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Livro Texto - Unidade IV (8)

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99
REGISTRO DE IMÓVEIS
Unidade IV
7 PROCEDIMENTO DO REGISTRO
7.1 Apresentação do título
Conforme estudado, o procedimento registral se inicia pela apresentação do título ao oficial de 
registro imobiliário. Cada título receberá imediatamente seu número de ordem sequencial correspondente 
à relação de chegada. A apresentação poderá ser feita por qualquer pessoa, conforme dispõe o art. 217 
da Lei de Registros Públicos: “O registro e a averbação poderão ser provocados por qualquer pessoa, 
incumbindo‑lhe as despesas respectivas”.
Verificou‑se anteriormente que todo o processo de registro tem início mediante a apresentação de 
documentos e o pagamento dos emolumentos, que são os custos para o registro. Os valores de emolumentos 
são diferentes em cada Estado brasileiro, pois cada um deles possui sua alíquota e base de cálculo.
 Saiba mais
É possível consultar o valor de emolumentos para cada Estado acessando 
o site do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil e escolhendo o Estado 
que se deseja consultar.
INSTITUTO DE REGISTRO IMOBILIÁRIO DO BRASIL. Emolumentos. São 
Paulo, [s.d.]. Disponível em: <https://irib.org.br/emolumentos/>. Acesso em: 
18 jul. 2019.
7.2 Protocolo: procedimento
O protocolo é o primeiro ato do oficial quando do recebimento do título, descrito no art. 182 da 
Lei de Registros Públicos. Este artigo prevê a numeração do pedido de registro e a entrega de uma via 
do protocolo ao apresentante para controle. Também chamado de prenotação, o protocolo carrega as 
informações gerais do título e do requerimento, induzindo a ordem de preferência dos direitos reais. Isto 
porque aquele que apresenta primeiro o título terá registrado o direito sobre ele.
Além do que já se estudou sobre o conceito e as peculiaridades do protocolo, é preciso acrescentar 
que ele terá sua numeração iniciada e encerrada a cada dia, e terá como responsável, como já observado, 
o oficial titular do registro de imóveis, bem como seu substituto, na sua ausência, ou qualquer escrevente 
por ele autorizado, assim como tratam os arts. 184 e 185 da LRP.
100
Unidade IV
Uma vez que o protocolo tenha sido realizado e não havendo nenhuma questão formal, seja exigência 
suplementar, seja irregularidade a ser sanada, o procedimento legal será o oficial registrar o título em 
até 30 dias.
 Lembrete 
O protocolo é um documento de controle e comprovação da existência 
da prenotação.
7.3 Análise da legalidade dos atos registrais
Por serem os oficiais de registro imobiliário pessoas dotadas de fé pública e garantidores da segurança 
jurídica, o ato de qualificar é de suma importância para a autenticidade e veracidade dos registros. Este 
é o momento da análise da legalidade dos atos registrais sobre o conteúdo e a possibilidade de registro 
dos diversos títulos apresentados ao oficial. Assim, cabe ao oficial averiguar os aspectos formais dos 
títulos protocolados.
A doutrina diverge quanto à análise material dos títulos, exceto aqueles externos, de fácil 
constatação, como, por exemplo: a falta de anuência do cônjuge na venda de um imóvel ou a compra 
de imóvel por menor de idade. Os vícios internos não são de alcance do ofício de registro, como os 
vícios de consentimento.
 Lembrete
Os vícios internos não são de alcance do ofício de registro – por exemplo, 
os vícios de consentimento.
Os títulos advindos de procedimentos administrativos carregam presunção de veracidade, limitando 
o trabalho do oficial de registro a analisar aspectos formais do documento. A Lei de Registros Públicos 
recomenda a partir do art. 189 a verificação mais cautelosa em casos pontuais, mas isso não impede 
que o oficial de registro proponha seu próprio procedimento para a análise da legalidade dos atos 
registrais, desde que não exceda limites de sua atividade.
7.4 Procedimento de dúvida
Este procedimento administrativo, instaurado sempre que o oficial verificar algum tipo de 
irregularidade (uma vez que todos os requisitos constantes do Código Civil, da Lei de Registros Públicos, 
entre outros diplomas legais, devem ser observados) no registro ou averbação, está disciplinado nos 
arts. 198 a 204 da Lei de Registros Públicos.
O oficial anotará à margem do registro a irregularidade e dará 15 dias ao apresentante para 
satisfazer a exigência, que é o mesmo prazo para impugnação do procedimento pelo interessado. Caso 
101
REGISTRO DE IMÓVEIS
o apresentante não entenda ser correta a exigência, pela impugnação apresentada, ou não consiga 
satisfazê‑la, o oficial é obrigado a encaminhar o procedimento ao juiz competente.
Se as irregularidades forem sanadas pelo apresentante, o registro será efetuado pelo oficial de 
registro, pondo fim ao procedimento. Todavia, no caso de permanecer a irregularidade constatada pelo 
oficial de registro, este remeterá ao juízo competente (da situação do imóvel, como já aprendemos) 
para que o juiz esclareça a questão.
Veja que aqui se trata de procedimento que, embora passe por análise judicial, não perde o caráter 
administrativo. Ressalte‑se que, no pedido de dúvida, o oficial de registro deve ser bastante específico 
ao trazer os pontos que necessitam de esclarecimento pelo juiz. Portanto, a função deste procedimento 
é a própria segurança jurídica, pois permite que o oficial tenha sua dúvida esclarecida e julgada pelo juiz, 
afastando‑se quaisquer erros e equívocos que possam causar danos futuros.
No procedimento da dúvida, poderá haver a necessidade de esclarecimentos suplementares. Assim, 
para que o juiz consiga compreender e responder a dúvida, lhe é facultado provocar quaisquer diligências 
que se tornem indispensáveis para tal fim. Neste caso, o juiz irá proferir a sentença em 15 dias após a 
conclusão das diligências.
