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Conceitos básicos 1. Tecido ósseo ➔ Definição – É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja característica a mineralização da matriz óssea; é um tecido vivo, no qual passa por um processo contante de remodelamento, produzindo ossos novos (osteoblastos) e degradando ossos velhos (osteoclastos). ➔ Função o Ponto de fixação para os músculos o Proteção de órgãos o Reservatórios de minerais o Local de hematopoiese ➔ Formação do osso o É formado pela ossificação endocondral – exceto a clavícula – centro de ossificação primários (diáfises) e secundários o Possuem placas de crescimento em cada extremidade na qual ocorre o crescimento em comprimento o Três partes dos ossos longos ▪ Diáfise – Corpo, constituído por uma espessa substância, cortical, preenchida por medula óssea ▪ Metáfise – Parte ampliada do osso perto da extremidade, normalmente constituída por substância esponjosa (osso trabecular) – cortical mais fina ▪ Epífise – Extremidade, geralmente articular, do osso, formada por centro de ossificação secundários; o As superfícies internas e externas dos ossos é recoberta por uma camada composta de tecido conjuntivo e células osteogênicas; ▪ Periósteo – mais externo ▪ Endósteo – mais externo o Informações importantes! Ossos longos Tipos de ossos • Ossos longos – Ex: fêmur • Ossos curtos – Ex: ossos da mão • Ossos laminares – Ex: crânio • Ossos alongados – Ex: costelas • Ossos pneumáticos – Ex: esfenoide • Ossos irregulares – Ex: vertebras Principal função dessas estruturas é a nutrição do osso e o fornecimento de novos osteoblastos para o crescimento e reparação do osso. A nutrição do osso é feita por • Periósteo • A. nutrícia • Musculatura Periósteo – inervado – sensibilidade do osso. 2. Tecido cartilaginoso ➔ É uma forma elástica de tecido conjuntivo semi-rígido que reveste as articulações ➔ Não possui suprimento sanguíneo, desse modo, é nutrida por difusão feita através do líquido sinovial ➔ As cartilagens têm como função principal articular e evitar atrito ➔ As articulações sinoviais – são encontradas nas extremidades de dois ossos adjacentes que se articulam – a estrutura dessas articulações é composta por: 3. Fraturas ➔ Definição: é definida como a perda da continuidade óssea. ➔ Classificação o Fechada – foco da fratura não tem contato com o meio externo o Exposta – quando o foco da fratura está em contato com o meio externo o Por estresse o Patológicas ➔ As fraturas podem ser classificadas ainda quanto: o Ao traço: simples, em cunha e complexa ▪ Simples – traço único com apenas dois fragmentos ósseos ➔ Formação do osso – ossos planos – formados por ossificação intramembranácea ➔ Tipos de ossos o Reticular – osso imaturo ou patológico – pouco organizado, não apresenta orientação por linhas de estresse (tensão) – Ex: osso infantil e calo ósseo de fraturas; o Lamelar – osso maduro; muito organizado, apresenta formação/orientação por linhas de estresse (tensão) – Ex: osso cortical e esponjoso maduro (> 4anos) são constituídos por osso secundário – lamelar ➔ Estruturas dos tipos de ossos o Cortical – Osso compacto ▪ Osso forte, denso: 80% do esqueleto ▪ Encontrado nas diáfises dos ossos o Trabecular – Osso esponjoso ▪ Compõe 20% do esqueleto ▪ Comumente encontrado nas metáfises e epífises dos ossos; • Cartilagem articular • Osso subcondral • Membrana sinovial – produz o líquido sinovial • Capsula articular • Líquido sinovial – lubrifica e nutri a cartilagem articular Nota: As luxações quando não tratadas rapidamente podem evoluir para uma necrose do tecido cartilaginoso que reveste o osso, uma vez que, a cartilagem articular é avascular e é nutrida pelo líquido sinovial. ▪ Cunha – apresenta um terceiro fragmento, mas com contato entre os dois principais ▪ Complexas – não há contato entre os dois fragmentos principais Nota: uma fratura cominutiva é uma fratura multifragmentada – NÃO É A MESMA COISA DE UMA COMPLEXA o Ao acometimento articular: intra ou extra-articular ▪ Extra-articular – traço não acomete a articulação ▪ Intra-articular – o traço atinge o território articular – essa necessita de redução perfeita, pois a consolidação da fratura com um degral articular levará ao desgaste da articulação ➔ Importante diferenciar (professora falou durante a aula) o Redução incruenta – redução fechada – sem contato com o foco da fratura o Redução cruenta – redução aberta – com contato com o foco da fratura 4. Fraturas do esqueleto imaturo ➔ Processo de formação óssea o Origem embrionária – mesoderma o É somente na sexta semana de gestação que se inicia o processo de condrificação hialina, isto é, a formação do esqueleto cartilaginoso, que entre a sétima e a decima semana começa a sofrer a ossificação endocondral. É valido ressaltar que, parte dos ossos do crânio e as diáfises das clavículas passam por um processo de ossificação diferente denominado de intramenbranosa, no qual surge primeiro o periósteo em volta do esboço mesenquimal e a partir dele forma-se diretamente o osso, sem passar pela fase cartilaginosa. o O processo de ossificação endocondral inicia-se pelas diáfises (centro de ossificação primários), em ossos longos, onde há a morte dos condrócitos e em seguida a invasão por um tecido mesenquimal rico em vasos sanguíneos e osteoblastos, esses centros de ossificação vão se expandindo em direção às extremidades, e ao nascimento as diáfises estão totalmente ossificadas. Ao nascimento começa o processo de ossificação das epífises distal do fêmur e proximal da tíbia, além disso, os demais centros de ossificação vão surgindo e se expandindo deixando uma placa cartilaginosa entre as epífises e a metáfise ossificada, essas placas são conhecidas como placas epifisárias ou placas de crescimento, através dessas placas que a diáfise do osso cresce em comprimento. Na fase adulta essa placa epifisária desaparece. As diáfises também crescem em espessura através do periósteo e endósteo e as epífises crescem também a partir das cartilagens articulares. 