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Conceitos Físicos e Terapia por Calor

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Conceitos físicos
• Temperatura: Quantidade de vibração/agitação das moléculas de um corpo. Todas as
moléculas se encontram em vibração se a temperatura estiver superior a - 273° C ou 0
kelvin.
• Calor: É a quantidade de energia que um corpo perde ou ganha para variar a
temperatura. Esse calor, terapeuticamente, pode ser fornecido por meio de equipamentos
como ultrassom, lâmpadas infravermelhas, microondas etc.
Transmissão de calor
Na física, as modalidades segundo as quais o calor pode ser transmitido são: Condução,
convecção e radiação.
Condução
A transmissão de calor se dá de molécula para molécula, do corpo com maior temperatura
para o de menor temperatura até que ambos atinjam o equilíbrio térmico.
As terapias por condução ocorrem quando o corpo está em contato direto com a fonte de
calor/frio. Pode-se utilizar compressas quentes ou frias, banhos de parafina, bolsas de água
(térmica quentes ou frias) ou aplicações de gelo.
Convecção
O movimento de fluidos (gás ou líquido) é causado pela diferença de densidade entre os
dois meios de temperatura diferentes. As moléculas menos densas ascendem e as mais
densas descem (corrente de convecção). EX: ar-condicionado, turbilhão.
Radiação
É a transferência de calor entre corpos separados a temperaturas diferentes utilizando o ar
como meio. Ex: infravermelho.
Hipertermoterapia
É a aplicação terapêutica de calor, que tem como objetivos controlar a dor, aumentar a
extensibilidade dos tecidos, aumentar a circulação e acelerar a cicatrização tecidual.
O efeito físico é o aumento da temperatura. Os efeitos terapêuticos são a diminuição do
espasmo muscular, relaxamento muscular, diminuição da rigidez articular e alívio da dor.
Os efeitos fisiológicos são hemodinâmicos, neuromusculares, metabólicos e alterações na
extensibilidade dos tecidos.
Os efeitos hemodinâmicos são:
• Vasodilatação promovendo aumento do fluxo sanguíneo
• Mecanismos: Ativação dos termorreceptores cutâneos por via reflexa direta dos músculos
lisos dos vasos e por ativação indireta dos reflexos medulares e aumento da liberação local
de mediadores químicos da inflamação.
• OBS: Quando uma área é aquecida, é simultaneamente resfriada pelo sangue para
proteger o corpo do aquecimento excessivo e danos aos tecidos.
Os efeitos neuromusculares são:
• Aumento da velocidade de condução nervosa.
• Aumento do limiar de dor (ativação de termorreceptores que inibem a transmissão da
sensação de dor e redução do espasmo muscular).
• Redução da força e da resistência durante 30 min após a aplicação de calor profundo ou
superficial. Os efeitos metabólicos são o aumento do metabolismo e aumento da velocidade
das reações químicas.
A alteração na extensibilidade do tecido envolve o aumento da extensibilidade do colágeno,
o que implica em menor esforço necessário para alongar os tecidos, reduzindo riscos de
ruptura.
Os efeitos fisiológicos gerais são:
• Vasodilatação
• Aumento do fluxo sanguíneo
• Aumento do fornecimento de O2, nutrientes e células de defesa
• Aumento do metabolismo
• Aumento da permeabilidade capilar
• Aumento da atividade enzimática, da fagocitose e da eliminação de metabólitos
• Diminuição da excitabilidade nervosa e da dor
• Redução do tônus muscular
• Aumento da viscoelasticidade dos tecidos
OBS: Existe uma faixa de temperatura ideal, sendo de 40 a 45°C durante, no mínimo, de 5
a 10 minutos.
Contraindicações
• Processos hemorrágicos
• Neoformação maligna
• Tecidos com suprimento vascular inadequado
• Alterações de sensibilidade superficial
• Infecções ativas
• Feridas abertas
• Tromboflebites
Diatermia por ondas curtas
É a aplicação de energia elétrica de alta frequência que produz calor a sua passagem pelos
tecidos do corpo.
Os tecidos ricos em água aquecem mais rapidamente e com maior intensidade. Sua
diferença para os outros métodos é a profundidade de aquecimento
O campo elétrico é um conjunto de linhas de força exercidas nos íons que os fazem
moverem-se de um polo para outro.
Quanto mais próximos os eletrodos, maior é o campo elétrico. O paciente é colocado entre
os eletrodos/placas.
A geração de calor ocorre devido à passagem de corrente pelos tecidos, o que gera
oscilação e rotação de moléculas de água, íons e proteínas.
Há ausência de fenômenos eletrolíticos e a transmissão de ondas eletromagnéticas se dá
de diferentes formas dependendo do tipo de material: metais (com facilidade), água e
paciente (com dificuldade) ou papel/madeira/plástico (não influenciáveis).
Os efeitos fisiológicos podem ser térmicos (Aquecimento) ou não térmicos.
Efeitos térmicos
A diatermia é incapaz de produzir despolarização e contração muscular. Seus efeitos são
primeiramente térmicos, resultante da vibração em alta frequência das moléculas.
