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Trabalho FPC grupo 5

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11
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA EM SAÚDE
CURSO DE NUTRIÇÃO
HANNA TANURE WERNECK
JORDANNE CAVALCANTE FOCA DE SOUZA
LARA SOUSA LECCO
PAULA CASER RODRIGUES
AS INFLUÊNCIAS DAS DIETAS VEGETARIANAS NA DIMINUIÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES. 
VITÓRIA, ES
2021
HANNA TANURE WERNECK
JORDANNE CAVALCANTE FOCA DE SOUZA
LARA SOUSA LECCO
PAULA CASER RODRIGUES
AS INFLUÊNCIAS DAS DIETAS VEGETARIANAS NA DIMINUIÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES. 
Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Nutrição da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial à obtenção da nota da disciplina de Fundamentos de Pesquisa Científica.
Orientador: Prof. Ariane Dias de Amorim.
VITÓRIA, ES
2021
Sumário
INTRODUÇÃO	6
MÉTODOS	6
RESULTADOS	8
DISCUSSÃO	13
 Benefícios da dieta vegetariana...........................................................................13
 Riscos cardiovasculares ligados ao consumo de carne...................................13
 O sedentarismo prejudica os vegetarianos? .....................................................14
CONCLUSÃO	15
REFERÊNCIAS	16
RESUMO
Objetivos: Descrever, através de uma revisão narrativa, a influência da dieta vegetariana na diminuição das doenças cardiovasculares.
Métodos: Revisão nas bases Scielo/Pubmed e Periódicos CAPES, entre 2006 a 2021, utilizando os descritores “dietas vegetarianas” “cardiovascular” “riscos”, “vegetarian”, “vegetarianism”
“vegan”, “heart cardio”, “heart diseases”, “vegetarian dietary”; realizada por quatro examinadores em inglês e português. O critério utilizado para a seleção dos trabalhos foi a apresentação da discussão de correlação entre dietas vegetarianas e diminuição dos fatores de
risco metabólico para doenças cardiovasculares sob aspectos nutricionais. Foram encontrados 2282 artigos dos quais 10 foram selecionados, em ambas as línguas, sendo 2 casos clínicos, 4 estudos comparativos, 4 pesquisas especializadas.
Resultados: A maioria dos estudos descreveram um impacto positivo na diminuição do risco de doenças cardiovasculares com a adoção da dieta em decorrência do baixo consumo de gorduras e alto consumo de fibras.
Conclusão: Dietas vegetarianas podem ser associados à um menor risco de adquirir doenças cardiovasculares, uma vez que tem como principal característica o baixo consumo de alimentos
ricos em colesterol, substância amplamente reconhecida como fator de favorecimento a CVDs. Entretanto, a baixa quantidade de estudos sobre o tema apresenta-se como um entrave ao desenvolvimento e consenso da abordagem a ser tomada para a adequação da dieta sem que ocorra um desnível de outros nutrientes.
Palavras-chave: dietas vegetarianas; cardiovascular; riscos; vegetarian; vegetarianismo; vegan; heart cardio; heart diseases; vegetarian dietary.
ABSTRACT 
Objetives: Describe, through a narrative review, the influence of the vegetarian diet on the reduction of cardiovascular diseases.
Methods: The review had 3 databases (Scielo,Pubmed and Periódicos CAPES), through 2006 to 2021, using the descriptors “vegetarian diets”, “cardiovascular” “risks”, “vegetarian”, “vegetarianism”, “vegan”, “heart cardio”, “heart diseases”, “vegetarian dietary”; performed by four investigators in English and Portuguese. The criterion used for the selection of papers was the discussion of correlation between vegetarian diets and the reduction of metabolic risk factors for cardiovascular diseases under nutritional aspects. 2282 articles were found. Of which 10 were selected, in both languages, for wich 2 were clinical cases, 4 comparative studies, 4 specialized researches.
Results: Most studies described a positive impact on reducing the risk of cardiovascular disease with the adoption of the diet due to low fat consumption and high fiber consumption.
