimos na infância; 
 
ARIELY MESANINI 
PROGRESSÃO CEFALOCAUDAL 
Na fase inicial da vida, o crescimento do cérebro do bebê é tão rápido, que sua cabeça ocupa 50% do 
tamanho do seu corpo. Com o passar do tempo, há um aumento do crescimento corporal e uma diminuição 
do crescimento da cabeça; Fases iniciais da vida são marcadas por um intenso crescimento neurológico. 
Intensas formações de sinapses. Quanto mais o indivíduo for estimulado nesse período, melhor sua 
capacidade de aprendizado, principalmente nos 4 primeiros anos de vida. Maior será sua janela de 
oportunidades. 
 
 
ESTÁGIOS DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO 
• O crescimento inicia na formação do ovo. 
• O crescimento intrauterino é tão importante quanto o crescimento extrauterino; 
• O período intrauterino é o período de maior crescimento que um indivíduo pode atingir, pois em um 
prazo de 9 meses, uma única célula da qual nos originamos é capaz de se multiplicar milhares de 
vezes e se diferenciar em vários sistemas e órgãos diferentes, na qual no final desses 9 meses, todo 
o indivíduo está formado, precisando apenas amadurecer suas funções no decorrer de toda a sua 
vida extrauterina. 
 
Período embrionário: temos uma fase de crescimento hiperplásico que predomina no 1º trimestre. Esse 
está se formando os órgãos e sistemas. Crianças que sofrerem um insulto nessa fase de crescimento 
embrionária, podem ter malformações. 
Período fetal precoce: predomina os dois tipos de crescimento: hiperplasia e hipertrofia 
Período fetal tardio: crescimento hipertrófico que predomina no 3º trimestre. Crianças que sofrerem um 
insulto nessa fase de crescimento fetal tardio, também poderá ter malformações, porém com seus órgãos e 
sistemas reduzidos. 
Crescimento lento: vai até 16 semanas de gestação, e é um período lento, onde a criança ganha 10 gramas 
por semana. 
Crescimento acelerado: vai de 16 a 26 semanas. Ganha 25 gramas por semana. 
ARIELY MESANINI 
Crescimento máximo: período que ocorre da 26 semana até 36 semana do feto, ganhando 200 gramas 
por semana. 
Desaceleração: a partir da semana 36 até o parto; 
 
 
ESTÁGIOS DO CRESCIMENTO EXTRAUTERINO 
 
Após o nascimento, damos nomes às fases: 
Fase neonatal: do nascimento até 28 dias de vida 
Infância (1ª infância): dividida em 3 fases: 
1. Lactente: de 29 dias de vida até 2 anos de idade. (1º período da infância); 
2. Pré-escolar: de 2 anos aos 4 anos de idade (teoricamente a criança não deveria ir à escola 
até esse período). 
3. Escolar: dos 4 anos completos até 10 anos de idade. 
Adolescência (ou 2ª infância) dividida em 3 fases: 
1. Pré-Puberal: 10 anos a 14 anos (diferente entre os gêneros: Mulher entra mais cedo e 
termina mais cedo). Ainda não há desenvolvimento dos órgãos sexuais secundários. 
2. Puberal: vai de 12 a 16/17 anos. Começa o desenvolvimento dos órgãos sexuais secundários 
3. Pós-puberal: Inicia quando o desenvolvimento dos órgãos sexuais secundários se completa. 
A partir dos 18 anos deixa de ser criança e passa a ser adulto jovem. 
 
 
MATURAÇÃO ESQUELÉTICA 
As meninas iniciam a puberdade mais cedo do que os meninos, no entanto, podem haver meninas que 
iniciam a puberdade mais tarde e meninos que iniciam mais cedo. A puberdade requer a maturação das vias 
de controle hipotálamo-hipófise. Essas diferenças no ritmo de crescimento podem ser agrupadas em três 
grupos genéricos: maturadores rápidos, médios e lentos. Essas diferenças de maturação refletem-se 
inclusive nos estirões puberais, sendo que os rápidos e os médios apresentam picos mais altos, e os 
lentos, picos mais baixos. 
Os maturadores lentos têm seu estirão puberal mais tarde, chegando às vezes a ter alturas abaixo da 
distribuição da referência, e também apresentando velocidades abaixo de 5 cm/ano, que é a velocidade de 
A genética contribui apenas para 40% do crescimento fetal. Intraútero, o que mais 
manda ou interfere no crescimento do feto é o ambiente 60%. O hormônio de 
excelência dentro do útero para comandar todo o crescimento é a INSULINA e IGF-1. 
 