Ainda que não haja a impugnação da parte apresentante, o juiz irá proferir sentença. Frise‑se que, 
por não ser processo judicial, não há a necessidade do contraditório; por isso, a impugnação não é 
indispensável. Contudo, se houver impugnação, o Ministério Público será chamado a participar do 
procedimento e instado a se manifestar em dez dias.
A presença do Ministério Público, no caso de impugnação, se justifica por se tratar de normas de 
ordem pública e, como fiscal da lei, a sua presença é obrigatória. O esclarecimento da dúvida se dá por 
sentença, que poderá ser procedente ou improcedente.
A sentença procedente indica que a irregularidade verificada pelo oficial tinha fundamento e que o 
registro não poderá ser realizado porque existe uma questão prejudicial. Assim, o interessado receberá 
os documentos em devolução após o trânsito em julgado da sentença e o oficial de registro cancelará a 
prenotação. Veja que neste caso o apresentante pagará as custas do procedimento, por ter dado causa 
ao processo administrativo de dúvida.
O apresentante poderá recorrer da sentença através da interposição de recurso de apelação. Questão 
interessante é que o mesmo direito não assiste ao oficial de registro. A explicação para isso é a seguinte: 
o procedimento da dúvida não é um processo judicial, mas administrativo. O oficial de registro não é 
parte do processo, e portanto não tem legitimidade para recorrer.
No caso de improcedência do pedido, o juiz decidirá que assiste direito ao apresentante em registrar 
o título e que a irregularidade averiguada pelo oficial de registro não existe. Após o trânsito em 
julgado da sentença, o oficial deverá proceder a realização do registro. Neste caso, não há pagamento 
de custas.
102
Unidade IV
É importante observar que tem legitimidade para suscitar a dúvida no lugar do oficial de registro, o 
oficial substituto ou escrevente autorizado. Além disso, o processo administrativo de dúvida não impede 
a análise por via judicial. Ainda, se for o caso de exigência ilegal, comportará a propositura de mandado 
de segurança, com fundamento na Constituição Federal, art. 5º, LXIX. Entretanto, na necessidade de 
dilação probatória, é mais conveniente a distribuição de ação declaratória (NOVAES, [s.d.]).
 Observação
Trânsito emjulgado é uma certificação que acontece em cada 
procedimento submetido ao Poder Judiciário. Cria um efeito jurídico 
chamado de “coisa julgada”, que significa dizer que a discussão terminou 
pela sentença e que não comporta mais recurso. Portanto, é imutável.
Existem dois tipos de coisa julgada: material, em que o juiz decide sobre o direito pleiteado, dizendo 
quem tem razão (neste caso, o mesmo processo não pode ser proposto pelas mesmas partes, pois a 
matéria já foi discutida); e formal, em que o juiz põe fim ao procedimento, mas não decide o mérito do 
processo (nesta situação, é possível submeter à análise do Judiciário semelhante causa de pedir).
7.4.1 Dúvida eletrônica
O procedimento de dúvida eletrônica se coaduna com a forma de processo judicial eletrônico, trâmite 
atual no Poder Judiciário, ou seja, totalmente digital. Assim, este procedimento deve ser regulado de 
acordo com as normas da Corregedoria Geral da Justiça de cada Estado.
 Saiba mais
O Provimento CG nº 17/2014 uniformizou o procedimento da dúvida 
eletrônica no Estado de São Paulo:
SÃO PAULO (Estado). Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 
Provimento CG nº 17/2014. Modifica os itens 65, da Subseção II, da Seção III, 
do Capítulo XIII, e 41, 41.1, 41.2 e 41.7, da Subseção III, da Seção III, do Capítulo 
XX, todos do Tomo II das Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça, 
nos termos da anexa minuta de provimento. São Paulo, 2018. Disponível em: 
<http://iregistradores.org.br/noticias/wp‑content/uploads/2014/08/TJSP‑
comunicado‑CG‑N‑17‑2014.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2019.
A fim de verificar os procedimentos de dúvida em outros Estados do 
Brasil, acesse:
<http://www.cnj.jus.br/>.
103
REGISTRO DE IMÓVEIS
De maneira geral, quando se tem um processo eletrônico, impõe‑se a necessária digitalização de todos 
os documentos, para que estes sejam anexados ao pedido do oficial de registro, solicitação que deve 
ser feita por meio de petição digital protocolada no site do Tribunal de Justiça do Estado em que se 
situa o imóvel. A petição deve ser endereçada ao juiz de registros públicos competente, que irá seguir os 
procedimentos dispostos nos arts. 198 a 204 da Lei de Registros Públicos, que já foram estudados.
7.4.2 Dúvida inversa
Diverge do procedimento de dúvida quanto à autoria do suscitante. Na dúvida, o procedimento é 
instaurado pelo oficial de registro em razão de irregularidade que deve ser sanada pelo apresentante. 
Na dúvida inversa, o apresentante inicia o processo, pois não concorda com as exigências impostas pelo 
oficial no momento em que apresenta o título para registro.
Ao receber a suscitação de dúvida, o juiz notificará o oficial para protocolar o pedido de registro e 
apresentar razões de impugnação do registro em 15 dias. No caso de sentença procedente, o oficial de 
registro é obrigado a efetuar o registro. O pedido de dúvidas às avessas, como também é chamado, tem 
lugar nas seguintes hipóteses:
•	 quando o oficial ao receber o requerimento de registro, com ou sem a devida prenotação, faz 
exigências e o devolve ao apresentante;
•	 quando o oficial devolve o requerimento ao requerente sem que seja realizado qualquer registro;
•	 em outros casos cuja exigência seja inadmissível sob a ótica do requerente (BALBINO FILHO, 2001).
Este procedimento não é regulado pela Lei 6.015, de modo que há divergências na doutrina sobre 
seu cabimento. De qualquer forma, há julgados em todos os sentidos, o que não inibe a propositura de 
ação judicial, quando não for possível realizar a dúvida inversa.