Conclussions: Vegetarian diets can be associated with a lower risk of developing cardiovascular diseases, since their main characteristic is the low consumption of foods rich in cholesterol, a
substance widely recognized as a factor in favoring CVDs. However, the low number of studies on the subject it is presented as an obstacle to the development and consensus of the approach required for the adequacy of the diet without the occurrence of out of proportion nutrients.
Keywords: cardiovascular; risks; vegetarian; vegetarianism; vegan; heart cardio; heart diseases; vegetarian dietary
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial da Saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION: WHO, 2021) as doenças cardiovasculares são um grupo de transtornos do coração e dos vasos sanguíneos. As doenças cardiovasculares (CDV) são a principal causa de morte no mundo, representando cerca de 30% dos óbitos (TEIXEIRA et al, 2007), ou seja, mais pessoas morrem todos os anos por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. Nesse aspecto, convém destacar que 
o desenvolvimento de CDV’s pode ser atribuído a diversos fatores, entre eles o uso de tabaco, o uso nocivo de álcool, falta de atividade física, obesidade, dietas não saudáveis, além 
de outros fatores (TEIXEIRA et al, 2007). Dentre as doenças cardiovasculares mais comuns, é válido listar a arterial coronariana (DAC), cerebrovascular, arterial periférica, trombose venosa e embolia pulmonar. Além disso, o entupimento dos vasos sanguíneos, seja por depósito de gordura em suas paredes, seja por um coágulo, pode causar infarto ou acidente vascular encefálico. A presente discussão explora aspectos sobre doenças cardiovasculares resultantes de uma alimentação não saudável -com alto consumo de lipídios, principalmente- que consequentemente gera alterações nas taxas de colesterol e triglicerídeos (DE BIASE et al., 2007). Esse quadro pode ser mitigado a partir da implantação de uma dieta vegetariana saudável, com ingestão de frutas e vegetais in natura e grãos integrais, além do uso restrito de oléo nas preparações culinárias (SATIJA et al, 2017). Diante de todos os pontos abordados pode-se inferir que o objetivo deste trabalho foi analisar, por meio de uma revisão narrativa, a alimentação vegetariana como fator determinante para a redução de riscos cardiovasculares.
MÉTODOS
Trata-se de revisão nas bases de literatura SciELO, Pubmed e Periódicos CAPES, do período de 2006 a 2021. Os termos de busca utilizados em associação, conforme operadores booleanos ‘and,’or’: “dietas vegetarianas” “cardiovascular” “riscos”, “vegetarian” “vegetarianism” “vegan” “heart cardio” “heart diseases” “vegetarian dietary”.
O critério utilizado para incluir os trabalhos organizados de forma a selecionar estudos que possuem o objetivo de apresentar a eficiência das dietas vegetarianas na promoção de longevidade, saúde e bem-estar, que assim, colaboram com a diminuição dos fatores de risco metabólico para doenças cardiovasculares sob aspectos nutricionais e comportamentais. Foram selecionados artigos realizados no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido com a intenção de aumentar o espaço amostral da pesquisa. Artigos cujo o acesso completo não esteve disponível foram excluídos da análise, o processo de seleção foi feito por dois examinadores, e se sucedeu pelas seguintes etapas: 
1)Leitura e análise dos artigos encontrados; 
2)Exclusão dos trabalhos fora da linha de raciocínio estabelecida e similares;
3) Exclusão de trabalhos que desviavam do espaço amostral e especificavam determinadas populações; 
4)Leitura de artigos na íntegra para seleção final. 
Após esse processo, todos os integrantes do estudo examinaram os artigos uma última vez para excluir a possibilidade de artigos similares. 
Dos 2282 artigos encontrados (1479 de base Pubmed, 365 SciELO e 438 Periódicos CAPES) foram selecionados 10 artigos: 3 na língua portuguesa e 7 na língua inglesa. Sendo caracterizados de forma especializada e comparativa: 2 casos clínicos, 4 estudos comparativos, 4 pesquisas especializadas. 
Na base PUBMED:
1479 artigos
encontrados atravésdas pesquisas com os termos de busca.
