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Tutoria - Cenário 1

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1. Definir ossos longos e ossos curtos 
Ossos longos – aquele que tem o comprimento maior que a 
largura e espessura 
Exemplo: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula e falanges 
O osso longo apresenta duas extremidades, denominadas 
epífises e um corpo, a diáfise. 
Por esta razão, boa parte dos ossos longos apresentam um 
canal central, também conhecido como canal / cavidade 
medular. 
Osso alongado – também apresenta comprimento maior 
que largura e espessura, porém são curvados em relação 
aos ossos longos e não apresentam canal central 
Exemplo: costelas e clavículas 
Osso laminar – é o que apresenta comprimento e largura 
equivalentes, predominando sobre a espessura 
Exemplo: ossos do crânio (parietal, frontal, occipital) escápula 
e osso do quadril 
Osso curto – apresenta equivalência das três dimensões 
(largura, espessura e comprimento) 
Exemplo: ossos do carpo e do tarso 
Ossos irregulares – não encontra correspondência em 
forma geométrica conhecida 
Exemplo: vértebras e osso temporal 
Ossos pneumáticos – apresenta uma ou mais cavidades, 
de volume variável revestidas de mucosa contendo ar 
Essas cavidades recebem o nome de seio 
Exemplo: ossos situados no crânio (frontal, maxilar, temporal, 
etmoide e esfenoide). 
Ossos sesamoides – desenvolvem-se na substância de 
certos tendões (intratendínios) ou da cápsula fibrosa 
(periarticulares) que envolve certas articulações. 
Exemplo: patela (osso sesamoide intratendínio) 
Osso fabela – nome dado a um osso sesamoide situado na 
cabeça lateral do músculo gastrocnêmio 
Wormianos - conhecidos como ossos intra-suturais, são 
ossos supranumerários que ocorrem nas suturas do crânio. 
São ossos irregulares e isolados que aparecem fora dos 
centros de ossificação do crânio e, embora pouco comuns, 
não são raros. 
 
2. Epífise, metáfise e diáfise – o que é 
Diáfise – corpo cilíndrico central que apresenta no interior 
o canal medular, preenchido por medula óssea. A parece da 
diáfise chama-se córtex formado por osso lamelar ou 
cortical. À medida que avança para as extremidades a 
diáfise alarga-se e o córtex adelga-se originando a metáfise. 
Nesta região não há mais canal medular, pois todo o espaço 
está preenchido por lamelas ósseas que especialmente 
assumem orientações variadas, formando o osso esponjoso. 
Não há demarcação nítida entre a diáfise e a metáfise, mas 
gradativa transformação de uma em outra. 
Epífises – extremidades do osso longo cujas superfícies são 
revestidas pela cartilagem articular. 
- Nas crianças a epífise é formada pelo núcleo de 
ossificação secundário e pela cartilagem de crescimento que 
é responsável pelo crescimento longitudinal do osso. No osso 
infantil há demarcação nítida entre epífise e metáfise, 
representada pela cartilagem de crescimento. No adulto a 
cartilagem de crescimento já não existe e também não há 
separação precisa entre metáfise e epífise. 
3. Periósteo – o que é 
Membrana que reveste o osso longo que possui na parte 
mais profunda, células osteogênicas que promovem o 
crescimento ósseo em espessura. 
Internamente, revestindo o canal medular há uma 
membrana equivalente ao periósteo, chamada endósteo 
também capaz de produzir ou absorver osso. 
Normalmente há equilíbrio em as atividades do periósteo e 
endósteo de tal maneira que, à medida que o tecido ósseo se 
deposita na superfície externa, há reabsorção 
correspondente na superfície interna, mantendo o córtex e 
o canal medular com dimensões definidas e proporcionais. 
4. O que é uma fratura 
É o resultado de uma sobrecarga única ou repetitiva. A 
separação rápida das superfícies da fratura cria um espaço 
(cavitação), resultando em um dano grave de partes moles 
Tutoria – caso 1 
Uma fratura produz perda da continuidade óssea que 
ocasiona deformação patológica, perda da função de 
suporte do osso e dor. A estabilização cirúrgica pode 
restaurar a função imediatamente e aliviá-la. Desse modo, o 
paciente recupera a mobilidade indolor e evita as sequelas 
como as síndromes de dor regional complexa. 
