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Criminologia: Estudo do Crime e Controle Social

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E-BOOK
Criminologia 
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 @cessetembro
Vamos fazer história juntos!
Configura-se como ciência empírica (baseada na observação e na
experiência) e interdisciplinar que tem por objeto de análise o crime,
a personalidade do autor do comportamento delitivo, da vítima e o
controle social das condutas criminosas.
A criminologia não estuda apenas o crime, mas também as
circunstâncias sociais, a vítima, o criminoso, o prognóstico delitivo
etc. 
Seu objeto (crime, criminoso, vítima e controle social) é visível no
mundo real e não no mundo dos
valores.
Origem: latim crimino (crime) e do grego logos (estudo, tratado),
significando o “estudo do crime”.
Conceito de Criminologia: é uma ciência que se dedica ao estudo do
crime, do delinquente, da vítima e o controle social das condutas
criminosas.
 CONCEITO
Controle social
OBJETO DA
CRIMINOLOGIA
criminoso
delito vítima
 Ao longo dos anos o objeto de estudo da Criminologia sofreu mudanças
importantes.
 A doutrina pontua que ela já se ocupou do estudo do crime (Beccaria),
passando pela verificação do delinquente (Escola Positiva).
 
Após a década de 1950, alcançou projeção o estudo das vítimas e também os
mecanismos de controle social, havendo uma ampliação de seu objeto, que
assumiu, portanto, uma feição pluridimensional e interacionista.
Atualmente o objeto da criminologia está dividido em quatro vertentes:
delito, delinquente, vítima e controle social.
Sob a ótica da criminologia, o crime é um problema social, fenômeno
comunitário, e abrange quatro elementos constitutivos:
• incidência massiva na população: não é tipificado como crime um fato
isolado;
• incidência aflitiva do fato praticado: o crime deve causar dor à vítima e à
comunidade;
• persistência espaço-temporal do fato delituoso: é preciso que o delito
ocorra reiteradamente por um período significativo de tempo no mesmo
território;
• consenso inequívoco acerca de sua etiologia e técnicas de intervenção
eficazes (a criminalização de condutas depende de uma análise minuciosa
desses elementos e sua repercussão na sociedade;
Delito: o crime é um fenômeno social, comunitário e que se mostra
como um problema maior, a exigir do pesquisador uma empatia para se
aproximar dele e o entender em suas múltiplas facetas. A relatividade
do conceito de delito é patente na criminologia, que o observa como um
problema social.
A criminologia tem toda uma atividade verificativa, que analisa a
conduta antissocial, suas causas geradoras, o efetivo tratamento dado
ao delinquente visando sua não reincidência, bem assim as falhas de sua
profilaxia preventiva.
Vítima: é fundamental o estudo do papel da vítima na estrutura do
delito, principalmente em face dos problemas de ordem moral,
psicológica, jurídica etc., justamente naqueles casos em que o crime é
levado a efeito por meio de violência ou grave ameaça. Ressalte-se que a
vitimologia permite estudar inclusive a criminalidade real, efetiva,
verdadeira, por intermédio da coleta de informes fornecidos pelas
vítimas e não informados às instâncias de controle (cifra negra de
criminalidade).
Criminoso - abordagens:
- Escola Clássica, o criminoso era um ser que pecou, que escolheu agir
mal, embora pudesse e devesse escolher o bem.
- Escola Positiva o criminoso um ser atávico, preso a sua deformação
patológica (nascia criminoso).
- Escola Correcionalista o criminoso era um ser inferior e incapaz de se
governar e o Estado deveria ter uma atitude pedagógica e de piedade.
- Pela visão do marxismo o criminoso é vítima inocente das estruturas
econômicas.
- Atualmente, a criminologia não confere mais a extrema importância
dada ao delinquente pela criminologia tradicional, deixando-o em plano
secundário de interesse.
Controle social
Mecanismos e sanções sociais que buscam submeter os indivíduos às
normas de convivência social. Que se divide:
Controle social informal (família, escola, religião, profissão, clubes de
serviço etc.) visão preventiva e educacional.
Controle social formal (Polícia, Ministério Público, Forças Armadas,
Justiça, Administração Penitenciária etc.), mais rigoroso que aquele e
de conotação político-criminal.
Policiamento comunitário: se entrelaçam as duas formas de controle.
Pode ser entendido comoa associação da prevenção criminal e
repressão com a necessária reaproximação do policial com a
comunidade.
Shecaira define o criminoso como histórico, real, complexo e enigmático, um
ser absolutamente normal, pode estar sujeito às influências do meio (não aos
determinismos) as diferentes perspectivas não se excluem; completam-se.
é ciência normativa, visualizando
o crime como conduta anormal
para a qual fixa uma punição. Só
Ihe preocupa o crime enquanto
fato descrito na norma legał,
para entender sua adequação
CRIMINOLOGIA X DIREITO PENAL
Criminologia Direito Penal
Ciência empírica 
causal-explicativa
Valorativa e normativa método
juridico dogmatico e seu proceder
é dedutivo sistemático
Quer conhecer a
realidade para explicá-la
e compreender o
problema criminal
Aproxima-se do fenômeno
delitivo sem prejuízos, sem
mediações, procurando
obter uma informação direta
deste fenômeno
Valora, ordena e orienta a realidade,
com base em critérios/ prévios
Os testes em Criminologia são técnicas de investigação que por meio de
padrões ou tipos preestabelecidos destacam as características pessoais e
da constituição do indivíduo, mediante respostas a estímulos com o
objetivo de traçar o perfil psicológico e a capacitação pessoal de
cometimento ou reincidência no crime.