 -- Análise dos critérios (1), (2) 
 e (3)
15 artigos
pré-selecionados
-- Análise do critério (4) 
7 artigos
selecionados
Na base SCIELO:
365 artigos
encontrados através das pesquisas com os termos de busca.
-- Análise de todos os critérios
1 artigos
selecionados
Na base PERIÓDICOS CAPES:
438 artigos
encontrados através das pesquisas com os termos de busca.
-- Análise dos critérios (1), (2) e (3)
 7 artigos
pré-selecionados
-- Análise de todos os critérios
 2 artigos
selecionados
RESULTADOS
Os resultados referentes à influência das dietas vegetarianas na diminuição das doenças cardiovasculares seguem descritos. Dentre os 10 estudos revisados, foram analisados indivíduos praticantes da dieta há pelo menos 5 anos, homens e mulheres maiores de 18 anos de idade, classificados em: Ovolactovegetariano OLVEG); Lactovegetariano (LVEG) e Vegetariano estrito (VEGE)/Vegano. A ingestão de calorias sempre foi parecida nos dois grupos, porém os VEGs consumiam menos proteínas, lipídeos e mais carboidratos. Não foram levados em consideração o consumo de álcool, IMC e tempo de atividade física realizado pelos grupos.
As literaturas presentes no estudo apontam que os níveis de lipídeos, sobretudo o colesterol, estimulam o aparecimento de doenças arteriais, que leva ao infarto no miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC). O grupo estritamente vegetariano ou vegans apresentou valores de HDL significativamente maiores. A dieta vegetariana parece ter papel protetor vascular, pela sua relação com os baixos níveis lipídicos, mas consideram o componente metabólico como fator determinante dos níveis de colesterol (DE BIASE et al, 2007).
A hipertensão, doença vascular crônica, é definida por níveis pressóricos. É identificada quando existe a elevação dos níveis de pressão arterial, acima de 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio), o primeiro valor se refere a pressão máxima ou sistólica, correspondente a contração do coração, e o segundo valor a pressão mínima ou diastólica, quando o coração relaxa. Frequentemente é assintomática e pode evoluir com alterações estruturais ou funcionais em órgãos alvos, como coração, cérebro, rins e vasos. A hipertensão é um fator de risco importante estabelecido para doença isquêmica do coração e acidente vascular cerebral, e evidências recentes confirmaram que isso é verdade para todas as faixas etárias, especialmente para acidente vascular cerebral hemorrágico (TONG et al, 2019).
Além disso, o alto consumo de carnes tende a atrapalhar a digestão pois exige maior energia do organismo. No caso do carboidrato, o período de digestão leva de 1 a 2 horas, já a proteína leva de 2 a 4 horas, e por fim, as gorduras são as que mais demoram para serem digeridas e levam de 6 a 8 horas. A menor ingestão de fibras provoca maior absorção de gorduras, pelo trânsito mais lento e porque as fibras iriam absorver as gorduras e impedir sua absorção para a circulação, eliminando-as com as fezes (TEIXEIRA et al, 2009). E os benefícios para a saúde do consumo de fibra dietética adequada estão começando a ser compreendidos, especificamente na prevenção e no tratamento de doenças como diabetes tipo II, DCV e câncer de cólon.
Mudanças abruptas do modo de se alimentar exigem bastante cuidado, pois é necessário entender como reduzir a ingestão gradual de alimentos de origem animal, e incluir alimentos vegetais nutritivos para a saúde. Ao contrário do que se pensa, quando se enfatiza a ingestão de alimentos vegetais menos saudáveis, observa-se a associação oposta. Quando examinamos as associações das três categorias de alimentos com o risco de doença coronária, alimentos vegetais menos saudáveis ​​e alimentos de origem animal foram associados a risco aumentado, com uma associação potencialmente mais forte para alimentos vegetais menos saudáveis. Isso destaca a grande variação na qualidade nutricional dos alimentos vegetais, tornando crucial considerar a qualidade dos alimentos vegetais consumidos em dietas ricas em vegetais. Foi encontrado um risco 24% menor de mortalidade por doenças coronarianas, comparando vegetarianos com não vegetarianos (SATIJA et al, 2017).