5. Fraturas do esqueleto imaturo ➔ Deslocamento epifisário – durante o crescimento as placas epifisárias são uma parte frágil, por isso se aplicada qualquer força pode ser rompida, as fraturas das placas de crescimento podem se estender para a metáfise e/ou a epífise; os diferentes tipo podem ser classificados pelo sistema de salter-harris. ➔ Fratura em galho verde – há ruptura apenas de uma cortical óssea. São comuns em crianças pequenas, e ocorrem quando uma força angulatória produz uma falha no lado convexo da curva e apenas uma angulação do côncavo da fratura, tal como um galho verde de uma arvore jovem; ➔ Fratura em torus – ocorre nas metáfises de ossos longos. É possível ver que o osso simplesmente se amassa em um dos lados, sem grandes deformações. O aspecto radiográfico é de uma dobra, “amassado” na cortical dorsal, sem fratura volar. Tempo de imobilização deve ser de 3 a 4 semanas; ➔ Encurvamento plástico – deformidade plástica – observa-se que o osso se entorta, mas não perde a integridade. Há uma ausência de fratura macroscópica. Mais frequente no antebraço. Há microfraturas. 6. Luxações – É o deslocamento total de um osso sobre o osso com o qual se articula, levando à perda completa da congruência articular ➔ Subluxações – é o deslocamento parcial, existindo ainda algum contato entre as superfícies articulares ➔ Articulações sinoviais representam quase todas as corpo humano e sua constituição permite adequada constituição dos segmentos ósseos. As articulações são geralmente reforçadas por músculos e ligamentos extracapsulares que auxiliam na estabilização da articulação. Os ligamentos extracapsulares são típicos de articulações que permitem apenas a flexoexternsão,como cotovelo, joelho e tornozelo. Esses ligamentos costumam ser rompidos nas luxações. ➔ Principais tipos de luxações o Luxação acromioclavicular – a articulação acromioclavicular é uma juntura sinovial entre o acrômio da escapula e a clavícula que está envolvida nos movimentos do ombro acima de 30°. É estabilizada por ligamentos extracapsulares (ligamentos coracoclaviculares). ▪ Pontos importantes • Causada por um evento traumático, geralmente uma queda sobre o ombro. • Ao exame paciente apresenta o “sinal da tecla de piano” , que consiste no deslocamento inferior da clavícula com a palpação, deformidade com a extremidade distal da clavícula deslocada para cima e dor agravada pela tração do braço e pela adução forçada do braço contra o tórax. • Diagnostico confirmado pela radiografia em AP • Tratamento é conservador na maioria das classificações – crioterapia (gelo 15 min de 4/4h) + AINE + uso de tipoia por duas semanas. o Luxação traumática do ombro – A articulação glenoumeral (GU) é a mais frouxa do corpo humano e permite o maior número de movimentos. A luxação dessa articulação é a mais comum da prática médica e é caracterizada pela perda da relação entre a cabeça do úmero e a cavidade glenoide da escapula. A luxação anterior é a mais comum, na qual a cabeça do úmero se desloca numa localização anterior a glenoide, a luxação posterior é comum em eletrocussão e convulsões. ▪ A luxação anterior pode ser: • Traumática – em que o indivíduo desloca o ombro após um súbito e contundente movimento composto por extensão, abdução, e rotação externa, evento comum em atividades esportivas, quedas para trás sobre o braço estendido ou sobre região posterior do ombro. • Ao exame o ombro está doloroso e ligeiramente rodado externamente e abduzido, e apresentando uma depressão em sua face lateral, onde deveria está a cabeça do úmero, esse sinal é com conhecido como “sinal da dragona” ou “sinal do cabide”. há uma proeminência anterior, cabeça do úmero deslocada, além da impotência de utilizar a articulação. • Lesões importantes associadas: o Lesão do nervo axilar – cursa com parestesia e hipocinesia na região lateral do deltoide, bem como fraqueza deste músculo. o Lesão de Bankart – rotura da inserção anterior da capsula articular e do lábrum o Lesão de hill-sachs – fratura compressiva (impactada) da porção posterolateral do úmero proximal • Diagnostico – clínico + radiológico – radiografia em AP, perfil escapular e axilar • Tratamento é emergencial – redução incruenta – usando as manobras de: o Stimson o Hipócrates o Kocher ▪ Após as reduções deve ser feita uma radiografia ▪ Paciente liberado usando tipoia que deve ser mantida por três semanas ➔ Classificação das luxações o Traumáticas o Congênitas o Patológicas o Redicivantes o Habituais 7. Entorses ➔ Tipos o Leve – rompimentos de poucas fibras e leve edema o Moderado o Grave – rompimento de muitas fibras e edema intenso ➔ A radiografia de um entorse é normal ➔ Diagnostico – clinico ➔ Tratamento – pode ser uma imobilização de analgesia + AINES + não massagear + compressas 8. Contusões – trauma contuso que não provoca fratura, nem luxação, mas com lesão muscular, em variados graus. 9. Tipos de imobilização: ➔ Tala gessada – mais usado ➔ Gesso circular ➔ Ortoses ➔ Tração de membros