ARIELYMESANINI 
alerta a partir dos 3,5 anos para se suspeitar de alguma doença endócrina (deficiência de hormônio do 
crescimento – GH – ou hipotireoidismo). 
Avaliação da maturação 
É por meio da radiografia da mão e do punho esquerdos. Não se deve radiografar as duas mãos, pois pode 
alterar a imagem e distorcer a avaliação. Recomendam-se a mão e o punho esquerdos porque tanto a 
avaliação com o atlas de Greulich-Pyle como o método de Tanner (TW2) foram elaborados com radiografias 
desse lado. Com o método de Greulich-Pyle, o radiologista compara a radiografia do paciente com os 
modelos apresentados no atlas e avalia com qual idade se parece. O TW2 é menos utilizado, pois emprega 
um procedimento mais trabalhoso, que envolve atribuir pontos para os diferentes estágios de 
desenvolvimento dos ossos do punho e da mão. 
Ao final da avaliação, procede-se à soma dos pontos e uma tabela informa a idade provável. De modo geral, 
aceita-se que a idade óssea apresenta, em relação à idade cronológica, uma variação de +/- 2 anos. A 
maioria das doenças atrasa a idade óssea, mas hipertireoidismo, obesidade e hormônios sexuais adiantam. 
Como o fechamento completo das epífises indica que a pessoa parou de crescer, o que esses métodos 
sugerem é o quanto ainda o paciente pode crescer. Assim, tendo-se dois meninos de mesma idade e mesma 
altura, mas um com idade atrasada e outro com idade adiantada, pode-se inferir que o menino com idade 
atrasada tem maior probabilidade de atingir a idade adulta com maior altura. 
PUBERDADE 
Costuma-se utilizar a avaliação das características das mamas e dos pelos púbicos nas meninas e das 
características dos genitais e dos pelos púbicos nos meninos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mamas 
Estágio 1: pré-adolescente, 
apenas elevação do mamilo. 
Estágio 2: estágio do botão 
mamário, elevação da mama e 
do mamilo, como um pequeno 
monte. O diâmetro da aréola 
apresenta-se um pouco maior 
que no estágio 1. 
Estágio 3: tanto a mama quanto 
a aréola estão maiores e mais 
elevadas que no estágio 2, mas 
sem distinção. 
Estágio 4: a aréola e a papila 
formam um contorno secundário, 
destacando-se do resto da 
mama. 
Estágio 5: estágio maduro, 
apenas o mamilo se projetando, 
com a aréola seguindo o 
contorno da mama. 
 
Genitais 
Estágio 1: pré-adolescente, 
testículos, escroto e pênis de 
tamanho e forma infantis. 
Estágio 2: escroto apresenta-se 
levemente aumentado, com pele 
mais escura e mudança de 
textura. Pênis sem aumento ou 
pouco aumentado. 
Estágio 3: pênis apresenta 
aumento, principalmente em 
comprimento. Escroto maior que 
no estágio anterior. 
Estágio 4: pênis aumentado em 
comprimento e largura, e 
desenvolvimento da glande. 
Escroto maior que no estágio 3; 
pele do escroto mais escura e 
enrugada que nos estágios 
anteriores. 
Estágio 5: genitália adulta em 
tamanho e forma. 
 