Nas palavras do juiz Wanderlei José dos Reis:
Portanto, hodiernamente parece‑nos inexorável concluir pelo não cabimento 
da propalada dúvida inversa, diante da disciplina específica relativa ao 
procedimento de dúvida descrito no art. 198 usque 207, da Lei Registrária, 
além de a própria Lei dos Notários e Registradores (Lei nº 8.935/94) vedar 
implicitamente tal procedimento, não restando outro caminho ao juiz 
diretor do foro senão inadmitir o seu processamento, não conhecendo de 
tal pedido, já que a dúvida sobre registro de imóveis deverá ser sempre 
diretamente suscitada pelo oficial do registro imobiliário, sendo inviável a 
solução do incidente por iniciativa da parte em substituição ao serventuário 
na declaração (REIS, [s.d.]).
Ressaltando a importância de sedimentar a dúvida inversa, Moema Campos de Oliveira Zocrato informa:
104
Unidade IV
A par das dificuldades ainda encontradas para analisar o instituto da suscitação 
de dúvida ‑ que, como qualquer temática referente à Lei de Registros Públicos, é 
matéria ainda não muito explorada pela doutrina e não conta com pacificados 
entendimentos da jurisprudência – conclui‑se que o procedimento se revela 
como importante instrumento à disposição do jurisdicionado. Isso porque 
nossa ordem jurídica vigente tem o serviço registral como cerne da segurança 
jurídica nos negócios e, ao mesmo tempo, conta com os particulares, civil e 
criminalmente responsáveis, como executores desta atividade, o que poderia, 
não fosse a possibilidade de incluir o Judiciário na controvérsia, acarretar um 
engessamento do sistema registral (ZOCRATO, 2013).
Entretanto, o fato de não haver regulação explícita não impede que o procedimento de dúvida 
inversa seja meio viável de suscitar dúvida perante o juiz de registros públicos quanto às questões 
que possam ser prejudiciais ao requerente e passíveis de gerar insegurança jurídica. Aliás, trata‑se de 
um direito previsto no art. 5º, XXXV, da Constituição de 1988, de forma que qualquer pessoa poderá 
submeter à análise do Poder Judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito.
7.5 Retificação
A retificação de um registro imobiliário ganhou contornos mais céleres em 2004, quando da 
edição da Lei 10.931, que alterou o art. 212 da Lei de Registros Públicos, permitindo assim que a 
retificação pudesse ser realizada por processo administrativo, ou seja, extrajudicial, o que não invalida 
o processo judicial. Existem três formas de retificação admitidas no direito:
• Retificação negativa: implica retirar informações errôneas, equivocadas e desconexas.
• Retificação positiva: ocorre quando o registrador inclui informações faltantes.
• Retificação mista: acontece quando o objetivo é a retirada de informações equivocadas e há a 
substituição delas por informações corretas.
De todo modo, a função da retificação é sanar vícios que o registro contenha, tais como: nomes, 
especificidades do bem, endereço etc., fatos que possam impedir ou dificultar a interpretação do 
registro ou colocar em dúvida qualquer direito. Toda situação em que se discutam os direitos reais, 
como domínio, direitos sobre coisa alheia, entre outros, será submetida ao Judiciário. Em se tratando de 
procedimento a ser realizado pelo próprio registrador, ele deve empregar toda cautela para evitar danos 
e alterações que não podem ser objeto deste processo.
São duas as modalidades de retificação:
•	 Retificação de ofício: neste caso, o registrador faz a alteração quando verifica a necessidade para 
tal, sem que haja qualquer outro impulso. É possível que o interessado faça o requerimento nas 
situações em que o oficial não teve conhecimento do erro.
105
REGISTRO DE IMÓVEIS
Esta modalidade é prevista no art. 213, I, da Lei de Registros Públicos e ocorre nas seguintes hipóteses:
— erro ou omissão na transcrição;
— indicação ou atualização de confrontação;
— alteração de nome de rua ou numeração;
— retificação para trazer informações de individualização técnicas;
— alteração ou inserção de medidas perimetrais inconsistentes;
— reprodução de linha divisória de imóvel confrontante retificado;
— inserção ou modificação dos dados das partes.
•	 A requerimento do interessado: esta hipótese está descrita no inciso II do art. 213 da LRP:
II ‑ a requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de 
medida perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído com 
planta e memorial descritivo assinado por profissionallegalmente habilitado, 
com prova de anotação de responsabilidade técnica no competente Conselho 
Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA, bem assim pelos confrontantes.
Esta modalidade de requerimento se subdivide em dois procedimentos diferentes: sumário e ordinário.
O procedimento sumário ocorre quando a retificação não causa prejuízo a nenhum dos imóveis 
confrontantes, previsto nas situações descritas nas alíneas d, e, e f do inciso I do art. 213 da LRP, 
conforme a seguir:
• retificação para trazer informações de individualização técnicas;
• alteração ou inserção de medidas perimetrais inconsistentes;
• reprodução de linha divisória de imóvel confrontante retificado.
O procedimento de retificação extrajudicial iniciado por requerimento dos interessados se inicia com:
a) Requerimento do interessado;
b) Certidão atualizada da matrícula ou transcrição;
c) Laudo técnico do agrimensor;
d) Memorial descritivo;
106
Unidade IV
e) Levantamento planimétrico;
f) Quaisquer outras provas necessárias (AUGUSTO, 2010, p. 7).
Neste caso, os confrontantes serão notificados para apresentarem a anuência acerca da retificação 
dos dados no prazo de 15 dias, sendo que o silêncio na apresentação da impugnação representará 
anuência presumida, de acordo com o § 4º do art. 213 da LRP. Estando todos os envolvidos de acordo 
com o objeto da retificação, o oficial procederá ao ajuste; caso contrário, na apresentação de 
impugnações, o processo será encaminhado ao juiz competente para julgamento.