Teste de personalidade projetivo: busca medir a personalidade através do
uso de quadros, figuras, jogos, relatos por imprimem estímulos no
examinado, que provocam reações que dãovrespostas que servirão de
base para a interpretação dos resultados esperados.
Teste de personalidade prospectivo: emprega técnica para explorar as
intenções atuais e futuras, retirando do sujeito as crenças e
potencialidades lesivas; freios de contenção de boas condutas; o estilo de
vida; os porquês da vida criminal, sofrimento às vítimas; se teme a justiça
e a pena e a dimensão moral.
 Meio pelo qual o raciocínio humano procura desvendar um fato,
referente à natureza, à sociedade e ao próprio homem.
Conjunto de procedimentos, regras e operações previamente fixados.
Passo a passo que deve ser comprovado e que pode/ deve ser
reproduzido mais de uma vez
Criminologia moderna tem como métodos
• Empírico/ experimental
• Indutivo
• Biológico
• Sociológico
MÉTODO
TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO
Testes de inteligência: A inteligência é função psíquica complexa;
inexistindo conceito de inteligência globalmente aceito.
Áreas como Psicologia e Criminologia mede-se a inteligência pelo
Quociente de Inteligência– QI.
QI: divisão da Idade Mental (IM) pela Idade Cronológica (IC),
multiplicada por 100.
Segundo Penteado Filho (2012), a interdisciplinaridade procede de seu
desenvolvimento histórico como ciência autônoma, considerando a
grande influência de diversas outras ciências, como a sociologia,
psicologia, direito, medicina legal.
INTERDISCIPLINARIDADE COM OUTRAS CIÊNCIAS
“Cientificamente o problema criminal, visando sua prevenção e
interferência no homem delinquente. Porém, registre-se que esse
núcleo de conhecimentos não é um amontoado de dados acumulados,
porque se trata de conhecimento científico adquirido mediante
técnicas de investigação rigorosas e confiáveis, decorrentes de análisesempíricas iniciais. Pode-se dizer com acerto que é função da
criminologia desenhar um diagnóstico qualificado e conjuntural sobre
o delito, entretanto convém esclarecer que ela não é uma ciência
exata, capaz de traçar regras precisas e indiscutíveis sobre as causas e
efeitos do ilícito criminal. Assim, a pesquisa criminológica científica, ao
usar dados empíricos de maneira criteriosa, afasta a possibilidade de
emprego da intuição ou de subjetivismos”.
A doutrina destaca a classificação da Criminologia em dois
ramos: criminologia geral e criminologia clínica.
• Criminologia geral: é a sistematização/ comparação/
classificação dos resultados sobre as ciências criminais acerca
do crime, criminoso, vítima, controle social e criminalidade.
• Criminologia clínica: é a aplicação dos conhecimentos
princípios e métodos de investigação médico-psicológicos
teóricos para o tratamento dos criminosos.
Informar a sociedade e Poder Público sobre o crime, o criminoso,
vítima e mecanismos de controle social e por fim o combate à
criminalidade.
FINALIDADE
CLASSIFICAÇÃO DA CRIMINOLOGIA
-Escola Clássica (Francesco Carrara com o Programa de direito
criminal, 1859), traçou os primeiros aspectos do pensamento
criminológico, com influência das ideias liberais e humanistas de
Cesare Bonesana, Marquês de Beccaria, (autor de “Dos delitos e
das penas” 1764), considerado o precursor da Escola Clássica.
- Psiquiatra/ Antropólogo Cesare Lombroso, com a publicação, em
1876, de seu livro O homem delinquente poderia ser considerado o
fundador da criminologia.
- Antropólogo Paul Topinard que em 1879 pode ter empregado
pela primeira vez a palavra “criminologia”.
- Jurista Rafael Garófalo, em 1885 usou o termo criminologia como
nome de um livro científico.
- Adolphe Quetelet, integrante da Escola Cartográfica, projetou
análises estatísticas importantes sobre criminalidade.
HISTÓRIA DA CRIMINOLOGIA
-Na etapa pré-científica havia os clássicos foram influenciados pelo
Iluminismo, com seus métodos dedutivos e lógico formais.
Não está definido pelos pesquisadores da criminologia o seu
exato ponto inicial. A criminologia como ciência autônoma existe
há pouco tempo, mas possui considerável fase pré-científica.
A etapa pré-científica da criminologia ganha destaque com os
postulados da Escola Clássica, mas antes dela já houvesse
estudos acerca da criminalidade.
-E de outro lado, os empíricos, que investigavam a gênese delitiva por
meio de técnicas fracionadas, tais como as empregadas pelos
fisionomistas, antropólogos, biólogos etc., os quais substituíram a lógica
formal e a dedução pelo método indutivo experimental (empirismo).
- Essa dicotomia existente entre o que se convencionou chamar de
clássicos e positivistas, quer com o caráter pré-científico, quer com o
apoio da cientificidade, ensejou a luta de escolas.