Com a popularização de dietas alternativas com restrição de carne e produtos animais a dieta vegetariana passo a ocupar espaço como uma das mais populares. Pelo seu alto consumo de fibras, vitaminas, minerais e baixa concentração de gordura saturadas ela pode ser associada com a baixa incidência de doenças cardiovasculares. Paralelo a isso, estudos anteriores mostram que o risco de ter doenças arterial coronariana (DAC) era baixo para quem seguia a dieta vegetariana, uma análise mostrou que Adventistas do Sétimo Dia (vegetarianos) tinham 40% menos risco de ter DAC tanto em homens quanto em mulheres, além de ter menor risco em relação a doença cardiovascular cerebral
(PETERMANN-ROCHA et al, 2020).
De acordo com os casos clínicos abordados na revisão, a implementação da dieta vegetariana em ambiente de trabalho foi muito benéfica, pois com o apoio de  nutricionistas e médicos focados em melhorar e mudar a alimentação dos funcionários  em 18 semanas através de aulas de apoio, incluindo vídeos, palestras de educação nutricional que abordam tópicos sobre os efeitos da dieta na perda de peso, diabetes, doenças cardíacas e câncer, e demonstrações de culinária para discussão em grupo .Após esse tempo estabelecido o peso corporal médio caiu 2,9 kg .O colesterol total e de lipoproteína de baixa densidade (LDL) caiu 8,0 e 8,1 mg / dl no grupo de intervenção (MISHRA et al, 2013).
Em comparação com a dieta do mediterrâneo, as dietas vegetarianas mostraram resultados semelhantes. Os participantes experimentaram perda de peso, o que não era um resultado esperado desta pesquisa. Curiosamente, essa perda de peso ocorreu após reduções na proteína e gordura, e ao aumento na fibra. Os dados indicam que as dietas ricas em proteínas hipocalóricas auxiliam na perda de peso devido às suas propriedades saciadoras (ROGERSON et al, 2018).
No Brasil, poucos estudos sobre esse tema foram realizados. Essa revisão foca apenas no benefício que a dieta vegetariana pode trazer. A grande popularidade entre figuras públicas fez com que ficasse mais comentada na mídia e tem sido a opção para preservação do meio ambiente e levantar a bandeira contra a exploração animal, mas fica claro que ao restringir o consumo de alguns alimentos deixamos muitas vezes de ingerir nutrientes essenciais ao nosso organismo. O grupo de vegetarianos estritos não consome quantidades suficientes de vitamina B12, Iodo, cálcio, ferro e zinco. O baixo nível de micronutrientes pode ter graves implicações para a saúde a longo prazo. Estudos futuros também podem precisar estar cientes do potencial de outros micronutrientes, como sódio, cloreto, fósforo, iodo e riboflavina serem reduzidos significativamente também e oferecer estratégias adequadas para recompensar por uma ingestão reduzida, se necessário (ROGERSON et al, 2018). É fundamental a necessidade de acompanhamento nutricional, pois uma dieta vegetariana prescrita sem conhecimentos especializados pode propiciar anemia, cansaço, queda de cabelo, unhas quebradiças, falta de apetite, baixa imunidade, além de provocar a longo prazo doenças mentais. 
E para ilustrar os resultados, está apresentado no quadro 1 (abaixo amostras de algumas pesquisas utilizadas na composição da revisão.
QUADRO 1: Principais resultados de estudos que avaliaram a relação entre dieta vegetariana e doenças cardiovasculares
	Conclusões
	A alimentação onívora desbalanceada, com excesso de proteínas e gorduras de origem animal, pode estar implicada, em grande parte, no desencadeamento de doenças e agravos não-transmissíveis, especialmente no risco cardiovascular. 
	Comer peixe em vez de carne ou frango foi associado a um risco menor de uma série de resultados cardiovasculares adversos. O vegetarianismo foi associado apenas a um menor risco de incidência de DCV.