O procedimento ordinário contencioso permite que o registro também possa ser retificado ou anulado 
por sentença que tramitará perante a Vara Cível da Comarca em que está localizado o imóvel, e terá seu 
processamento pelos arts. 282 e seguintes do Código de Processo Civil (procedimento ordinário).
8 USUCAPIÃO NO REGISTRO DE IMÓVEIS
8.1 Usucapião
Usucapião é uma das formas de aquisição originária da propriedade, prevista em lei, e tem por 
finalidade a função social da propriedade prevista no art. 5º, XXIII, e no art. 182, § 2º, da Constituição 
Federal de 1988. Usucapião não ocorre por meio do negócio jurídico.
Este instituto é tão antigo quanto o próprio direito e a palavra tem origem do latim: “Usucapio deriva 
de capere (tomar) e de usus (uso). Seu significado original era a posse. A Lei das XII Tábuas estabeleceu 
que quem possuísse por dois anos um imóvel ou por um ano um móvel tornar‑se‑ia proprietário” 
(VENOSA, 2013, p. 201).
Note que esta modalidade só é possível quando o proprietário deixa de ter o contato com o bem, 
seja qual for a razão, fazendo com que ele deixe de atingir suas finalidades social e econômica. Todos 
os bens têm uma razão de existir e devem ser utilizados no limite desta função, sem contar que os bens 
particulares não necessitam fazer o bem para a sociedade, todavia não podem ser maléficos.
Imagine que determinado bem tenha sido abandonado por seu proprietário. Teoricamente isso não 
afeta a ninguém, exceto se por falta de cuidado e manutenção este bem venha a prejudicar a vizinhança, 
por ser foco de insetos, morada de animais peçonhentos ou instrumento para prática de ilícitos penais.
Neste caso, há a necessidade de o proprietário cuidar do bem para impedir que seu desleixo na 
posse da propriedade venha a causar dano aos vizinhos e a toda a sociedade local. Se a propriedade não 
cumpre uma função social, o proprietário poderá perdê‑la para o Poder Público ou para um particular, 
desde que este tome posse dele e o reivindique por usucapião.
Portanto, a usucapião é um instituto jurídico deveras importante para que haja equilíbrio social e 
econômico, na permissão legal de aquisição de bens móveis ou imóveis através da posse.
107
REGISTRO DE IMÓVEIS
 Observação
Usucapião era tratada no Código Civil de 1916 como palavra masculina. 
Todavia, a versão de 2002 designou esse instituto como “a” usucapião, 
portanto, como sendo vocábulo feminino.
O Código Civil de 2002 disciplina as hipóteses que permitem a aquisição da propriedade do bem – 
embora seja autorizado usucapir bens móveis e imóveis, para fins dos nossos estudos, trabalharemos 
somente os bens imóveis – a partir do art. 1.238.
8.1.1 Requisitos para a usucapião
Os requisitos para a usucapião são a posse e o prazo. Vejamos cada um deles. A posse é o contato 
imediato com a coisa, significa o exercício de cuidado da coisa e exterioriza a aparência de dono. 
Nem todo possuidor é o dono, mas para a sociedade esta aparência se evidencia, e tecnicamente é 
quem tem o exercício de algum dos direitos de domínio. Assim, não podemos confundir posse com 
propriedade. Observe:
•	 Propriedade: o bem pertence àquele que tem o título de domínio. Vimos que, no caso de bens 
imóveis, para a sua comprovação exige‑se o registro e a tradição, ou seja, a transferência do bem. 
Neste caso, um interesse protegido que surgiu de uma situação de direito. O proprietário poderá 
usar, gozar, dispor e reivindicar o bem.
•	 Posse: trata‑se de um interesse juridicamente protegido em lei, mas que emerge de uma situação 
de fato, não de direito. A posse é daquele que exerce o cuidado, manutenção e uso. Assim, o 
possuidor aparenta ser proprietário, mas não o é. Entretanto, poderá usar o bem tirando proveito 
dele porque exerce alguns direitos inerentes à propriedade.
Saiba que existem situações em que a pessoa exerce poder de fato sobre o bem, mas não é possuidora, 
e sim mera detentora.
 Lembrete 
Detenção não ser confundida com posse.
Portanto, para o direito, detentor não é possuidor. É detentor aquele que possui o bem, mas 
não porque tenha interesses possessórios, ou seja, interesse em possuir algo para si. Neste caso, o 
detentor possui a coisa em nome de outro, que por sua vez tem interesse de possuir o bem como se 
proprietário fosse.
A posse pode ser de boa‑fé ou de má‑fé. A posse de boa‑fé, segundo Carlos Roberto Gonçalves 
(2013, p. 370‑371), confere ao possuidor, não proprietário, retirar os frutos provenientes do bem, 
108
Unidade IV
dispensa‑o da indenização pela perda ou deterioração do bem que está em sua posse e ainda lhe 
possibilita que seja indenizado pelas benfeitorias que nele tenha realizado.
O Código Civil de 2002 trata da posse de boa‑fé no art. 1.201: “É de boa‑fé a posse, se o 
possuidor ignora o vício, ou obstáculo que impede a aquisição da coisa”. Assim, na posse de boa‑fé, 
o possuidor acredita que realmente é o proprietário, seja porque comprou de outro que dizia ser o 
verdadeiro proprietário (e não era), seja por qualquer outra situação que o possuidor ignorava, 
justamente por estar de boa‑fé.
O parágrafo único do artigo em comento, inclusive, dispõe que: “O possuidor com justo título tem 
por si a presunção de boa‑fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite 
esta presunção”.
 Lembrete 
Justo título, segundo Carlos Roberto Gonçalves (2013, p. 372), seria o 
documento hábil para a transmissão do domínio e da posse, desde que não 
contenha vício que impeça a transmissão do bem.
