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Formação Integral em Saúde

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Formação Integral em Saúde
Modelo Biomédico: tem por base a biologia e entende a doença como sendo decorrente da falha nos mecanismos de adaptação do organismo ao meio ou ainda da presença de alterações estruturais no organismo, causando disfunções em órgãos ou sistemas. Esse modelo é conhecido como unicausal, pois um agente etiopatogênico desencadeava determinadas reações nos órgãos e disfunções no organismo e explicava-se a patogenia das doenças infecciosas. Nessa lógica unicausal e linear, compreendia-se o mecanismo e a sequência do adoecimento, adotando-a de forma universal.
Modelo da História Natural da Doença: modelo multicausal. 
· Pré- patogênico: não há manifestação da doença, os agentes nutricionais, genéticos, econômicos, culturais interagem com o indivíduo tornando – o vulnerável. Adotam se medidas de prevenção e proteção da doença. 
· Período Patogênico: primeiros sinais do processo patogênico observam se os sinais de alterações nas células, provocando alterações morfológicas.
Modelo de determinação social da doença: Fundamentado nas críticas ao modelo epidemiológico baseado no discurso preventivo, no conceito epidemiológico de risco de agravos, surge o desafio de integrar a epidemiologia e seus métodos na promoção de saúde. Esse modelo de determinação social da saúde parte de um entendimento diferenciado e não restrito apenas ao aspecto biológico.
Promoção de Saúde: O termo “promoção da saúde” surgiu em 1920, quando Winslow definiu como o esforço da comunidade organizada para alcançar políticas que melhorassem as condições de saúde e os programas educativos para a população - em 1946, Sigerist definiu como tarefas essenciais da medicina a promoção da saúde, prevenção de enfermidades e acidentes e a atenção curativa.
Carta de Ottawa: documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizado em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986. Ottawa reforça o conceito ampliado de saúde e seus determinantes para além do setor saúde, englobando conjuntamente as condições biológicas, sociais, econômicas, culturais, educacionais, políticas e ambientais. Ficaram definidos como condições e recursos fundamentais para a saúde: habitação, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. 
Promoção de Saúde no Brasil: Em 2006, no Brasil, foi instituída a Política Nacional de Promoção da Saúde com o objetivo de promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes. Dentre as ações propostas pela Política Nacional de Promoção da Saúde, estão a alimentação saudável, prática corporal e atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas, redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito, prevenção da violência e estímulo à cultura de paz e promoção do desenvolvimento sustentável.
Educação Popular em Saúde: Objetiva o desenvolvimento de atitudes mais políticas nas comunidades, com a finalidade de ampliar o exercício da autonomia, da participação social e emancipação (libertação de exploração, discriminação e violência) dos grupos populacionais.
Educação Permanente em Saúde (EPS): É a educação no serviço, a formação ocorre no mundo do trabalho, no cotidiano dos serviços, para qualificar as práticas e cuidados em saúde. Surgiu na década 80, por iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) para possibilitar o desenvolvimento dos Recursos Humanos. A fim de melhorar a formação dos profissionais de saúde, fortalecer o SUS e favorecer as transformações necessárias nas práticas em saúde, em 2004 foi criada a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.
O sistema de saúde no Brasil antes do Sistema Único de Saúde
Os problemas advindos da falta de saneamento básico e do crescimento das epidemias fizeram com que, em 1903, Oswaldo Cruz propusesse o código sanitário que instituiu a desinfecção, inclusive domiciliar, a notificação permanente dos casos de febre amarela, varíola e peste bubônica e a atuação da polícia sanitária. Ele também implementou sua primeira grande estratégia no combate às doenças: a campanha de vacinação obrigatória.
Reforma sanitária: Teve início com o movimento sanitário em meados da década de 1970, porém se estruturou no período da redemocratização do país; buscava transformar a assistência à saúde vigente no país, que era excludente, reivindicava o direito à saúde a todo cidadão, que as ações de saúde fossem integradas em um único sistema, que assegurasse o acesso a toda a população em todos os serviços de saúde, tanto preventivo como curativo; a descentralização da gestão administrativa e financeira das ações de saúde para Estados e municípios, e a participação e o controle social das ações de saúde deveriam ser promovidos pelo Estado.