Pelos púbicos nas 
meninas e nos meninos 
Estágio 1: pré-adolescente, 
sem pelos púbicos. 
Estágio 2: pelos finos, 
longos, lisos ou curvos, 
esparsos, mas com maior 
concentração próximo à 
base do pênis ou ao longo 
dos lábios. 
Estágio 3: mais escuros, 
espessos e curvos, os 
pelos espalham-se pelo 
púbis. 
Estágio 4: pelos do tipo 
adulto, mas em menor 
quantidade. Não atingem 
as coxas. 
Estágio 5: pelos do tipo 
adulto em quantidade e 
tipo. 
 
ARIELY MESANINI 
SEGUIMENTO 
Idade Ganho ponderal Ganho estatural Ganho perímetro 
cefálico 
1-3 meses 30g/dia – 900g/mês 3,5 cm/mês 2 cm/mês 
3-6 meses 20g/dia – 600g/mês 2 cm/mês 1 cm/mês 
6-9 meses 15g/dia – 450g/mês 1,5 cm/mês 0,5 cm/mês 
9-12 meses 12g/dia – 360g/mês 1,2 cm/mês 0,5 cm/mês 
1-3 anos 240g/mês 1 cm/mês 0,25 cm/mês 
4-6 anos 180g/mês 3 cm/ano 1 cm/ano 
6-11 anos 3-3,5kg em 5 anos 6-7 cm/ano 2-3 cm em 5 anos 
 
CURVAS DE CRESCIMENTO/ESTADO NUTRICIONAL 
A principal curva utilizada é a da OMS, contem peso e idade. Tem dois tratamentos estatísticos dos valores: 
➔ Escores 
➔ Percentil 
 
 
 
Os scores z é uma 
distribuição normal. 
- 0 é o pico corresponde a 
media, mediana e a moda 
dessa população, sendo 
então normal, tudo que 
estiver entre ele, no caso 2 
e -2 
 
O percentil em 50 é o ideal ou 
canal ideal de crescimento 
 
ARIELY MESANINI 
Equivalência 
Escore Z Percentil 
Z + 3 P99,9 
Z + 2 P97/P95 
Z + 1 P85 
Z 0 P50 
Z – 1 P15 
Z – 2 P3/P5 
Z – 3 P0,1 
 
Crescimento: tem uma curva de estatura/idade. Exemplo: 
 
Obs: Não existe uma classificação de alta estatura para a idade, pois não é considerado patológico ser alto. 
 
Estado nutricional: tem curva de (peso/idade: até os 10 anos); (peso/estatura: até os 5 anos); e (IMC/Idade) 
 
Legenda: 
↓ -3 é muito baixa 
estatura para a idade 
Entre -2 e -3 é baixa 
estatura para a idade 
↑ -2 é estatura adequada 
para a idade 
 
Legenda: 
↓ -3 é muito baixo peso 
para a idade 
Entre -2 e -3 é baixa 
peso para a idade 
Entre -2 e +2 é peso 
adequado para a idade 
↑ +2 é peso elevado 
para a idade 
 
ARIELY MESANINI 
O peso para a idade baixo, sendo abaixo de -2, é o melhor indicador isolado para desnutrição aguda. 
 
A mesma classificação utilizada nesta curva é a classificação utilizada na curva de IMC até 5 anos. 
 
 
 
A partir dos 5 anos: 
Legenda: 
↑ +3 é obesidade 
Entre +3 e +2 é 
sobrepeso 
Entre +2 e +1 é risco 
de sobrepeso 
Entre +1 e -2 é 
eutrofia 
Entre -2 e -3 é 
magreza 
↓ -3 é magreza 
acentuada 
Legenda: 
↑ +3 é obesidade 
Entre +3 e +2 é 
sobrepeso 
Entre +2 e +1 é risco 
de sobrepeso 
Entre +1 e -2 é 
eutrofia 
Entre -2 e -3 é 
magreza 
↓ -3 é magreza 
acentuada 
ARIELY MESANINI 
 
Avaliação de desnutrição: 
Porcentagem da mediana: 
Valor do peso ou estatura do paciente X 100 
Valor da mediana do peso ou estatura (sendo score ou percentil) 
E assim analisar em duas classificações a de Waterlow e Gómez (utilizado em menor de 5 anos para 
identificar risco de mortalidade). 
Classificação de Waterlow E/I P/E 
Não desnutrido >95% >90% 
Desnutrição aguda (Wasted) >95% <90% 
Desnutrição pregressa 
(Stunted) 
<95% >90% 
Desnutrição crônica (Stunter 
and Wasted) 
<95% <90% 
 
CURVA DE CRESCIMENTO DE PREMATUROS 
 
Quando vamos avaliar qualquer coisa de prematuros, devemos sempre utilizar a idade corrigida. 
 