A fratura dos ossos rompe os vasos sanguíneos dentro do 
osso e do periósteo. Agentes bioquímicos espontaneamente 
liberados (fatores) ajudam a induzir a consolidação óssea. Em 
fraturas recentes, tais agentes são muito efetivos e 
raramente necessitam de algum impulso. O papel da cirurgia 
deve ser o de guiar e apoiar esse processo de consolidação. 
5. Processo de consolidação óssea 
- Inflamação: Depois da fratura, o processo inflamatório 
começa rapidamente e dura até que se inicie a formação de 
tecido fibroso, cartilagem ou osso (1 a 7 dias pós-fratura). 
Inicialmente, existe formação de hematoma e exsudação 
inflamatória a partir dos vasos sanguíneos rompidos. A 
necrose óssea é vista nas extremidades dos fragmentos da 
fratura. A lesão para os tecidos moles e a degranulação de 
plaquetas resulta na liberação de citocinas poderosas, que 
produzem uma resposta inflamatória típica, ou seja, 
vasodilatação e hiperemia, migração e proliferação de 
neutrófilos polimorfonucleares, macrófagos, etc. Dentro do 
hematoma, existe uma rede de fibrina e fibrilas de reticulina; 
as fibrilas de colágeno também estão presentes. O 
hematoma da fratura é gradualmente substituído por tecido 
de granulação. Os osteoclastos presentes nesse ambiente 
removem o osso necrótico nas extremidades do fragmento. 
- Formação de calo mole – Eventualmente, a dor e o 
edema diminuem, e o calo mole é formado. lsso corresponde 
aproximadamente ao tempo em que os fragmentos não 
estão mais se movendo de forma livre, por volta de 2 a 3 
semanas pós-fratura. 
No fim da formação de calo mole, a estabilidade é adequada 
para prevenir o encurtamento, embora a angulação no local 
de fratura ainda possa ocorrer. 
O estágio de calo mole é caracterizado pelo crescimento do 
calo. As células progenitoras na camada cambial do periósteo 
e do endósteo são estimuladas para se tornarem 
osteoblastos. O crescimento ósseo intramembranosa e 
aposicional começa nessas superfícies, longe do traço de 
fratura, formando um manguito de osso reticulado 
periosteal e preenchendo o canal intramedular. Crescem os 
vasos capilares para dentro do calo e a vascularização 
aumentada se segue. Mais perto do traço de fratura, as 
células progenitoras mesenquimais proliferam-se e migram 
através do calo, diferenciando-se em fibroblastos ou 
condrócitos, cada uma produzindo sua matriz extracelular 
característica e substituindo lentamente o hematoma 
- Formação do calo duro – Quando as extremidades da 
fratura estiverem unidas por um calo mole, o estágio de calo 
duro começa e dura até que os fragmentos estejam 
firmemente unidos por novo osso (3 a 4 meses). Conforme 
a formação óssea intramembranosa continua o tec ido mole 
dentro do traço sofre ossificação endocondral, e o calo é 
convertido em tecido calcificado rígido (osso reticulado). O 
crescimento do calo ósseo começa na periferia do local de 
fratura, onde a tensão é mais baixa. A produção desse osso 
reduz a tensão mais centralmente, que, por sua vez, forma 
calo ósseo. Deste modo, a formação de calo duro começa na 
periferia e, progressivamente move-se para o centro da 
fratura e para o traço da fratura. A ponte óssea inicial é 
formada externamente, ou dentro do canal medular, longe 
da cortical origina l. Então, por ossificação endocondral, o 
tecido mole no traço é substituído por osso reticulado que se 
une eventualmente à cortical original. 
- Remodelação – O estágio de remodelação começar uma 
vez que a fratura tenha se unido solidamente com o osso 
reticulado. O osso reticulado é então lentamente substituído 
por osso lamelar, por meio de erosão da superfície e 
remodelação osteonal. Esse processo pode levar desde 
alguns meses até vários anos. Dura até que o osso tenha 
retornado completamente à sua morfo logia original, incluindo 
a restauração do canal medular 
6. Diferenciar consolidação primária de secundária, 
relacionando com formação ou não de calo ósseo 
A consolidação dasfraturas pode ser dividida em dois tipos: 
consolidação primária ou direta por remodelação interna; 
consolidação secundária ou indireta por formação de calo. 
A primeira ocorre apenas com estabilidade absoluta e 
consiste em um processo biológico de remodelação óssea 
osteonal 
Já a segunda ocorre com estabilidade relativa (métodos de 
fixação flexíveis). É bem parecida com o processo de 
desenvolvimento ósseo embriológico e inclui a formação 
óssea intramembranosa e endocondral. Em fraturas 
diafisárias, é caracterizada pela formação de calo. 
