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SUS: Origem, Gerenciamento, Financiamento, Aporte Financeiro, Princípios e Diretrizes

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Tutori� 2 - Problem� 1 - SUS
1. Apro�ndar � orige� d� SUS.
2. Compreender � Princípi� � Diretr�e� d� SUS.
CAPÍTULO II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de
acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo
ainda aos seguintes princípios:
● I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de
assistência;
● II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos,
exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
● III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade
física e moral;
● IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de
qualquer espécie;
● V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
● VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e
a sua utilização pelo usuário;
● VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a
alocação de recursos e a orientação programática;
● VIII - participação da comunidade;
● IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada
esfera de governo:
○ a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
○ b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
● X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e
saneamento básico;
● XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de
serviços de assistência à saúde da população;
● XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência;
e
● XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de
meios para fins idênticos.
● XIV - organização de atendimento público específico e especializado para
mulheres e vítimas de violência doméstica em geral, que garanta, entre
outros, atendimento, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas
reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013.
3. Conhecer � programa� d� saúd� (Mai� Médic�, PROVAB, Médic�
se� Fronteira� � Médic� pel� Brasi�).
MAIS MÉDICOS
⟶é parte de um amplo esforço do Governo Federal, com apoio de estados
e municípios, para a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema
Único de Saúde (SUS).
⟶leva mais médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses
profissionais, o programa prevê, ainda, mais investimentos para
construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde (UBS),
além de novas vagas de graduação, e residência médica para qualificar a
formação desses profissionais.
⟶o programa busca resolver a questão emergencial do atendimento
básico ao cidadão, mas também cria condições para continuar a garantir
um atendimento qualificado no futuro para aqueles que acessam
cotidianamente o SUS.
⟶estende o acesso, o programa provoca melhorias na qualidade e
humaniza o atendimento, com médicos que criam vínculos com seus
pacientes e com a comunidade.
⟶três eixos pilares: a estratégia de contratação emergencial de médicos, a
expansão do número de vagas para os cursos de Medicina e residência
médica em várias regiões do país, e a implantação de um novo currículo
com uma formação voltada para o atendimento mais humanizado, com
foco na valorização da Atenção Básica, além de ações voltadas à
infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde 1º Eixo - Provimento
Emergencial; 2º Eixo – Educação; 3º Eixo - Infraestrutura
http://www.maismedicos.gov.br/conheca-programa
MÉDICOS SEM FRONTEIRAS
⟶é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de
saúde a pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Também é
missão de MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos
pacientes atendidos em seus projetos
⟶foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que
atuaram como voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria
•Enquanto socorriam vítimas em meio a uma guerra civil brutal, os
profissionais perceberam as limitações da ajuda humanitária internacional:
a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos,
http://www.maismedicos.gov.br/conheca-programa
que faziam com que muitos se calassem, ainda que diante de situações
gritantes
•MSF surge, então, como uma organização humanitária que associa ajuda
médica e sensibilização do público sobre o sofrimento de seus pacientes,
dando visibilidade a realidades que não podem permanecer
negligenciadas.
⟶Em 1999, MSF recebeu o prêmio Nobel da Paz
⟶A atuação de Médicos Sem Fronteiras é, acima de tudo, médica
⟶a organização pode fornecer água, alimentos, saneamento e abrigos
⟶A atuação de MSF respeita as regras da ética médica, em particular, o
dever de oferecer auxílio sem prejudicar qualquer indivíduo ou grupo e a
imparcialidade, garantindo o direito à confidencialidade
https://www.msf.org.br/quem-somos
PROVAB
PROGRAMA DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA
ATENÇÃO BÁSICA
⟶foi criado em setembro de 2011, pelo Ministério da Saúde, e
estabelecido pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM)
⟶com o objetivo de disponibilizar profissionais de saúde para as
localidades do país de maior vulnerabilidade, como áreas de extrema
pobreza e periferias das regiões metropolitanas, populações ribeirinhas,
quilombolas e indígenas
⟶contrata um médico, por pelo menos um ano, e oferece a ele uma bolsa
de R$ 8 mil reais, pelo cumprimento de 32 horas semanais de atividades
práticas nas unidades básicas e de 8 horas de atividades acadêmicas
semipresenciais
⟶Avaliação - A cada trimestre, os médicos do programa serão avaliados
pelos gestores municipais e instituições formadoras
•são considerados aspectos relativos à capacidade de trabalho em equipe,
ao processo de trabalho em si, à humanização no atendimento, à
vigilância, além de autoavaliação e análise de material produzido no
webportfólio
•participantes que obtiverem nota acima de 7,0 são considerados com
“conceito satisfatório” e receberão pontuação adicional de 10% em provas
para ingresso em programas de residência
http://www.blog.saude.gov.br/servicos/31906-
entenda-como-funciona-o-provab
MÉDICOS PELO BRASIL
Lançado em agosto, o Médicos pelo Brasil é um novo programa do governo federal
e tem como meta expandir o atendimento do Mais Médicos. Mantido desde 2013, o
Mais Médicos passa por profundas reformulações desde o fim de 2018, quando o
governo de Cuba rompeu o acordo que tinha com a União e determinou o retorno de
8.556 profissionais que atuavam no Brasil.