Os princípios fundamentais da Escola Clássica são:
- crime é um ente jurídico; não é uma ação, mas sim uma infração
(Carrara);
- punibilidade deve ser baseada no livre-arbítrio;
- pena retributiva, baseada na culpa moral do criminoso (maldade) e
restaurar a ordem externa social;
- livre arbítrio;
- método e raciocínio lógico dedutivo;
- pensamento derivado do utilitarismo;
• Influenciado pelo Iluminismo Cesare Beccaria escreveu Dos delitos e das
penas (1764), considerado um marco da escola clássica. Obra que faz crítica
ao sistema inquisitório da Idade Média (que baseava-se na tortura para
investigação, além de aplicação de penas cruéis). Desenvolve ideias para um
direito penal mais racional, legal e humano.
• Fundava-se no jusnaturalismo (direito natural, de Grócio), que decorria da
natureza eterna e imutável do ser humano, e o contratualismo (contrato
social ou utilitarismo, de Rousseau), em que o Estado surge a partir de um
grande pacto entre os homens, no qual estes cedem parcela de sua liberdade
e direitos em prol da segurança coletiva (situação apoiada pela burguesia).
ESCOLAS CRIMINOLÓGICAS
Escola Clássica
Escola Positiva
- Meados do início do século XIX na Europa;
- Influenciada pelos princípios fisiocratas e iluministas.
Possuiu 3 fases: 
- antropológica (Lombroso - fundador);
- sociológica (Ferri);
- jurídica (Garófalo);
Pensamento influenciado pelos primeiros dados estatísticos sobre a
criminalidade publicados em 1827.
Em 1835, Quetelet publicou a obra Física social, que desenvolveu as
seguintes ideias:
a) o crime é um fenômeno social;
b) os crimes são cometidos ano a ano com intensa precisão;
c) há várias condicionantes da prática delitiva, como miséria,
analfabetismo, clima etc;
d) teoria das leis térmicas, em cada estação haveria uma propensão ao
cometimento de
determinados tipos criminais;
e) cifra negra;
-sistematizou uma série de conhecimentos esparsos;
- traçou um perfil dos criminosos;
Fase antropológica (Lombroso ):
Seus estudos caracterizaram-se da seguinte forma:
- Apoiado nos estudos em psiquiatria, analisou a degeneração dos
loucos morais;
- Utilizou dados antropológicos sobre o conceito de atavismo e de não
evolução, desenvolvendo o conceito de criminoso nato;
- Propôs utilização de método empírico-indutivo ou indutivo-
experimental;
Classificou os criminosos em natos, loucos, por paixão e de ocasião.
Ao estudar tatuagens, constatou tendência à tatuagem nos dementes.
A teoria de Lombroso defendia ainda a ideia de que pessoas
afrodescendentes ou asiáticas nasciam propensas ao crime.
- Recorte equivocado: pessoas presas/ corrupção/ falta de apuração devida.
Por fim, afirmou que o crime não é uma entidade jurídica, mas sim um
fenômeno biológico, razão pela qual o método indutivo-experimental
deveria ser o empregado.
Não afastou fatores exógenos da gênese criminal, entendia que eram
apenas aspectos motivadores dos fatores endógenos. Então, clima,
contexto social seriam um combustível, pois o criminoso nasce
criminoso (determinismo biológico).
Premissas básicas de sua teoria:
atavismo, degeneração epilética
e delinquente nato, cujas
características seriam: fronte
fugidia, crânio assimétrico, cara
larga e chata, grandes maçãs no
rosto,
lábios finos, canhotismo (na
maioria dos casos), barba rala,
olhar errante ou duro.
-Criminalidade deriva de fenômenos antropológicos, físicos
e culturais;
- Negação do livre-arbítrio (mera ficção) como base da
imputabilidade;
- Responsabilidade moral substituída pela responsabilidade
social;
- Razão de punir é a defesa social (a prevenção geral é mais
eficaz que a repressão);
- Classificou criminosos em natos, loucos, habituais, de
ocasião e por paixão.
-crime estava no homem e que se revelava como degeneração deste;
- criou o conceito de periculosidade, que seria o propulsor do
delinquente e a porção de maldade que deve se temer em face deste;
- fixou a necessidade de conceber outra forma de intervenção penal –
a medida de segurança.
- concebeu a noção de delito natural (sentimentos altruísticos de
piedade e probidade).
- classificou os criminosos em natos (instintivos), fortuitos (de
ocasião) ou pelo defeito moral especial (assassinos, violentos,
ímprobos e cínicos), propugnando pela pena de morte aos criminosos
natos.
Fase sociológica (Ferri):
Enrico Ferri (1856-1929) discípulo de Lombroso, criou a sociologia
criminal.
Fase Jurídica Rafael Garófalo (1851-1934):
Também chamada Escola Sociológica Alemã.
- método indutivo experimental para a criminologia;
- distinção entre imputáveis e inimputáveis (pena para os normais e medida de
segurança para os perigosos);
- crime como fenômeno humano-social e como fato jurídico;
- a função finalística da pena – prevenção especial;
- eliminação ou substituição das penas privativas de liberdade de curta duração.
-direito penal é obra humana;
- responsabilidade social decorre do determinismo social (o
meio social em que o indivíduo nasce determina sua vida e suas ações);
- o delito é um fenômeno natural e social (fatores natural e social (fatores
biológicos, físicos e sociais);
- a pena é um instrumento de defesa social (prevenção geral);
- método indutivo experimental;
- os objetosde estudo da ciência penal são o crime, o criminoso, a pena e o
processo.
Figura como uma teoria eclética ou intermediária das duas últimas.
- distinção entre imputáveis e inimputáveis;
- responsabilidade moral baseada no determinismo (quem não tiver a
capacidade de se levar pelos motivos deverá receber uma medida de
segurança);
- crime como fenômeno social e individual;
- pena com caráter aflitivo, cuja finalidade é a defesa social.