Reparação óssea primária- reparo com formação mínima 
do calo ósseo, se os fragmentos estiverem próximos e 
estáveis (sem motivação anômala). Pode ocorrer de maneira 
natural em fraturas incompletas ou impactadas, 
principalmente nas regiões epifisárias e metafisárias (osso 
esponjoso). 
Reparação óssea secundária (ou por segunda intenção) 
- existe a participação intermembranosa e endocondral. 
Após um período de 2 semanas o calo ósseo é composto 
basicamente por tecido ósseo imatura que, associado à 
atuação de alguns fatores de crescimento, forma tecido 
cartilaginoso. Por último, essa cartilagem, já mineralizada, é 
reabsorvida e substituída por osso. 
Obs. A reparação de uma fratura pela formação do calo 
ósseo é o mecanismo clássico de consolidação do osso longo. 
*isso pode ser modificado se os fragmentos forem 
colocados em contato íntimo e estabilizados. 
7. Estudar anomalias da consolidação (pseudoartrose) 
e fatores de risco associados 
Pseudo-artrose hipertrófica - deve-se principalmente a 
falta de estabilidade mecânica. Os altos níveis de tensão 
excedem a tolerância de tensão do tecido de granulação e 
do calo de fratura 
Embora a fratura esteja pronta para consolidar, existe 
estabilidade mecânica insuficiente para a pseudoartrose 
consolidar. O grau de instabilidade pode ser tal que o 
paciente pode usar a sua perna, mas sofre dor quando 
cansado. Em outros casos, o paciente pode relatar dor 
constante com carga e demonstra alguma deformidade. De 
acordo com os raios X, é descrita uma pata de elefante ou 
um casco de cavalo. 
O método mais efetivo de corrigir uma pseudoartrose 
hipertrófica é melhorar a estabilidade do local da fratura 
pelo uso de uma placa de compressão ou uma haste 
intramedular bloqueada e fresada. A estabilidade mecânica 
reduz a tensão tecidual a um nível onde a calcificação da 
fibrocartilagem pode ocorrer. A cartilagem calcificada pode 
então ser penetrada por novos vasos, permitindo o 
crescimento ósseo e finalmente a remodelação do local de 
pseudoartrose. Na pseudoartrose hipertrófica, a enxertia 
óssea habitualmente não é necessária, embora a decortição 
osteoperiosteal (sarrafeamento) possa acelerar a união. 
A pseudoartrose hipertrófica na tíbia também pode ser ad 
- ministrada usando outros métodos, como a osteotomia 
fibular combinada com um gessado para marcha, 
encorajando a impacção que pode levar à consolidação. A 
imobilização pro longada em um gessado, combinada com 
campos eletromagnéticos ou ultrassom também tem sido 
proposta. Entretanto, a incapacidade de corrigir a 
deformidade e para acelerar união (consolidação dentro de 3 
a 5 meses) define a estabilização cirúrgica como o atual 
padrão-ouro. 
Pseudo-artrose avascular com ou sem perda óssea - a 
pseudoartrose a vascular origina-se na desvascularização 
dos fragmentos ósseos adjacentes ao local da fratura 
devido à lesão e/ou cirurgia. Os fragmentos avasculares 
podem se unir com elementos ósseos viáveis, mas, a menos 
que medidas adicionais sejam tomadas, eles nunca se unirão 
com outro fragmento desvitalizado. 
Começando no fragmento principal viável, um processo de 
remodelação revitalizará lentamente as áreas ósseas 
necróticas. Simultaneamente, pode haver um processo 
contínuo de atrito entre os fragmentos necróticos em 
movimento no local da pseudoartrose, o que leva a uma 
perda óssea por reabsorção. O retardo no reconhecimento 
e no tratamento permite que o processo de remodelação 
anormal resulte em encurtamento e osteopenia do 
fragmento distal devido ao desuso. Essa situação pode ser 
evitada pela supervisão adequada durante o seguimento e o 
pronto tratamento. 
O tratamento tem que ser planejado de acordo com a 
condição dos tecidos moles, remodelação local e a extensão 
da perda óssea. Várias opções estão disponíveis, incluindo 
encurtamento simples, encurtamento combinado com 
alongamento em um local diferente, interposição de 
enxertos ósseos (morcelizados ou estruturais, que podem 
ser vascularizados), encurtamento combinado com o 
encurtamento do outro membro, ou uma "derivação" como 
em um procedimento de fíbula para a tíbia. 