Neste sentido, além da boa‑fé, a posse deve ser justa. Portanto, a boa‑fé deve vir alicerçada com outros 
requisitos, entre eles a posse justa, a comprovar pelo justo título e por não ter o emprego da violência 
ou ser clandestina (escondida). De outro lado tem‑se a má‑fé, que ocorre quando há conhecimento do 
vício, ou seja, o possuidor sabe e assume que sua posse é injusta, uma vez que não ignora que existem 
obstáculos que lhe impedem a legitimação da posse. A doutrina classifica a posse sob vários critérios. 
Para efeitos de nosso estudo, vamos verificar a posse quanto à possibilidade de usucapir o bem.
Neste aspecto, a posse se classifica em:
•	 Posse ad interdicta: é aquela que, em razão da sua origem, não permite ao possuidor requerer a 
usucapião pelo tempo de posse. Neste caso, o título que permitiu a posse permite ao possuidor 
apenas cuidar da coisa e reivindicá‑la com os interditos possessórios (ações judiciais específicas 
para preservar a posse) na hipótese de alguém tê‑lade forma injusta. Assim ocorre com a posse 
adquirida pelo contrato de locação: não seria justo que o locador tivesse o receio de locar por ter 
o risco de perder a propriedade do bem.
•	 Posse ad usucapionem: a presente modalidade permite a aquisição por esta via, quando não é 
autorizada a utilização de interditos possessórios para proteger a posse, uma vez que o possuidor 
não tem título para defender. Nesta situação ele deverá cuidar do bem e aguardar o prazo para 
requerer sua propriedade.
Entende‑se por interditos possessórios os expedientes jurídico‑processuais de defesa que impedem 
que o bem ou a propriedade seja esbulhada (perda da posse por ocupação violenta do bem) ou turbada 
(perturbação e abusos que têm o condão de impedir o livre exercício da posse).
109
REGISTRO DE IMÓVEIS
 Saiba mais
Para conhecer uma modalidade interessante de posse no sistema 
jurídico francês, assista ao filme a seguir:
MINHA querida dama. Dir. Israel Horovitz. Reino Unido; França; Estados 
Unidos: Cohen Media Group; BBC Films, 2014. 107 minutos.
É importante frisar que a posse pode ser transmitida inter vivos, quando por qualquer razão o 
possuidor a transmite para outra pessoa, mantendo o cômputo do prazo para usucapir; ou por causa 
mortis, hipótese em que os sucessores do possuidor recebem‑na e mantêm a contagem do prazo com 
o tempo anterior.
Outro requisito para a usucapião é o prazo, que consiste no tempo que o titular da posse permanece 
cuidando do bem. Trata‑se de algo imprescindível para a aquisição do imóvel, também conhecido como 
prescrição aquisitiva. Neste sentido, o direito de requerer a propriedade nasce quando atingido o prazo 
estipulado em lei. Vejamos as modalidades de usucapião e seus prazos a seguir.
8.1.2 Modalidades de usucapião
Com relação às diversas modalidades de usucapião existentes, observe a figura a seguir:
Extraordinária
Usucapião
Especial
Coletiva
Extrajudicial
Judicial
Entre 
ex‑cônjuges/companheiros
Rural
Ordinária
Urbana
Figura 15
Conforme pode ser observado, existem diversas formas de se adquirir a propriedade imóvel por 
meio da usucapião. Iniciaremos nossos estudos pela usucapião extraordinária, passando à ordinária e 
às demais.
110
Unidade IV
•	 Usucapião extraordinária: quando a posse se estender por 15 anos, independentemente de boa‑fé 
e do título de posse. Para tanto, não pode haver oposição do proprietário em que se estender 
a posse. O art. 1.238 do Código Civil de 2002 disciplina esta modalidade. Observe a redação da 
norma civil:
Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir 
como seu um imóvel, adquire‑lhe a propriedade, independentemente 
de título e boa‑fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por 
sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro 
de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir‑se‑á a dez anos 
se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou 
nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
Note que o parágrafo único prevê diminuição do prazo no caso de fixação do domicílio da família, 
ou que no imóvel tenham sido realizadas obras.
•	 Usucapião ordinária: disposta no art. 1.242, esta modalidade prevê a aquisição do domínio pela 
posse de boa‑fé e justo título, ou seja, desde que haja qualquer título que possa corroborar com 
a ideia de transferência de propriedade para os reivindicantes, pelo prazo de dez anos, reduzido a 
cinco anos nos casos do parágrafo único.
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e 
incontestadamente, com justo título e boa‑fé, o possuir por dez anos.
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel 
houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do 
respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores 
nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de 
interesse social e econômico.
•	 Usucapião especial rural: este tipo vem especificado no art. 1.239 do Código Civil de 2002. Ela 
também é chamada de usucapião especial pro labore, pois permite a concessão de propriedade a 
possuidores que tornam a terra produtiva e que tenham cuidado dela por cinco anos. É importante 
mencionar que a propriedade somente será concedida caso o possuidor não tenha outro imóvel, o 
bem não tenha além de 250 m² e se torne produtivo.
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, 
possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de 
terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando‑a 
produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, 
adquirir‑lhe‑á a propriedade.
111
REGISTRO DE IMÓVEIS
•	 Usucapião especial urbana: neste caso, o prazo também é de cinco anos. Para usucapir imóveis 
urbanos a fim de constituir morada da família do possuidor, a modalidade recebe o nome 
de usucapião pro misero pela doutrina. Podemos verificar esta modalidade no art. 1.240 do 
Código Civil:
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e 
cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem 
oposição, utilizando‑a para sua moradia ou de sua família, adquirir‑lhe‑á o 
domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
•	 Usucapião entre ex‑cônjuges ou ex‑companheiros: modalidade introduzida em 2011, prevê que 
aquele que abandona o lar pode perder a meação do bem que dividia com o ex‑cônjuge ou 
ex‑companheiro se o que permaneceu no imóvel exercer a posse direta por 2 anos ininterruptos, 
sem oposição do outro, desde que utilize o imóvel como lar de sua família.