	Nesta coorte prospectivano Reino Unido, os comedores de peixe e vegetarianos apresentaram taxas mais baixas de doença cardíaca isquêmica do que os comedores de carne, embora os vegetarianos tivessem taxas mais altas de derrame hemorrágico e total.
	A maior ingestão de um índice de dieta baseado em vegetais ricos em alimentos vegetais mais saudáveis ​​está associada a um risco substancialmente menor de CHD, enquanto um índice de dieta baseado em vegetais que enfatiza alimentos vegetais menos saudáveis ​​está associado a um risco maior de CHD
	Objetivos
	Descrever e analisar o risco cardiovascular em vegetarianos e onívoros residentes na Grande Vitória/ES, na faixa etária de 35 a 64 anos.
	Para comparar a incidência e o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV) [DCV e também doença isquêmica do coração (DIC), infarto do miocárdio (MI), acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca (IC)] entre pessoas com diferentes tipos de dietas - incluindo vegetarianos, comedores de peixes, comedores de peixes e aves e comedores de carne - usando dados do UK Biobank.
	Examinar as associações do vegetarianismo com os riscos de doença isquêmica do coração e acidente vascular cerebral.
	Este estudo procurou examinar as associações entre os índices de dieta à base de plantas e a incidência de CHD.
	País
	Brasil
	Reino Unido
	Reino Unido
	EUA
	Tipo de artigo
	Estudo comparativo
	Estudo comparativo
	Estudo comparativo
	Estudo especializado
	Artigo
	Risco Cardiovascular em Vegetarianos e Onívoros: um Estudo Comparativo.
(TEIXEIRA et al., 2007)
	Vegetarians, fish, poultry, and meat-eaters: who has higher risk of cardiovascular disease incidence and mortality? A prospective study from UK Biobank.
(PETERMANN-ROCHA et al., 2020)
	Risks of ischaemic heart disease and stroke in meat eaters, fish eaters, and vegetarians over 18 years of follow-up: results from the prospective EPIC-Oxford study.
(TONG et al., 2019)
	Healthful and Unhealthful Plant-Based Diets and the Risk of Coronary Heart Disease in U.S. Adults.
(SATIJA et al., 2017)
DISCUSSÃO
Todos os estudos incluídos nessa revisão demonstram a eficácia da alimentação vegetariana na diminuição das doenças cardiovasculares. Para apresentar a discussão foi feita a escolha de três tópicos principais, reunindo informações essenciais para ajudar na compreensão dos processos metabólicos.
Benefícios da dieta vegetariana
Nas últimas décadas, novas metodologias abalaram certezas sobre os benefícios da dieta vegetariana, o alto consumo de vegetais e alimentos provenientes da natureza mostrou que pode também pode ser saboroso e versátil, passando a compor uma parte de destaque da gastronomia importantes para mudanças de paradigma. Essa dieta, corretamente planejada e balanceada, é saudável e traz benefícios para a saúde, pois atua tanto na prevenção como no tratamento de doenças. (TEIXEIRA et al, 2007)
Em busca de uma alimentação correta, é comum usar vários argumentos:  racional, científico, religioso, intuição mística, tradição ancestral ou mero apelo comercial. Mas, o fato é que alguns estudos já demonstram que este tipo de dieta pode auxiliar no controle do diabetes e prevenir as doenças cardiovasculares. (TEIXEIRA et al., 2006) Quanto mais cedo começar a prática, melhores são os resultados, a taxa de doenças entre pessoas vegetarianas é mais baixa que a média comum. Um padrão dietético vegetariano é associado com um baixo índice de mortalidade com algumas reduções em alguns tipos de mortalidade. (ORLICH et al, 2013)
Consumir alimentos minimamente processados ajuda a manter uma vida saudável pela redução do consumo de sal, açúcar e gorduras e diversos outros aditivos químicos que passam despercebidos na lista de ingredientes dos produtos de supermercado. E vários benefícios, como: um risco menor de desenvolver sobrepeso /obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, câncer, entre outras condições, que comprometem a qualidade de vida e a longevidade. Uma intervenção alimentar continua sendo um fator colaboração no controle de dislipidemia e pressão arterial, se tornando consequentemente um método efetivo em termos de prevenção das DCVs. (JAKŠE et al, 2019)