Pseudo-artrose atrófica - Nas extremidades superiores, a 
pseudo-artrose atrófica pode tipicamente ocorrer como 
pseudoartrose vascularizada. As duas extremidades do osso 
no local da pseudo-artrose sofrem atrofia devido à ausência 
de qualquer transmissão de força. A pseudo-artrose 
atrófica é caracterizada por reabsorção óssea e falta de 
formação de calo, embora haja vascularização. Essa situação 
requer não somente estabilização, mas também medidas 
osteoindutoras e osteocondutoras. Levando em conta a 
vascularização local, a abordagem apropriada consiste em 
decorticação e enxertia óssea juntamente com estabilização 
(de preferência com uma placa). 
Pseudo-artrose sinovial - o movimento persistente em um 
local de fratura pode resultar na formação de uma 
articulação falsa, em que uma cavidade fibrocartilaginosa é 
forrada com sinóvia produtora de fluido sinovial. Tais 
pseudoartrose sinoviais são comumente vistas no úmero, no 
fêmur e na tíbia e habitualmente viáveis, embora possam às 
vezes parecer atróficas. Além de uma cavidade sinovial, 
frequentemente apresentam deformidade axial e/ou 
rotacional. 
Consolidação retardada - A fase inicial do tratamento 
pode ser não-operatória. A redução da tensão mecânica no 
local de fratura pela diminuição da carga ou pela aplicação de 
um gessado por seis semanas pode direcionar a resposta 
loca l em direção à consolidação da fratura. Os raios X 
repetidos em intervalos de 6 a 8 semanas, demonstrando 
progresso da consolidação, indicam um manejo não-
operatório bem-sucedido. Se for infrutífero e se existirem 
sinais de falha do implante ou falta de resposta de 
consolidação antes de 4 a 6 meses, então o tratamento 
deve ser mudado para uma intervenção operatória. O 
paciente deve ser prevenido sobre a possível necessidade 
de uma intervenção sempre que uma consolidação retardada 
for diagnosticada. O tipo de intervenção operatória 
dependerá da etiologia da consolidação retardada e do tipo e 
da função da montagem existente para fixação 
Pseudo-artrose metafisária - A pseudo-artrose em uma 
metáfise é diferente de uma pseudoartrose em uma diáfise, 
já que ocorre no osso esponjoso, com um fragmento 
articular curto restante. Esses são frequentemente 
osteoporóticos e difíceis de fixar. Os implantes mais novos 
como as placas bloqueadas ou as placas com lâmina podem 
ser úteis 
Pseudo-artrose diafisária - Reconstrução óssea - A 
reconstrução óssea é somente necessária se houver um 
segmento ósseo necrótico ou um defeito ósseo para ser 
transposto. 
Nos casos onde a viabilidade óssea for questionável, a 
reconstrução pode ser escolhida como uma medida de 
precaução. Decorticação ou despetalamento osteoperiosteal 
(sarrafeamento) A decorticação é o caminho mais simples e 
eficaz para expor uma pseudo-artrose sem 
desvascularização significativa. Ela expande a seção 
transversa local do osso. Em uma pseudoartrose diafisária, o 
periósteo está firmemente preso aos músculos adjacentes 
e ao osso subperiostal, que recebe seu suprimento vascular 
dos tecidos extra-ósseos. O cinzelamento de pedaços ósseos 
do aspecto exterior da cortical diafisária preserva o 
suprimento vascular ao osso cortical periférico via inserções 
periosteais e musculares que se unem à pseudo-artrose. 
Essa técnica é usada para realçar a resposta de 
consolidação,criando um leito bem vascularizado. Sempre 
que uma consolidação retardada ou uma pseudo-artrose for 
abordada do lado periosteal, tal método deve ser usado para 
expor o local. Pode ser executado circunferencialmente em 
torno da diáfise, para permitir uma correção de 
deformidades axiais e rotacionais, sem desvascularizar o 
local. O sarrafeamento é de especial ajuda na cirurgia da 
pseudoartrose atrófica e avascular para fornecer um leito 
viável para o auto-enxerto esponjoso. 
