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Biomecânica do Crânio 1 💀 Biomecânica do Crânio Created Property Tags Unidade 1 FORÇAS FUNCIONAIS Neonato: neurocranio é maior que o víscerocranio Forças musculares influenciam no desenvolvimento do tecido ósseo Suturas: articulações fibrosas entre os ossos do crânio Sinostose: adaptação com o desenvolver da idade - suturas cranianas passam a calcificar Reabsorção óssea: áreas sem solicitação de força são reabsorvidas por desuso - sem função Neonato - adulto - idoso → possuem diferenças @November 23, 2020 2:07 PM Biomecânica do Crânio 2 BIOMECÂNICA DO ESQUELETO FACIAL Duas porções: fixa (crânio) e móvel (mandíbula) - articulação sinovial (articulação temporomandibular) Arquitetura do crânio permite absorção e distribuição das forças sem perder musculatura óssea Áreas mais propícias para receber forças - mais resistentes Relação: arquitetura e função Tração e pressão - tecido mais ou menos resistente Substâncias: compacta (espículas ósseas próximas) e esponjosa (espículas ósseas espaçadas) Cavidades pneumáticas: seios paranasais Seio maxilar, seio frontal, seio esfenoidal e seio etmoidal Bebês já possuem os seios paranasais Estão em processo de expansão - acompanham o desenvolvimento Não tem solicitação para a distribuição das forças mecânicas - crescem mais Estruturas que recebem forças: paredes → cortical mais espessa Cortical (tecido ósseo compacto) Esponjosa é mais densa → confere proteção para a área 💡 Trabalho funcional → desenvolvimento 💡 Forças funcionais → arquitetura do crânio 💡 Maior influência → forças mastigatórias Biomecânica do Crânio 3 💡 Forças mastigatórias → ligamento periodontal (transmissão da força) → anuladas na base do crânio ÁREAS DE MAIOR ESPESSAMENTO ÓSSEO Geralmente em áreas de transição entre neurocrânio e viscerocrânio - acidentes ósseos (espessamento) Glabela, processo zigomático osso frontal, processo mastoide e protuberância occipital externa Há uma relação direta do tecido ósseo com a demanda funcional e com o músculo Ossos relacionados a um músculo recebem influência direta dele Paralisias → lado paralisado tem mudança na arquitetura óssea BIOMECÂNICA DO ESQUELETO FACIAL Maxila: osso fixado ao esqueleto fixo do crânio Sofre forças oclusais (de um dente contra o outro - não é muscular) Tem resistência menor Vias aéreas e digestivas Relação com cavidades - orbital, nasal e oral Biomecânica do Crânio 4 Seios paranasais (maxilar) Mandíbula: osso móvel e único, se articula por articulação sinovial Forças oclusais e muscular (tem carga mastigatória) MAXILA Tem relação direta com os ossos do crânio - formam unidade → esqueleto fixo da face Estrutura complexa Está entre cavidades (seio maxilar) → área suscetível Tem mais osso esponjoso → tecido mais frágil Precisa de áreas que deem suporte → pilares de sustentação da maxila Entra na formação da órbita, das cavidades oral e nasal, do seio maxilar e das fossas infratemporal e pterigo-palatina ZONAS DE RESISTÊNCIA DA MAXILA Sistemas de pilares e arcos Linhas no geral verticais, com arcos que se comunicam e relacionam os pilares Bases para a mandíbula durante a mastigação Suporte Biomecânica do Crânio 5 Escavações para a cavidade nasal, seios paranasais e órbitas 💡 Entre as cavidades precisa de tecido que dê suporte para que elas não sejam suscetíveis a fraturas Pilares: canino, zigomático e pterigoideo Arcos: supraorbital, infraorbital, supranasal, infranasal, zigomaticopterigoideo e palatino PILAR CANINO Inicio: região do alvéolo do canino superior Biomecânica do Crânio 6 Contorna abertura da cavidade nasal (piriforme) Passa para região do osso frontal (processo frontal da maxila) → relaciona pilar canino e zigomático (margem supraorbital) - fim do trajeto Se localiza entre cavidades lateral - seio maxilar medial - cavidade nasal Comunicando o pilar canino direito com o esquerdo, há os arcos supranasal e infranasal PILAR ZIGOMÁTICO Lateral em relação ao pilar canino Inicio: alveolo do primeiro molar superior Passa pela área de transição da maxila com o osso zigmático (crista infrazigomatica) Vai para a transição com o osso zigomático (processo zigomático da maxila) Chega ao corpo do osso zigomático Transição do osso frontal com o zigomático (processo frontal do osso zigomático) → chega ao osso frontal Biomecânica do Crânio 7 Envia a força para o crânio (para ser anulada) através do arco zigomático 💡 PILARES CANINO e ZIGOMÁTICO se comunicam através do arco supraorbital e infraorbital .. PILAR PTERIGOIDEO Inicio: alvéolo do terceiro molar superior Passa pelo processo piramidal do osso palatino Vai para o processo pterigoide do osso esfenoide Biomecânica do Crânio 8 Conecta-se à base do crânio Arco zigomático pterigoideo: conecta pilar pterigoideo com o pilar zigomático no processo de anulação de força PALATO Arco palatino: tem relação direta com os 3 pilares maxilares Encontro dos 3 pilares da maxila Envia forças oclusais para a base do crânio pelo canal pterigoideo e pelo osso vômer MANDÍBULA Tecido adaptado para dar suporte às cargas mastigatórias