Art. 1.240‑A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e 
sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 
250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida 
com ex‑cônjuge ou ex‑companheiro que abandonou o lar, utilizando‑o 
para sua moradia ou de sua família, adquirir‑lhe‑á o domínio integral, 
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
•	 Usucapião coletiva: instituído pelo Estatuto da Cidade, pela Lei 10.257/2001, este tipo permite 
que pessoas que estejam em situação de vulnerabilidade social possam solicitar a propriedade de 
imóvel urbano ou rural para sua moradia. Neste caso, o requisito temporal é que tenham possuído 
o bem por 5 anos, sem oposição, que não seja possível definir o local da posse de cada um dos 
possuidores e, ainda, que os possuidores não sejam proprietários de outros bens imóveis.
8.2 Usucapião extrajudicial
Agora estudaremos as formas de requerer a propriedade do bem imóvel em razão da posse: judicial 
e extrajudicial. Na primeira, a usucapião judicial, impõe‑se a necessidade da distribuição de um processo 
judicial perante o Poder Judiciário, cujo pleito será analisado por um juiz, que ao final decidirá em 
sentença sobre a procedência ou não do pedido.
A segunda forma, a usucapião extrajudicial, foi introduzida pelo Código de Processo Civil de 2015 
para permitir maior celeridade neste procedimento. Foi regulamentada pelo Conselho Nacional de Justiça 
no Provimento 65/2017 e inserida na Lei de Registros Públicos pela Lei 13.465/2017, que introduziu o 
art. 216‑A na LRP.
Deste modo, o Cartório de Registro de Imóveis é o destinatário do pedido de usucapião dos 
interessados que cumpriram todos os requisitos e pleiteiam quaisquer das modalidades anteriores.
112
Unidade IV
 Observação
A prova do tempo de posse será realizada por uma ata notarial de 
justificativa de posse. Este documento será lavrado pelo tabelião de notas 
de escolha do interessado, que irá indicar as provas de que possuiu o imóvel 
pelo período indicado, o que permitirá o cômputo do tempo de posse.
Para se processar o pedido de reconhecimento de usucapião, é preciso que ele seja dirigido ao oficial 
do Cartório de Registro de Imóveis da situação do imóvel. A fim de executar o referido processamento,é 
necessário que haja a intermediação de um advogado que, por petição, dará início ao procedimento.
É importante ressaltar que este pleito deve seguir todos os requisitos do art. 319 do Código 
de Processo Civil, inclusive com a apresentação de documentos suficientes para demonstrar o 
direito de propriedade. Neste sentido, vejamos o art. 216‑A da Lei de Registros Públicos, que indica os 
documentos indispensáveis:
•	 ata notarial que ateste o tempo da posse total;
•	 planta e memorial descritivo realizado por profissional habilitado;
•	 certidões negativas de distribuições de processos da situação do imóvel e do requerente;
•	 justo título que conferiu a posse ou outro documento que indica sua origem.
Após a distribuição, o pedido será autuado pelo oficial de cartório, que irá notificar o titular do imóvel 
usucapiendo, bem como os proprietários dos imóveis lindeiros, para que manifestem sua anuência em 
15 dias. Os titulares dos imóveis confrontantes serão chamados para evitar que seja dada propriedade 
além dos limites do imóvel requerido, podendo prejudicar terceiros.
Quanto aos vizinhos, somente deixarão de ser chamados a participar do procedimento no caso de 
o imóvel ser uma unidade autônoma em condomínio edilício. Da mesma forma, a União, o Estado e o 
Município da situação do imóvel serão notificados para que em igual prazo possam se manifestar sobre 
eventual interesse público no imóvel. Observe que no silêncio dos notificados, entender‑se‑á que estão 
todos de acordo com a transferência da propriedade ao requerente.
O oficial do registro de imóveis pode realizar quaisquer diligências que julgar necessárias, no 
sentido de elucidar ou apurar questões que suscitem dúvidas. E após o prazo para a manifestação 
dos requerentes, caso nenhuma questão seja levantada e nenhuma objeção imposta, o oficial irá 
registrar o requerente como proprietário do imóvel usucapiendo.
Caso entenda que a documentação apresentada não é suficiente ou não demonstra o direito do 
possuidor, o oficial do registro pode rejeitar o pedido de usucapião. Ademais, na hipótese de qualquer 
113
REGISTRO DE IMÓVEIS
um dos notificados, inclusive os entes públicos ou qualquer terceiro interessado, apresentar impugnação 
quanto ao pedido de usucapião, o oficial irá encaminhar o pedido para o juiz competente, uma vez que 
esse profissional não tem competência para julgar e decidir sobre a controvérsia dos envolvidos. Esta é 
uma hipótese de conversão de um procedimento administrativo em um processo judicial.
Com relação aos emolumentos para a realização da ata notarial e o pedido de usucapião extrajudicial, 
o cálculo dependerá do valor do imóvel, bem como do Estado no qual ele está situado, pois os valores 
são tabelados e atualizados anualmente, como já estudamos. Por fim, o § 9º do art. 216‑A da Lei de 
Registros Públicos estabelece que a rejeição do pedido extrajudicial não impede o ajuizamento de ação 
de usucapião.
Finalizamos o presente livro‑texto com o instituto da usucapião extrajudicial, que tem a 
matéria regulada no Novo Código de Processo Civil (2015), no art. 1.071, que trata do procedimento 
administrativo extrajudicial.
 Resumo
Observamos que o processo de registro tem início mediante a 
apresentação de documentos e o pagamento dos emolumentos. 
O protocolo é o primeiro procedimento realizado pelo oficial de registro 
quando recebe o título, prevendo que este registro seja executado. Esse 
processo também leva o nome de prenotação.