Exemplo: Se o bebê nasceu antes do tempo, não podemos comparar um bebê que nasceu hoje, com 28 
semanas, com um bebê que nasceu hoje com 40 semanas. Daqui há 2 meses, ambas as crianças terão a 
mesma idade (2 meses), porém elas serão totalmente diferentes umas das outras em termos de 
crescimento. 
➔ Para o bebê que nasceu com 28 semanas (faltavam 12 semanas para ele completar as 40 semanas). 
Então, devemos voltar atrás 12 semanas na hora de avaliar seu crescimento e pôr na curva. 
➔ Quando o bebê nasce prematuro, sua primeira avaliação até ele completar as 40 semanas, ele vai 
ser acompanhado em uma curva apropriada para ele. 
Classificação de Gómez P/I 
Não desnutrido >90% 
Desnutrido 1° grau 76-90% 
Desnutrido 2° grau 61-75% 
Desnutrido 3° grau ≤60% 
Legenda: 
↑ +3 é obesidade grave 
Entre +3 e +2 é 
obesidade 
Entre +2 e +1 é 
sobrepeso 
Entre +1 e -2 é eutrofia 
Entre -2 e -3 é magreza 
↓ -3 é magreza 
acentuada 
ARIELY MESANINI 
➔ Um bebê nascido com 28 semanas, quando ele completar 3 meses (12 semanas a mais), ele poderá 
ser avaliado na curva da OMS, e será usado o “ponto zero”, pois é como se fosse para ele “nascer” 
aquele dia. 
➔ Atualmente estamos usando a de Fenton. 
 
As curvas estão abaixo: 
 
 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM E CONTROLAM O CRESCIMENTO 
O primeiro fator que se deve considerar na avaliação do crescimento é a influência genética. Se não 
houver alguma condição de saúde que interfira no crescimento, crianças filhas de pais altos serão altas, e 
filhos de pais baixos serão baixos. No entanto, essa herança não é simples e considera-se que sejauma 
herança poligênica. Dessa forma, filhos de pais de alturas médias, mas que sejam filhos de pais de alturas 
díspares (um alto, outro baixo), dependendo da distribuição dos genes, poderão ter filhos baixos e altos. 
Uma forma de se avaliar a variabilidade da altura dos filhos em relação à altura dos pais é determinar o alvo 
parental. 
Nutrição, doenças e condições sociais influenciam o crescimento, e o papel do pediatra é tentar identificá-
los para que não o prejudiquem. O crescimento é controlado por uma série de hormônios que atuam em 
etapas específicas, e essa atuação é geneticamente controlada. Os principais hormônios são o GH, insulina 
like growth factor I (IGFI), hormônio tireoidiano e os hormônios sexuais, estes inclusive responsáveis 
pelo estirão puberal. Qualquer alteração no crescimento que não seja clinicamente identificável é indicação 
para referir-se a criança para um especialista. A maturação também é geneticamente controlada. Assim, na 
anamnese, o pediatra deve procurar identificar se os pais ou um deles foi maturador lento ou avançado. De 
modo geral, é mais difícil em relação ao pai do que à mãe, pois está com frequência informa a idade da 
menarca; já para o pai, não existe um evento puberal tão marcante. 
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO: 
➔ NASCIMENTO – sinais de prazer e de desconforto (sorri, chora, resmunga) 
➔ 1 A 2 MESES – responde ao sorriso 
➔ 3 A 4 MESES – fica de bruços, levanta a cabeça e ombros. Inicia a lalação. 
➔ 5 A 6 MESES – virar a cabeça na direção do som, rola, senta com apoio. Leva os pés a boca. 
➔ 7 A 9 MESES – senta sem apoio, quer provar alimentos, estranha pessoas desconhecidas, se arrasta 
ou engatinha. 
➔ 10 A 12 MESES – engatinha ou anda com apoio, imita os pais, fala 1 palavra com sentido. 
➔ 13 A 18 MESES – anda sozinho. Frases de 2 ou 3 palavras. 
➔ 19 MESES A 2 ANOS – corre e sobe degraus baixos, tem vontade própria, aceita companhia de 
outras crianças. 
➔ 2 A 3 ANOS -diz seu nome e nomeia objetos como sendo seus, começa o uso do peniquinho. 
➔ 3 A 4 ANOS – veste-se com auxílio, imita o cotidiano dos pais, brinca com outras crianças. 
➔ 4 A 6 ANOS – conta ou inventa pequenas histórias, veste-se toma banho sozinho, escolhe roupas, 
comidas e amigos. 
ARIELY MESANINI 
Refluxo fisiológico e patológico 
DEFINIÇÃO 
 