O novo edital prevê, entre outros fatores, a abrangência a locais de difícil
provimento e alta vulnerabilidade, além de contemplar a qualificação continuada dos
profissionais participantes. O projeto da Medida Provisória 890, que ainda tramita no
Congresso, estima atender a população de 3,4 mil cidades, quase 600 a mais do
que as do último edital do Mais Médicos.
Entenda os principais pontos de mudança entre os dois programas:
Abrangência
Mais Médicos: o programa atingiu um pico de 13 mil vagas disponibilizadas, em
2016. Na opinião de Daniel Knupp, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina
de Família e Comunidade (SBMFC), os critérios para seleção de municípios que
recebiam os profissionais não eram sempre claros: “Às vezes, perdia-se o critério de
provimento”.
Médicos pelo Brasil: estão previstas 18 mil vagas para médicos da APS. Além do
aumento na quantidade de postos de trabalho, outra novidade é o critério usado
para a distribuição dos profissionais. A ideia é contemplar municípios de difícil
provimento, como aqueles de população reduzida, baixa densidade demográfica e
distantes de centros urbanos.
Também está previsto o atendimento a comunidades com vulnerabilidade social,
caracterizadas pela alta proporção de cadastrados no atendimento de equipes de
saúde da família, no Bolsa-Famíliae que recebem benefícios previdenciários de até
dois salários-mínimos. Assim, as regiões Norte e Nordeste deverão ficar com cerca
de 55% das vagas – ainda que os profissionais poderão escolher em que cidade
desejam atuar.
Carreira
Mais Médicos: a progressão de carreira era considerada incerta. O contrato é de
três anos, com possibilidade de reingresso após nova inscrição no programa.
Médicos pelo Brasil: o objetivo é facilitar o desenvolvimento da carreira. O novo
formato de contratação é similar ao de um funcionário público, ainda que com
contrato via CLT e progressão funcional. Segundo Knupp, da SBMFC, o Médicos
pelo Brasil projeta-se como um importante avanço na atenção primária à saúde, já
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/11/14/cuba-decide-deixar-programa-mais-medicos-no-brasil.ghtml
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/11/14/cuba-decide-deixar-programa-mais-medicos-no-brasil.ghtml
https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/-/mpv/137836
que possibilitar a construção de carreira ao médico. “Se o profissional é aprovado,
poderá ficar por um período maior de tempo [na cidade ou comunidade], o que é
muito importante para a atenção primária.”
Seleção
Mais Médicos: para ingressar no programa, bastava ao candidato fazer sua
inscrição no site do governo federal.
Médicos pelo Brasil: a ideia é avaliar o candidato antes de sua efetivação. Por
isso, o ingresso dependerá de desempenho em uma prova de conhecimentos da
área. Os selecionados passarão, também, por um curso de especialização em
medicina de família durante os primeiros dois anos. A jornada envolve o
cumprimento de 60 horas semanais, sendo 40 horas de atendimento à população e
20 horas de atividades teóricas.
O médico que já atua na atenção primária não precisará passar por essa
qualificação. No caso, ele exercerá a função de tutor médico, supervisionando
colegas que fazem a especialização. Outro diferencial é a exigência do registro
profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM), dispensável no Mais
Médicos.
Os cerca de 2 mil médicos cubanos que permaneceram no Brasil (ainda que sem
exercer a profissão) poderão ser contratados como “apoiadores médicos” por dois
anos. Além disso, será permitido a eles que se submetam ao Exame Nacional de
Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior
Estrangeira (Revalida), mesmo que não tenham registro no CRM.
Ao longo de dois anos, os estrangeiros poderão realizar até quatro vezes o
Revalida, que envolve uma etapa escrita e avaliação de habilidades clínicas.
Remuneração
Mais Médicos: bolsa de até R$ 11.800, com ajuda de custo para eventuais
despesas com instalação e auxílio-alimentação.
Médicos pelo Brasil: o salário básico será de R$ 12 mil durante o período de
qualificação, com adicional de R$ 3 mil para quem atuar em locais remotos e de R$
6 mil quando se tratar de comunidades indígenas, ribeirinhas e fluviais. Após a
aprovação na prova de especialização em medicina de família, o profissional será
contratado pelo regime de CLT.
A remuneração, então, contará com quatro níveis salariais, podendo chegar a R$ 31
mil mensais. A progressão varia conforme local de atuação, desempenho e tempo
de serviço. Médicos que atuarem como tutores recebem adicional de R$ 1 mil.