Riscos cardiovasculares ligados ao consumo de carne
Grande parte dos artigos conecta o consumo de carne ao alto índice de riscos cardiovasculares, principalmente a carne vermelha, a qual vem acompanhada de quantidades significativas de lipídios e colesterol. Foi observado taxas mais baixas de doença cardíaca isquêmica em vegetarianos do que em comedores de carne, o que parece ser pelo menos em parte devido ao índice de massa corporal mais baixo e taxas mais baixas de pressão alta, colesterol alto e diabetes associados a essas dietas. (TONG et al, 2019)
Contribuindo para esse cenário, o trânsito intestinal também deve ser levado em conta, pois proteínas e lipídeos demoram duas vezes mais para serem processadas pelo aparelho digestivo, fato que evidencia o trabalho energético demandado do corpo para realizar a tarefa. O consumo exagerado facilita o acúmulo de gordura e toxinas ligadas a ela. Apesar da grande dificuldade de intervir com modificação de hábitos alimentares, é de fundamental importância evidenciar as vantagens da alimentação rica em produtos de    origem vegetal e pobre em alimentos de origem animal para a prevenção e o controle dos fatores de risco cardiovascular. (TEIXEIRA et al, 2006).
O sedentarismo prejudica os vegetarianos?
A análise das pesquisas foi promovida com a intenção de evidenciar um estilo de vida saudável e ativo, e não objetivando a perda de peso. Em todos os estudos foram aplicados questionários perguntando sobre a atividade física, considerando a frequência semanal, duração e tipo da atividade física e considerado o tempo de pelo menos trinta minutos e frequência mínima de três vezes por semana.
As atividades físicas geram uma grande quantidade de benefícios para o nosso corpo e também para nossa mente. É por isso que a prática dessas atividades é tão recomendada por todos os profissionais de saúde. A intervenção no estilo de vida é uma pedra angular na prevenção e gestão de doenças cardiovasculares, abordando principalmente os fatores de comportamento do estilo de vida, como obesidade, sedentarismo, consumo de tabaco e álcool e estresse. Portanto, uma dieta saudável e ideal é um dos
fundamentos da redução do risco de DCV (JASKE et al, 2019). Sedentarismo, consumo de álcool, dieta pobre e tabagismo são fatores de risco comuns no estilo de vida relacionados às DCV. Esses fatores contribuem para a pressão alta, lipídios elevados e obesidade - condições que parecem ser receptivas a modificações no estilo de vida, como dieta melhorada e aumento da atividade física. (ROGERSON et al, 2018).
Os resultados da pesquisa não mostraram diferenças significativas entre praticantes de atividade física e sedentários, apenas adeptos das dietas vegetarianas possuíam níveis de colesterol total, LDL e sódio menores do que a de onívoros. O tempo dedicado à atividade física foi maior no grupo de onívoros (24 minutos) quando comparado ao grupo vegetarianos (27 minutos). O tempo gasto assistindo à televisão e/ou utilizando computador foi maior no grupo onívoros. (TEIXEIRA et al, 2009)
CONCLUSÃO 
Foi evidenciada a relação entre o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e a nutrição dos indivíduos, haja vista a influência de compostos como gorduras saturadas no desencadeamento desses problemas. Nesse sentido, foi observada a associação de dietas vegetarianas com a diminuição dos riscos cardiovasculares. De certa forma, pessoas que procuram ter uma alimentação a base de plantas possuem menos chances de terem problemas cardíacos, visto que consomem uma menor quantidade de lipídios.
Os estudos revelaram que uma dieta vegetariana está relacionada a menores valores de colesterol total, pressão arterial, sódio, índice de massa corporal e glicose. Como resultado, há uma diminuição dos riscos metabólicos, e, consequentemente na aparição de doenças crônicas.