O refluxo gastroesofágico (RGE) é a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago, com ou sem 
regurgitação e/ou vômito. Pode ser considerado normal, fisiológico, aquele que ocorre várias vezes ao dia 
em lactentes, crianças, adolescentes e adultos, quando ocasiona poucos ou nenhum sintoma. O refluxo 
patológico é aquele que representa uma doença (doença do refluxo gastroesofágico – DRGE), quando 
causa sintomas ou complicações, que se associam à morbidade importante. 
Existe uma variabilidade de manifestações clinicas, e uma dificuldade de distinção entre o RGE fisiológico e 
o DRGE, associados à falta de uma classificação que permita categorizar os pacientes e à carência de 
diagnósticos específicos, com falta de comprovação cientifica em relação a eficácia de algumas medicações. 
 
 
QUADRO-CLÍNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
1. Esofagografia: estudo radiográfico com contraste que avalia estenoses, acalasia, estreitamento ou 
hernia hiatal. 
2. Endoscopia e biopsia: indicadas para pacientes com sintomas de esofagite sem melhora da 
sintomatologia com a utilização de bloqueador da bomba de prótons por 6 a 8 semanas. 
3. Manometria esofágica: indicada se houver suspeita de anormalidades motoras no esôfago e na 
avaliação direta da pressão e do EEI. 
4. Phmetria de 24 horas: documentação quantitativa e sensível dos episódios de refluxo ácido, 
indicada em casos suspeitos de DRGE oculto, com sintomas respiratórios ou síndrome de Sandifer, 
e nas situações em que os resultados da endoscopia com biopsia estão normais. 
5. Cintilografia esofagogástrica: indicada na suspeita de aspiração e no estudo de esvaziamento 
gástrico. 
6. Impedanciometria intraluminal: monitora a quantidade e a qualidade do material refluído 
independentemente do pH. Em relação à Phmetria, tem a vantagem de detectar refluxos não ácidos. 
 
 
 
 
 
Refluxo fisiológico ou não 
complicado é caracterizado por 
vômitos e regurgitações frequentes, 
com início entre 2° e o 4° mês, que 
melhoram aos 6 meses e tendem a 
desaparecer com 2 anos. São 
relacionados à alimentação e ocorrem 
durante ou após as refeições e com a 
introdução de alimentos semissólidos e 
sólidos. O estado nutricional é 
preservado e o desenvolvimento 
neuropsicomotor é normal. A evolução 
é benigna e autolimitada, não sendo 
necessários exames diagnósticos, nem 
mesmo o uso de medicamentos. 
 