Escola Positiva:
Escola de Política Criminal ou Moderna Alemã:
Terza Scuola (Manuel Carnevale, Bernardino Alimena e
João Impallomeni):
• Busca compreender e justificar como os fatores do meio ambiente
social influenciam a conduta individual, de forma a conduzirem o
homem a cometer delitos.
• A moderna sociologia encara uma divisão bipartida, com análise
das teorias macrossociológicas, sob enfoques consensuais ou de
conflito.
Exemplos:
Teorias de consenso:
- Escola de Chicago
- Teoria de associação diferencial
- Teoria da anomia
- Teoria da subcultura delinquente
Na perspectiva macrossociológica a análise do delito decorre da visão da
sociedade como um todo. Assim, o pensamento criminológico moderno é
influenciado por duas visões:
• funcionalista, denominada teoria de integração (teoria de consenso)
• argumentativa (teorias de conflito).
 Teorias de consenso:
As sociedades atingem seu objetivo quando há o funcionamento de
suas instituições, com os indivíduos convivendo e compartilhando
as metas sociais comuns, concordando com as regras de convívio.
SOCIOLOGIA CRIMINAL
Modelos sociológicos de consenso e de conflito
Teorias de conflito:
- Labelling approach
- Teoria crítica ou radical
Voluntariedade de pessoas
 e instituições Mesmos valores
 A harmonia social decorre da força e da coerção (relação
entre dominantes e dominados).
 Ausência de voluntariedade entre os personagens para a
pacificação social, esta é decorrente da imposição ou coerção.
 Segundo a visão de Marx, as sociedades são sujeitas a
mudanças ininterruptas, sendo ubíquas, e todo elemento
coopera para sua dissolução. Além disso, haveria sempre uma
luta de classes ou de ideologia a informar a sociedade.
 Teorias de conflito
Os postulados das teorias de conflito são:
• sociedades são sujeitas a mudanças contínuas
• cooperação para dissolução
• luta de classes ou de ideologias a informar a sociedade moderna
(Marx)
Teoria de Consenso 
(postulados)
Elementos 
sociais
Perenidade Integralidade Funcionalidade Estabilidade
Os sociólogos contemporâneos afastam a luta de classes, defendendo
que a violação da ordem deriva mais da ação de indivíduos, grupos ou
bandos do que de um substrato ideológico e político.
Contexto histórico:
• Revolução Industrial = expansão do mercado americano;
• Influência importante da religião;
• Com o processo de secularização = aproximação entre as elites e a
classe baixa (teoria da ecologia criminal da Universidade de Chicago);
• Crescimento desordenado da cidade de Chicago;
• Crescentes e graves problemas sociais, econômicos, culturais =
criaram ambiente favorável à criminalidade;
Mecanismo solidário (controle social informal) x mobilidade e fluidez
Constatação = mobilização e a fluidez impedem o efetivo controle
social informal nas maiores cidades.
Luta de classes
Teoria de Consenso 
(postulados)
Elementos 
sociais
Mudança 
permanente
Cooperação 
para dissolução
Escola de Chicago
Segundo a teoria estabeleceu-se a metodologia de colocação dos
resultados da criminalidade sobre o mapa da cidade, pois é a cidade
o ponto de partida daquela (estrutura ecológica).
Considerando desorganização social e identificação de áreas de
criminalidade, as principais propostas da ecologia criminal para o
combate à criminalidade são:
• alteração efetiva da situação socioeconômica das crianças;
• amplos programas comunitários para tratamento e prevenção;
• planejamento estratégico por áreas definidas;
• programas comunitários de recreação e lazer;
• reurbanização dos bairros pobres, com melhoria da estética e do padrão
das casas;
Destaque da Escola de Chicago: refere-se à metodologia (estudos
empíricos) e da política criminal, com destaque à prevenção, reduzindo a
repressão.
 Associação diferencial
É considerada uma teoria de consenso, desenvolvida pelo sociólogo
americano Edwin Sutherland (1883-1950) Cunhou no final dos anos
1930 a expressão white collar crimes (crimes de colarinho branco) para
designar os autores de crimes específicos, que se diferenciavam dos
criminosos comuns.
 Definições: 
• Comportamento do criminoso é aprendido, nunca herdado, criado ou
desenvolvido pelo sujeito ativo. 
• Não há associação entre criminosos e não criminosos, mas sim entre
definições favoráveis ou desfavoráveis ao delito.
Propostas da Teoria Ecológica
“Uma pessoa torna-se criminosa porque recebe mais definições
favoráveis à violação da lei do que desfavoráveis a essa violação. Este é
o princípio da associação diferencial” (Costa, 1976).
 Está errado afirmar que o crime é comportamento inadaptado das
classes menos favorecidas. Ex: colarinho branco (sonegações, fraudes
etc.), que são delitos praticados por pessoas de elevada estatura social.
 Daí por que a teoria conduz à ideia de que a cultura mais ampla não é
homogênea, levando a conceitos contraditórios do mesmo
comportamento, porque se nega que o comportamento do delinquente
possa ser explicado por necessidades e valores gerais.
 Associação diferencial - conclusões
 Considerada como teoria de consenso, porém com influências
marxistas. Não contempla qualquer estudo clínico do crime, pois
não o compreende como anomalia.
 Sociedade como um todo orgânico articulado em que os
indivíduos devem interagir num ambiente de valores e regras
comuns.
