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Slides - Debate contemporâneo

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Debate contemporâneo
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Capitalismo
Sistema de iniciativa econômica baseado no câmbio de mercado. O “capital” refere-se qualquer bem – incluindo dinheiro, propriedades e máquinas – que pode ser utilizado para a produção e venda, ou investido em um mercado com o fim de obter lucro.
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Origens do capitalismo
Sua origem está na passagem da Idade Média (iniciou no século V com a queda do império romano) para a Idade Moderna (iniciou em 1453 com a queda de Constantinopla e terminou com a Revolução Francesa em 1789). 
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Origens do capitalismo
Entre os séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social : a burguesia (grandes proprietários/empregadores). Esta nova classe social buscava o lucro por meio de atividades comerciais.
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Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas. Historiadores e economistas identificam na burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista: lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios. 
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Liberalismo
Corrente política que se afirma na Europa e nos EUA a partir de meados do século XVIII. Luta contra o intervencionismo do Estado em todos os domínios. 
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Liberalismo
Na economia defende a propriedade e a iniciativa privada, assim como a auto-regulação econômica por meio do mercado. Na política preconiza um Estado mínimo limitado a simples funções judiciais e de defesa.  
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Liberalismo
John Locke, filósofo inglês (1632-1704) foi um dos pioneiros do liberalismo ao defender um conjunto de direito naturais inalienáveis do indivíduo anteriores à própria sociedade: a liberdade, a propriedade e a vida. 
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Liberalismo
Adam Smith, escocês, pai da economia moderna (1723-1790):  o papel do Estado na econômica devia ser reduzido, sendo esta confiada à auto-regulação do mercado. O Estado devia limitar-se a facilitar a produção privada, a manter a ordem pública, fazer respeitar a justiça e proteger a propriedade. 
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Liberalismo
Smith defendia ainda a concorrência entre os privados, num mercado livre, acreditando que os seus interesses naturalmente se harmonizariam em proveito do coletivo. 
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Liberalismo
John Suart Mill, filósofo inglês (1806 – 1873) A principal função do Estado é a de procurar promover as melhores oportunidades de desenvolvimento pessoal e social para todos os indivíduos, principalmente por meio da educação. Não deve ser aceita a intervenção do Estado em coisas que os indivíduos sejam capazes de resolver por si.
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Liberalismo
Jeremy Bentham, filósofo e jurista inglês(1748-1832): defende uma concepção otimista da iniciativa privada, ao afirmar que quando um indivíduo trabalha para concretizar os seus objetivos econômicos, contribui para o desenvolvimento da riqueza de todos. 
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Liberalismo 
Thomas Malthus, economista inglês (1766-1834): afirmava claramente que o Estado devia limitar-se a proteger os mais ricos, recusando quaisquer direitos aos pobres. O único conselho que dava aos pobres é que não se reproduzissem.
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Jean-Jacques Rousseau, filósofo iluminista e político francês, precursor do Romantismo (1712 – 1778).
Sustentava que a sociedade havia pervertido o homem natural, o "selvagem nobre" que havia vivido harmoniosamente com a natureza, livre de egoísmo, cobiça, possessividade e ciúme. 
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Jean-Jacques Rousseau, filósofo iluminista e político francês, precursor do Romantismo (1712 – 1778).
Sua obra foi marcada pela valorização dos sentimentos em detrimento da razão intelectual, e da natureza mais autêntica do homem, em contraposição ao artificialismo da vida civilizada. 
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O contrato social para Rousseau é "Uma livre associação de seres humanos inteligentes, que deliberadamente resolvem formar um certo tipo de sociedade, à qual passam a prestar obediência mediante o respeito à vontade geral. 
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O "Contrato social", ao considerar que todos os homens nascem livres e iguais, encara o Estado como objeto de um contrato no qual os indivíduos não renunciam a seus direitos naturais, mas ao contrário entram em acordo para a proteção desses direitos, que o Estado é criado para preservar.
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A desigualdade como um fato irreversível?
Rousseau tenta responder a questão do que compele um homem a obedecer a outro homem ou por que direito um homem exerce autoridade sobre outro. 
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A desigualdade como um fato irreversível?