O novo sistema de saúde: o SUS
Proposto pela Constituição Federal de 1988 foi denominado SUS. Esta Constituição estabeleceu que a saúde é dever do Estado, que abrange a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios.
O SUS tem as seguintes características principais:
• Atender a todos, conforme suas necessidades, sem distinção;
• Atuar de maneira integral, isto é, as ações de saúde devem estar voltadas ao indivíduo e à comunidade, englobando ações de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação;
(Trabalhadores sem carteira assinada e contribuição previdenciária eram excluídos do sistema)
Sistema Único de Saúde – Princípios Doutrinários
Dentre todos os princípios doutrinários, temos a Universalidade, a Equidade e a Integralidade
Princípio da universalidade: A Constituição Federal, em seu artigo 196, assegura a saúde enquanto direito de todos os cidadãos e dever do Estado. O que significa dizer que a saúde é um direito e não um serviço ao qual se tem acesso por meio de uma contribuição ou pagamento de qualquer espécie, como ocorria anteriormente ao SUS. 
Princípio da equidade: Esse princípio assegura o direito a ações e serviços de todos os níveis, de acordo com a complexidade que cada caso exija, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Mesmo considerando as desigualdades existentes, todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades
Princípio da integralidade: O Princípio da Integralidade é amplamente discutido não apenas pela sua importância na construção do SUS, mas principalmente devido aos múltiplos sentidos que a integralidade possui.
Este princípio reconhece que cada indivíduo é um ser biopsicossocial e, portanto, necessita de atenção integral. Simultaneamente, considera que cada indivíduo vive e pertence a uma comunidade e que as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde devam ser integradas e devam considerar as necessidades individuais e coletivas
Sistema Único de Saúde – Princípios Organizativos
Descentralização: A Constituição de 1988, no art. 198, definiu a organização do atual sistema de saúde como descentralizada, com direção única em cada nível de governo. Partindo do princípio da descentralização, também denominado por alguns autores como diretriz por ser considerado uma estratégia para a distribuição de poder político, de responsabilidades e de recursos do nível federal para o estadual e municipal, nos três níveis de governo há uma direção: no governo federal, o ministério da saúde, nos Estados e distrito federal, as secretarias estaduais de saúde, e nos municípios, as secretarias municipais de saúde.
Regionalização e hierarquização: A Lei nº 8.080/90 dispôs sobre a necessidade de Regionalização e Hierarquização, este Princípio direciona a conformação do sistema tendo como foco aproximar as ações segundo as necessidades e características da região, do território. Com este princípio se aproxima a gestão municipal das necessidades da população, das problemáticas de saúde, das condições de vida existentes nas diversas regiões que compõem o município, a organização do sistema temmaior capacidade para atender às necessidades da população, melhorar a oferta e o gerenciamento do acesso e de serviços para a população.
Normas Operacionais Básicas (NOB): Foram instituídas por meio de portarias ministeriais, que definiram as competências de cada nível de governo e as condições necessárias para que Estados e municípios participassem no processo de implantação do SUS. As Normas Operacionais Básicas (NOB) 01/91, 01/92, 01/93 e 01/96 compõem os principais instrumentos normalizadores do processo de descentralização das ações e serviços de saúde no Brasil e são um dos pilares de sustentação do Sistema Único de Saúde. As NOB 01/91 e 01/92 impulsionaram a descentralização, mas seu enfoque no financiamento ainda era principalmente na assistência médica, curativa e individual. O avanço da NOB 01/93 para as anteriores se refere ao financiamento, à gestão semiplena, permitindo maior autonomia sobre o pagamento dos prestadores, favorecendo a gestão municipal.
Com a NOB 01/96 houve a consolidação da política de municipalização, que estabeleceu a gestão plena do sistema municipal e a gestão plena da atenção básica e redefiniu as responsabilidades da União e dos Estados
Políticas Públicas de Saúde
-Legislativo: Formulação de leis reguladoras para organização do sistema.
-Executivo: Faz política nacional de saúde única inserção de novas relações públicas (estados e municípios regulariza ações). 