 Segundo Merton, o comportamento desviado pode ser
considerado sociologicamente um indício de dissociação entre as
pretensões socioculturais e as possibilidades existentes para
alcança-las, no fracasso, leva-se à anomia, isto é, atitudes que
desconsideram normas sociais.
 Anomia. Subcultura delinquente
Metas culturais x meios institucionalizados
 
A interação ou choque entre estes podem gerar os seguintes
comportamentos:
• Não utilitarismo da ação;
• Malícia da conduta;
• Negativismo
Conclusão:
Subculturas criminais são uma reação de algumas minorias muito
desfavorecidas frente às exigências sociais de sobrevivência.
 o caráter pluralista e atomizado da ordem social; 
 a cobertura normativa da conduta desviada; 
 as semelhanças estruturais, na gênese, dos comportamentos
regulares e irregulares. 
 essa teoria é contrária à noção de uma ordem social, ofertada pela
criminologia tradicional.
Teoria de 1960, também conhecida como (interacionismo simbólico,
etiquetamento, rotulação oureação social) ganha destaque dentre as
teorias de conflito.
Expoentes principais: Erving Goffman e Howard Becker.
Conformidade
Inovação 
Ritualismo
Evasão ou retraimento 
Rebelião
A teoria da subcultura delinquente (teoria de consenso), do sociólogo
Albert Cohen de 1955, a ideia central é:
Características da subcultura delinquente segundo Cohen:
Labelling approach
 Definição
A criminalidade não é um atributo da conduta humana, mas o resultado de
um processo em que se atribui esse atributo (estigmatização). Isto é, o
delinquente é comum a qualquer pessoa, mas, sofre estigma, fica rotulado,
assim, a ideia central desta teoria é o processo de interação em que o sujeito
é taxado de criminoso.
As consequências políticas da teoria do labelling approach são reduzidas
àquilo que se convencionou chamar “política dos quatro Ds”
(Descriminalização, Diversão, Devido processo legal e
Desinstitucionalização). No plano jurídicopenal, os efeitos criminológicosdessa teoria se deram no sentido da prudente não intervenção ou do direito
penal mínimo. Existe uma tendência garantista, de não prisionização, de
progressão dos regimes de pena, de abolitio criminis etc.
A teoria da rotulação de criminosos cria um processo de estigma para os
condenados, funcionando a pena como geradora de desigualdades. O sujeito
acaba sofrendo reação da família, amigos, conhecidos, colegas, o que
acarreta a marginalização no trabalho, na escola.
Características da corrente crítica:
concepção conflitual da sociedade e do direito (o direito penal
se ocupa de proteger os interesses do grupo social
dominante);
reclama compreensão/ apreço pelo criminoso;
crítica à criminologia tradicional;
capitalismo = base da criminalidade;
propõe reformas estruturais na sociedade para redução das
desigualdades e consequentemente da criminalidade.
CRÍTICA: não analisa o crime nos países socialistas.
Teoria crítica ou radical
Contextualização – Evolução Histórica
• A vítima sofre o resultado de atos próprios ou de outrem.
• Marco inicial admitido por boa parte da doutrina é 1940 com Von Hentig
e Benjamim Mendelsohn, com a sistematização de estudos para a vítima.
• Não foi abordada pela Escola Clássica que focou no crime, nem na Escola
Positiva focada no criminoso. Para Beistain, a atual vitimologia surgiu
após II Guerra Mundial, como resposta dos judeus ao holocausto nazista.
• Depois, com o 1º Simpósio Internacional de Vitimologia, de 1973, em
Israel, sob a supervisão do famoso criminólogo chileno Israel Drapkin,
impulsionaram-se os estudos e a atenção
comportamentais, buscando traçar perfis de vítimas potenciais, com a
interação do direito penal,da psicologia e da psiquiatria.
 Defende que os pequenos delitos devem ser rechaçados, o que
poderia inibir os graves servindo como prevenção geral; os espaços
públicos e privados devem ser tutelados e preservados.
 Essa teoria parte da premissa de que existe uma relação de
causalidade entre a desordem e a criminalidade.
 Em 1990 o americano Wesley Skogan realizou uma pesquisa em
várias cidades dos EUA que confirmou os fundamentos da teoria. A
relação de causalidade existente entre desordem e criminalidade é
muito maior do que a relação entre criminalidade e pobreza,
desemprego, falta de moradia.
Estados Unidos – 1982
Neorretribucionismo (lei e ordem; tolerância zero;
broken windows)
VITIMOLOGIA
O termo “vítimas” designa as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido um
dano, nomeadamente um dano físico ou mental, um sofrimento emocional, um prejuízo
económico ou um atentado importante aos seus direitos fundamentais, em resultado de atos
ou omissões que violem as leis penais em vigor nos Estados Membros, incluindo as leis que
criminalizam o abuso de poder. 2. Uma pessoa pode ser considerada "vítima", ao abrigo da
presenteDeclaração, independentemente do facto de o autor ter ou não sido identificado,
capturado, acusado ou condenado e qualquer que seja a relação de parentesco entre o autor e
a vítima. O termo “vítima” inclui também, sendo caso disso, os familiares próximos ou
dependentes da vítima direta e as pessoas que tenham sofrido danos ao intervir para prestar
assistência a vítimas em perigo ou para impedir a vitimização. 3. As disposições da presente
Declaração aplicam-se a todas as pessoas, sem qualquer distinção, nomeadamente de raça,
cor, sexo, idade, língua, religião, nacionalidade, opiniões políticas ou outras, convicções ou
práticas culturais, situação económica, nascimento ou situação familiar, origem étnica ou
social, ou deficiência (Declaração dos Princípios Fundamentais de Justiça Relativos às Vítimas
da Criminalidade e de Abuso de Poder, das Nações Unidas - ONU-1985).