Vimos ainda que os atos registrais são conferidos, qualificados, e todos 
os documentos trazidos a registro são analisados, bem como a vontade das 
partes, a fim de evitar, por exemplo, o vício de consentimento.
Aprendemos que a dúvida é um procedimento administrativo em que 
o oficial de registro, quando verifica que há alguma irregularidade, a anota 
à margem do registro. Há um prazo de 15 dias para que o interessado 
regularize a exigência e, caso ele não a satisfaça, a irregularidade é 
encaminhada para a justiça a fim de que o juiz se manifeste.
É possível suscitar dúvida de maneira eletrônica em todo o Brasil, sendo 
que ela se processa nos mesmos termos, com a vantagem de tramitar por 
meio da internet.
Estudamos um procedimento específico que se chama de dúvida inversa, 
segundo a qual o apresentante inicia o procedimento, pois não concorda 
com as exigências impostas pelo oficial no momento em que apresenta 
o título para registro. Talvez haja a retificação do registro imobiliário em 
decorrência desses incidentes. A retificação é dividida em retificação de 
114
Unidade IV
ofício, quando não é necessário qualquer pedido da parte, e a requerimento 
do interessado, quando este desejar inserir ou alterar medida perimetral 
que resulte ou não em alteração de área.
A usucapião é uma das formas de aquisição originária da propriedade 
prevista em lei e tem por finalidade a função social da propriedade, tendo 
como requisitos a posse e o prazo.
Analisamos também a diferença entre detentor e possuidor, sendo que 
o primeiro é aquele que detém o bem, mas não porque tenha interesses 
possessórios, ou seja, vontade de possuir algo para si, detendo a coisa em 
nome de outro, que por sua vez tem interesse de possuir o bem como se 
proprietário fosse. A posse ad interdicta não permite ao possuidor requerer 
usucapião; já a posse ad usucapionem o faz.
Deparamo‑nos com as seguintes modalidades de usucapião: 
extraordinária, ordinária, especial urbana e especial rural, entre 
ex‑cônjuges/companheiros, coletiva e extrajudicial. A primeira delas 
ocorre quando a posse se estender por quinze anos, independentemente 
de boa‑fé e do título de posse. Para tanto, não pode haver oposição 
do proprietário em que se estender a posse. O segundo modelo ocorre 
quando o possuidor contínua e incontestadamente, com justo título e 
boa‑fé, possuir o imóvel por dez anos. Já as especiais rurais permitem a 
concessão de propriedade a possuidores que tornam a terra produtiva e 
que tenham cuidado dela por cinco anos, enquanto a urbana pelo mesmo 
prazo, todavia com o objetivo de usucapir imóveis urbanos para constituir 
morada da família do possuidor.
A usucapião entre cônjuges/companheiros consiste na perda do direito 
de meação do bem que dividia com o ex‑cônjuge/companheiro, em razão 
da posse direta do imóvel por dois anos ininterruptos, sem oposição do 
outro, desde que utilize o imóvel como lar de sua família.
A modalidade usucapião coletiva permite que pessoas que estejam em 
situação de vulnerabilidade social possam solicitar a propriedade de imóvel 
urbano ou rural para sua moradia.
Por fim, vimos que a usucapião extrajudicial deve ser requerida 
diretamente ao oficial de cartório, com a juntada de documentos. O oficial 
de registro notificará os proprietários do imóvel para que manifestem a 
sua anuência em quinze dias, com os vizinhos confrontantes e o governo, 
que verificará se há interesse público no bem. No silêncio dos interessados, 
presume‑se o acordo com a transferência ao requerente.
115
REGISTRO DE IMÓVEIS
 Exercícios 
Questão 1. Alfredo Solitudinem adquiriu um apartamento e nele residiu durante oito anos. 
Ao vender o imóvel para um amigo, reparou que constava da matrícula do imóvel que ele era 
casado quando, na verdade, ele nunca havia contraído matrimônio. O advogado do comprador do 
apartamento entendeu que aquele era um erro insanável e que comprometia a segurança jurídica 
do seu cliente na transação do imóvel. Consultado por Alfredo, o oficial do registro de imóveis 
afirmou que:
A) O advogado tinha razão, nada poderia ser feito para retificar a informação que equivocadamente 
havia constado da matrícula do imóvel.
B) Que a única forma de retificação possível seria judicial, ou seja, Alfredo Solitudinem deveria 
ingressar na justiça para pedir a retificação, que será, ou não, concedida pelo magistrado.
C) A retificação pode ser realizada por processo administrativo, extrajudicial, para ser retirada a 
informação equivocada e substituídapela correta.
D) A retificação da informação não seria possível e o ideal era que Alfredo se casasse para poder 
vender o apartamento e, em seguida, proceder ao divórcio.
E) Era uma situação que claramente caracterizava má‑fé e, portanto, Alfredo deveria ser 
processado por ter fornecido uma informação errada ao registro de imóveis por ocasião da 
aquisição do apartamento.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a retificação pode ser realizada por processo administrativo, sem necessidade 
de processo judicial, porque não se trata de prática de má‑fé, mas simplesmente de um equívoco, 
já que o proprietário, Alfredo Solitudinem, não consta como casado em nenhum registro de 
pessoas naturais.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: em casos mais simples nos quais há prova de que se trata de um equívoco, sem 
intencionalidade, não é preciso recorrer ao Poder Judiciário para conseguir a retificação; ela pode ser 
realizada na esfera administrativa.
116
Unidade IV
C) Alternativa correta.
