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Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica de Serra Talhada Análise Química de Alimentos Professora: Sueny Kêlia Barbosa Freitas Análise de adulteração em mel Discente: Cicero Ernandes de Melo Santos Serra Talhada, PE Outubro de 2020 Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica de Serra Talhada Análise Química de Alimentos Professora: Sueny Kêlia Barbosa Freitas Discente: Cicero Ernandes de Melo Santos Análise de adulteração em mel Relatório da aula prática apresentado para o professor da disciplina de Análise Química de Alimentos do curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco - Unidade Acadêmica de Serra Talhada. Profª. Drª. Sueny Kêlia Barbosa Freitas Serra Talhada – PE Outubro de 2020 Sumário 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4 2 – PROBLEMÁTICA ........................................................................................ 5 4 - MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 5 4.1 MATERIAIS ............................................................................................. 5 4.3 MÉTODO ................................................................................................. 5 5 – RESULTADOS ESPERADOS ..................................................................... 6 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 7 4 1 – INTRODUÇÃO Sendo uma das fontes de nutrientes mais abundantes, o mel é mais um típico alimento que faz parte do cardápio de muitos povos desde muito tempo. É comum seu uso como agente medicinal, uma vez que ele apresenta diversos compostos de ação terapêutica e proteica. O mel tem aspecto líquido, aromático e doce e é produzido a partir do néctar das flores (mel floral) ou secreções de insetos que se alimentam de partes vivas da planta (mel de melato) e tem por finalidade nutrir as abelhas em períodos de escassez. Este alimento caracteriza-se como um fluido viscoso com grande concentração de açúcares, principalmente glicose e frutose, bem como ácidos orgânicos, minerais, aminoácidos, fenóis e outros compostos (Gomes et al., 2017). Por ser um produto alimentício natural com um preço de mercado relativamente alto, não é muito difícil de ser encontrado mel contendo adulterações com adoçantes baratos, como xaropes de milho, xaropes de milho de alta frutose, xaropes invertidos ou xaropes de inulina de alta frutose. Assim, diferentes metodologias foram sugeridas para a detecção dessas fraudes, no entanto, tanto pesquisadores quanto autoridades reguladoras ainda buscam procedimentos mais novos, simples, sensíveis e mais econômicos (Ruiz-Matute et al., 2010). O Brasil encontra-se entre os grandes produtores e exportadores mundiais do mel, tornando-se o principal produto da atividade apícola no país. Isso deve-se às condições ambientais, diversidade vegetal e floral de seu território e variabilidade climática, possibilitando a produção do mel durante todo o ano (Gomes et al., 2017). Nesse sentido, considera-se de extrema importância a análise de propriedades físico-químicas (pH, teor de umidade, cor do mel e cinzas) do mel afim de verificar se estas estão dentro dos parâmetros do que é indicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2020), afim de se ter um produto de melhor qualidade no mercado. 5 2 – PROBLEMÁTICA Frequentemente é constatado adulteração e contaminação no mel, devido este produto ser difícil de se obter e que apresenta baixo rendimento, a adição de substância é uma forma prática de maximizar lucros por meio de práticas fraudulentas. Pode-se citar como exemplo a adição de glicose comercial, solução ou xarope de sacarose e melado. Segundo a legislação brasileira, o mel não deve conter nenhum tipo de substância estranha a sua composição original, sendo expressamente proibida adição de qualquer tipo de produto ou substância que altere a sua composição inicial. Com isso, análises das propriedades físico- químicas do mel são de extrema importância, uma vez que estas propriedades são influenciadas por diversos fatores, tais como: condições climáticas, espécie da abelha, tipologia do solo, estágio de maturação, processamento, armazenamento, tipo de florada, bem como adulteração. Além disso, a variação nas características físico-químicas do mel altera suas atividades terapêuticas. 