-Judiciário: Dá suporte quando os direitos não são assegurados, controla a execução das políticas públicas de saúde. 
APS: Atenção Primária em Saúde, conjunto de ações voltadas para o indivíduo e a coletividade promoção, proteção de saúde e preservação de doenças, diagnósticos, tratamento, reabilitação da saúde. 
PSF: Programa Saúde da Família, conceito aplicado de saúde reconhece como o direito a cidadania. Serviços resolutivos, integrais e humanizados.
ESF: Estratégia Saúde da Família, integralidade das práticas, o trabalho em equipe, a territorialização, a educação em saúde, a responsabilização das equipes, a participação popular e o acesso aos serviços de média e alta complexidade.
NASF: Núcleos de Apoio à Saúde da Família, foram criados em 2008 pelo Ministério da Saúde, têm o papel de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil dando suporte à ESF, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, aumentando resolutividade e a abrangência das ações. Os NASFs configuram-se como equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (ESF), com as equipes de atenção básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o Programa Academia da Saúde.
NASF 1 – 5 a 9 equipes de saúde da família.
NASF 2 – 3 a 4 equipes de saúde da família.
NASF 3 – 1 a 2 equipes de saúde da família.
O NASF deve ser constituído por uma equipe na qual profissionais de diferentes áreas de conhecimento atuem em conjunto com os das eSF, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes. Tal composição deve ser definida pelos próprios gestores municipais e eSF, mediante critérios de prioridades identificadas a partir das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações. Para efeito de repasse de recurso federal, poderão compor os NASF: profissional/professor de educação física, nutricionista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, farmacêutico, assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo, médico psiquiatra, médico ginecologista, médico pediatra, médico acupunturista, médico homeopata, médico ginecologista/obstetra, médico geriatra, médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista.
Evolução do SUS - 25 anos
O SUS avançou e trouxe aos cidadãos brasileiros o direito à saúde, a melhora no acesso à atenção básica e a serviços de emergência, bem como cobertura universal de vacinação e de assistência pré-natal. Houve grande expansão dos recursos humanos e de tecnologia, incluindo a fabricação de produtos farmacêuticos essenciais ao país.
Foram realizadas inovações com ampliação da descentralização, transferindo poder e responsabilidades para o nível municipal, bem como criadas estratégias para garantir a participação social na formulação e controle de políticas de saúde.
O SUS é referência em tratamento (imunização nacional, programa controle HIV/AIDS, e transplante de órgãos) mundial. 
Pacto de Saúde: feito por conta de dificuldades de descentralização. Começou a ser discutida em 2004, foi publicado em 2006. Foi feito um agrupamento de acordo para fortalecer a descentralização do sistema. Foi assinado o termo de compromisso de gestão, o pacto é composto por três dimensões: 
1-Pacto pela vida: prioridade que influência condições sanitárias- saúde do idoso, controle de câncer de mama e útero, diminuir morte materna- infantil, melhorar combate a doença emergentes e epidemias, promoção de saúde, consolidação do ESF. 
2-Pacto em defesa do SUS: estratégias nos três níveis de governo para fortalecer o sistema de saúde, que perpetue com mudanças de governo, garantindo seus princípios de diretrizes, assegurando a universalidade do SUS a todos.
3-Pacto de gestão: define responsabilidades, papéis e funções de cada esfera do governo, reforçando a gestão compartilhada do SUS. 
	
No entanto, é notório que o SUS ainda não atingiu a sua plenitude, pelo menos comparando entre aquilo que está na Lei e aquilo que existe na prática, pois as dificuldades enfrentadas pelos usuários do sistema são constantes. Faltam leitos e equipamentos em hospitais, as filas de espera para procedimentos por vezes duram meses, faltam profissionais e infraestrutura em regiões mais afastadas dos grandes centros, nem mesmo o maior programa do governo federal (Mais Médicos) foi eficiente e eficaz para amenizar os problemas da saúde pública brasileira. Outro fator que afeta diretamente a ineficiência do sistema está ligado a falta de gestão, a saúde pública no Brasil não é gerida com profissionalismo (na maioria das vezes) e, por conseguinte, a falta de uma gestão séria faz com que este seja um dos maiores problemas da saúde pública brasileira. Cabe deixar claro que o SUS é, na maioria dos casos, desorganizado e ineficiente, contudo já gerou grandes progressos.