 Conceito
Vitimologia é a ciência que estuda a vítima, sua condição, é compreendida
dentro da noção do estudo da criminalidade. Tem por objeto é a diminuição
das vítimas na sociedade, e segundo Kaiser, investigações vitimológicas
contribuem para a legitimação do sistema penal e seu desenvolvimento.
Vítima: qualquer pessoa, organização, a moral que tenham ameaçadas, lesadas ou
destruídas, mas o conceito deve alargar-se para aqueles que são indiretamente
afetados, como membros do mesmo grupo, família, além dos crimes cometidos
contra a Administração Pública, e o prejuízo ocorre contra a saúde, segurança,
educação e meio ambiente, de modo que o sujeito passivo é a coletividade/
sociedade.
CLASSIFICAÇÃO DAS VÍTIMAS
Vitimização primária: deriva do cometimento do crime, violando os
direitos da vítima, cujos danos podem ser materiais, físicos,
psicológicos, variando ainda em relação à natureza da infração,
personalidade da vítima, relação desta com o criminoso. Em suma,
corresponde aos danos sofridos pela vítima decorrentes
diretamente do delito.
Vitimização secundária: é causada pelos agentes formais do controle
social, durante o trâmite do processo trazendo sofrimento adicional
pela sua própria dinâmica (inquérito policial e processo judicial
penal). Além da vítima, a testemunha também podem sofrer essas
consequências. 
Beristain aponta, citando Villmow, que na historia do sistema penal,
a vítima nos últimos séculos se encontra desamparada, e também
vitimada durante o processo penal; ela praticamente não e levada
em conta; somente atuam o poder estatal, por uma parte, e o
delinquente, por outra. Ambos abandonam e desconhecem a vítima.
Vitimização terciária: carência de amparo dos órgãos públicos às
vítimas; além disso, a própria sociedade deixa de abrigar a vítima, e
muitas vezes há um incentivo explícito e implícito a não denunciar
o delito, (cifra negra).
VITIMIZAÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E
TERCIÁRIA
A criminologia classifica a vitimização em Vitimização primária, secundária e
terciária.
A doutrina aponta a necessidade de se conjugarem estudos sobre
o criminoso e vítima para apuração de dolo/ culpa, dentre outras
nuances que repercutem na adequação típica e na aplicação da
pena (art. 59 do CP).
 Defende-se o papel da vítima em determinados tipos penais e
circunstanciais, no entanto, a doutrina também pondera que há
vítimas autênticas (não contribuem no contexto do crime ação/
omissão, nem interagem com o comportamento do autor do
crime.
CPB: Art. 59 - O juiz, atendendo à
 culpabilidade, aos antecedentes, à
 conduta social, à personalidade do
 agente, aos motivos, às circunstâncias
 e consequências do crime, bem como
 ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e
suficiente para reprovação e prevenção do crime
Hilário Veiga de Carvalho propôs a classificação etiológica dos
criminosos, focando principalmente fatores biológicos, que segundo
o pesquisador, o “exame a que ela força, poderia esclarecer o
julgador e o aplicador da lei a orientar a terapêutica penitenciária no
sentido mais útil para a recuperação social do agente criminoso”:
COMPLEXO CRIMINÓGENO DELINQUENTE E VÍTIMA
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
 ¤ biocriminoso puro
 ¤ biocriminoso preponderante
 ¤ Mesobiocriminoso de correção possível:
 ¤ mesocriminoso preponderante
 ¤ mesocriminoso puro
Biocriminoso puro (pseudocriminosos): existência exclusivamente de
fatores biológicos; sujeito a “tratamento médico psiquiátrico,
temporário ou definitivo em referência ao critério clínico em manicômio
judiciário” (CARVALHO, 1951). Penteado Filho (2012) exemplifica: “é o
caso dos psicopatas ou epiléticos que, em crise, efetuam disparos de
arma de fogo, ou de retardados mentais severos, esquizofrênicos e
outros”.
Biocriminoso preponderante - de correção difícil: “tratamento em
Colônias Disciplinares, em Casas de Custódia ou em Institutos de
Trabalho, de reeducação ou de ensino profissional, com assistência
médico psiquiátrica e com eventual internação em Hospital
Psiquiátrico, e segregação temporária ou definitiva, como medida de
segurança”. (CARVALHO, 1951). Estão
propensos ao cometimento de atos criminosos; há a presença de alguns
fatores mesológicos (relações entre os seres e o meio ou ambiente);possivelmente portadores de anomalia biológica insuficiente para
desencadear a ofensiva criminosa, cedem a estímulos externos e aeles
respondem facilmente.
Mesobiocriminoso de correção possível: “tratamento no regime penal de
Reformatório, progressivo e atendimento médico e pedagógico”
(CARVALHO, 1951). Influências biológicas e ou do meio; reincidência
ocasional.
Mesocriminoso preponderante de correção esperada: “tratamento em
colônias, com regime de trabalho adequado e com especial assistência
sóciopedagógica” (CARVALHO, 1951). (Maria vai com as outras),
reincidência
excepcional, forte influência de fatores ambientais.