Ele concluiu que somente um contrato tácito e livremente aceito por todos permite cada um "ligar-se a todos enquanto retendo sua vontade livre". A liberdade está inerente na lei livremente aceita. "Seguir o impulso de alguém é escravidão, mas obedecer uma lei auto-imposta é liberdade".
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Os princípios de liberdade e igualdade política formulados por Rousseau, influenciaram os setores mais radicais da Revolução Francesa e inspiraram sua segunda fase, quando foram destruídos os restos da monarquia e foi instalado o regime republicano, colocando-se de lado os idéias do liberalismo de Voltaire e Montesquieu (1689-1755). 
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Século XIX
Na segunda metade do século, o Liberalismo incorpora o "Darwinismo social", isto é, a concepção de que o Estado deve apenas centrar-se em criar as condições para que os mais aptos prevaleçam sobre os mais fracos. O Estado deve estar a serviço dos ricos e poderosos (os mais aptos) e manter na ordem os mais fracos (os operários, camponeses, etc). 
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Século XIX
O Liberalismo dominou a política Européia e dos EUA a partir do século XIX.
Defendiam a propriedade privada, a economia de mercado e a liberdade de comércio internacional. Queriam desregulamentar o trabalho, defendiam as liberdades políticas, o governo representativo, entre outras lutas. 
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Século XIX
O Estado devia ser reduzido à sua expressão mínima, limitando-se a assegurar as condições para o pleno desenvolvimento da economia privada, promovendo a criação de infra-estruturas (estradas e transportes, por exemplo), áreas onde as possibilidades de obtenção de lucro eram mínimas.
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Século XX
O liberalismo acabou por conduzir as sociedades européias liberais para a guerra. As revoltas e revoluções sucedem-se. No plano internacional, a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), mergulha as sociedades no caos. A crise de 1929 nos Estados Unidos abala ainda mais a confiança no mercado. 
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Século XX
Como reação aos excessos do liberalismo, nos anos 20 e 30 emergem regimes totalitários em nome defesa dos interesses coletivos. A preocupação com as políticas sociais e a regulamentação do mercado estava na ordem do dia. 
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Século XX
Em finais dos anos 70, o liberalismo ressurge. Em nome da globalização apela-se à liberdade de comércio internacional e ao fim do protecionismo. A fim de tornar mais atrativos os países para investidores nacionais e estrangeiros, apela-se à redução dos impostos, ao fim da intervenção do Estados em muitos setores agora potencialmente lucrativos (saúde, educação, transportes, energia, comunicações, água, entre outros). 
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Século XX
Após duas décadas de políticas liberais, constata-se  que as desigualdades entre os países aumentaram ( os ricos e os pobres estão agora mais distantes), as políticas sociais foram reduzidos à sua mínima expressão em muitos países. 
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Século XX
No plano teórico os liberais incorporaram nos anos 70 a questão dos direitos humanos, e passam a servir-se desta argumentação para defenderem coisas muito distintas, como o fim das ditaduras, a abertura de mercados, a livre circulação de mercadorias e pessoas, entre outras vantagens, como a defesa das liberdades.
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Neoliberalismo 
O neoliberalismo teve como parteiro o Consenso de Washington - a globalização do mercado "livre" e, segundo conveniências, do modelo norte-americano de democracia (jamais exigido aos países árabes fornecedores de petróleo e governados por oligarquias favoráveis aos interesses da Casa Branca). 
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Neoliberalismo 
O capitalismo transforma tudo em mercadoria, bens e serviços, incluindo a força
de trabalho. O neoliberalismo o reforça, mercantilizando serviços essenciais, como os sistemas de saúde e educação, fornecimento de água e energia, sem poupar os bens simbólicos - a cultura é reduzida a mero entretenimento; a arte passa a valer, não pelo valor estético da obra, mas pela fama do artista; (...)
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Neoliberalismo 
(...) a religião pulverizada em modismos; as singularidades étnicas encaradas como folclore; o controle da dieta alimentar; as relações afetivas condicionadas pela glamourização das formas; a busca do elixir da eterna juventude e da imortalidade por meio de sofisticados recursos tecnocientíficos que prometem saúde perene e beleza exuberante.