Modelos assistenciais adotados por outros países
Modelo Universalista: Nesses sistemas universais, o Estado presta a maioria ou a totalidade de serviços, as redes hospitalares e ambulatoriais são geralmente do governo.
Modelo de Seguro Social: Esse modelo de proteção social, também universal, denominado bismarckiano, exige um seguro de participação obrigatória que dá cobertura aos contribuintes e a suas famílias. Geralmente segmentados por categoria profissional, recebem críticas devido às desigualdades sociais, levando à exclusão de pessoas fora do sistema de trabalho.
Modelo Assistencialista: Nesse modelo de proteção social residual ou assistencialista, o Estado não assume a responsabilidade pela saúde, que é uma obrigação dos cidadãos. Somente as pessoas incapazes de assumir a responsabilidade individual de cuidar da saúde é que recebem assistência do Estado. A assistência é dada à população vulnerável e a pessoas carentes, mas há limite de ações, para estimular a responsabilidade individual por sua saúde.
Utilização do planejamento na programação de Saúde
O Planejamento é uma metodologia empregada na gestão que tem a finalidade de promover mudanças e aperfeiçoar o desempenho dos sistemas de saúde. Desta forma, planejar é definir prioridades e reunir recursos e esforços em favor de objetivos coletivamente estabelecidos.
Plano de Saúde (PS): O sistema de planejamento do SUS, define o Plano de Saúde (PS) como uma parte do planejamento que se inicia com a análise da situação e das condições de saúde para posteriormente elaborar as finalidades e os resultados a serem alcançados em quatro anos, expressando os objetivos,as diretrizes e as metas. Este sistema deve manifestar as políticas e os compromissos da saúde em uma das esferas de gestão, servindo de base para a execução, o monitoramento, a avaliação e a gestão do sistema de saúde - Para a formulação do Plano de Saúde (PS) é preciso primeiramente realizar a análise da situação da saúde, para posteriormente elaborar os objetivos, as metas e as diretrizes.
Na análise da Gestão em Saúde devem ser considerados:
1.Planejamento: é preciso avaliar a estrutura, como se organiza e como é operacionalizado o processo de planejamento, assim como sua articulação junto ao centro decisório.
2.Descentralização/regionalização: investigar a colaboração entre os níveis de governo, o comando de ações para a promoção da equidade, a execução das atividades do Comitê de Intergestores e participação no Colegiado de Gestão Regional, o Termo de Compromisso de Gestão e o arranjo das redes regionais de atenção à saúde.
3.Financiamento: examinar as transmissões de recursos entre os níveis de gestão, a despesa pública total, o monitoramento orçamentário e financeiro das contas em que são efetuados os repasses financeiros entre as esferas de gestão e as regras que condicionam e regulam o financiamento. 
4.Controle social: analisar a integração e negociação entre os gestores e os Conselhos de Saúde, as decisões e determinações dos Conselhos e das Conferências de Saúde e a participação dos Conselhos de Saúde e de movimentos sociais. 
5.Gestão do trabalho: verificar como estão compostas as equipes de saúde, as formas de contratação, os cargos e os níveis salariais, além de acompanhar e investigar a existência de problemas. 
6.Educação em saúde: investigar os métodos e técnicas adotadas na educação em saúde, verificando os mecanismos de cooperação técnica entre as organizações educacionais, os serviços e a participação popular.
7.Infraestrutura: verificar os equipamentos, a logística, as estruturas físicas e a necessidade de projetos de investimento.
8.Informação em saúde: localizar as fontes de dados existentes, examinando a qualidade e a utilização das informações que são usadas nas tomadas de decisões.