Ademais, torna-se interessante a busca por umaalimentação voltada para o consumo de plantas, a fim de manter uma boa nutrição, bem como prevenir possíveis enfermidades relacionadas ao coração.
Porém, no geral, os vegetarianos consomem alimentos menos saudáveis do que consumidores de carne. Por isso, os vegetarianos não deveriam ser considerados como um grupo homogêneo, e o não consumo de carne não será o suficiente para reduzir o risco na saúde se a dieta no geral não é saudável (TEIXEIRA et al, 2006).
Entretanto, a baixa quantidade de estudos sobre o tema apresentou-se como um entrave ao desenvolvimento e consenso da abordagem a ser tomada para a adequação da dieta de maneira que não ocorra um desnível de outros nutrientes.
REFERÊNCIAS
TEIXEIRA, R.C.M. A, et al. Risco Cardiovascular em vegetarianos e Onívoros: um Estudo Comparativo. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.9, n. 1, p.131-43, 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abc/a/p536P62 artigos
selecionados
YKhDjL5F5vFfQzdNk/?lang=pt&format
=pdf>. 
Acesso em: 20 Aug. 2021.
DE BIASE, S.G, et al. Dieta vegetariana e níveis de colesterol e triglicérides. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v.88, n.1, p. 35-9,2007. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abc/a/7
7dRwx7BWZNNmjm6YWd3qBH/?lang
=pt#>.
Acesso em: 20 Aug. 2021.
TEIXEIRA, R.C.M.A, et al. Estado nutricional e estilo de vida em vegetarianos e onívoros – Grande Vitória – ES. Revista Brasileira de Epidemiologia, v.9, n. 1, p. 131-143, 2006. Disponível em:<https://www.scelo.br/j/rbeid/a/BgCYpV3ZwYpfQ4x5CdkSmtQ/?lang=pt>
Acesso em: 20 Aug. 2021.
PETERMANN-ROCHA, F, et al. Vegetarians, fish, poultry, and meat eaters: who has higher risk of CVD incidence and mortality? A prospective study from the UK Biobank. Eur Heart, v.42, n.1, p. 1136–1143. 2021. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/
33313747/>
Acesso em: 20 Aug. 2021.
MISHRA, S, et al. A multicenter randomized controlled trial of a plant-based nutrition program to reduce body weight and cardiovascular risk in the corporate setting: the GEICO study. Eur J Clin Nutrients, v.67, n.1, p.718-24,2013. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23695207/>
Acesso em: 27 Aug. 2021.
ROGERSON, D, et al. Contrasting effects of short-term Mediterranean and vegan diets on microvascular function and cholesterol in younger adults: A comparative pilot study. Nutrients, v.10, n.1, p.1897, 2018. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/3051
3972/>
Acesso em: 27 Aug. 2021
TONG, T.Y.N, et al. Risks of ischaemic heart disease and stroke in meat eaters, fish eaters, and vegetarians over 18 years of follow-up: results from the prospective EPIC-Oxford study. BMJ, v.366, n.1, p.4897,2019. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/
31484644/>
Acesso em: 27 Aug. 2021.
SATIJA, A, et al. Healthful and unhealthful plant-based diets and the risk of coronary heart disease in US adults. J Am Coll Cardiol, v.70, n.1, p.411-22,
2017. doi:10.1016/j.jacc.2017.05.047 pmid:28728684 Disponível em:<https
://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/ 28728684/
>
Acesso em: 27 Aug. 2021.
ORLICH, M.J, et al. Vegetarian dietary patterns and mortality in Adventist Health Study 2. JAMA Intern Med, v.173, n.1, p.1230,2013. doi:10.
1001/jamainternmed.2013.6473pmid
:23836264. Disponível em: <https://pu
bmed.ncbi.nlm.nih.gov/23836264/>
Acesso em: 27 Aug. 2021.
 
JASKE, B, et al. Dietary intakes and cardiovascular health of healthy adults in short-, medium-, and long-term whole-food plant-based lifestyle program. Nutrients, vol. 12, n.1, p. 55, 2019. Disponível em:<https//pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31878196/>
Acesso em: 27 Aug. 2021.

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