3 – JUSTIFICATIVA Méis adulterados ou fora dos padrões implicam na perda de suas propriedades benéficas e diminuição de sua vida de prateleira, logo é necessária uma fiscalização maior do comércio deste produto em feiras e mercados locais. Assim, faz-se necessário a avaliação dos parâmetros físico-químicos (pH, teor de umidade, cor do mel e cinzas) afim de comparação com a legislação brasileira e constatação de sua qualidade. 4 - MATERIAIS E MÉTODOS 4.1 MATERIAIS • Tubos Falcon • Água deionizada • pHmetro • Estufa • Cadinhos de 50 mL • Mufla • Balança analítica • Béqueres • Espátulas • Espectrofotômetro UV/Vis 4.3 MÉTODO As amostras são coletadas e armazenadas em tubos Falcon, protegidas da luz e mantidas a temperatura ambiente. Todas as análises precisam ser realizadas em triplicata. A metodologia adotada está em acordo com o trabalho de Gomes e colaboradores (2017). A legislação foi em cordo com o regulamento 6 técnico de identidade e qualidade do mel, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2020). Análise do valor de pH As amostras de mel são diluídas com água deionizada na proporção de 1:10 (v/v), ou seja, 2,0 mL de cada amostra são diluídos a 20 mL de solução, e o pH lido em pHmetro pré-calibrado. Teor de umidade Em cadinhos de 50 mL, e adicionados 3,0 g do mel. Esta amostra é aquecida em estufa, a 105 °C e a massa medida de 1 em 1 h até que se apresentasse constante. Por fim, o teor de umidade é calculado utilizando a equação: Tu(%) = (Ms/Mi)*100, onde “Tu” é o teor de umidade, “Ms” é a massa seca e “Mi” a massa inicial da amostra de mel úmida. Teor de cinzas Cadinhos de 50 mL, contendo 3,0 g de cada amostra de mel, foram levados à estufa a 105 ºC durante 4 h para remoção inicial de umidade. Após retornar a temperatura ambiente, as amostras são incineradas em mufla a 600 ºC durante 3 h. O teor de cinzas é calculado através da equação: Tc(%) = (Mc/Ms)*100, onde “Tc” é o teor de cinzas, “Mc” massa da cinza e “Ms” massa seca do mel. Cor do mel Para a determinação da cor do mel, 5,0 mL de cada amostra são diluídos com água deionizada na proporção de 1:2. Em seguida, é lida a absorbância da mistura em espectrofotômetro UV/Vis a 635 nm. A cor é determinada a partir da escala de Pfund, e os dados de absorbância são transformados conforme equação: Cor=(371,39*ABS635)-38,70. Os valores encontrados utilizando a equação, são convertidos em cor utilizando a escala Pfund. Onde Abs635 é a absorbância da amostra no comprimento de onda de 635 nm. 5 – RESULTADOS ESPERADOS Na comercialização, a cor apresenta-se como o principal critério de escolha do consumidor, uma vez que o consumidor prefere méis com colorações mais claras por terem sabor mais suave que o de méis escuros. Os méis brasileiros possuem, geralmente, cores que variam de branco- água a âmbar escuro, sendo predominantes méis claros. Logo, espera-se cores próximas destas. O conteúdo de cinzas é uma medida indireta do conteúdo mineral e pode ser relacionado com a origem botânica e geográfica do mel, bem como a 7 poluição ambiental. A dependerda origem em que as amostras serão adquiridas, esse parâmetro será relevante para a comprovação da autenticidade da região geográfica em que foi adquirida. Em relação umidade, a legislação brasileira estipula o limite máximo de umidade em 20% para méis de Apis mellifera. Já para o pH, a legislação brasileira estipula limites de pH de 3,30-4,60. 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Brasil, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regulamento técnico de identidade e qualidade do mel. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/sda/dipoa/in_11_2000.htm>. Acesso em 10 de out. de 2020. RUIZ-MATUTE, A. I et al. Detection of adulterations of honey with high fructose syrups from inulin by GC analysis. Journal of Food Composition and Analysis, v. 23, n. 3, p. 273-276, 2010. GOMES, V. V et al. Avaliação da qualidade do mel comercializado no oeste do Pará, Brasil. Rev. Virtual Quim, v. 9, n. 2, 2017.
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