Auto-enxerto esponjoso - O auto- enxerto esponjoso, 
frequentemente usado em combinação com a decorticação, 
é o meio mais eficaz de ultrapassar uma área óssea 
necrótica ou um defeito ósseo relativamente limitado com 
uma ponte de osso viável. O enxerto ósseo esponjoso é 
vascularizado por tecido de granulação que substitui o 
hematoma interfragmentar. Dentro de seis semanas, os 
traços entre os fragmentos ósseos esponjosos são 
vascularizados e unidos por uma trama de osso reticulado. 
Este osso reticulado é remodelado sob a influência da 
transmissão de forças 
Distração do calo e enxertos ósseos vascularizados 
livres 
A osteogênese por distração do calo (Ilizarov) e o enxerto 
ósseo vascularizado livre devem ser levados em 
consideração ao lidar com grandes defeitos ósseos 
segmentares (> 5 a 6 cm). Essas situações são mais 
frequentes nas pseudoartroses infectadas. 
Imobilizações 
A imobilização é recurso em que se restringe a atividade de 
um segmento do aparelho locomotor, com finalidade 
terapêutica. Ela pode ser feita em diferentes graus, incluir 
uma ou mais regiões anatômicas, e tem três indicações 
básicas: 
- Aliviar a dor; 
- Permitir regressão mais rápida do processo inflamatório; 
- Permitir melhor reparação dos tecidos. 
A imobilização apresenta efeitos colaterais e complicações: 
Efeitos colaterais da imobilização 
Tecido Grau moderado Grau acentuado 
Pele Seca, descamante Fissuras, sensível 
 
Músculo 
Redução do volume 
das fibras, flacidez 
Perda de fibras, 
fibrose intersticial, 
diminuição da 
contratilidade, força 
e elasticidade 
 
Articulação 
Atrofia Espessamento por 
fibrose, aderência, 
perda da 
flexibilidade, rigidez 
Cartilagem 
articular 
Desidratação, 
diminuição da 
espessura 
Fissuras, ulcerações 
 
 
Osso 
Desmineralização, 
osteopenia 
Perda de massa, 
degradação 
trabecular, 
osteoporose 
(tendência a 
fraturas) 
 
Atualmente realiza-se o chamado tratamento funcional, isto 
é, imobiliza-se o menor segmento possíveis, pelo tempo mais 
curto. A imobilização pode ser conseguida com vários 
recursos como: tipoias, enfaixamentos, talas metálicas e 
gesso. 
Tipos de imobilizações gessadas 
A imobilização gessada pode ser aplicada na forma de talas, 
normalmente usadas para traumatismos agudos e por curto 
período. Como a tala gessada não envolve toda a 
circunferência do membro, ela permite a expansão das 
estruturas com o edema e previne compressão. 
O aparelho gessado envolve toda a circunferência do 
membro e propicia maior estabilização. São usados 
principalmente após a redução de fraturas e em períodos 
pós-operatórios mais prolongados. 
Cuidados com aparelhos gessados 
Orientar o paciente a não o danificar, cortá-lo, molhá-lo e 
deve preservar as condições higiênicas. 
Também deve-se informar sobre os sinais de alarme para a 
síndrome de compartimento como formigamento e 
alteração da cor da extremidade, dor latejante, crescente, 
incomodativa, que impede o movimento das extremidades. 
Prótese, órtese, palmilha e meios auxiliares de 
locomoção 
Próteses 
Aparelhos que substituem partes do corpo humano que 
estejam ausentes em virtude de lesões traumáticas, 
cirurgias ortopédicas ou por defeito de nascimento. 
Três funções precisam ser consideradas: 
A transferência de peso, evitando pontos de pressão; 
O ajuste deve ser firme e podem ser usados pontos de 
apoio com boa sustentação, como tendão patelar, nas 
amputações transbiais. Se a adaptação for frouxa, o 
controle da prótese é prejudicado; 
A suspensão deve permitir que a prótese continue firme 
quando o membro entra na fase de balanço. 
Órteses 
Equipamentos aplicados externamente ao corpo para 
modificar aspectos funcionais do sistema 
musculoesquelético, com o objetivo de corrigir ou compensar 
alguma deficiência. Podem ter uso temporário ou definitivo. 
Podem ser classificados em quatro categoriais, de acordo 
com suas funções: 
- Estabilizadoras, mantêm a posição e impedem movimento 
articular impróprio. 
- Funcionais, podendo mudar de conformação e possibilitar 
algum movimento articular, mas as características elásticas 
dos materiais usados na sua confecção promovem o retorno 
ao formato inicial. 