Programação Anual de Saúde (PAS): A intenção da Programação Anual de Saúde (PAS) é definir as ações que irão possibilitar a materialização dos objetivos estabelecidos no Plano de Saúde. tem como objetivos: promover a integração do processo geral de planejamento entre as esferas de governo de forma ascendente, ou seja, esferas Municipal, Estadual e União, de modo coerente com os respectivos planos de saúde e no ano correspondente; fortalecer a ação de coordenação do gestor na política de saúde; possibilitar o gerenciamento da regulação, do controle e da avaliação do sistema de saúde; estabelecer a alocação dos recursos do SUS para o financiamento do sistema; estimular ações que visem integrar os sistemas municipais de saúde; esclarecer o pacto de gestão e o comando único em cada nível de governo; apoiar o sistema de avaliação dos resultados e o controle das ações e serviços de saúde.
Planos Nacional e Municipal de Saúde (PNS): O PNS é um instrumento básico do Pacto pela Saúde no Brasil e é fundamental no processo de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), pois serve de referência a todo o sistema de saúde brasileiro. O PNS deve ser o resultado da análise crítica das condições de saúde da população, das necessidades em saúde e da existência de recursos sociais e de serviços de saúde disponíveis para atender as necessidades identificadas.
O Plano é estruturado em duas partes:
A primeira faz uma síntese das condições de saúde da população brasileira, do acesso às ações e serviços e de questões estratégicas para a gestão do SUS. 
A segunda parte aborda as diretrizes e metas que deverão ser atingidas para o cumprimento dos objetivos do Plano.
Objetivos e Prioridades do PNS: O PNS atual (2012 a 2015) tem como objetivo aprimorar o SUS, e sua prioridade é o acesso universal, de qualidade e em tempo adequado, favorecendo melhores condições de saúde para a redução das desigualdades sociais e para a promoção da qualidade de vida da população brasileira.
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA)
O modelo orçamentário brasileiro compreende três instrumentos: 
O Plano Plurianual (PPA): é um instrumento de governo que estabelece, a partir de programas e iniciativas, os recursos financeiros para todos os setores, no período de quatro anos, na perspectiva de integração entre planejamento e orçamento federal. O PPA contém as metas de governo e toma por base a agenda de saúde e as metas plurianuais contidas nos Planos de Saúde. É com base no PPA que é elaborada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), contendo as orientações para a preparação do orçamento.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): determina os preceitos necessários para a alocação dos recursos no orçamento a fim de garantir a realização das metas e objetivos definidos no Plano Plurianual (PPA). Uma das funções da LDO é ajustar as ações de governo formuladas no PPA e compatibilizá-las com os recursos orçamentários disponíveis no caixa do Tesouro Nacional, no período dos quatro anos, priorizando os programas incluídos no PPA e aqueles na execução do orçamento subsequente
A Lei Orçamentária Anual (LOA): estima receitas e estabelece as despesas para um exercício financeiro, permitindo avaliar quais são as fontes de recursos públicos e quem são os beneficiários desses recursos.
Plano Municipal de Saúde: O Plano Municipal de Saúde (PMS) define a responsabilidade da esfera municipal na situação de saúde dos seus munícipes. Para tanto, o PNS estrutura o conjunto das propostas de ação em relação aos problemas e às necessidades de saúde da população, seguindo os princípios e diretrizes que regem a política de saúde nos âmbitos nacional e estadual.
O Plano Municipal de Saúde deve ser continuamente monitorado pelo gestor com o objetivo de adequar suas ações à Programação Anual de Saúde, pois é com base no Plano Municipal de Saúde que o gestor irá elaborar sua Programação Anual de Saúde (PAS) e o seu Relatório Anual de Gestão (RAG).
Para facilitar a elaboração do Plano Municipal de Saúde, o processo foi sistematizado em 12 passos:
1. Definição da equipe de trabalho para a elaboração do Plano Municipal de Saúde.
2. Elaboração da Análise de Situação de Saúde (ASIS).
3. Apresentação do resultado parcial da Análise Situacional de Saúde (ASIS) ao Conselho Municipal de Saúde para validação.
