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Doença mão pe boca

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Doença mão-pé-boca:
É uma doença exantemática que produz um exantema papulovesicular, com uma localização bem típica.
Epidemiologia: mais comum em lactentes. Cerca de 25% das infecções ocorrem no primeiro ano de vida, mas ela também pode acometer pré-escolares.
Agente Etiológico: o mais comum é o Coxsackievírus do tipo A.
Família: Picornaviridae, do gênero Enterovírus. 
Esses vírus têm distribuição universal e essa doença pode ocorrer a qualquer período do ano em países tropicais, portanto, não têm sazonalidade.
Transmissão: pode ocorrer por meio de gotículas, fômites contaminados com secreções infectadas e transmissão fecal-oral.
Quando a via de transmissão é respiratória, o período de transmissão ocorre por 1 a 3 semanas, e quando por via intestinal, o período de transmissão é mais longo, durando de 7 a 11 semanas.
Quadro Clínico:
Período de Incubação: 3 a 6 dias
Pródromo: febre baixa, hiperemia de orofaringe
Posteriormente, há evolução, com aparecimento de vesículas em orofaringe posterior, língua, lábios e até em palato.
A principal característica dessa doença é o aparecimento de vesículas em língua, com “úlceras” rasas na boca inteira.
Depois do aparecimento das úlceras em boca se segue o aparecimento do exantema que é típico: 
Características do Exantema: 
-> É papulovesicular e acomete planta dos pés e palma das mãos.
 
-> O exantema dura em torno de 7 dias 
-> Desaparece sem descamação
-> É o aparecimento desse tipo de exantema que difere a doença mão-pé-boca de um outro quadro clínico também causado por enterovírus, que é a Herpangina. 
Herpangina: nessa doença, há uma febre alta súbita, com dor de garganta, disfagia e aparecimento de vesículas em orofaringe apenas posterior. Nessa enfermidade, ao contrário da doença mão-pé-boca, não há vesículas em língua e lábios e nem há exantema em mãos e pés.
Diagnóstico da Doença mão-pé-boca: É clínico, e é muito comum a ocorrência de surtos em creches dessa doença. 
O diagnóstico etiológico raramente é necessário, mas pode ser feito, por meio de cultura viral e PCR (em amostra de sangue, urina, orofaringe e até de liquor).
Tratamento: É de suporte, com antitérmicos e analgésicos, porque é um quadro autolimitado, que resolve em 1 semana.
Complicações: A complicação mais frequente da doença mão-pé-boca é a Meningite Asséptica.
Nota: podemos também ter outros quadros causados pelo enterovírus que parecem ser mão-pé-boca, como uma Miocardite e uma Pericardite. Esses quadros (quando causados pelo enterovírus), em geral, também são precedidos por sintomas de vias aéreas superiores, então é importante lembrar para fazer diagnóstico diferencial.

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