- Corretoras, usadas durante o crescimento esquelético, 
com a finalidade de diminuir deformidades ósseas. 
- Protetoras, evitam a progressão de lesões já existentes. 
Palmilhas 
- Órteses especificas para os pés. Podem ser usadas para: 
- Corrigir a discrepância do comprimento dos membros 
inferiores; 
- Adequar o posicionamento dos pés dentro de calçados; 
- Reduzir os pontos de pressão no pé. 
Meios auxiliares de locomoção 
Equipamentos usados para dar suporte aos indivíduos 
durante a marcha. 
- São eles: 
- Bengalas; 
- Muletas (axilares, canadenses – apoio no antebraço); 
- Andadores; 
- Cadeiras de rodas. 
8. Como o osso é formado 
Composição – 1/3 é formado por matriz orgânica fibrosa 
(90% colágeno do tipo I); 2/3 restantes é formado por sais 
inorgânicos (cristais de hidroxiapatita, citrato de sódio, 
magnésio, flúor e carbonato). 
Observação: dureza não é sinônimo de resistência, os ossos 
possuem propriedades paradoxais como: dureza, força e 
leveza. 
Tipos de osso 
Osso Compacto (ou lamelar) – apresenta mínima quantidade 
de espaços entre as trabéculas (5 a 30% de porosidade). 
Também é conhecido como tecido ósseo denso, 
correspondendo a quase 80% da massa óssea do esqueleto. 
Responsável pelo suporte mecânico do corpo. Possui ósteon, 
considerado a unidade primária do osso. 
Osso Trabecular (esponjoso ou primário) – apresenta 30 a 
90% de porosidade. É mais flexível e normalmente se 
encontra na terminação dos ossos longos (epífases e 
metáfises), próximo de articulações e dentro de corpos 
vertebrais. 
Tipos celulares ósseos 
Osteoblastos – células mononucleadas responsáveis pela 
síntese da matiz óssea que, mais tarde, será mineralizada. 
Osteócitos – células ósseas maduras que não possuem 
função ativa na síntese de matriz óssea, porém, 
desempenham papel muito importante na manutenção do 
equilíbrio e vitalidade do tecido ósseo. 
Osteoclastos – células grandes multinucleadas. Sua função é 
reabsorver a matriz óssea mineralizada, escavando 
cavidades ao seu redor, graças a liberação de enzimas 
reabsortivas. 
9. Importância do hematoma na fratura 
Após a fratura, o suprimento sanguíneo é interrompido e o 
sangramento decorrente vai ser responsável de um 
hematoma, processo que ocorre até 12 horas após a 
fratura. 
As plaquetas liberam o PDGF (fator de crescimento derivado 
de plaquetas) que terá o papel de recrutamento de células 
inflamatórias. 
Na sequência, células pré-osteoblásticas presentes 
principalmente no periósteo e tecido ósseo adjacente, vão 
se diferenciar em osteoblastos ativos e dar início ao 
processo de reparação óssea. 
O osso neoformado em torno dos fragmentos fraturados é 
o calo ósseo e sua quantidade depende do tipo de reparo 
que ocorrerá. 
 
10. Divisão anatômica, irrigação e características dos 
ossos em cada região 
Sua irrigação sanguínea é feita através dos canais de 
Volkman (vasos sanguíneos maiores) e os canais de 
Havers (vasos sanguíneos menores), sem apresentar vasos 
linfáticos. 
O sangue chega aos osteócitos (células ósseas) por meio do 
sistema do sistema de Havers ou ósteon (sistemas de canais 
microscópicos que abrigam pequenos vasos sanguíneos.) As 
veias acompanham as artérias através dos forames 
nutrícios e os ossos que contêm medula óssea vermelha 
(função hematopoiética)têm muitas veias calibrosas. Os 
vasos linfáticos também são abundantes no periósteo. Os 
nervos acompanham os vasos sanguíneos que irrigam os 
ossos, e o periósteo tem rica inervação sensitiva que 
conduzem dor. O periósteo é muito sensível à ruptura ou 
tensão, o que explica a dor aguda nas fraturas ósseas. O 
osso propriamente dito tem relativamente poucas 
terminações sensitivas e dentro dos ossos, os nervos 
vasomotores causam constrição ou dilatação dos vasos 
sanguíneos, controlando o fluxo sanguíneo através da medula 
óssea. 
Fases do calo ósseo: hematoma, fase 
inflamatória, calo mole (fibrosa), calo duro 
(ossificação) e remodelação óssea.

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