Refluxo patológico ou DRGE é caracterizado por apresentar 
regurgitações constante ou duradoura, ou vômitos durante ou 
após as refeições. Tem a presença de choro constante, 
irritabilidade e recusa alimentar em lactentes. O refluxo é 
persistente e de grande intensidade pode levar a déficit 
pondero estatural. As manifestações respiratórias ocorrem 
quando o material refluído alcança as vias áreas (faringe, 
laringite, bronquite de repetição e pneumonia recorrente. 
Outros sintomas são crises de tosse ao despertar e dificuldade 
respiratório. Pode ocorrer a síndrome de Sandifer (postura 
anormal da cabeça e torcicolo, ruminação, enteropatia e 
manifestações neuropsiquiátricas). Em crianças maiores, é 
frequente o aparecimento de disfagia, azia, queimação e dor 
retroesternal. Na maioria dos casos, a história clínica e o 
exame físico definem o diagnóstico. 
 
ARIELY MESANINI 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para RGE recomenda-se: 
➔ Realizar uma abordagem postural, com 
indicação de posição supina para lactentes de 
até 1 ano de idade e de decúbito lateral 
esquerdo e elevação da cabeceira da cama nas 
crianças com mais de 2 anos; 
➔ Evitar roupas apertadas para lactentes; 
➔ Estimular a técnica adequada de aleitamento 
materno para evitar a deglutição excessiva de 
ar; 
➔ Realizar manobras de eructação pós-prandial; 
➔ Incentivas a posição ortostática após as 
refeições; 
➔ Fazer refeições fracionadas e em pequeno 
volume e utilizar alimento espessado em 
situações especificas; 
➔ Utilizar formulas lácteas antirregurgitação 
espessadas com amido pré-gelatinizado. 
 
Pesquisar alergia à proteína do leite de vaca 
(APLV) nos lactentes com vômitos e baixo ganho 
ponderal: 
➔ Suspender o leite de vaca por 7 a 14 dias; 
➔ Nestes casos, a melhora da sintomatologia 
ocorre em 24 horas. O diagnóstico é 
confirmado se os vômitos retornarem após a 
reintrodução do leite de vaca; 
➔ Após esta verificação, recomenda-se a 
exclusão do leite de vaca até o 1° ano de 
vida; 
➔ Para lactentes com aleitamento materno 
exclusivo, propõe-se a dieta materna sem 
leite de vaca e derivados. Na 
impossibilidade do leite materno, 
recomenda-se as formulas extensamente 
hidrolisadas ou formulas de aminoácidos. 
 
Para crianças maiores, recomendam-se: 
➔ Abster-se de alimentos e bebidas estimulantes que 
retardam o tempo de esvaziamento gástrico e 
diminuem a força de contração do EIE, com 
alimentos gordurosos, doces, chocolates, frutas 
cítricas, bebidas gaseificadas, café, chá, álcool, 
condimentos e molhos picantes, além de fumo; 
➔ Fracionar as refeições em pequenos volumes; 
➔ Evitar dormir após a alimentação; 
➔ Não ingerir líquidos em conjunto com as refeições. 
➔ A prescrição medicamentosa é utilizada para casos 
específicos com sintomatologia grave sem melhora 
com medidas posturais e dietéticas; 
➔ Não há evidencias suficientes para o uso rotineiro 
de medicações pró cinéticas 
 
Agentes pro cinéticos: melhoram o 
esvaziamento gástrico e aumentam o 
peristaltismo esofágico: 
➔ Domperidona: 0,25 mg/kg/dose, 
3x/dia, 15 min antes das refeições 
(máximo de 20 mg/dose); 
➔Bromoprida: 0,2 a 0,3 mg/kg/dia, 
3x/dia. Apresentação em gotas 
(4mg/ml): 1 gota por kg/dose 3x/dia; 
 
Antiácidos: compostos de alumínio e magnésio 
(Mylanta Plus ou Andursil) na posologia de 5 a 
15 ml de acordo com a faixa etária, ministrados 
1 a 3 horas após as refeições e à noite. O uso de 
antiácidos a longo prazo não é recomendado, 
dado o surgimento de diarreia pelo magnésio e 
de constipação pelo alumínio, são indicados 
para alivio imediato dos sintomas por 2 a 3 dias. 
 