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Socialismo
Do ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. 
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Socialismo
Para atingir este estágio, dever-se-ia passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.
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Socialismo
Diferentemente do que ocorre no capitalismo, onde as desigualdades sociais são imensas, o socialismo pretendeu a distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, com a finalidade de proporcionar a todos um modo de vida mais justo.  
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Socialismo 
O idealizador do socialismo, Karl Marx, pretendia que esse sistema provocasse a queda da classe burguesa que lucrava com o proletariado desde o momento em que o contratava para trabalhar em suas empresas até a hora de receber o retorno do dinheiro que lhe pagou por seu trabalho. Segundo ele, somente com a queda da burguesia é que seria possível a ascensão dos trabalhadores.  
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Socialismo
Alguns países, como, por exemplo, União Soviética (atual Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental adotaram estas idéias no século XX. Porém, atuando como minorias num mundo voltado para o lucro e o acúmulo de riquezas, viram o socialismo entrar em colapso. 
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Socialismo
Foi a União Soviética que iniciou este processo durante o governo de Mikail Gorbachov ( final de década de 1980), que implantou um sistema de abertura econômica e política ( Glasnost e Perestroika ) em seu país. Na mesma onda, o socialismo foi deixando de existir nos países da Europa Oriental.  
Atualmente, os países mais conhecidos que mantêm o sistema socialista em vigor são Cuba e China.
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Totalitarismo 
Tipo de governo que o Estado tem total controle sobre a vida das pessoas. Os exemplos mais conhecidos existiriam na primeira metade do século XX: o fascismo italiano, o nazismo alemão e o stalinismo soviético. 
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Totalitarismo 
O regime totalitarismo costuma ter um líder supremo carismático. Na Itália foi Benedito Nussolini; na Alemanha, Adolf Hitler e na União Soviética foi Josef Stálim. Nesses países a oposição era oficialmente proibida. 
Pessoas identificadas pelo governo como perigosas ao regime foram perseguidas, presas ou mortas. 
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Totalitarismo
Também são características do totalitarismo o controle pelo Estado das manifestações artísticas e políticas. O governo usa os meios de comunicação de massa (jornais, rádio e cinema) para fazer propaganda de si mesmo e estimular o culto à personalidade do ditador. 
Alguns países ainda administrados sob o regime totalitário: China, Cuba, Vietnã, Venezuela, Coréia do Norte, Mianmar, Camboja, Sudão, Afeganistão, Irã.
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Representação e cultura política no Brasil
Ainda que falte conexão entre eleitores e partidos, ainda não se conseguiu formular um mecanismo mais eficiente de governo do que a democracia representativa.
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Desinteresse do eleitorado em relação às campanhas eleitorais
Grandes atos públicos, com muita gente na rua, ocorrem freqüentemente em sociedades em processo de transição ou com grandes restrições às liberdades individuais. É um processo reativo. 
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Desinteresse do eleitorado em relação às campanhas eleitorais
Quando há estabilidade, é natural que a sociedade pareça mais calma e afastada do processo eleitoral. Os eleitores não saem marchando pelas ruas por menos impostos ou por um sistema público de saúde decente se não houver uma grande crise.
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Os partidos políticos estão afastados do clamor das ruas. Devem incluir nas suas agendas novos temas sociais para realizar seu papel de intermediador de interesses entre a sociedade civil e o Estado:
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AGENDA MÍNIMA
 aborto
 casamento homossexual
 penalidades a crimes: 
 prisão perpétua X pena de morte
 gerar trabalho e renda X desemprego
 segurança
 saúde
 educação
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Perfil ideal de um político que mereceria nossa confiança
Transparência: declaração pública de seus bens, envolvimento e solução de questões sociais.
Defesa da agenda mínima: atender as “vozes roucas das ruas” (Ulysses Guimarães).
Apresentar projetos de leis: atender as demandas da sociedade.
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Perfil ideal de um político que mereceria nossa confiança
Fiscalizar o executivo: comunicar sobre os destinos dos recursos financeiros arrecadados.
Obter benefícios para os municípios: melhorias nos municípios reivindicadas pela população por meio da sociedade civil organizada.

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