4. Priorização dos problemas identificados na ASIS.
5. Definição das Diretrizes do PMS.
6. Formulação dos Objetivos, das Metas e das Ações do PMS.
7. Análise da viabilidade das ações do PMS.
8. Elaboração da Previsão Orçamentária do PMS.
9. Elaboração da sistemática de monitoramento e avaliação do PMS.
10. Apresentação do PMS ao conselho municipal de saúde para apreciação e aprovação. 
11. Publicação da resolução do CMS que aprova o PMS em órgão/veículo oficial de comunicação.
12. Formatação do documento final e divulgação do PMS.
Elaboração de plano de ação: A formulação do planejamento operacional, ou seja, do plano de ação, é sistematizada em passos. Para a formulação do Plano de Ação é preciso ter realizado o diagnóstico situacional no território, ter levantado os problemas presentes na comunidade, bem como suas causas e consequências.
Primeiro Passo - Definir os problemas: Uma vez definidos os problemas e suas causas, será necessário listá-los, para facilitar a escolha dos problemas prioritários.
Segundo Passo - Priorizar os problemas: Devido à dificuldade na resolução simultânea de todos os problemas identificados, em decorrência do tempo ou de recursos financeiros, humanos e/ou materiais, deverão ser escolhidos os problemas que serão enfrentados prioritariamente.
Terceiro Passo - Descrever o problema selecionado: Este é o momento de compreender e descrever os problemas. Para isso, deve-se especificar o que caracteriza o problema, inclusive quanto a sua quantificação. Este é um passo muito importante para se ter clareza e, ainda, poder estabelecerindicadores que serão utilizados na avaliação do impacto alcançado pelo plano.
Quarto passo - Explicar o problema: Nesta fase devemos apontar as causas do problema escolhido, a relação entre elas e explicá-las detalhadamente
Quinto passo - Selecionar os “nós críticos”: O nó crítico pode ser definido como a causa de um problema que, quando combatida, permite transformá-lo, por meio da intervenção realizada pelos responsáveis pelo planejamento.
Sexto passo - Desenhar as operações: Nesta fase serão elaboradas soluções e estratégias para a resolução do problema. Será preciso: relatar as operações (o conjunto de ações) para enfrentar os “nós críticos”; identificar os produtos (ações) e resultados para cada ação determinada; apontar os recursos essenciais para a execução das ações. 
Sétimo passo - Identificar os recursos críticos: Será necessário identificar os recursos críticos, ou seja, aqueles considerados essenciais para a execução de uma operação e que estão indisponíveis. É, portanto, preciso definir quais são os recursos críticos em cada ação, para estabelecer meios de providenciá-los. Para este fim, sugere-se fazer um quadro apontando os recursos críticos de cada ação definida.
Oitavo passo - Analisar a viabilidade do plano: Considerando que os responsáveis nem sempre têm o controle do conjunto das ações, nesta etapa é importante refletir sobre quais são os atores (líderes, representantes) que possuem o controle das operações, ou seja, que dispõem dos recursos indispensáveis, e como eles se posicionam (se estão a favor, apoiando, disponibilizando recursos ou auxiliando em sua obtenção).
Nono passo - Elaborar o plano operativo: Neste momento é preciso definir quem se responsabilizará pelas respectivas operações e os prazos para a realização de cada uma delas.
Décimo passo - Gerenciar o plano: Esquematizar o modelo de gerenciamento do plano de ação e discutir e definir o processo de acompanhamento do plano e seus respectivos instrumentos
Saúde Coletiva: 
 Um campo que reúne e produz 
conhecimento sobre saúde, entende 
saúde como um processo social 
(sociedade, época, meio social e 
cultural) 
 Identifica e compreende as 
condições necessárias para se ter 
saúde. 
 Base epidemiologia social ou 
crítica, aliada as ciências sociais. 
 Os agentes trabalham com escuta e 
participação social. 
 Surgiu em 1950, na América Latina, 
foi antecedida por dois movimentos: 
medicina preventiva e social , 
 Surgiu no final da década de 70. 
 
 Saúde Pública: 
 É uma ciência e arte de pre venir 
doenças, prolongar vidas, promover 
saúde física através de sistema 
integrado (saneamentos, educação 
sobre higiene, organização de 
serviços médicos.) 
 Trabalha a saúde através de 
indicadores, entende saúde como 
ausência de doença. 
 Base é epidemiologia tradicional 
 Os agentes assumem trabalhos 
normativos, planejamento.

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