Justificativa: a Lei 10.931, de 2004, permitiu que a retificação possa ser realizada por processo 
administrativo. Nesse caso, trata‑se de uma retificação mista, porque serve para retirar a informação 
equivocada e substituí‑la por uma informação verdadeira. A função da retificação é sanar vícios que o 
registro possa conter, como nomes, especificidades do bem, endereço, estado civil, entre outros. Esses 
vícios devem ser corrigidos para não impedirem ou dificultarem a interpretação do registro, ou colocarem 
em dúvida qualquer direito. Situações que envolvem dados mais complexos ou que necessitam de prova 
deverão ser submetidas ao Poder Judiciário.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: contrair matrimônio para vender o imóvel e em seguida se divorciar é uma solução sem 
fundamento jurídico ou fático, que não pode ser aplicada.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: não há qualquer evidência no enunciado da questão de que o dado tenha sido fornecido 
de má‑fé. Ao contrário, tudo aponta que tenha sido apenas um equívoco praticado sem nenhuma 
intencionalidade e que, portanto, pode ser corrigido mediante a apresentação da comprovação de que 
Alfredo não é casado, já que não há apontamento de casamento em qualquer ofício de Registro de 
Pessoas Naturais.
Questão 2. Clemência de Jesus mora com sua mãe, que está com 98 anos e muito debilitada física e 
emocionalmente. Elas residem em um imóvel urbano que é de propriedade da família há mais de 50 anos. 
São dois lotes e a casa delas está instalada em apenas um deles, sendo o outro um terreno desprovido de 
construções. O tratamento da mãe de Clemência é muito dispendioso e ela resolve vender o lote ao lado 
de seu imóvel para obter recursos econômicos. Como ela é representante legal da mãe e o imóvel está em 
nome desta, Clemência efetua a venda para um casal de jovens, que, imediatamente, constrói uma pequena 
moradia de quatro cômodos e uma edícula. Passados 6 anos da data da venda aparece na cidade um senhor 
que alega ser irmão de Clemência e comprova o fato com a exibição de uma certidão de nascimento. A mãe 
deles já havia falecido e não podia esclarecer porque esse irmão não era do conhecimento de Clemência. 
Ele explica que quando era adolescente havia fugido de casa, já que era muito rebelde, e durante todos 
esses anos não havia dado notícias porque estava arrependido e sem saber como agir para se reaproximar, 
temendo ser rejeitado pela família. Clemência era a filha mais nova, com grande diferença de idade desse 
irmão e não se lembrava desses fatos, nem o assunto havia sido conversado por seus pais, que eram pessoas 
muito rígidas em costumes e de poucas palavras. O rapaz ao saber da morte dos pais reivindica sua parte na 
herança, mas é informado de que só existia um imóvel transferido para a propriedade de Clemência, então 
única herdeira, e que o outro havia sido vendido antes da morte da mãe. Ele então ingressa na justiça para 
anular a venda, sob alegação de que não poderia ter sido vendido sem seu consentimento. O casal que 
havia adquirido o imóvel da mãe de Clemência alega:
I – Que aquela situação caracteriza um problema de direito de família e que isso não pode afetar a 
regularidade da propriedade do imóvel.
117
REGISTRO DE IMÓVEIS
II – Que eles possuem direitos decorrentes da usucapião ordinária, porque a transação foi realizada 
de boa‑fé, e possuem justo título de transferência de propriedade, caracterizado por uma escritura de 
compra e venda inscrita no registro de imóveis da circunscrição competente.
III – Que eles têm direito a indenização pelo ocorrido e que o valor da indenização deverá ser o 
mesmo valor pago na época da compra e venda, acrescido de juros e correção monetária.
Assinale a alternativa correta:
A) I, somente.
B) II, somente.
C) III, somente.
D) I e III.
E) I e II.
Resolução desta questão na plataforma.
118
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 3
A) STEPHENKING_HOUSE.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6c/
Stephenking_house.JPG>. Acesso em: 22 jul. 2019.
Figura 5
REQUERIMENTO_04.HTML. Disponível em: <https://www.cdtsp.com.br/td/requerimento_04.html>. 
Acesso em: 22 jul. 2019. Adaptada.
Figura 6
AIDABLU‑VS‑SANTA‑MARIA.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/9/9a/AIDAblu‑vs‑Santa‑Maria.jpg>. Acesso em: 22 jul. 2019.
Figura 7
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.935, de 18 de 
novembro de 1994. Regulamenta o art. 236 da Constituição Federal, dispondo sobre serviços notariais 
e de registro. (Lei dos cartórios). Brasília, 1994. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
LEIS/L8935.htm>. Acesso em: 26 jun. 2019. Adaptada.
Figura 8
TRACK_AND_FIELD_NUMBERS.JPG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/1/12/Track_and_field_numbers.jpg>. Acesso em: 22 jul. 2019.
Figura 12
TIME‑1019889_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/11/03/08/59/time‑
1019889_960_720.jpg>. Acesso em: 9 ago. 2019.
Figura 14
BOOKSCLIPART.PNG. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/
Booksclipart.png>. Acesso em: 22 jul. 2019.
119
REFERÊNCIAS
Audiovisuais
MINHA querida dama. Dir. Israel Horovitz. Reino Unido; França; Estados Unidos: Cohen Media Group; 
BBC Films, 2014. 107 minutos.
SAIBA qual o passo a passo para conseguir o registro de imóveis. G1, 5 fev. 2017. 4:48 minutos. 
Disponível em: <http://g1.globo.com/pa/para/videos/t/todos‑os‑videos/v/saiba‑qual‑o‑passo‑a‑passo‑
para‑conseguir‑o‑registro‑de‑imoveis/5627200/>. Acesso em: 11 jul. 2019.
Textuais
ALVIM NETO, J. M. A.; CLÁPIS, A. L.; CAMBLER, E. A. Lei de Registros Públicos: comentada: Lei 
6.015/1973. Rio de Janeiro: Forense, 2014.
ASSOCIAÇÃO DOS REGISTRADORES IMOBILIÁRIOS DE SÃO PAULO. Institucional. São Paulo, 2018. Disponível 
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BALBINO FILHO, N. Direito imobiliário registral. São Paulo: Saraiva, 2001.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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