Corticais ósseas (osso compacto) têm espessura maior Biomecânica do Crânio 9 Esponjosa tem aspecto trabeculado, mas distribui forças ZONAS DE RESISTÊNCIA DA MANDÍBULA Trajetórias de força Estão associadas com músculos → supra-hióideos e mastigatórios Músculos supra-hióideos: função de elevação do osso hióideo e abaixam a mandíbula Músculos mastigatórios: associados ao ramo mandibular e promovem sua elevação Zona de compressão → margem inferior mandibular (atuação de músculos supra- hióideos) Zona de tensão → margem superior, associada com a região alveolar (atuação de músculos mastigatórios) Entre elas há uma zona neutra - livre de forças - possui áreas de abertura (passagem do canal mandibular e forame mentual), é de menor resistência Fraturas mandibulares comumente causam deslocamentos Trajetórias: mentual, basilar, alveolares e temporal Biomecânica do Crânio 10 TRAJETÓRIA MENTUAL Associada ao mento Área de resitência considerável - cortical densa e espessa Trabeculado ósseo denso - espaços entre trabéculas são menores Anula forças de torção (tendência a aproximar as duas regiões de ramo - medialmente estão os músculos pterigóideos que têm tendência de torção mandibular) TRAJETÓRIA BASILAR Associada com margem inferior da mandibula → mento Biomecânica do Crânio 11 Se desloca posteriormente, passando pela região de corpo até o ramo Vai do ramo pela margem posterior e termina no processo condilar da mandibula Anula forças de compressão (músculos supra-hióides) TRAJETÓRIAS ALVEOLARES Trajetória oblíqua e trajetória milo-hidoidea Correspondem a acidentes ósseos Linha obliqua em face externa e linha milo-hioidea em face interna Começa na região dentária (mastigação) → ligamento periodontal → osso alveolar → para face externa ou interna Adaptadas para recepção das forças oclusais e transmissão para o tecido ósseo Anula forças de tensão TRAJETÓRIA TEMPORAL Descendente Começa no processo coronóide da mandibula até chegar nas linhas oblíqua e milo- hióidea Externa e interna Espessamento ósseo da margem anterior do ramo da mandíbula - relação direta com o músculo temporal Tração do músculo temporal Biomecânica do Crânio 12 ZONAS DE FRAGILIDADE DO ESQUELETO FACIAL Mais suscetíveis a fraturas Perpendiculares aos pilares de resistência Fraturas do esqueleto facial: golpes, dentes inclusos, cistos, tumores, osteomielite e osteoporose Classificação: simples (osso), múltipla (mais que um traço de fratura) e composta (osso, pele ou mucosa) ZONAS DE FRAGILIDADE DA MAXILA Fraturas do esqueleto fixo da face - difícil ser somente da maxila Renné Le Fort Biomecânica do Crânio 13 LE FORT I Horizontal ou subapical Traço de fratura passa acima dos ápices dos dentes até a porção inferior do processo pterigoide do esfenoide Fratura dos três pilares de sustentação da maxila no seu inícioFratura: septo nasal ósseo (vômer), os dois palatinos e os dois processos pterigóideos Separa o processo alveolar do corpo da maxila LE FORT II Piramidal Tem um envolvimento de margem infraorbital, passa pela região de margem medial da cavidade bucal, passa processo frontal da maxila e separa os ossos nasais do osso frontal - linha de fratura mais superior Fratura dos três pilares de sustentação da maxila (canino - base do crânio) Biomecânica do Crânio 14 Pilares pterigóideo e zigomático: mesma fratura da Le Fort I / Pilar canino: base do crânio Fratura: borda inferior da órbita, processo frontal da maxila e osso nasal Internamente: fratura do septo nasal, do osso etmóide e da lâmina cribiforme (pode ocorrer rinorréia) Separa o viscerocrânio do neurocrânio na região da raiz do nariz LE FORT III Disjunção crâniofacial Disjunção entre viscerocrânio e o neurocrânio Separa osso nasal do frontal e lateralmente está na separação do osso zigomático com o osso frontal (sutura frontozigomática) Fratura da lâmina cribiforme, dos três pilares de sustentação da maxila na base do crânio, do arco zigomático, dos processos pterigóideos e do septo nasal Continua-se pelas paredes medial e lateral da órbita Biomecânica do Crânio 15 ZONAS DE FRAGILIDADE DA MANDÍBULA Tem maior resistência - processo mandibular e colo são mais fáceis de serem fraturadas Perpendiculares às trajetórias de força COLO DO CÔNDILO MANDIBULAR Anatomia que é favorável a fraturas Área de estreitamento - sustenta o côndilo mandibular Trauma na região mentual desloca a mandibula e a região condilar recebe - fratura no colo CORPO MANDIBULAR Tem resistência considerável Canal mandibular e forame mentual - áreas de abertura, suscetível a fraturas Região de molares e anterior do mento - fraturadas com menor frequência Biomecânica do Crânio 16 ÂNGULO MANDIBULAR Transição entre o ramo e o corpo mandibular - se torna mais vulnerável às fraturas Associada a fraturas que são causadas por traumas OUTRAS LOCALIZAÇÕES Ramo mandibular Processo coronoide da mandibula → comum quando o paciente tem alguma alteração que acarreta uma atrofia dessa área (remoção cirurgica, paralisia etc) Processo alveolar da mandíbula
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