Inibidores da secreção ácida: 
➔ Antagonistas do receptor H2: são eficazes para alivio dos sintomas e 
cicatrização da mucosa. Inibem os receptores de histamina das 
células parietais gástricas; 
• Ranitidina: 2 a 4 mg/kg/dose, a cada 12 horas. A duração do 
tratamento é 8 a 12 semanas; 
➔ Inibidores da bomba de prótons (IBP): recomendados para estenose 
péptica, esofagite erosiva e esôfago de Barret. Devem ser 
ministrados próximos ou em conjuntos com a primeira refeição diária; 
• Omeprazol: utilizado na faixa etária de 1 a 16 anos, dose 
usual de 1 mg/kg/dia em dose única pela manhã, 15 a 30 min 
antes da primeira refeição por 8 a 12 semanas, capsulas de 
10mg, 20mg e 40mg, as quais podem ser trituradas e 
misturadas com alimentos cremosos; 
• Lansoprazol: utilizado na faixa etária de 1 a 11 anos, na dose 
de 0,7 a 1,6 mg/kg/dia; máximo de 30 mg/dia, em dose única. 
 
Para a DRGE ou refluxo 
patológico intratável em 
pacientes com esofagite 
refrataria, estenoses, esôfago 
de Barret e doenças 
respiratórias relacionadas ao 
refluxo, recomenda-se a 
fundoplicatura (procedimento 
cirúrgico), sendo a técnica mais 
utilizada a de Nissen. 
 
ARIELY MESANINI 
Cólica do lactante 
Os distúrbios gastrointestinais funcionais (DGF) da infância incluem uma variada combinação de sintomas 
digestórios crônicos ou recorrentes, correlacionados com a idade e não explicados por alterações estruturais 
ou bioquímicas. Algumas hipóteses desses distúrbios podem ser, uma resposta motora exacerbada a um 
estressor emocional ou fisiológico entre pacientes, podendo ser uma alteração da interação entre SNC, SN 
entérico e sistema imunológico. 
 
Condição transitória, causa gases, excesso de ar intragastrointestinal, imaturidade do trato gastrointestinal, 
alergia, motilidade intestinal alterada, hipertonicidade congênita, tensão dos pais. 
➔ Paroxismos de irritabilidade, inquietação ou choro que surge e desaparecem sem causa aparente; 
➔ Duração dos episódios maior que 3 horas por dia, ocorrendo pelo menos 3 dias por semana, no 
mínimo por 1 semana; 
➔ Ausência de atraso no desenvolvimento pondero estatural. 
 
O tratamento da cólica infantil consiste na orientação dos pais quanto à benignidade e à temporalidade dos 
sintomas. Nenhum artifício nutricional ou tratamento analgésico tem a capacidade de aliviar os sintomas. 
Investigações com o uso de Lactobacillus reuteri têm mostrado resultados promissores. 
 
 
Displasia do quadril 
DEFINIÇÃO 
É um termo que denota uma anormalidade no tamanho, na morfologia, na orientação anatômica ou na 
organização da cabeça femoral, na cavidade acetabular ou em ambos. Tais anormalidades vão desde uma 
simples instabilidade do quadril com frouxidão capsular até uma luxação completa da cabeça femoral. 
Pode ser dividida em: 
➔ Teratológico: secundária à alguma malformação grave como agenesia lombo sacra, artrogripose, 
mielomeningocele ou anormalidades cromossômicas; 
➔ Típica: ocorre em uma criança normal e pode aparecer intraútero (fetal, ante natal e pré-natal), ao 
nascimento (perinatal) ou após o nascimento (pós-natal) o momento da instalação é importante para 
a gravidade do quadro. Apresenta-se sob 03 formas: 
1. Quadril displásico: cabeça femoral contida no acetábulo, porém facilmente deslocável por 
uma manobra provocativa 
2. Quadril subluxado: uma excessiva frouxidão ligamentar faz com que a cabeça femoral seja 
parcialmente deslocada para fora do acetábulo (sempre haverá algum contato entre os dois). 
Pode ser frouxo e redutível como também tenso e irredutível. Um quadril instável pode ser 
tanto luxável como subluxável. 
3. Quadril luxado: cabeça femoral fora do acetábulo, supero lateralmente 
 