Os tecidos são ricos em dipolos. Quando os dipolos são expostos a um campo
eletromagnético, a parte negativa se direciona para o polo positivo e vice-versa
Quando ocorre a mudança da polaridade pela corrente alternada, os dipolos oscilam e
sofrem rotações muito rápidas, o que causa atrito entre eles, gerando calor.
Efeitos não-térmicos
Relacionados à utilização das ondas curtas pulsada no tratamento de lesões de tecidos
moles.
A condutividade elétrica depende do conteúdo de água e íons. Alta condutividade (sangue e
músculo) e baixa condutividade (gordura, ligamento, tendão e cartilagem).
Os equipamentos de ondas curtas há 3 frequências, mas a mais utilizada é a de 27MHz.
Método de aplicação
No método capacitivo, a região a ser tratada é colocada entre 2 placas capacitivas e
torna-se parte do circuito. Uma voltagem alternada de alta frequência é aplicada nos
tecidos, gerando uma corrente de condução que produz calor no tecido.
Os eletrodos utilizados são placas de espaço de ar/eletrodos de schliephake (não entram
em contato com a pele, são rígidos e os braços do OC ajustam o posicionamento): São 2
placas de metal envolvidas por uma placa de proteção de vidro ou plástico. A sensação de
calor é proporcional à distância da placa-pele (quanto mais próxima, melhor a transmissão
de energia e maior é o calor superficial).
Os eletrodos utilizados podem ser também os eletrodos de coxim/eletrodos flexíveis de
borracha (pequenos, médios e grandes): São colocados sobre um ao redor da área tratada
e devem ter uma pressão de contato uniforme. São necessárias camadas de toalhas secas
entre a pele e o coxim. Quanto maior a distância entre os coxins, maior é a profundidade de
penetração das ondas nos tecidos
A técnica de aplicação pode ser:
• Transversal ou contraplanar: É colocado um eletrodo em cada lado do membro (medial e
lateral ou anterior e posterior). As camadas de tecidos estão em série.
• Coplanar: Os dois eletrodos são colocados no mesmo plano (mesmo lado do membro). A
distância entre o eletrodo e a pele
é de 2 a 4cm. A distância entre os eletrodos é de 8 a 10cm.
• Longitudinal: A atuação nas camadas de tecidos dispostas na mesma direção do campo
eletromagnético (em paralelo). Aquece estruturas mais profundas.
No método INDUTIVO, uma bobina/cabo produz um campo magnético alternante formado
pela passagem de corrente alternada de alta frequência, produzindo uma corrente em
redemoinho nos tecidos. Geralmente usa-se um eletrodo.
Os tipos de eletrodos são:
• Eletrodo de cabo: São enrolados em volta de determinada parte do corpo, criando um
campo magnético. Pode ser disposto de 2 formas (panqueca ou bobina toda enrolada) –
(cabo dotado de um isolamento em torno do membro a ser tratado).
• Eletrodo de tambor: O cabo OC é torcido e envolvido por um tambor isolante. Deve-se
usar uma toalha entre o tambor e a pele.
Não há intensidade padronizada, sendo a sensação térmica subjetiva.
A dosagem é feita pela escala de schlipake:
• Calor muito dénil: sensação mínima de calor
• Calor débil: Sensação de calor perceptível
• Calor médio: Sensação clara e agradável de calor
• Calor forte: Sensação de calor vigoroso, tolerável, abaixo do limite de dor.
O tempo de aplicação pode ser:
• OC pulsado: Na fase aguda durante 10min e na fase subaguda durante 15min.
• OC contínuo:de 20 a 30 min.
O preparo do paciente tem que:
• Verificar a sensibilidade da área a ser tratada
• Excluir qualquer contraindicação
• Remover todos os objetivos metálicos e roupas de área tratada
• Assegurar que a pele esteja seca
• Pedir para o paciente que informe qualquer sensação diferente percebida durante o
tratamento.
Efeitos fisiológicos
• Vasodilatação e hiperemia
• Aumento do fluxo sanguíneo
• Aumento do metabolismo celular
• Aumento da extensibilidade do tecido colágeno
• Relaxamento muscular
• Redução da rigidez articular
• Analgesia
• Melhora do retorno venoso e linfático
• Cicatrização e reparo de tecidos moles.
Preparo do aparelho
• Garantir o alinhamento apropriado do aplicador para que ocorra transferência máxima de
energia.
• Não usar cadeira/maca de metal, além de garantir que objetos metálicos estejam a, pelo
menos, 3 m de distância.
• Não cruzar os cabos durante o tratamento
Contraindicações
• Condições inflamatórias agudas
• Tumores
• Alterações vasculares
• Alterações de sensibilidade
• Gestações
• Marcapassos cardíacos
• Implantes metálicos
• Pacientes não cooperativos
• Hemorragias
• Região lombar em período menstrual
• Tecidos isquêmicos
• Infecções ativas
• Olhos, gônadas
• Cardiopatias descompensados
• Trombose venosa profunda (TVP)
• Placas epifisárias em adolescentes
Indicações
• Espasmos musculares
• Lesão ligamentar
• Osteoartrite
• Tendinoses
• Pontos-gatilho miofasciais
• Lombalgias

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