Mesocriminoso (puro): pseudo criminoso: “tratamento essencialmente
pedagógico e de sintonização social” (CARVALHO, 1951). Penteado Filho
(2012) exemplifica como “fatores mesológicos, isto é, do meio social;
agem antissocialmente por força de ingerências do meio externo,
tornando-os quase vítimas das circunstâncias”.
• “Criminoso nato: influência biológica, estigmas, instinto criminoso,
um selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça pequena, deformada,
fronte fugidia, sobrancelhas salientes, maçãs afastadas, orelhas
malformadas, braços compridos, face enorme, tatuado, impulsivo,
mentiroso e falador de gírias etc.). Depois se agrega ao conceito a
epilepsia.
• Criminosos loucos: perversos, loucos morais, alienados
mentais que devem permanecer no hospício”.
• “Criminosos de ocasião: predispostos hereditariamente, “a ocasião
faz o ladrão”; assumem hábitos criminosos influenciados por
circunstâncias
• Criminosos por paixão: sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da
violência para solucionarquestões passionais; exaltados.”
• Criminoso nato: degenerado, (seguidor de Lombroso), atrofia do
senso moral.
• Criminoso louco: alucinados, ou semi-loucos.
• Criminoso ocasional: o sujeito cometerá o crime ocasionalmente,
pode-se dizer que por força da influência de fator externo ou não.
• Criminoso habitual: reincidência na ação criminosa, profissão; para
o teórico, o tipo mais recorrente.
• Criminoso passional: age pelo impulso/ paixão.
CLASSIFICAÇÃO DE CESARE LOMBROSO
CLASSIFICAÇÃO DE ENRICO FERRI
Propôs pena de morte (impiedade) aos criminosos natos ou sua expulsão
do país.
• Criminoso assassino: típico, egoísta, age por impulso, apresenta sinais
exteriores e se aproxima de selvagens e crianças.
• Criminoso violento: falta-lhe a compaixão; possui senso moral; falso
preconceito.
• Ladrões ou 1: não lhes falta o senso moral; falta honestidade, atávicos às
vezes; Aspectos físicos: pequenez, face móvel, olhos vivazes, nariz
achatado.
 A abordagem sociológica da criminalidade influencia grandemente
na formação delitiva.
 Há a existência de múltiplos fatores externos que podem estimular
fator criminógeno, frequentemente ausente no homem, a seguir
serão apresentados alguns fatores sociais.
“As estatísticas criminais demonstram
existir uma relação de proximidade entre a
pobreza e a criminalidade. Não que a
pobreza seja um fator condicionante
extremo de criminalidade, tendo em vista a
ocorrência dos chamados “crimes do
colarinho branco” ,geralmente praticados
pelas camadas mais altas da sociedade”.
(PENTEADO FILHO, 2012).
Pobreza. Emprego, desemprego e subemprego
CLASSIFICAÇÃO DE GARÓFALO
FATORES SOCIAIS DE CRIMINALIDADE
 Estereótipo negativo
 Ideia pré-concebida
 Marcas da escravatura
Sábias observações de Penteado Filho (2012): Em tema de criminologia,
há quem afirme existir um número maior de delitos cometidos por
negros do que por brancos, porém, dada a ausência de pesquisas e
estatísticas sérias acerca do assunto, comungamos da opinião de João
Farias Junior (2009), para quem “a vontade não age por si só, mas de
acordo com a formação moral do caráter, e não de acordo com a cor da
pele”.
-Diferença de costumes, valores
- Situação anormal: resposta uma conduta delituosa
- Baixa absorção nos países em desenvolvimento no mercado de trabalho
acentuando pobreza e miséria
- Desordenado ou não planejado (crescimento)
- Aumento taxas criminais por áreas geográficas proporcional ao aumento
da densidade demográfica conforme Escola de Chicago.
- Desemprego
Migração
Crescimento populacional
Preconceito
 moral
 psicológica (reações psicológicas à vida seriam inatas, absolutas e
invariáveis)
 social (circunstâncias sociais que empurravam invariavelmente a
pessoa para o crime).
Final sec. XIX/ início do sec. XX = substituição progressiva da
constituição biológica (genética/ hereditariedade) por uma natureza:
“De 1890 a 1920, os estigmas anatomofisiológicos indicadores da criminalidade
nata foram perdendo seu valor diagnóstico, sobretudo na Europa, frente à
valorização crescente dos chamados estigmas psicológicos, como o orgulho e a
insensibilidade moral. Concluindo assim a inversão, do perverso constitucional
para o sociopata ou psicopata” (OLIVEIRA JUNIOR, 2012).
• “Criminoso nato: influência biológica, estigmas, instinto criminoso, um
selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça pequena, deformada, fronte
fugidia, sobrancelhas salientes, maçãs afastadas, orelhas malformadas, braços
compridos, face enorme, tatuado, impulsivo, mentiroso e falador de gírias etc.).
Depois se agrega ao conceito a epilepsia. (PENTEADO FILHO, 2012)
Educação
Educação informal (família, sociedade) – senso moral.
Educação formal (escola)
MODERNAS TEORIAS ANTROPOLÓGICAS
Rejeição da teoria
do criminoso nato 
(Lombroso)
Estudos antropológicos 
modernos herdaram um 
viés da análise 
positivista de Lombroso.
Benigno Di Tullio desenvolveu o método biotipológico
constitucionalista (medicina experimental e antropometria) visando
ao estudo qualitativo da constituição humana em que se dava maior
crédito ao processo dinâmico de formação da personalidade em
contraposição ao enfoque estático lombrosiano.