FATORES DE RISCO 
➔ Sexo feminino 
➔ Apresentação pélvica 
➔ História familiar de luxação congênita de quadril 
➔ Associação com torcicolo muscular congênito e/ou pé torto congênito por adução dos metatarsos. 
ARIELY MESANINI 
 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
Os testes de Barlow e Ortolani são medidas obrigatórias no exame físico do RN. O neonato há que estar 
tranquilo para a correta realização dos referidos testes. 
Teste de Barlow - desloca o quadril instável 
• O quadril é retornado à posição inicial e, então, levemente abduzido (o joelho é puxado sobre o 
corpo) e o quadril é movido posteriormente. Um clique indica que a cabeça do fêmur está se movendo 
para fora do acetábulo. 
Teste de Ortolani - reduz o quadril recentemente luxado 
• A coxa do quadril em exame é abduzida (o joelho é movido longe da linha média na posição de perna 
de rã) e delicadamente puxada anteriormente. 
• A instabilidade é indicada pela palpação, às vezes um clique audível da cabeça do fêmur movendo-
se sobre o arco posterior do acetábulo e recolocação na cavidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acidentes comuns com bebês de 0 a 6 meses 
QUEDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEIMADURA 
 
 
➔ Não deixar o bebê sozinho em lugares altos, nem mesmo 
por instantes. 
➔ Não deixar que uma criança carregue o bebê no colo. 
➔ Cuidado com o carrinho. 
➔ O cercadinho e o berço são os únicos locais seguros para 
deixar o bebê. 
➔ Verificar se os espaços entre as barras estão adequados 
(menor de 6 cm). 
➔ Cercados de malhas são mais seguros. 
➔ Não deixar a criança sem assistência sobre o trocador. 
➔ Tenha fraldas a mão. 
 
➔ Não levar nada quente enquanto carrega o bebê no colo. 
➔ Cuidado com a temperatura do banho, nunca deixar o bebê 
sozinho no banho e verificar a água com o cotovelo 
➔ Não cozinhar com o bebê no colo 
➔ Cuidado com cigarros. 
 
 
TRATAMENTO 
➔ Solicitar exame ultrassonográfico do quadril. 
➔ Orientar a mãe sobre a benignidade do quadro clínico e sua evolução para 
cura, se bem conduzido. 
O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível, e consiste no uso de 
órteses que mantém o quadril em posição de abdução, rotação externa e flexão, 
ficando o quadril encaixado ao máximo no fundo do acetábulo. O tratamento dura 2 
a 3 meses. 
 
PROGNÓSTICO 
Bom, ficando o 
quadril normal em 
quase a totalidade 
dos casos tratados 
no período neonatal. 
 
ARIELY MESANINI 
 
 
INTOXICAÇÃO 
 
 
AFOGAMENTOS 
 
ACIDENTES DE AUTOMÓVEL 
 
 
RISCOS 
 
➔ Idade frágil 
➔ Atividades reflexas 
➔ Acidentes envolvem a participação do adulto 
 
 
 
 
 
Referencias 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e 
Estratégicas. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. Brasília: Ministério 
da Saúde, 2011. v.3. (Série A – Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: < 
http://www.fiocruz.br/redeblh/media/arn_v3.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2013. 
Tratado de pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria. 4ª edição – Barueri, SP: Manole, 2017. 
LOPEZ, Fabio Ancona; GIRIBELA, Flavio; KONSTANTYNER, Tulio. Terapêutica em pediatria. 3ª edição – 
Barueri, SP: Manole 2018. 
➔ Nunca dar remédio sem receita médica. 
➔ Não usar gotas nasais sem a orientação de seu pediatra. 
➔ Ao administrar medicamentos, observar bem se a dose e 
o frasco correspondem realmente ao prescrito. 
 
➔ Não deixar o filho sozinho na banheira por nenhuma razão 
 
➔ Usar cadeirinha apropriada e bem fixada para transportar 
a criança no carro, seguindo as especificações do 
fabricante. 
➔ Não transportar no colo no assento dianteiro.

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