Até a aprovação no Revalida, exercendo a função de apoiadores médicos, os
médicos cubanos receberão remuneração igual a de residentes: R$ 3,4 mil.
https://secad.artmed.com.br/blog/medicina/medicina-de-familia-medicos-pelo-brasil/
4. Entender � sistem� complementar � suplementar d� saúd�.
⟶COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO -
quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços
privados, isso deve se dar sob três condições:
1a - a celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ou seja,
interesse público prevalecendo sobre o particular
2a - a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas
técnicas do SUS
3a - a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa
do SUS, em termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos
serviços
Um paciente do SUS precisa fazer um procedimento médico de alta complexidade
que a instituição de saúde da rede própria do Estado não comporta.
Este paciente será encaminhado a um hospital da rede privada que tenha convênio
com o SUS para realizá-lo, sendo todo o procedimento custeado pelo governo.
Uma das causas da necessidade de complemento à saúde pública é a deficiência
na estrutura para a oferta de serviços com qualidade à população, seja por falta de
profissionais, insumos básicos, equipamentos e medicamentos. O Estado, ciente
das dificuldades, utiliza-se da iniciativa privada para promover a saúde coletiva.
Por firmarem contratos ou convênios com os órgãos e entidades que compõem o
SUS, as pessoas jurídicas de direito privado são consideradas
instituições-organismos do SUS.
As redes não-públicas são submetidas a todos os princípios, objetivos e diretrizes
do Sistema Único de Saúde, entre eles, a gratuidade, integralidade e universalidade
do benefício da saúde.
⟶SUPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO -
Agora que você já entendeu mais um pouco sobre como funciona a saúde
complementar, vamos explicar sobre a saúde suplementar.
Na saúde suplementar, as ações e serviços de saúde prestados são independentes.
Eles não possuem vínculos com o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo ofertados
pelo setor de serviços de saúde, na esfera privada.
A relação com o paciente – que, no caso, é consumidor dos serviços de saúde – é
estabelecida através dos planos de saúde, conforme previsto nas Leis Federais
9.961, de 28 de janeiro de 2000, e 9.656/1998.
O órgão regulador da saúde suplementar no Brasil é a Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), que desenvolve a normatização do setor com o objetivo do
cumprimento da sua função social em harmonia com os princípios e diretrizes do
Sistema Único de Saúde.
http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus
_doutrinas_e_principios.pdf
https://blog.hygia.com.br/saude-suplementar/
5. Esclarecer � gerenciament� � aport� financeir� d� SUS.
Gerenciamento
⟶Haverá gestores nas três esferas do Governo, isto é, no nível municipal,
estadual e federal.
⟶Nos municípios, os gestores são as secretarias municipais de saúde ou as
prefeituras, sendo responsáveis pelas mesmas, os respectivos secretários
municipais e prefeitos.
⟶Nos estados, os gestores são os secretários estaduais de saúde e no nível
federal o Ministério da Saúde.
⟶Função:
•No nível municipal, cabe aos gestores programar, executar e avaliar as ações
de promoção, proteção e recuperação da saúde. Isto significa que o município
deve ser o primeiro e o maior responsável pelas ações de saúde para a sua
população
•O secretário estadual de saúde, como gestor estadual, é o responsável pela
coordenação das ações de saúde do seu estado; planejar e controlar o SUS em
seu nível de responsabilidade e executar apenas as ações de saúde que os
municípios não forem capazes e/ou que não lhes couber executar.
•A nível federal, o gestor é o Ministério da Saúde, e sua missão é liderar o
conjunto de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, identificando
riscos e necessidades nas diferentes regiões para a melhoria da qualidade de
vida do povo brasileiro, contribuindo para o seu desenvolvimento. Ou seja, ele é
o responsável pela formulação, coordenação e controle da política nacional de
saúde. Tem importantes funções no planejamento, financiamento, cooperação
técnica e controle do SUS.
Aporte financeiro
⟶Os recursos federais para o SUS provêm do orçamento da Seguridade Social
⟶Esses recursos, geridos pelo Ministério da Saúde, são divididos em duas
partes: uma é retida para o investimento e custeio das ações federais; e a outra
é repassada às secretarias de saúde, estaduais e municipais, de acordo com
critérios previamente definidos em função da população, necessidades de saúde
e rede assistencial.
http://www.ans.gov.br/
http://www.ans.gov.br/https://blog.hygia.com.br/saude-suplementar/
⟶Em cada estado, os recursos repassados pelo Ministério da Saúde são
somados aos alocados pelo próprio governo estadual, de suas receitas, e
geridos pela respectiva secretaria de saúde, através de um fundo estadual de
saúde. Desse montante, uma parte fica retida para as ações e os serviços
estaduais, enquanto outra parte é repassada aos municípios, de acordo também
com critérios específicos.
⟶cabe aos próprio municípios destinar parte adequada de seu próprio
Orçamento para as ações e serviços de saúde de sua população. Também os
municípios administrarão os recursos para a saúde através de um fundo
municipal de saúde Obs: A criação dos fundos é essencial, pois asseguram que
os recursos da saúde sejam geridos pelo setor saúde
http://www.pbh.gov.br/smsa/bibliografia/abc_do_sus_doutrinas_e_principios.pdf

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