 Resumidamente, para Di Tullio, a hereditariedade, sem embargo,
não transmite a criminalidade, senão somente a predisposição
criminal ou o processo mórbido que requer, ademais, a concorrência
de outros fatores criminógenos (PENTEADO FILHO, 2012).
 não defende hereditariedade de transtornos hormonais
glandulares, exceto crimes sexuais;
 oportuniza tratamento hormonal
 afirma que a influência criminógena não é direta, mas sim indireta.
Estudos associados comportamento humano (delitivo) com processos
hormonais ou endócrinos patológicos/ disfunções glandulares.
Diferenciação da teoria endocrinológica com a teoria
de Lombroso:
ENDOCRINOLOGIA E CRIMINOLOGIA
“[Nas vésperas da Primeira Guerra Mundial, houve a percepção que a
sociologia criminal, aparentemente vencedora em relação a vertente
biodeterminista da criminologia, tinha seus limites, sendo impossível
explicar o crime simplesmente pela ação dos fatores exógenos. Não havia
dúvidas que a miséria e o álcool eram fatores criminógenos, mas nem por
isso todos os alcoólatras e miseráveis eram criminosos, nem tão pouco
deixava de existir crimes na elite abastada. Em paralelo a influência do meio,
seria necessário levar em consideração um certo número de fatores
endógenos. O criminologista belga Louis Vervaeck (1872-1943) sintetizou esta
constatação denominando o movimento consequente de “fase eclética”, uma
busca por uma terceira via entre o determinismo
lombrosiano e a opção sociológica (DARMON, 1991, 270). Segundo Darmon
(1991, p.270), à margem da nova medicina legal, técnica, “a antropologia
criminal faz figura de arcaísmo. Mas, apesar de tudo, ela permanece firme e,
logo após a Primeira Guerra Mundial, as doutrinas de Lombroso, sob uma
forma renovada, parecem até mesmo encontrar uma segunda juventude”.]” 
 (OLIVEIRA JUNIOR, 2012).
 neurocerebralista (E. Miltgen, 1960)
 antropologia neo-lombrosiana ortodoxa (Maurice Verdun, 1925)
 psicologia antropológica (Pierre Grapin, 1947)
 constituição sanguínea (Richard Guidez, 1966); 
 teorias “neohumorais” (Nicola Pende, 1921)
Surge:
• Os avanços engenharia genética (Projeto Genoma)
• Renovação corrente do atavismo
 
Obs: nem todos os dados biológicos derivam hereditariedade, ante
fenômenos demutações genéticas, por exemplo.
ASPECTO POSITIVO-CRIMINOLÓGICO DAS
TEORIAS BIOLOGISCISTAS NO SÉCULO XX
GENÉTICA, HEREDITARIEDADE E CRIMINOLOGIA
 Pacientes com doença de Parkinson ou acidentes vasculares
encefálicos (doenças do cérebro) apresentam depressão e,
eventualmente, demência (doenças psicológicas).
 Estudos recentes mostram que doenças tratadas no campo da
Psiquiatria, como o transtorno afetivo bipolar e a
esquizofrenia, para as quais uma base orgânica era incerta, são
doenças também associadas a mudanças na estrutura e no
funcionamento cerebral
Exemplificando:
Conforme expõe Penteado Filho (2012): “Os avanços recentes na área
médica tornaram difícil traçar uma linha divisória entre “doenças do
cérebro” (neurológicas) e “doenças da mente” (psiquiátricas). 
Os tempos atuais vieram a demonstrar o erro que foi separar as doenças
do cérebro das doenças da mente. 
Existe uma grande proximidade entre elas, cujo elemento catalisador é o
conhecimento Neurocientífico”.
 Avanços!
Técnicas de genética molecular e biologia celular, que permitem
identificação, clonagem e sequenciamento de uma quantia cada vez
maior de genes neurais; criação de animais transgênicos;
desenvolvimento de animais por recombinação homóloga possi
NEUROCIÊNCIA E CRIMINOLOGIA
Neurociência apresenta importante aporte para a psiquiatria e a
neurologia por intermédio de contribuições conceituais e experimentais
(interdisciplinaridade em certa medida).
 “estudos de anormalidades cromossômicas;
 estudos de linhagens de famílias que apresentam grande índice de
portadores de transtornos mentais;
 interação gene e meio ambiente;
 novas abordagens da regulação neuronal (descobertas do Projeto
Genoma Humano);
 neuropatologia da esquizofrenia (alargamento de ventrículo
cerebral);
 os marcadores biológicos para vários transtornos psiquiátricos
(neuroimagem funcional)”
Transtornos psiquiátricos como esquizofrenia e transtorno bipolar
possuem origem poligênica[determinado por vários genes - característica
hereditária], segundo estudiosos, a identificação dos genes envolvidos
permanece muito difícil. É inegável os avanços da engenharia genética
para a psiquiatria científica: 
 (Penteado Filho, 2012)
“Importante descoberta deu-se no sentido de que em certas regiões
do cérebro humano adulto há células-tronco neurais persistentes
que podem originar várias classes de neurônios e células gliais. E esse
achado possibilitou uma renovação de esperanças, na medida
de sua potencial utilização no conserto de tecido cerebral danificado
ou doente” 
Futuro 
E-book oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro
 em parceria com a professora Klaique Andreia
cessetembro

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